quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O CENTENÁRIO DO GRUPO ESCOLAR JOAQUIM NABUCO DE TAIPU



          No último dia 08/01/2019 foi o dia em que se comemorou o centenário do Grupo Escolar Joaquim Nabuco de Taipu.A celebração do centenário desta instituição de ensino público estadual muito honra não só ao município de Taipu, como também a região do Mato Grande por ser esta uma das mais antigas escolas públicas da região.
O Grupo Escolar Joaquim Nabuco foi criado pelo Decreto Nº 86, de 08 de janeiro de 1919 pelo então governador Joaquim Ferreira Chaves. Conforme se lia no referido decreto em seu artigo 1º “é criado, na vila de Taipu, um grupo escolar denominado ”. Conforme registrado no jornal A República, o Grupo Escolar Joaquim Nabuco foi oficialmente inaugurado em 18/02/1919 na qual esse Grupo Escolar representaria mais um dos grandes melhoramentos na instrução pública (A REPÚBLICA, 1919, p.2).
O grupo Escolar Joaquim Nabuco também era conhecido por Escolas Isoladas ou Escolas Reunidas, isso devido ao fato de que a lei que reestruturou o ensino no Rio Grande do Norte, determinava que três ou mais escolas existentes nos municípios (escolas isoladas) fossem agrupadas (reunidas) em um só lugar (grupo escolar), sendo assim, ao Grupo Escolar Joaquim Nabuco foram incorporadas as escolas isoladas que haviam na vila de Taipu, inicialmente foram duas escolas isoladas agrupadas no Joaquim Nabuco, uma para cada sexo.
                 Grupo Escolar Joaquim Nabuco em 1927
                                   
Fonte: IHGRN, 1927, p. 21.


A imagem a cima é um dos registros mais antigos do grupo escolar Joaquim Nabuco, tendo sido feito na visita de inspeção naquele ano de 1927.
Conforme a Lei Orgânica do Ensino, os grupos escolares seriam regidos por um ou mais professores em cada cadeira, que correspondia a cada ano de ensino, composto pelos cursos infantil e elementar e sob a direção de um funcionário administrativo (RIO GRANDE DO NORTE, 1917, p.30 ).
Os Grupos Escolares deveriam funcionar em prédio próprio, por isso, se desenvolveram “projetos arquitetônicos que organizassem o espaço escolar a fim de construir atividades que se adequassem as novas metodologias de ensino e princípios higienistas propalados pelo discurso de uma pedagogia moderna”.
Segundo a Lei Orgânica do Ensino os prédios escolares deveriam ser construídos no centro de terreno elevado e seco, sem ligação com outros prédios, devendo ficar situado fora dos centros urbanos de grande movimento e da vizinhança de estabelecimentos comerciais ou casas de diversões, os quais pudessem prejudicar a frequência e a moralidade escolar (RIO GRANDE DO NORTE, 1 917, p. 32).
Além disso, na construção dos prédios escolares deveriam ser observados os preceitos comuns de higiene e conforto.
 Ainda no tocante a estrutura física  as salas dos prédios dos grupos escolares seriam em forma retangular com capacidade para 40 alunos, no máximo, medindo pelo menos 7 metros de comprimento por 6 de largura e pé direito (altura do solo até o teto) de 4 metros.


Alunos do grupo escolar Joaquim Nabuco turma de 1927
Fonte: IHGRN,1927,p.21.

 Os edifícios deveriam ser pintados em cores neutras, de preferência nas cores azul ou verde-claro (RIO GRANDE DO NORTE, 1917, p. 32).
As classes deveriam ter janelas de maneira tais que os alunos pudessem receber o ar e a luz de forma mais higiênicas, resumindo, deveria ser janelas amplas e classes arejadas, também nas salas de aula deveria ter um vestiário guarnecido com cabides para cada aluno (RIO GRANDE DO NORTE, 1 917, p. 32).
Ainda na estrutura física dos Grupos Escolares, deveria constar uma sala para a diretoria e arquivo, uma área descoberta e murada para o recreio, com divisões para cada sexo (RIO GRANDE DO NORTE, 1 917, p. 32).
Na falta de esgoto público, as latrinas deveriam ter uma fossa séptica ou reservatório estanque e na falta destes seriam construídas fossas comuns, com paredes impenetráveis aos dejetos de forma que fosse possível fazer a desinfecção e o esvaziamento (RIO GRANDE DO NORTE, 1917, p. 32)


Grupo Escolar Joaquim Nabuco década de 1960/70
Fonte: IBGE.
                             Escola Estadual Joaquim Nabuco em 2015

Fonte: João Batista dos Santos,2015.

