quinta-feira, 27 de março de 2014

CONHECENDO TAIPU




          Taipu é um município do Estado de Rio Grande do Norte. Os habitantes se chamam taipuense. Vizinho dos municípios de Poço Branco, Pureza e Ceará-Mirim.Taipu está situada a 19 km a Norte-Oeste de Ceará-Mirim a maior cidade nos arredores.Situado a 48 metros de altitude, de Taipu as coordenadas geográficas do município Latitude: 5° 37' 20'' Sul Longitude: 35° 35' 43'' Oeste.Está inserida na mesorregião Leste Potiguar e na Microrregião Litoral Nordeste, ambas divisões do IBGE.
Superfície de Taipu       35 282 hectares
352,82 km² (136,22 sq mi)
Altitude de Taipu           48 metros de altitude
Coordenadas geográficas decimais        Latitude: -5.62217
Longitude: -35.5953
Coordenadas geográficas sexagesimais Latitude: 5° 37' 20'' Sul
Longitude: 35° 35' 43'' Oeste
Fuso horário     
UTC -3:00 (America/Fortaleza)
O horário de verão e o de inverno não são diferentes do horário padrão.
Hora local        
DEMOGRAFIA DE TAIPU
Gentílico de Taipu         taipuense
População atual de Taipu            11 836 habitantes       
Densidade populacional de Taipu           33,5 ha./km² (86,9 ha.)
População de Taipu (em 2000)   11 531 habitantes         
População urbana de Taipu        4 084 habitantes          
População rural de Taipu           7 752 habitantes          
Produto Interno Bruto per capita 5 599 R$/ha.   
 DADOS ECONÔMICOS DE TAIPU
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Agropecuária      R$ 19. 657, 281
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Indústria R$ 5.115, 451
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, dos Serviços           R$ 37. 421, 082
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Administração, saúde e educação públicas e seguridade social     R$ 27.122 ,250
Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a preços correntes       R$ 5. 915, 698
Produto Interno Bruto a preços correntes            R$ 68. 109, 512

AS CIDADES E VILAREJOS VIZINHOS DE TAIPU
Municípios vizinhos de Taipu
Poço Branco 7.3 km, Pureza 17.8 km, Ceará-Mirim 19.5 km, Ielmo Marinho 21.6 km, João Câmara 25.8 km, Bento Fernandes 25.8 km, Riachuelo 32.9 km,     Extremoz 33.3 km, São Gonçalo do Amarante 35.1 km, São Paulo do Potengi 35.4 km, Macaíba 38 km, Maxaranguape 38.7 km, Jardim de Angicos 41.5 km, Rio do Fogo 45.3 km, Natal 46.7 km, Caiçara do Rio do Vento 47.2 km, Senador Elói de Souza 47.4 km, Ruy Barbosa 47.6 km, Parnamirim 48.7 km, Touros 49.4 km      .

DISTÂNCIA ENTRE O TAIPU E AS PRINCIPAIS CIDADES BRASILEIRAS
São Paulo : 2320 km     Rio de Janeiro : 2090 km           Salvador : 878 km
Brasília : 1759 km         Fortaleza : 390 km        Belo Horizonte : 1821 km
Manaus : 2726 km        Curitiba : 2643 km         Recife : 282 km mais perto
Porto Alegre : 3173 km  Belém : 1507 km           Goiânia : 1932 km
Guarulhos : 2306 km     Campinas : 2284 km     São Luís : 1027 km
Distância calculada em linha reta!



FONTE:http://www.cidade-brasil.com.br/municipio-taipu.html




Taipu no mapa do Rio Grande do Norte em destaque.

