O
município de Taipu, assim como muitas outras áreas rurais do Nordeste, sempre
enfrentou desafios relacionados ao acesso à água, especialmente em períodos de
estiagem.
Este
trabalho se propõe a fazer um resgate do acesso a água na região do município
de Taipu, com ênfase na instalação de poços tubulares e artesianos pela
Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS.
A história do acesso à
água na vila de Taipu é a história da resistência de um povo diante da
escassez.
Das cacimbas cavadas
com esforço coletivo aos modernos sistemas de abastecimento, a trajetória
revela criatividade, organização comunitária e o papel decisivo das políticas
públicas.
Conhecer essa história
é também reconhecer que o direito à água é um direito à vida, e que o futuro de
Taipu continua a depender da gestão sustentável de seus recursos hídricos.
A
ação governamental em prol das populações que sofriam pela falta de água
Em
1904 o Governo Federal havia nomeado uma comissão incumbida de projetar as
obras necessárias para prevenir os efeitos das inconstâncias climáticas no
Estado estando empenhada em realizá-las aos poucos, dentro dos recursos
orçamentários.
Por
iniciativa do ministro da indústria,
Lauro Muller, foi escolhido o engenheiro Antonio Olinto para estudar nos EUA,
Egito e Algéria os poços artesianos e os trabalhos de irrigação que
transformaram naqueles países, enormes extensões de terrenos, outrora estéreis,
em férteis campos de cultura agrícola.[1]
O
decreto nº 6.323, de 10 de janeiro de 1907 criou o Serviço Geológico e
Mineralógico do Brasil, que dentre suas finalidades também estava a de proceder
estudos sobre fatos relativos ao suprimento de água tanto para irrigação, como
para fins domésticos e industriais e sobre
poços artesianos e outros.
O decreto nº 210, de 23 de dezembro de 1909, do governo
do Estado, sistematizou os serviços a se fazer contra os efeitos das secas no
Rio Grande do Norte.
Dentre as ações estava a perfuração de poços nas povoações
e nas várzeas dos rios secos nos lugares onde se houvesse verificado a
existência de água no subsolo.
Os poços nas povoações seriam construídos e explorados
pelo Governo do Estado, nos termos do decreto nº 208, de 20 de outubro de 1908,
e poderiam ser arrendados ou vendidos às Intendências ou particulares; e os das
várzeas seriam construídos para os proprietários dos respectivos terrenos,
mediante contrato prévio.[2]
O decreto nº 294, de 1 de dezembro de 1910 aprovou
os contratos celebrados entre o Governo do Estado e a Companhia Nacional
Brasileira Norte Riograndense de Poços Tubulares para a perfuração de 300 poços
no Estado.[3]
Origem
e expansão dos poços artesianos no Mato Grande
No
Brasil, a utilização de águas subterrâneas remonta à colonização, com poços
escavados simples (“cacimbões”) e nascentes aproveitadas.[4]
Com
o crescimento populacional e a urbanização, houve necessidade de perfurações
mais profundas e tecnicamente aprimoradas para garantir abastecimento sustentável.
No
Nordeste, as estiagens severas e a irregularidade pluviométrica forçaram
governos e comunidades a apostarem nos poços artesianos como alternativa de
convívio com a seca.
Na
região do Mato Grande, esse processo provavelmente seguiu um roteiro parecido:
a partir de meados do século XX, governos estaduais e federais passaram a
incentivar a construção de poços em áreas rurais, via programas de convivência
com a seca, subsídios e apoio técnico.
Dentre
os impactos socioeconômicos trazidos pela perfuração de poços na região do Mato
Grande podemos citar os seguintes:
-Abastecimento
doméstico: as famílias que dependiam de fontes superficiais ou de água de chuva
puderam dispor de água mais confiável durante o ano inteiro.
-
Produção agrícola e pecuária: com água disponível, pequenas roças, criação de
animais e pequenas agroindústrias ganharam maior estabilidade.
-
Saúde pública: a disponibilidade de água limpa reduziu problemas de doenças
relacionadas à água contaminada ou insuficiente.
-
Educação e permanência na zona rural: escolas rurais puderam funcionar melhor
quando havia água próxima; com isso, famílias tenderam a permanecer no campo.