O Grupo Escolar Joaquim Nabuco teve que ser construído conforme essas especificações físicas. Ao analisar as características arquitetônicas do prédio do Grupo Escolar Joaquim Nabuco percebe-se que foi construído em estilo neoclássico, em formato retangular, cuja a cimeira vê-se 3 faixas, possivelmente para a colocação do nome do estabelecimento de ensino.
Possui 10 amplas janelas, sendo 6 na parte da frente do edifício e 4 em ambas as laterais. Na frente do edifício também se localiza a porta principal que dava acesso a parte interna do prédio.
Quanto a parte interna, estava constituída de um rol de entrada, duas grandes salas de aulas, sendo uma com um palco para apresentações (na  sala a esquerda de quem entra no edifício), a sala da diretoria e pátio interno do recreio.
O grupo escolar Joaquim Nabuco atualmente se situa na rua Antônio Alves da Rocha, a rua principal da cidade de Taipu, na época de sua construção, o prédio ficava fora da zona urbana da vila.

O município a época da criação do Grupo Escolar Joaquim Nabuco
Em 1919 o município estava assim caracterizado:
Tinha uma extensão territorial de 2.160 km ², população de 10.000 habitantes3, se limitava com os municípios de Touros, ao norte, Ceará-Mirim a leste, Lajes a oeste e São Gonçalo ao sul. De clima quente, saudável.
Os distritos eram a Vila, Baixa Verde e Boa Vista.Os povoados Baixa Verde, Boa Vista, Poço Branco, Contador e Gameleira, Matão, Pitombeira.
A economia estava baseada nas culturas de algodão, mandioca, milho, feijão e criação de gado.
Importava todos os artigos de consumo e exportava algodão, farinha de mandioca, milho, feijão, couros e peles.
O município tinha uma estrada de rodagem que o ligava ao município de Ceará-Mirim e a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte4, cujas as estações eram 4: Vila, Pitombeira, Baixa Verde e Melancias, esta última inaugurada em 08/09/1919 no km 76.
A Vila de Taipu
Situada a margem direta e sul do rio Ceará-Mirim, distante da Capital 56 km, a situação urbana era essa: 173 casas, 1 igreja, 1 escola, 1 mercado, 1 coletoria, 1 agencia dos correios, 1 agencia de telégrafos, 1 estação ferroviária, 1 cemitério. A população da vila era de 1.038 habitantes.

                                Centro histórico de Taipu
Fonte: Teresinha Dias, 1965.
Administração municipal
 Na administração municipal era intendente: Rosendo Ferreira de Miranda.Vice-Presidente: José Joaquim de Vasconcelos. Secretário: João Ferreira de Mirada Câmara.Intendentes (vereadores):João Gabriel Campos, João Gomes da Costa, Joaquim Ferreira de Miranda e José Soares da Silva.Procurador: Manoel Eugênio de Andrade.Fiscal: Manoel Cândido da Câmara.Porteiro: Antônio Eugênio de Andrade.
Instrução pública
Os Professores municipais eram: Carlota Alves da Silva, João Francisco de Sá Buriti, Joaquim Guedes de Paiva Fonseca, Helena Botelho e Josefa Botelho, sendo as duas últimas as primeiras professoras do Grupo Escolar Joaquim Nabuco.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

CAMPO DE POUSO DA VILA DE EPITÁCIO PESSOA ATUAL PEDRO AVELINO



         Conforme publicado no jornal A Ordem foi festivamente inaugurado no dia 15/05/1947 o campo de pouso da vila de Epitácio Pessoa, atual cidade de Pedro Avelino, a época pertence ao município de Angicos.
         Esse importante melhoramento era um dos resultados prático da até então atual campanha que empolgava o Rio Grande do Norte visando o mairo incentivo e desenvolvimento do movimento da aviação civil promovido pelo Aeroclube do RN.
         Para participar das festividades da inauguração daquele campo de pouso seguiu de Natal uma caravana de dois aviões do Aeroclube sob o comando do tenente Clidenor Lago, e pilotado pelos aviadores civis Plinio Saraiva e Jaques Saraiva, também seguindo o dr. Rui Lago, diretor da Escola de Voo.
         Além de outras homenagens prestadas aos visitantes aviadores foi servido ao meio dia um banquete, falando no seu termino diverso oradores.
         As 14h00 depois de pousar o avião vindo de Mossoró, pilotado pelo Sr. Roberto Stanley, foi realizada a solenidade de inauguração do campo de pouso da vila de Epitácio Pessoa. (A ORDEM, 18/09/1947,p.1).