vista aérea do centro de Taipu

Igreja matriz Nossa Senhora do Livramento.Foto:www.viewphotos.org

imagem aérea da sede municipal

Sobre a Serra Pelada


            A região que hoje se situa o distrito de Serra Pelada foi uma das ultimas sesmaria doadas no Rio Grande do Norte. Fora doada ao padre Fideles de Paiva Ferreira. Em 1812 o padre Fidélis conseguiu terras por meio de doação de sesmarias.Foram elas: Bolandeira, Ladeira Grande, Inhandú,Mar Coalhado, Camaragibe, Sapo e Serra Pelada, residindo na época no sitio  Serra Pelada, do município de Taipu  na qual exercia a função de vigário de Extremoz . O padre Fideles nasceu em 1759 e entre sua atuação como sacerdote ocupou o lugar de vigário encomendado da paróquia de Extremoz, foi padre de São Gonçalo em 1814, de 1817 a 1820 e em Goianinha foi vigário interino. Após 1831 passou a residir em Serra Pelada, onde tinha um oratório e ajudava ao vigário da freguesia de Extremoz. Faleceu em 27/02/1842 (Bezerra, Severino. Levitas do Senhor, p. 47)
            O Relatório do presidente do estado em 1906 (p. 39)  apresenta pela primeira vez os nomes de alguns lugares do município de Taipu, entre estes  cita a Serra Pelada.

            A Serra Pelada é um afloramento rochoso que se destaca na paisagem do município de Taipu, pode ser vista da BR-406 na altura da Gameleira. Atualmente é explorada para a obtenção de pedras para a construção civil. É um dos lugares mais elevados do município de Taipu. A população lá residente ocupa já uma área em franco estado de urbanização sendo uma das maiores vilas do município, como escolas, igrejas (católica e evangélica), comercio, cemitério, praça, posto policial, entre outros equipamentos públicos. O padroeiro da Serra Pelada é são Sebastião, anualmente festejado em 20 de janeiro.


 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN
 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto de estrada de acesso a Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto  da visão de cima da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN

Igreja evangélica Assembleia de Deus da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN

 Aspecto da Serra Pelada, Taipu-RN


Capela de São Sebastião,  Serra Pelada, Taipu-RN




Fonte: Bezerra, Severino. Levitas do Senhor.Imagens:Geraldo Maia, Jan Van den Borschi
https://plus.google.com/photos/110935307897975719924/albums.

O ENGENHO PITOMBEIRA


            Conforme consta no blog franciscoguiacm.blogspot.com.br, o Barão de Ceará-Mirim,o engenho Pitombeira foi fundado no final do século XIX, pelo senhor João Gomes da Costa. Fora o maior engenho construído no município de Taipu. Segundo seu atual proprietário João Elias Farias Neto (Neto Elias), a comunidade do antigo era formada por mais de 180 casas, 5 casas de farinha, estação de trem (conhecida como 52).
            Sobre a fazenda Pitombeira, onde se localizava o antigo engenho, temos ainda outra informação que trata de um personagem bem conhecido de Taipu que é João Câmara, empreendedor industrial e político natural de Taipu.Segundo Torquato (2009, p. p.63-64 ) a fazenda Pitombeira era
propriedade rural com trabalhadores de vários misteres, moradas, capela, ranchos salpicando as encostas e uma loja, quase armazém, vendendo quanto precisasse o habitante da região. A estrada de ferro passava encostado e fora conseguida uma “parada” no quilômetro 52,Pitombeira, inaugurada a 15 de novembro de 1907.Pelos trilhos, Taipu, ficava a três quilômetros adiante.
            Ainda segundo este autor João Gomes da Costa havia comprado a  Pitombeira por dois contos de réis no velho bom tempo. João Gomes da Costa era natural da Gameleira, também distrito de Taipu. Era homem maior de quarenta anos, moreno, baixo, risonho, com olhos faiscantes de energia e bondade. Era uma casa grande de família patriarcal.João Gomes da Costa  era atirado, alegre, progressista, amigo das novidades mecânicas. Segundo Torquato (2009, p.65) ele instalou um locomóvel em 1905 e com seu prestigio conseguira que a estrada de ferro passasse por sua casa e erguera uma “parada” para embarque e descarga de produtos. Comprara um zonofone atroador com os discos da Casa Edison.
E onde entra João Câmara nessa história?
          Pois bem, ocorre que João Gomes da Costa era padrinho de crisma de João Severiano da Câmara. O acolheu como filho na Pitombeira e segundo Torquato “ensinou ao afilhado as tabelas de preço, descontos, regra de três e a ciência das medidas, covado, varas e os raros metros, as capacidades, cuia, litro, salamim, quarta” (p.63-64).O jovem João Câmara passou a trabalhar no armazém da fazenda onde recebia 50$000 mensais pagos regiamente pelo seu padrinho.
            Conforme Torquato (p. 63-64) a Pitombeira foi uma escola de aprendizagem prática, o primeiro curso real na variedade do conhecimento humano foi a Universidade para jovem João Câmara.