A
criação da IFOCS
Criada
em 1909, a Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS tinha como missão
executar obras permanentes que mitigassem os efeitos da seca no Nordeste.
Criada como resposta às
grandes secas do final do século XIX, a IFOCS foi uma das primeiras tentativas
institucionais de enfrentamento da seca no Brasil. Seu foco era ampliar a
oferta hídrica nas áreas mais vulneráveis do semiárido nordestino,
especialmente por meio da construção de açudes e da perfuração de poços
profundos.
Na
década de 1930, já consolidada como instituição técnica, passou a investir
fortemente na perfuração de poços tubulares em diversos municípios do Rio
Grande do Norte.
O legado da IFOCS no
Mato Grande é incontestável: mais que obras físicas, deixou uma herança de
infraestrutura hídrica e esperança.
A atuação da IFOCS no
Mato Grande potiguar foi um marco histórico na luta contra a seca. A perfuração
de poços tubulares não apenas salvou vidas, mas transformou paisagens humanas e
sociais.
Entender esse processo
é fundamental para valorizar o papel da engenharia social no semiárido e refletir
sobre soluções sustentáveis para o futuro hídrico do sertão.
A
implantação de poços artesianos ou tubulares representou uma solução
tecnológica para comunidades rurais cuja fonte de água superficial era
irregular ou insuficiente.
O
acesso à água no municipio de Taipu
A
vila de Taipu possui uma trajetória marcada pela constante luta de seus
habitantes pelo acesso à água.
Desde
os primeiros núcleos populacionais formados no século XIX até as intervenções
públicas do século XX, o abastecimento hídrico sempre foi uma questão central
para a sobrevivência e o desenvolvimento da comunidade.
A
vila foi erguida e se desenvolveu na margem direita do rio Ceará-Mirim, que na
zona urbana da cidade toma o nome de rio da Buraca, mas, ironicamente a
população pouco se serviu da presença desse curso d’água, devido a alta
salinidade da sua água.
Como
solução para o abastecimento d’água na incipiente povoação do Taipu do Meio,
primitiva denominação da atual cidade de Taipu, a população cavava nas margens
do rio pequenas cacimbas em busca do liquido precioso.
Em 1879 já existia um açude na povoação de Taipu, que
fora construído dentro das obras e serviços para dá trabalho aos flagelados pela
seca que assolava a província naquele ano. Esta obra teve importância visto que
os habitantes vinham sofrendo consideravelmente com a falta desse beneficio.[5]
De
acordo com o relatório do governo do
Estado de 1905, havia em Taipu dois açudes públicos, um na povoação de Baixa
Verde, em bom estado, e outro na Vila, estragado em consequências das
inundações de 1895. Além destes, havia 8 açudes particulares, todos de pequena
capacidade.
No
Riacho do Coité, do Barreto[6] e
do Carrapato, haviam lugares apropriados à açudagem.
A convite do engenheiro José Luiz Batista, chefe da construção da
EFCRGN, o engenheiro Antonio Olinto fez uma excursão em 19/07/1907 a Taipu,
para ver o estado das obras daquela ferrovia e, além disso, fazer um ligeiro
exame do vale do rio Ceará-Mirim quanto as trabalho que ali deveria ser
conveniente fazer contra os efeitos da seca.
A chuva que caiu insistentemente até
Taipu prejudicou em parte a finalidade da excursão, o que não deixou de ser
alegremente comentado pelos excursionistas, que viajaram debaixo de aguaceiros
em companhia do superintendente das obras contra as secas, espetáculo
certamente raro de se ver na zona flagelada pela seca.
Em todo caso, porém, o referido
engenheiro, no seu plano sistemático de sondagens, para conhecer a natureza dos
terrenos, logo que se ultimassem o lançamento dos trilhos da EFCRGN até Taipu,
mandaria perfurar na vila um poço a jusante da grande barragem que estava sendo
feita perto da vila pela estrada de ferro.[7]
A “grande barragem”, na verdade,
trata-se do açude existente nas proximidades da estação ferroviária de Taipu,
existentes até os dias atuais, que na cidade de Taipu é conhecido por Açude da
Estrada de Ferro.