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

NOTAS PARA A HISTÓRIA DE PARNAMIRIM



         Parnamirim é o terceiro município mais populoso do Rio Grande do Norte, tendo celebrado ano passado próximo seus 60 anos de emancipação política.
         Eis nossa modesta contribuição para a preservação da história e da memória deste pedaço de chão potiguar.
         O período a seguir abordado se refere ao período em que Parnamirim figurou como distrito de Natal entre as décadas de 1940/50.
Poço de Parnamirim
         O ministro da viação havia baixado uma portaria aprovando o orçamento de 20.739 cruzeiros para a perfuração de um poço localizado em Parnamirim, no município de Natal.O poço foi requerido pela Standard Oil Company.(A ORDEM, 04/12/1942, p.2)
Melhoramentos para Parnamirim
A Prefeitura de Natal marcou para o dia 04/05/1946 a inauguração de importantes melhoramentos públicos  para a Vila de Parnamirim, com os quais seria dotada aquela progressista vila.
Dentre esse melhoramentos que seriam entregues ao públicos estavam o mercado, construído por iniciativa da população de Parnamirim e com a cooperação da prefeitura, o serviço de limpeza pública e o serviço de correição de animais, além do lançamento da pedra fundamental do cemitério e do prédio destinado a um ambulatório a ser construído em cooperação com a Legião Brasileira de Assistência e com o o comando da FAB, o lactário da LBA e o edifício sede da União Beneficiente Operária e em breve seria construída uma agência postal.(A ORDEM,03/05/1946,p.1).
Mercado público de Parnamirim

Fonte: prefeitura de Parnamirim.

Na mesma data foram dados os nomes de ruas, praças e avenidas da vila de Parnamirim.As denominações dos logradouros públicos de Parnamirim foram estes:
Rua
Avenida
Praça
Cap. Dr. Luiz Antônio
Fabricio Pedroza
Presidente Roosevelt
Asp. Santos
Cardeal Leme
Augusto Severo
Tte. Dorneles
Tte. Medeiros

Cmt. Petit


Edgard Dantas


Ttte. Bulhões


Tte.Osório


Asp. Mena Barreto


Tte. Novais


Tte. França


30 de Maio


Tte Aurélio


Asp. Vandeput


Cap. César


Sgt. Waldir


Sgt. Menezes


Sgt. Divino


Tte. Cordeiro


Fonte: A Ordem, 09/05/1946, p.5.
Nestes logradouros foram colocadas as respectivas placas indicativas. Eram, portanto, 17 ruas, 3 avenidas e 2 praças que constituíam o núcleo urbano da Vila de Parnamirim em 1946.
A escola primária da Base Aerea de Parnamirim
         Segundo o jornal A Ordem representou um acontecimento de magna importância a inauguração da Escola Primária da Base Aérea com ampla capacidade e benefícios.
         A escola da Base Aerea foi uma iniciativa  do comandante José Vaz da Silva tendo sido instalada no antigo e confortável  edifício do comando geral dos americanos, tendo várias salas de aula perfeitamente mobiliados, salas de leituras, salas de esportes, oficians, etc.
         A organização e adaptação do edifício foram confiadas ao 2º tenente Luiz Gonzaga Schemy. Contava a escola com mais de 500 alunos entre circunscritos e crianças filhos de operários e graduados da Base Aérea.
         Era uma escola primária onde haveria cursos de candidatos a cabos e sargentos, além de cursos de auxiliar de enfermagem, datilografia, etc.
         A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades civis, militares e eclesiásticas, além de famílias e cavalheiros.
         Entre os que compareceram estavam o Interventor Orestes da Rocha Lima, o general Floriano Brainer, comandante do Destacamento Misto de Natal, o bispo diocesano, Dom Marcolino Dantas, o prefeito de Natal Silvio Pedroza, o professor Severino Bezerra, o comandante Aluisio Moura, sacerdotes, seminaristas e outras pessoas.
         A solenidade teve inicio com o hasteamento da bandeira pelo general Orestes da Rocha Lima em frente ao edifício da Escola da Base Aérea, seguindo-se a leitura do boletim do Comando pelo tenente aviador Saulo de Matos Macedo, em que se definia a finalidade do estabelecimento e terminada com um elogio ao organizador da Escola o tenente Luiz Gonzaga Schemy.
         O interventor federal cortou a fita simbólica na entrada do edifício e em seguida foi dada a benção do mesmo pelo bispo diocesano d. Marcolino Dantas e proferindo entusiásticas palavras de aplausos e louvores ao estabelecimento  e aos seus propuganadores.
Coube ao general Orestes da Rocha Lima fazer a inauguração da Escola , depois dar palavra explicativas do comandante da Base.
A inauguração da Escola Primária da Base Aérea de Natal causou magnífica impressão a todos quantos tiveram a oportunidade de se fazer presente aquele ato solene.(A ORDEM, 06/05/1947,p.1).