imagens do antigo engenho Pitombeira


Capela São João Batista.É uma da mais antigas capelas de Taipu, porém esta capela não pertence a paróquia, é uma capela particular.


interior da capela


aspecto do Engenho Pitombeira


Casa grande do Engenho Pitombeira



Fontes:
TORQUATO, Aldo (Org). Baixa-Verde Raízes da nossa história. Coleção Baixaverdense - Vol. I,2009.



terça-feira, 11 de março de 2014

Belchior de Oliveira Rocha

            O Professor Belchior de Oliveira Rocha, natural de Taipu, município situado na microrregião de Baixa Verde, Agreste Potiguar, é formado em Engenharia Elétrica pela UFRN, com Mestrado em Engenharia de Produção pela mesma Universidade.

              Antes de entrar para o quadro de pessoal da antiga ETFRN, no ano de 1982, através de concurso, foi professor do Estado do Rio Grande do Norte. Também atuou no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Banco do Brasil e na Petrobrás.  No então CEFET-RN, além da atividade docente, exerceu várias funções de gestão, dentre as quais as de Coordenador de Multimídia, Gerente Educacional da Área de Indústria, Coordenador Geral do Ensino e Diretor de Ensino, até chegar ao cargo de dirigente máximo, em março de 2008.


Fonte: http://belchiorreitor.wordpress.com/curriculo-resumido/

José Gomes da Costa

         Magistrado, promotor publico e professor, deputado estadual.Nascido no distrito da Gameleira, em Taipu a 17/03/1902.Foi bacharel em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro tendo sido um dos mais dedicados cultores das letras jurídicas do Rio Grande Norte. Foi deputado estadual entre 1928-29. 
           Exerceu ainda a função de juiz da comarca de Santana do Matos, Angicos, Canguaretama e Macaíba  até ser promovido a 4ª vara da comarca de Natal. Chegou a ser desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte em 1952..Foi Presidente do clube do América Futebol Clube de Natal entre os anos de 1928 e 1930.Morreu Natal 23/01/1982
Em Taipu denomina o fórum municipal e denomina ainda uma rua no bairro de Capim Macio em Natal. 