Açude esse que pouca serventia
obtinha a população da vila de Taipu devido a salobridade da água que nele
havia, impossibilitando o uso doméstico.
De acordo com o jornal A República o engenheiro
Antonio Olinto dos Santos Pires, chefe da superintendência das obras contra as
secas, mandou um de seus auxiliares apressar a perfuração do poço de Guanduba,
no municipio de São Gonçalo e iniciar a sondagem para a abertura de outros em
Taipu.[8]
Em
1908 foram realizadas essas sondagens em Taipu, onde só existia água salobra,
imprópria para usos domésticos e até mesmo para o abastecimento das locomotivas
da EFCRGN. Entretanto, não foi possível iniciar o trabalho por falta de pessoal
e de material disponível.[9]
Toda a população da região supria-se de água nas cacimbas
abertas no leito arenoso do rio Ceará-Mirim, sendo a água sempre salobra, grossa,
detestável, como se observava no Umari, cujos habitantes iam se abastecer no
Jardim, a 6 km de distância, o mesmo se dava dali até Ladeira Grande e Taipu,
encontrando-se apenas água tolerável em Boa Vista.
Na região de Poço Branco obtinha-se água em cacimbas de
três metros de profundidade, dando-se, porém, a singularidade de que esta,
regularmente potável nos primeiros dias, ia se tornando progressivamente
salgada até ficar intolerável.[10]
Era, pois necessário procurar ali camadas mais profundas,
porque os sedimentos de toda a zona eram salinos e comunicavam esta propriedade
ás águas que nos mesmos se infiltravam.
Entre dias 01 e 28/02/1913 foram realizados os estudos do
Açude Tupi em Taipu, ao custo de 4:241$500.[11]
Com as grandes secas do
final do século XIX e início do século XX, a vila de Taipu passou a ser
incluída nas ações emergenciais do poder público.
Sob a coordenação da Inspetoria
Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS foram escavados os primeiros poços
cacimbões e perfurados poços tubulares na região.
Esses poços, muitas
vezes de profundidade superior a 40 metros, passaram a garantir abastecimento
mesmo nos períodos mais críticos. Em alguns pontos da vila, foram construídos
chafarizes de alvenaria, onde a água era bombeada manual ou mecanicamente e
distribuída à população em filas diárias.
A construção e entrega à população de Taipu de um poço viria
a amenizar o sofrimento da população pela falta de água potável na então vila
de Taipu.
No decorrer do ano de 1917 foram realizadas diversas obras
hídricas pela IFOCS na interior do Estado, dentre as quais a perfuração de um
poço tubular na vila do Taipu.
Esse
poço tinha 37m de profundidade e capacidade para fornecer 4.000 litros de água
por hora. Estava aparelhado com um moinho tipo ‘Gloosier’, o qual era acionado
por uma bomba de tubos de sucção e de descarga de 4 e 2 polegadas
respectivamente, além disso havia um reservatório de ferro, com capacidade para
5.000 litros, ligado a um chafariz munido de torneiras.
Em
20/11/1917 esse poço já havia sido concluído e de acordo com as formalidades
regulamentares, a IFOCS fez a entrega do poço à intendência de Taipu, a qual
caberia a responsabilidade de bem conservá-lo e fornecer água a qualquer
pessoa, desde que seja para um fim útil, ou para ocorrer a necessidade
domésticas ficando aquela repartição exonerada inteiramente de todo e qualquer
conserto, reparo ou obra complementar de que viesse necessitar o poço.[12]
Poço
tubular de Taipu
Fonte: acervo pessoal do autor,
data ignorada e colorizada por meio de tratamento digital de Inteligência
Artificial. IA Studio.
Do local onde foi construído o poço tubular
da IFOCS em 1917 restavam as ruínas da estrutura no ano de
1985 quando naquele ano o local foi urbanizado tendo sido construída a praça
Adão Marcelo da Rocha e a Escola Municipal Tancredo Neves, atualmente Escola
Municipal Francisca Avelino.