A construção da matriz de Parnamirim
         O bispo diocesano constituiu uma comissão que seria encarregada da construção da igreja matriz da futura freguesia do Senhor do Bonfim que seria criada na prospera Vila de Parnamirim.A comissão foi formada pelos seguintes membros:
Josafá Machado, presidente, Manoel de Oliveira Bulhões, vice-presidente, professor Homero de Oliveira Dantas, secretário, Severino Pedro  Nunes, tesoureiro, demais membros: suboficial Luiz Gonzaga de Andrade, Manoel André da Silva,José Pedro da Silva,Luiz Joaquim Barreto, Severino Peregrino Celestino Potiguar, Manoel da Costa Fialho e Francisco Fernandes Pimenta.
         A comissão se reuniu no dia 20/08/1946 no salão do Grupo Escolar de Parnamirim, assistida por grande número de famílias. Falaram o presidente, os membros Luiz Gonzaga de Andrade, Severino Pedro Nunes e o construtor Malaquias Soares que apresentou a planta da futura matriz, que havia sido vista pelo bispo diocesano e aprovada pela Diretoria de Obras da Prefeitura do Natal, sob as aclamações por parte dos presentes.
         Os nomes do Sr. Bispo Dom Marcolino Dantas e do prefeito Silvio Pedroza foram vivamente aclamado.Assinaram a lista de contribuições com as referidas quantias em dinheiros as seguintes pessoas:
Contribuições par construção da igreja de Parnamirim em 1946
Contribuinte
Contribuição em Cr$
Severino Peregrino da Silva
200,00
Genésio Domingos de Oliveira
200,00
José Sales
100,00
Abílio Paulino da Costa
100,00
José Januário de Carvalho
50,00
Manoel Camilo Filho
50,00
José Alexandino
25,00
Antônio Leite Filho
20,00
Antônio Pessoa de Carvalho
20,00
Julio Bernardo de França
20,00
Francisco G. da Costa
20,00
Antônio Augusto de Oliveira
5,00
Aríete Alexandrino da Silva
5,00
Maria Alves de Souza
4,00 + 21,00
Fonte: A Ordem, 26/08/1946,p.4