O CORONEL ESTEVÃO JOSÉ BARBOSA DE MOURA

          O coronel Estevão José Barbosa de Moura nasceu em Pousa, município de Taipu, em janeiro de 1810, filho de Manuel Teixeira Barbosa, comandante superior, vereador do Senado da Câmara do Natal, vice-presidente e presidente da Província do RN e Ana da Costa e Vasconcelos. Os pais proporcionaram ao jovem Estevão um ambiente de príncipe herdeiro. 
    Seguindo a praxe endogâmica que recomendava às famílias mais ilustres, o casamento entre parentes, com o objetivo de manter a fortuna na família, em 3 de julho de 1833 Estevão Moura casou com sua prima materna Maria Rosa do Rêgo Barros, filha do Coronel de Joaquim José do Rêgo Barros e Maria Angélica de Vasconcelos, na capela do Ferreiro Torto, domínio do sogro.
        Destas núpcias nasceram oito filhos, sendo as mulheres; Ana Joaquina de Moura Castelo Branco, casada com José Moreira Brandão Castelo Branco, Maria Angélica de Moura Câmara, casada com Jerônimo Cabral Raposo da Câmara, Isabel Cândida de Moura Chaves, casada com Francisco Clementino de Vasconcelos Chaves e Antônia Rosa Teixeira de Moura, solteira.
       Os homens foram; Joaquim Manoel Teixeira de Moura, casado com Ana Joaquina da Fonseca e Silva, Manoel Joaquim Teixeira de Moura casado com Tereza Josefina da Fonseca e Silva, José Getúlio Teixeira de Moura casado com Joaquina Angélica Marinho de Carvalho e Estevão José Barbosa de Moura Júnior, falecido solteiro. Todos os casais tiveram descendência vastíssima, entrelaçada e prolifera.
     O cel. Estevão Moura foi um homem poderoso, influente e prestigiado. Teve fortuna incalculável, rebanhos imensos, fazendas, casarios, escravatura, pilhas de ouro. Sua vontade era lei. Politicamente administrou a província em três ocasiões, em 1841, 42 e 43. Foi deputado provincial nos biênios de 1840-41, 42-43, 44-45, tendo tomado parte nas sessões de 1838-39, como suplente do Dr. Pinagé. Em 10 de novembro de 1841, criou a comarca e o município da Maioridade, hoje Martins. Em 27 de janeiro de 1889 aderiu ao partido republicano que Pedro Velho fundava.
       Proprietário de terras que remontavam às antigas sesmarias coloniais, suas terras englobavam municípios inteiros, dezenas e dezenas de propriedades, com residência, servos, cavalos de sela, conforto e poder. Em 1874, doou uma parte de suas terras na fazenda Barra (hoje solar Caxangá) para a edificação da capela de São José, seu padroeiro. Foi o todo poderoso da região de São Gonçalo do Amarante e Macaíba. Arranjou inimizade com o major Fabrício Gomes Pedroza, quando em juízo exigiu que este redirecionasse a cerca de “Coité” que avançara sobre parte do movimentado porto local, escoadouro da produção do sertão potiguar. Tempos depois, teve um embate celebre nas crônicas do Estado com o Presidente da Província Manuel da Silva Lisboa – Parrudo - cuja solução importou na morte do arrebatado administrador. 
      Em Macaíba, que não era ainda uma vila, Estevão Moura construiu com os próprios recursos a primeira ponte da cidade, em 1859 e em seguida, abriu a estrada que liga Macaíba a Natal via mangabeira. A parte desta estrada dentro da cidade do Natal é hoje a conhecida avenida Coronel Estevão! Foi ainda construtor do Solar Caxangá (em seu tempo Fazenda Barra).
      Coronel Estevão Moura! Seu nome soava como uma trombeta de guerra. Nascera no Brasil vice-reino, atravessara a Regência e viveu três anos no regime republicano depois de escoar-se o primeiro e segundo Império. Morreu paupérrimo, ignorado e esquecido em Macaíba no dia 16 de janeiro de 1891, sendo seu corpo sepultado no cemitério de São Miguel e posteriormente transportado seus restos mortais para o jazigo da família Moura, na matriz de Nossa Senhora da Conceição da Macaíba.
    Político, fazendeiro, lavrador, dono de Engenhos, criou municípios e seu sangue corre em milhares de veias, perpetuando uma vida que não pode ficar na escuridão e no esquecimento. Em Natal denomina uma das mais famosas avenidas da capital potiguar a Avenida Cel. estevam, conhecida com Av 9.