A Inspetoria Federal de Obras Contras as Secas em 1920
projetou a construção do açude “Tupi” com capacidade de 2.728,640m³ e em 1936
procedeu a estudos complementares em um outro, denominado “Taipu” com
capacidade de 158.000,000 de m³, mas não levou a efeito, a construção de
qualquer um dos dois.
No ano de 1936 a IFOCS também daria inicio a sondagem
para a construção da barragem sobre o rio Ceará-Mirim na localidade Jacaré, no
então distrito de Poço Branco. A barragem serviria mais para contenção das
cheias que periodicamente destruía as plantações do vale do rio Ceará-Mirim e
inundava a Vila de Taipu, causando grandes estragados em ambos. Esta barragem
só viria a ser iniciada em 1959, quando Poço Branco ainda constituía-se
distrito do municipio de Taipu e concluída em 1970, já tendo sido aquele distrito
criado municipio, desde 1963.
Em
relação a açudes particulares, existiam alguns, mas todos pequenos.
A região da Serra Verde
A região da Serra Verde era uma imensa parte de terras devolutas do
Estado encravada entre os municipios de Touros, Taipu, Macau e Angicos.
A parte que cabia ao municipio de Taipu era uma imensa planicie
praticamente desabitada cuja cultura algodoeira ali começava a florescer graças
aos empreendimentos da firma João Câmara & Irmãos.
O Estado possuía terras
em lugares de excelentes salubridade, e apropriada à fundação de núcleos de
trabalhadores, dentre esses lugares aproveitáveis para essa finalidade, existia
o extenso planalto de Baixa Verde, de reconhecida fertilidade, com proporções
para vir a constituir um grande centro agrícola, desde que fossem ali
perfurados poço tubulares.
De acordo com o
relatório do governador do Estado de 1915 para demonstrar a capacidade de
produção daquelas terras bastava assinalar que nelas viviam uma considerável
população de lavradores, na sua totalidade entregue, durante seis meses do ano,
em transportar a água necessária para uso doméstico de distâncias maiores de 4
a 5 léguas, visto a serra não ter, de inverno a verão, aguada de nenhuma
espécie. [13]
Até aquele ano era
crença geral a impraticabilidade dos poços tubulares, convicção inteiramente
desfeita depois do poço perfurado, com maior proveito, por um particular, no
lugar Riacho Seco.[14]
A cultura do algodão ali não prosperaria sem a presença dos poços
tubulares e artesianos que foram instalados, tendo sido os primeiros, no então
distrito de Baixa Verde por volta de 1916 e em Parazinho em cerca de 1926.
Não
se encontrava nessa região nenhum rio, riacho ou garganta apropriada à
construção de uma barragem. O subsolo, entretanto, dada a sua formação
geológica, prestava-se bem para a perfuração de poços tubulares do tipo dos que
a IFOCS vinha abrindo desde muitos anos.
Como
o desenvolvimento da cultura algodoeira no Estado dependia do aproveitamento
dessas chapadas, os poços em apreço tinham essa finalidade econômica.
E
assim foi que o governo do Estado se empenhou em disseminar esses poços as centenas,
pelas diversas regiões do Estado, inclusive na região da Serra Verde.
De acordo com o Relatório do
governador José Augusto de 1927 era o meio que se lhe afigurava mais eficiente
para levar a efeito melhoramentos indispensaveis ao progresso do Rio Grande do
Norte.[15]
A região
denominada Serra Verde foi assim uma região emblemática em questão de aceso a
água.
Com o intuito de amenizar as condições de vida dos habitantes da Serra Verde,
onde havia a absoluta ausência de mananciais, na extensão de dezenas de léguas,
roubando aos que ali trabalhavam metade do ano em longas caminhadas para o
litoral e para o sertão, em cujas fontes iam buscar a água de que se serviam
para todos os misteres, o govenardor do Estado iniciou em 1916 a perfuração de
um poço, que, infelizmente, não atigira o lençol aquoso, apesar da consideravel
profundidade alcançada pela perfuratriz.[16]
Ali se desenvolvia a cotonicultura, onde os que se
dedicavam a lavoura algodoeira lutavam incessantemente com a falta d´água,
tendo que colhê-la a grandes distâncias em poços perfurados pela IFOCS, pelo
governo do Estado, das prefeituras ou por particulares.