           O tesoureiro Severino Nunes entregou a comissão a quantia que se achava em seu poder que foi de Cr$ 1.037,00, totalizando Cr$ 1.827,00.( A ORDEM,26/08/1946,p.4).
Emenda para emancipação de Parnamirim rejeitada
         Uma emenda de autoria do monsenhor João da Mata Paiva na qual seria a vila de Parnamirim elevada a condição de município, desligando-se de Natal.O autor da emenda apresentou suas justificativas para o pedido mas a emenda foi rejeitada por maioria  de votos alegando os deputados que Parnamirim ainda não tinha rendas nem movimento próprio suficiente que justificasse a elevação  a categoria de município. (A ORDEM, 19/11/1947, p.4).
Eleitores em 1947
         Em 1947 havia duas seções eleitorais em Parnamirim que funcionavam no Grupo Escolar Presidente Roosevelt, sendo na 28ª seção estavam inscritos 325 eleitores e na 29ª seção 324, totalizando 649 eleitores.
Uma capela para Parnamirim
         Com o desenvolvimento da povoação de Parnamirim imprescindível se tornou que seus habitantes tivessem uma capela para seu conforto espiritual.
         Isto foi prometido ao bispo diocesano pelo Ministro da Aeronáutica que se encontraram numa das solenidades do Torneio Aéreo da 2ª zona que haiva sido realizado em Natal.
         Dom Marcolino Dantas sempre vigilante na defesa dos interesses dos seus diocesanos não quis perder a ocasião e fez o pedido ao brigadeiro Tromposwisk, mostrando-lhe a necessidade de ajudar a construção de uma capela para o povo de Parnamirim que não podia sempre ter a assistência religiosa da capelania da Base Aérea de Natal, daí a urgência de se proporcionar aos católicos de Parnamirim que eram numerosos, mesmo com as constantes investidas dos protestantes, dizia o jornal A Ordem, tendo assim a necessidade de assistência religiosa permanente, o que somente seria possível com a construção de uma capela, onde o povo pudesse assistir as missas aos domingos e dias santos de guarda, além de outros atos de piedade.
         O titular da Aeronáutica ante as justas razões apresentadas pelo Antistes natelense não teve outra alterantiva senão prometer que em um futuro próximo Parnamirim teria a sua capela, que em algum dia se transformaria em matriz coma a criação da paróquia de Parnamirim, o que se daria certamente com a marcha progressista daquela histórica povoação, elevada a aquela época a distrito por resolução da Assembleia Legislativa ( ORDEM,22/12/1948,p.12).
A Inauguração do distrito judiciário de Parnamirim
         A inauguração do distrito de Parmamirim, pertencente a Natal, ocorreu as 13h00 do dia 06/02/1949 contando com a presença do Governador José Varela, o prefeito de Natal Silvio Pedroza, autoridades, deputados e elementos de destaque no cenário político e social do Estado.
         Foi instalado nessa ocasião o Cartório de Parnamirim, seguindo-se o compromisso dos juízes de paz perante a autoridade competente. (ORDEM, 05/02/1949, p.4).
Pavimentação do trecho Natal-Vila de Parnamirim
         Assinalando as comemorações da Semana da Asa,na capital, foi firmado em 19/10/1951 um acordo entre o Governo do Estado e o Ministério da Aeronáutica para a pavimentação do trecho que ligava Natal a vila de Parnamirim com uma variante pavimentada até ao aeroporto.
         O ato teve a presença do governador Silvio Pedroza e o brigadeiro do ar Ivo Borges, realizando-se na Base Aérea de Natal.A estrada seria pavimentada a paralelepípedos rejuntadas a cimento ligando o portão da Base Aérea a entrada da Escola Técnica de Aviação beneficiando deste modo a prospera vila de Parnamirim.
         Era um melhoramento público de que há muito se ressentia a capital, dado o grande tráfego pelo trecho até o aeroporto. (A ORDEM, 20/10/1951,p.1).
A freguesia de Parnamirim
         O povo de Parnamirim recebeu alegremente a noticia da criação da freguesia de Parnamirim tendo como padroeira Nossa Senhora de Fátima.
         A propósito do acontecimento o arcebispo dom Marcolino Dantas recebeu o seguinte telegrama:
         Em nome do povo católico de Parnamirim e em meu próprio apresento a V. Excia votos de profunda gratidão pela criação da freguesia de Parnamirim sob o patrocínio de Nossa Senhora de Fátima.Reina grande contentamento no seio da família católica.O ato justo veio alegrar este povo cujo destino espiritual pertence a Igreja.Deus guarde V. Excia.Desejamos [a] presença de V. Excia [ao] ato [de] instalação. Josafá Machado. (A ORDEM, 03/04/1952,p.1).
A instalação da paróquia
A instalação da nova paróquia pelo Arcebispo dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas ocorreu em 23/04/1952. O padre João Correia de Aquino foi empossado como vigário havendo logo após missa festiva para os paroquianos. Ao ato compareceram autoridades civis, militares e eclesiásticas que foram logo após recepcionadas pelo coronel Koeller.(A ORDEM 22/04/1952, p.1).
A Paróquia de Nossa Senhor de Fátima  da Vila de Parnamirim criada por decreto do arcebispo metropolitano foi instalada solenemente no dia 26/04/1952.O ato teve inicio as 15h00 na capela local sob a presidência do arcebispo dom Marcolino Dantas que em transporte gentilmente cedido pelo Comando da Base Aérea de Natal chegou ali na manhã daquele dia sendo festivamente recebido.
         Especialmente convidado, serviu de paraninfo o monsenhor João da Mata, Vigário Geral da Arquidiocese, o Cel. Honório Koeler, Comandante da Base Aérea de Natal e o Sr. Manoel Afonso, cônsul português.
Em ato continuo o arcebispo deu posse ao primeiro vigário da nova paróquia, o padre João Correia de Aquino, capelão da Base Aérea de Natal que em seguida celebrou missa festiva por todos os paroquianos.
         Do programa organizado pelo futuro vigário constava um tríduo preparatório de exercícios espirituais iniciado em 23/04/1952 visando bem dispor os fiéis para a celebração do grande dia e para a comunhão pascal da paróquia que se realizaria na mesma oportunidade. (A ORDEM, 22/04/1952).

 Aspectos da igreja matriz de Nossa Senhora de Fátima em Parnamirim