Fonte: http://jotamaria-coroneispotiguares.blogspot.com.br/

Sérgio Guedes da Costa

       Médico Clínico Geral, Sérgio Guedes da Costa nasceu em Taipú - RN, em 10 de Outubro de 1907, filho de Sérgio Guedes da Fonseca e Anna Rodrigues da Costa.Obteve o diploma de Médico da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1933.Conforme o álbum de formatura, a turma era composta de 360 formandos, sendo apenas 08 mulheres.
        Recém formado trabalhou em Cachoeiro de Itapemirim – Espírito Santo. Teve uma breve passagem pela carreira política quando em 1936, foi eleito vereador na Cidade de Rio Pardo – ES, sendo depois em 1948, delegado do Partido Social Democrático partido do seu primo João Câmara. Trabalhou em Recife e no interior de Pernambuco no combate à febre amarela. Voltou para Natal em 1941.
      Casou com sua prima, Elizier da Câmara Benfica em 03 de janeiro de 1943, na Cidade de João Câmara - RN, antiga Baixa Verde, tiveram cinco filhos: Sérgio, Gustavo (in memoriam), Ana Maria, Sílvio e Ricardo, este último foi o único filho a seguir a profissão paterna
           Atuou como tenente médico da reserva do Exército, em Natal-RN, de 05.12.1944 a 22.04.1945.Trabalhou como Médico Clínico Assistente no Centro de Saúde de Natal – Depto. De Saúde Pública do RN, de 19.11.1941 a 07.01.1948, onde atuou como Médico Clínico assistente para serviço de higiene pré-natal, a partir de 19.11.1941, e para serviço de doenças venéreas femininas, a partir de 13.03.1942 Em 14.02.1946, foi nomeado Diretor Geral do Depto. De Saúde Pública do RN. Participou no período de 23.12.1942 a 17.05.1946 de trabalhos de defesa passiva nos postos de vigilância e assistência médica instalados nos estabelecimentos hospitalares, de ensino e quartel da Polícia Militar do RN,conforme declaração de 28.12.1960. Trabalhou como Médico na Legião Brasileira de Assistência - LBA, de 01.08.1946 a 29.12.1969, tendo recebido diploma de bons serviços prestados a causa legionária, em 28.08.1966, tendo exercido a chefia da Divisão de Serviço Social da LBA, portaria 91, de 11.09.1946. Trabalhou no IAPT EC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados dos Transportes de Cargas), depois INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social), de 03.12.1949 a 30.12.1969. Atuou na clínica médica, nas áreas de ginecologia, infectologia, gastroenterologia e cardiologia. No início da carreira, atuou também como médico obstetra. Atuou em consultório inicialmente de 1941 até aproximadamente 1945, na Rua Dr. Barata, Ribeira, depois na Av. Rio Branco,nº 598, 1º andar, Cidade Alta – Natal-RN, acima das lojas Duas Américas, e a partir de 1962 até 1968, em sua residência na Rua Meira e Sá , n º 128 , Barro Vermelho- Natal-RN.Sua dedicação em tempo integral à clínica médica, tanto no serviço público como no consultório, o fez um profissional muito respeitado pelos seus colegas e estimado pelos seus pacientes.
        Em busca de aperfeiçoamento do conhecimento médico, participou de eventos a seguir descritos: XIV Curso de Aperfeiçoamento em Cardiologia no Hospital Municipal de São Paulo, promovido pela Sociedade Médica de São Paulo, em São Paulo-SP, 12.02.1954; 1º Curso Intensivo de Gastrenterologia, aprovado pelo Conselho Diretor da Federação Brasileira de Gastrenterologia, em Recife-PE, de 07.01.1957 a 30.01.1957; Curso de Doenças Venéreas, promovido pelo Ministério da Educação e Saúde, Depto. Nacional de Saúde, Rio de Janeiro - RJ, 24.11.1944; Curso de Hematologia e Citologia Clínica, promovido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio Grande do Norte, em Natal-RN, 10.05.1958. Era Membro honorário da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, diploma de 15.03.1946. Pela sua atuação na clínica médica, foi convidado para lecionar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pelo seu fundador e primeiro reitor Ono fre Lopes da Silva, não tendo aceitado, por modéstia, achando que não tinha capacidade para ensinar na UFRN.
       Foi profissional exemplar e dedicado. Na clínica médica diagnosticou casos que encaminhava para colegas no Rio de Janeiro ou São Paulo, e eram confirmados, sem dispor aqui dos recursos de exames, sendo elogiado pelos colegas de profissão.
       Além de estudioso da medicina, era apreciador da arte da música, tocava violão e acordeom, sendo autodidata, e também da poesia. Sempre se atualizava nos assuntos sociais, econômicos e políticos, e idealizava uma sociedade mais justa. Apreciava e jogava xadrez freqüentemente, e recebeu da Federação Norte-rio-grandense de Xadrez, uma placa em homenagem pelo torneio com seu nome, em Setembro de 1986. Era sócio a partir de 12.10.1959, do América Futebol Clube, cujo time era torcedor.
        Faleceu em Natal – RN, em 26 de Maio de 1990, sendo velado na Capela da Policlínica do Alecrim, sendo ministrada Missa de corpo presente pelo Monsenhor Eimar Monteiro. Foi sepultado no Cemitério do Alecrim.
         Biografia feita pela sua filha Ana Maria da Câmara Guedes em 30/06/2004 com adaptação nossa.


