terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Estrada de Ferro Abandonada entre Lajes e Caicó


 Reproduzo a seguir algumas imagens publicadas no blog amigosdopedalrn.blogspot.com.br em 27/06/2013 sobre os trecho da EFCRN abandonada no município de Lajes.Trata-se das obras que permitiriam a chegada da ferrovia em Caicó como foi previsto no projeto inicial da ferrovia e, como se sabe, os trilhos nunca chegaram em Caicó ficaram no meio do caminho (literalmente Lajes fica no meio do caminho).
        As obras desse trecho iniciaram em 1909 e foram abandonadas em 1921 quando a ferrovia teve seu traçado original redefinido para o sentido oposto, ou seja, em direção a Macau-RN.As obras da EFCRGN no Ramal Lajes-Caicó incluiriam pontilhões, fendas e um túnel de quase 200 metros de comprimento todas essas obras foram abandonadas em plena região central do RN. 




Caixa d`água do início da construção da EFCRGN ramal Lajes - Caicó



 Fenda nas rochas construída para a EFCRGN - ramal Lajes - Caicó.



 Visão mais aberta dá noção da distância e do trabalho para realizar tal obra




O PONTILHÃO:
       A maior estrutura que foi construída no trecho para receber uma ponte da estrada de ferro. Segundo pesquisas sobre o ramal, entre as cidades de Lajes e Recanto (localidade de Cerro Corá/RN), distantes 15 KM, existem cerca de 30 conjuntos de pontilhões, que receberiam pontes para a passagem da EFCRGN Lajes - Caicó. Impressiona a estrutura que foi construída e posteriormente abandonada. É fácil perceber o quanto de recursos foi investido em tais construções, quantas horas/homem trabalhadas foram necessárias para erguer tais estruturas e até mesmo, em possíveis vidas perdidas, considerando-se o local de difícil acesso e região inóspita.






O TÚNEL: 

     Escondido em meio a vegetação um imenso túnel de 195 metros de comprimento. 
     


Entrada do túnel abandonado


Detalhe do Túnel




A EFCRGN RAMAL LAJES - CAICÓ:

Início da contrução em  1909 pela The Great Western;
Cidades que seriam beneficiadas: Lajes, Currais Novos, Acari, Caicó;
Trajeto modificado em 1911 e abandonado em 1921 para a construção do ramal Lajes - Macau.


FONTE:http://amigosdopedalrn.blogspot.com.br/2013/08/a-estrada-de-ferro-abandonada-lajesrn.html.Acesso 05.dez.2014.



FONTES DE PESQUISAS  DA MATÉRIA CITADA:
Dos Caminhos de Água aos Caminhos de Ferro.
AUTOR: Wagner Rodrigues
Programa CONVERSANDO COM AUGUSTO MARANHÃO
A Estrada de Ferro Abandonada


A inauguração da estação de Taipu

A  inauguração da estação de Taipu
               No dia 15/11/1907, as 12h na estação de Taipu, aguardava a chegada do trem, não só o pessoal técnico da Estrada de Ferro, com uma compacta multidão que prorrompeu em vivas e aclamações a comissão construtora da ferrovia. Foi imensa a alegria e a satisfação que se notou no povo todo pela inauguração da estação de Taipu. As 12h30min foi servido um lanche a todos os convidados. Nessa ocasião o Dr. José Luiz Batista, engenheiro chefe da Comissão de construção da EFCRN, proferindo brilhante discurso, declarou inaugurada a estação do Taipu e agradeceu a presença do governador do estado e a dos demais convidados àquela festa.
            O Governador Antônio José de Melo e Souza em discurso mostrou-se satisfeito com o que vira e enalteceu os esforços e a competência da comissão construtora da Estrada de Ferro, cujos trabalhos honravam a engenharia brasileira, depois do lanche os convidados percorreram a Vila.O governador esteve na intendência onde foi recebido pelo presidente do governo municipal Manoel Eugênio.As 14h30min o trem dava o sinal de partida.À saída o povo prorrompeu em vivas a comissão, à Taipu etc.

                             
                                          Estação de Taipu, 1964.Acervo João Batista dos Santos


Características físicas da estação de Taipu
         De modo geral, as estações de pequeno e médio porte localizavam-se em cidades do interior, nas quais os pequenos espaços eram suficientes para os serviços de  operação ferroviária.
         A estação de Taipu mede 18,5 metros de comprimento por 13,5 de largura. O edifício é composto de dependência administrativa (duas salas administrativas, sendo uma destinada à bilheteria a outra para escritório e agencia do telegrafo), alojamento de funcionários e armazém anexo. O telhado é composto em duas águas terminado em alpendre sobre o vão central da plataforma. Na parte superior das paredes nas faces leste e oeste há o dístico  com o nome do município.Junto à estação localiza-se a plataforma que servia para o embarque e desembarque de passageiros e mercadorias. Sua altura elevada em relação ao nível do terreno permitia o perfeito acesso aos trens. A plataforma da estação de Taipu tinha uma extensão de 34 metros. No ano de 1998 a parte oeste da plataforma foi removida pela prefeitura para asfaltar  a rua principal.
                                                                                                                                                                                                                                                                     Fonte: Jornal Diário do Natal, 17/11/1907, p. 1, adaptado.  
               Texto:  João Batista dos Santos. Taipu-RN 15/11/2014
107º ano da inauguração da estação ferroviária.


sábado, 29 de novembro de 2014

imagens da festa de Nossa Senhora do Livramento, Taipu-RN


A baixo os convites com os temas da festa de Nossa Senhora do Livramento de Taipu nos 4 ultimos anos






Altar mor da padroeira da padroeira de Taipu


             O altar mor é o local onde está localizada a imagem da padroeira, na matriz de Taipu está em um nicho central em que se encontram também as imagens de São José e Santa Teresinha do Menino Jesus.