O
Estado do Rio Grande do Norte manteve assim contratos com a IFOCS para
perfuração de poços tubulares, os quais se destinavam ao abastecimento das
populações e dos rebanhos nas zonas onde não era possível se construir açudes
como os vastos chapadões da Serra Verde.
Essas
chapadas compreendiam muitos milhares de quilômetros quadrados de terras
fertilíssimas, ainda incultas por falta de reservatórios d’água para o
suprimento das populações que se localizavam naquelas regiões.
O
aspecto físico e uniforme pela grande extensão da sua planície, a
invariabilidade da vegetação e a natureza das suas terras, tornava a paisagem
monótona devido a ausência de acidentes geográficos notáveis e pela constância
com que teimava em agrupar por toda parte as mesmas espécies de vegetais.[17]
Em 1927 o governo do Estado reconstruiu poços na região de Serra Verde,
em colaboração com a IFOCS.[18]
Entre
1927 e 1928 dentre os serviços de perfuração e aparelhamento de poços na região
de Serra Verde, na parte que cabia ao municipio de Taipu, feitos pela IFOCS em
colaboração com o governo do Estado se destacam os seguintes:
Poço
Palestina
Situado
a 27 km ao poente da estação de Baixa Verde e a 12 km a noroeste do povoado de
Queimadas. O inicio da perfuração desse poço ocorreu em 14/12/1927 e concluído
a 14/07/1928, contendo o mesmo as seguintes características:
|
Profundidade |
105m |
|
Revestimento com tubos de 6” |
22m |
|
Nivel máximo do lençol d’água |
94,70m |
|
Nivel estável do lençol d’água |
94,70m |
|
Vazão horária (litros) |
1.000l |
|
Qualidade da água |
Calcária |
Fonte: Relatórios dos Presidentes dos Estados
Brasileiros, 1929, p.128.
A Despesa da perfuração desse poço foi de 13:461$634, sendo 1:319$054 por
conta da IFOCS e 12:142$580 por conta do governo do Estado
Poço Oiticica
Situado no povoado de Nazaré,
ficando a 7 km ao nascente da povoação de Queimadas e a 22 km da estação de
Baixa Verde.
O inicio da desobstrução desse poço ocorreu a 22/11/1927 e concluido a
31/07/1928, estando suspenso o serviço de desobstrução entre 01/12/1927 e
22/07/1928.
Com os serviços de desobstrução
desse poço foram gastos 1:362$000, sendo 1:318$000 por parte do governo do
Estado e 44$000 por parte da IFOCS.
Foi instalado nesse poço uma bomba
manual Rumsey, service esse concluido em 05/09/1928, tendo sido a despesa de
2:689$476, dos quais 339$000 por conta do governo do Estado e 2:350$476 por
conta da IFOCS.
Poço Cabeço Preto
Estava situado a 25 km a oeste da estação de Baixa
Verde, tendo sido iniciado a sua perfuração a 28/09/1928 e concluído a
31/12/1928.Tinha esse poço as seguintes caracteristicas:
|
Profundidade |
102m |
|
Revestimento com tubos de 6” |
69,50m |
|
Nivel máximo do lençol d’água |
85m |
|
Nivel estavel do lençol d’água |
87m |
|
Vazão horária (litros) |
1.000l |
|
Qualidade da água |
calcária |
Fonte: Mensagem do Presidente do Estado do Rio Grande
do Norte, 1929, p.128.
A
despesas com a perfuração
desse poço foi de 9:562$161, sendo 3:614$261 por conta da IFOCS e 5:947$900 por
conta do governo do Estado.
O distrito de Baixa Verde
O jornal Gazeta de Natal na edição do dia 01/06/1889
registrou a nomeação de uma comissão formada em Ceará-Mirim pelo padre
Frederico Augusto Raposa da Câmara, presidente, o juiz municipal Francisco de
Sales Meira e Sá e o major Elpidio Furtado de Mendonça, sendo esta comissão
encarregada da construção de um açude na povoação de Baixa Verde onde seriam
empregados as vitimas da calamidade da seca, sendo destinando um salário de r$
500 para os homens e r$300 para as mulheres
e r$ 200 para as crianças.[19]
Dessa forma, a povoação de Baixa Verde seria aquela
época pertencente ao município de Ceará-Mirim.