Artistas taipuenses SEVERINO BORGES DE OLIVEIRA (BITINHO)

Escultores do Nordeste: SEVERINO BORGES DE OLIVEIRA (BITINHO)

      Este artigo foi publicado originalmente no blog http://xiquexiquense.blogspot.com.br/ em 18 de fevereiro de 2011 na qual aqui reproduzo sobre este artista nascido em Taipu.Trata-se de Severino Borges de Oliveira, vulgo,Bitinho.

     Nasceu em 1940 na cidade de Taipu (RN) e, a exemplo de outros nordestinos migrou pelos estados do Ceará, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo e, finalmente estabeleceu-se na cidade de Juazeiro (BA) onde, durante muitos anos produziu as famosas carrancas que ilustraram as prôas da barcas do Velho Chico, feitas de madeira (cedro ou umburana), sem qualquer desenho prévio, apenas com auxílio de serrote, escopo, formão, facas e torno.

Foto:Maria do Carmo Buarque de Holanda

Artistas taipuenses K-Ximbinho


          Nasceu em Taipu (RN) em 20/01/1917, e lá começou a tocar clarineta. Mais tarde mudou-se para Natal, onde entrou em um conjunto de jazz. Também tocou saxofone e requinto. Em 1938 passou a integrar a Orquestra Tabajara de Severino Araújo, e quatro anos mais tarde radicou-se no Rio de Janeiro, desligando-se da orquestra. Tocou em outras orquestras na década de 40, e foi também músico de estúdio, acompanhando cantores. Por volta de 1946 voltou a ingressar na Tabajara, que foi a primeira a gravar uma composição de sua autoria, o clássico choro "Sonoroso". Depois de estudar teoria musical com o maestro Koellreuter e tocar em boates, fez uma turnê pela Europa, na década de 50. De volta ao Brasil, trabalhou como arranjador na Odeon e na TV Globo. Outras de suas composições também se tornaram clássicos do choro, como "Eu Quero É Sossego", "Saudades de um Clarinete" e "Gilka".
           Sebastião Barros, K-Ximbinho,  morreu 26/06/1980 no Rio de Janeiro.Segundo o maestro Paulo Moura, K-Ximbinho foi "o mais original dentre os instrumentistas que se dedicaram à orquestra popular urbana". Dedicou-se ao "jazz", ao choro e ao conjunto regional. "Sua atuação no "jazz" do Brasil é marcada pela criação de formações camerísticas, orquestrando para instrumentos até então pouco utilizados (...)
            Em 2009, foi homenageado pelo grupo Flautistas da Pro Arte com o espetáculo "K-Ximbinho - Um mestre do sopro" em espetáculos apresentados no Teatro Municipal do Jockey, na Sala Baden Powel e no Jardim Botânico, todos no Rio de Janeiro. Na ocasião foram apresentadas suas obras "Sonoroso", "Mais uma vez" e "Sonhando", todas com Del Loro; "Tô sempre aí"; "Ternura"; "Simoninha na Barra"; "Tudo passa"; "Sempre"; "Velhos companheiros"; "Auto-plágio"; "Eu quero é sossego", com Hianto de Almeida; "Teleguiado" e "Catita". Em 2010, as gravações dos choros "Sonoroso", "Meiguice" e "Mais uma vez", com Del Loro, na interpretação da Orquestra Tabajara, foram incluídas no CD 4 da coletânea "Chorinho do Brasil - Vol. 2" da Warner Music.










Discografia

SAUDADES DE UM CLARINETE
SAUDADES DE UM CLARINETE
Eldorado - 1980
K-XIMBINHO E SEUS PLAY-BOYS
K-XIMBINHO E SEUS PLAY-BOYS
Polydor - 1961
O SAMBA DE CARTOLA
O SAMBA DE CARTOLA
Polydor - 1959
EM RITMO DE SAMBA
EM RITMO DE SAMBA
Polydor - 1958
RITMO E MELODIA
RITMO E MELODIA
Odeon – 1956
K-Ximbinho e Seus Play Boys • Polydor • LP ( 1961)
 Em Ritmo de dança • Polydor • LP(1958)
Ama-me ou esquece-me/Murmurando • Odeon • (1956)
Le rififi/Jura • Odeon • (1956)
Molambo/Arrasta a sandália • Odeon • (1956)
Suba espuma/Esperando você • Odeon • (1956)
A fonte secou/Gilka • Continental • (1955)
Começou o baile/Baião potiguar • Continental • (1954)
Um clarinete à jato/Fim de semana em Paquetá • Continental • (1954)
Perplexo/Tudo passa • Continental • (1953)