            A imagem da padroeira só é retirada do nicho em que se encontra em dois momentos durante o ano, na abertura e no encerramento da festa da padroeira, quando percorre em procissão as ruas da cidade de Taipu. 

Hinos da padroeira de Taipu


Quanto aos hinos da padroeira existem dois que são cantados durante a festa da padroeira, o hino oficial, atribuído ao padre Afonso Lopes Ribeiro,  datado do ano de 1926, e o hino popular, uma versão do hino da padroeira de Ceará Mirim e de outras paróquias da arquidiocese de Natal adaptado à padroeira de Taipu (vide apêndice),

Hino à Virgem do Livramento


            De autoria do Pe. Afonso Lopes Ribeiro, o hino foi composto em provavelmente no ano de 1926, ano em que o sacerdote era vigário em Taipu.
            O hino é um poema lírico composto por cinco estrofes e um refrão, em que se desvela a necessidade da proteção da Virgem sobre a vida daqueles que a invocam como sua protetora.
            No seu refrão se exalta as virtudes da Virgem Maria e pede-se sua intercessão.

As nossas almas vêm pressurosas
Cheias de doce contentamento
Do seu afeto trazem-vos rosas
Ó Virgem do Livramento.

Do céu sois formosa aurora
Dos que sofrem sois o alento
Sois nossa Mãe e Senhora
Ó Virgem do Livramento.

Nos sofrimentos de nossos dias
Vós sois um astro fulgente e santo
Dourando a terra das alegrias
Calmando a mágoa do nosso pranto.

As alegrias de nossas vidas
Nascer sentimos no coração
A Vós elevamos ó Mãe querida
Os vossos hinos de gratidão.

Por vossa graça e saudade imensa
Aceita hoje, Mãe do Senhor.
Os lírios brancos de nossa crença
As rosas rubras de nosso amor.


Não há menção à cidade de Taipu, sede da paróquia, somente se canta à Virgem.

Hino popular de Nossa Senhora do Livramento



            Hino popular e por isso mais conhecido e cantado pelos fiéis e desconhecido a autoria do mesmo.
A melodia é retirada do hino da padroeira de Ceará Mirim, de onde pode se levantar a hipótese de que tenha vindo daquela paróquia a autoria do mesmo.
Composto em duas estrofes originais e uma terceira estrofe, acrescentada pelo professor Gustavo Praxedes, e refrão.
           
Nossa Senhora / Mais bela rosa /
Que Deus conserva/ em seus rosais/
mandai a terra / de paz sequiosa /
as vossas bênçãos / cheias de paz.

Glória, glória a Virgem pura / sol de augusta claridade/
Glória à Mãe do livramento/ padroeira da cidade.



Nossa Senhora/ manhã sagrada /
que surge sempre para Jesus/
a nossa vida / noite cerrada /
as vossas bênçãos cheias de luz.

Nossa Senhora/templo precioso
Da nossa crença, / branca sem véu
As nossas almas/ tristes sem pouso
Abri as portas /de ouro dos céus



Neste hino são exaltadas as virtudes da Virgem Maria e imploradas suas bênçãos. No refrão está explicita uma das mais belas imagens que fazem referencia a Nossa Senhora do Livramento, o “sol de augusta claridade”. A cidade de taipu é mencionada na estrofe ‘padroeira da cidade’ Este hino ao ser entoado causa grande comoção nos fiéis que o entoam.

Hino do Hasteamento da Bandeira


            Entoado no hasteamento da bandeira em que está o ícone de Nossa Senhora do Livramento, este hino usado nas solenidades de abertura e encerramento da festa da padroeira. É desconhecido o autor deste hino.

Sol de esperança/ quando aparece /
Doce Rainha /do céu divino /
Teu nome fala/nas nossas preces/
Teu nome canta/ nossos hinos.


A tua alma é luz que encerra/
As almas todas num véu/
É a luz que envolve a terra/
Nos esplendores do céu.

Nas longas noites/ tristes sombrias/
No mar escuro/da nossa vida/
 És nossa estrela/Nossa alegria/
Anjo celeste/ Virgem Maria querida.





Hino em Preparação do Centenário da Paróquia Nossa Senhora do Livramento 1913-2013.

De Autoria de Antônia Calixto este hino foi composto para preparar o centenário da paróquia

Mil novecentos e treze / dom Joaquim elevou /Em 18 de abril, / a paróquia aprovou, /a veneração a Mãe do Livramento/E Jesus adorado/ nosso Sacramento.

Indo para o centenário / Maria, vem nos livrar/
             Do que turva nossa fé/ para juntos caminhar

Mãe do Livramento/ protetora vem e/ sobre teu manto anos o teu bem/Deixa contemplar-vos sobre tua face/ teu olhar materno que a nós repassa.

No teu livramento/ traz-nos proteção. / Dá-nos novo alento/ e mais devoção\Restaura em teus filhos neste itinerário/coragem, graça e zelo para o Centenário.

Sejamos devotos / em ti confiemos/ pela tradição ó Mãe do Livramento.\Pelo testemunho fruto do batismo/ pela sã doutrina professada em Cristo.

Cristo, fundamento / Pedro sucessor / Maria do cenáculo a Igreja sustentou.\Hoje em nossa vida/ ela é proteção/Maria nos guia desde a fundação/ Maria nos guia a eterna mansão.