Fonte: http://www.dicionariompb.com.br/

CARACTERÍSTICAS DE TAIPU NA DÉCADA DE 1950

          Este texto se encontra numas da série crônicas taipuenses, porém, faltava as ilustrações que desejava por.
       Segundo consta na enciclopédia dos Municípios do IBGE (1957) no tocante a formação histórica do município de Taipu consta que essa foi uma das regiões mais densamente povoada da Capitania do Rio Grande do Norte em fins do século XVII. Ainda segundo a mesma publicação o território era denominado Taipu Grande ( p.166) estando a população distribuída em grande número de propriedade rurais na qual se dedicavam ao cultivo de cereais.
Extensão territorial e demografia
      Segundo a publicação do IBGE o município  tinha em 1958 942 km².O Censo de 1950 a população foi estimada em 15.156 habitantes, dos quais 7.581 homens e 7.575 mulheres. Desse total de habitantes 92% da população habitavam a zona rural (IBGE, 1957,p.166).Segundo a já citada publicação havia apenas uma aglomeração urbana, que era a do distrito sede, ou seja , a vila de Taipu, com 1.162 conforme os dados do Censo de 1950 (idem).
      Os mapas a abaixo mostram como era o município de Taipu na década de 1950 do século XX. As imagens foram extraídas da já referida publicação. O primeiro mapa é o mapa físico de Taipu já o segundo trata-se do município no território do Rio Grande do Norte.




Economia
       No que se referem a economia do município o quadro vigente em 1958 era o seguinte: A agricultura e a pecuária congregavam o maior numero de pessoas ativas. Taipu era possuidora de ricas várzeas, que bem cultivadas o tornariam um dos celeiros do estado , afirma a referida obra do IBGE (1958,p.166).No entanto a agricultura era ameaçada vez por outra pelas enchentes ocasionadas pelo rio Ceará-Mirim que destruíam completamente as lavouras.
       A região oeste do município sentia os efeitos da falta de água, o que não permitia o fomento da agricultura naquela região ( a passagem se refere a região compreendida atualmente pelos municípios de Poço e Branco e Barreto, atual Bento Fernandes, que à época eram distritos de Taipu).
        A importância da agricultura na economia local decorria principalmente  do cultivo do algodão e mandioca, que concorreram em 1955 com 60% do valor de todas as culturas agrícolas analisadas pelos serviços de estatísticas.
      O valor da safra municipal naquele ano atingiu a cifra de 5.424,000  cruzeiros. A pecuária estava assim constituída conforme os dados do Censo agropecuário de 1956:A extração de produtos vegetais era outra atividade de fonte de rendas do município. Em 1955 foram extraídos 1.500 kg de cera de carnaúbas que geraram  50.000 cruzeiros a economia município. 
      A indústria  estava representada em 26 estabelecimentos industriais, que em 1955, ocuparam 6 operários e apresentou um valor de 1.558,000 cruzeiros. No tocante ao comercio diz a publicação já citada que o mesmo não apresentava um grande desenvolvimento e que exportava na época algodão, couros e peles com destino a Natal. Havia no município 73 estabelecimento comerciais varejistas em 1956.Já na educação os dados do Censo de 1950 apontavam que apenas 21% da população era alfabetizada ( quota observada na população acima de 10 anos).Havia 35 unidades de ensino no município.
Aspectos do município
       A Enciclopédia dos Municípios Brasileiros trazia no tocante a Taipu duas imagens para ilustrar o município. Trata-se das duas fotos a baixo.A primeira era a da sede municipal, já a segunda evidenciava um aspecto rural do município.Num esforço de identificar os locais apresentados na foto da cidade coloquei as setas onde se localizam as residências encontradas na foto.

          Essas imagens são importantes para compreender a  história de Taipu pois evidenciam a caracterização do município em fins da década de 1950 do século passado elas pretendiam ilustrar as informações da publicação do IBGE onde se conclui que Taipu era na época um município grande em extensão territorial, pouco urbanizado e tipicamente rural.


Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957.

Apontamentos para compreender a história de Taipu


                Antes de dissertar sobre a história de Taipu cabe-nos fazer a distinção entre município e cidade. O município é uma circunscrição territorial abrange todo território, incluindo a sede que lhe denomina, alem dos distritos, fazendas e demais nucleamentos rurais. A cidade é o núcleo urbano de um município.
                Pois bem partindo dessas premissas tentaremos aqui fazer uma ordenação cronológica da história de Taipu ( município e cidade), podemos então subdividir essa história nos seguintes períodos:
Pré-história: período que compreende a presença dos animais da megafauna onde foram encontradas na década de 1980 do século XX ossadas na região do município de Taipu em que atestam a presença desses animais na região.
             A proto-história:está relacionada a presença indígena na região do atual município de Taipu.Antes da presença do colonizadores portugueses houve a participação dos índios no local.Essa presença é atestada pelas peças encontradas em escavações realizadas em sítios e fazendas do município em que foram encontrados artefatos do cotidiano indígena.
           A colonização: diz respeito ao período de colonização portuguesas denotada pela política de doação de terras da Coroa Portuguesas no território da então capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte) a partir do século XVI com o sistema de sesmarias. Das 924 sesmarias doadas no Rio Grande do Norte entre os séculos XVI e XIX ao menos 14 foram catalogadas  como doadas entre os territórios dos municípios de Taipu e Poço Branco ( até 1964 foi distrito de Taipu).Estas sesmaria foram o embrião das fazendas que deram inicio ao processo de ocupação do território do município de Taipu,muitas delas localizadas ao longo das margens do rio Ceará Mirim.
       O desenvolvimento urbano: embora fosse distrito de paz do município de Ceará Mirim em 1851 o nucleamento urbano se dá por meio da construção da capela de Nossa Senhora do Livramento a partir de 1861.A partir de então começa a surgir a vila de Taipu  que doravante passará a contar com casas no entorno da casas, feira e escola (1864).O distrito seria criado em 1888 ainda subordinado administrativamente a Ceará Mirim, em 1889, não se sabe por quais motivos a subordinação passou ao município de Touros.
A emancipação
      Ocorrida em 10 de março de 1891 o município passa a ter autonomia política e adminsitrativa desvinculando-se do município de Ceará Mirim.A instalação do novo município potiguar deu-se em 03 de abril do mesmo ano com a nomeação do primeiro intendente, o capitão Candido Marcolino.Possuía na época pouco mais de 2000 habitantes, a sede do município foi determinada na Vila que lhe dá nome.
O desenvolvimento econômico
         Ocorre com a chegada da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte em 15 de novembro de 1907 quando ocorre a inauguração da estação ferroviária. A abertura ao trafego de passageiros sé da e janeiro de 1908.A ferrovia possibilitou o escoamento da produção agrícola do município e sua integração entre as cidades da região central do estado e também com a capital do estado.
Elevação a condição de cidade
      A elevação da vila a condição de cidade ocorreu em 1938, porém na prática o núcleo urbano permaneceu como tal, pois na década de 1950 segundo afirmava os dados do Censo do IBGE haviam apenas 924 pessoas habitando a sede municipal, razão pela qual o IBGE ainda denominava de Vila a sede do município de Taipu.
Desmembramentos
         Ao longo de sua história o município de Taipu foi cedendo parte de seu território para a formação de novos municípios no estado do Rio Grande do Norte. Isso ocorreu em três períodos: o primeiro em 12 de outubro 1928 com a criação do município de Baixa Verde. A sede do distrito de Baixa Verde (que corresponde ao atual centro histórico ou primitivo da atual cidade de João Câmara) foi desmembrada de Taipu e passou a ser a sede do novo município de mesmo nome. O segundo momento ocorre com a criação do distrito e a posterior criação do município de Barreto (atual Bento Fernandes) em 31 de dezembro de 1958.O terceiro momento se dá em 26 de julho de 1964 com a criação do município de Poço Branco.