As obras do referido açude continuaram no ano seguinte
como se vê no expediente do dia 07/02/1890 do governo do Estado onde o
governador Adolfo Afonso da Silva Gordo assinou decreto autorizando a comarca
de Ceará-Mirim “a designar pessoas idôneas e de confiança para se encarregar da
direção das obras de construção do açude no lugar Baixa Verde dessa freguesia
[...]”.[20]
O distrito de Baixa Verde foi criado por
meio da lei municipal nº 2, de
em 22
de dezembro de 1892 e incorporado ao municipio de Taipu, criado este no ano anterior.
A localidade se iniciou
de forma incipiente ainda no final do século XIX, porém, só tomou fôlego com a
construção da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte-EFCRGN cuja
estação foi ali inaugurada em 12/10/1910, atraindo para seu entorno a população
que se concentrava no povoado de Assunção.
A
instalação dos primeiros poços profundos ou tubulares em Baixa Verde foi
resultado de ações conjuntas entre o governo estadual, a IFOCS e autoridades
locais.
Essas
estruturas permitiram extrair água de qualidade razoável mesmo durante os
períodos de seca extrema, representando um avanço em relação aos poços
escavados manualmente ou às cacimbas.
Os
poços tubulares trouxeram mudanças significativas para a vida da povoação,
depois vila e por fim a cidade de Baixa Verde, tais como:
-
A segurança hídrica para populações isoladas;
-
A redução da mortalidade animal e melhora na produção agrícola de subsistência;
-
A fixação da população rural, reduzindo os fluxos migratórios sazonais;
-
O estímulo à organização comunitária, já que os poços se tornavam centros de
convivência e solidariedade.
Além
disso, a existência de água acessível permitiu a continuidade das atividades
escolares, religiosas e comerciais em tempos de estiagem.
O
distrito de Baixa Verde pertenceu ao municipio de Taipu até 29/10/1928 quando
foi emancipado e criado municipio.
Os poços
tubulares da IFOCS: marco do desenvolvimento de Parazinho
Parazinho surgiu numa
região de difícil acesso a água potável, essencial em qualquer aglomerado
humano para a sua sobrevivência.
A região no entanto, era propicia a plantação
da cultura do algodão. Para resolver o problema do acesso a água o Governo
Federal por meio da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS (atual
DNOCS), perfurou vários poços na região mais assolada pelas secas, muitos na
região que atualmente compreende o território do município de Parazinho.
Os primeiros poços em Parazinho
foram instalados pela firma João Câmara & Imrãos ainda na década de 1920 e
forma determinantes para o adensamento populacional da região que resultou no
surgimento da povoação.
A povoação de Parazinho pertenceu inicialmente ao municipio de Taipu e passou a
jurisdição de Baixa Verde a partir de 1928 com a criação deste municipio.
O distrito de Barreto
O povoado de Barreto
é citado no Dicionário Corográfico do Brasil em 1913 no municipio de Taipu.[21]
O distrito de Barreto estava situado
a 28 km de distância da sede municipal de Taipu.
A região do Barreto era a região
mais árida do município de Taipu e muito carente de acesso a recursos hídricos,
A situação precária do abastecimento de água da cidades de Taipu
Em
1943, segundo Anfilòquio Câmara, o serviço de abastecimento d’água da cidade de
Taipu era precário.[22]
Já a região oeste do município ressentia-se da falta
d’água, não permitindo que a agricultura tomasse ali, o desenvolvimento que
seria de desejar. Nas épocas de estiagens, os seus habitantes tinham de
procurar o liquido precioso a grandes distâncias, até para os animais.[23]
A
perfuração de poços tubulares pela IFOCS, o que, aliás, ainda não havia sido
feito em Taipu aquela época, minoraria sensivelmente a situação daquela região
do municipio.
Segundo
Anfilóquio Câmara poderia um desses poços ser localizado nas imediações povoado
de Barreto[24]
e outro próximo a Belo Horizonte[25],
zonas essas de população relativamente densas e muito agrícolas.[26]
Em
1952, o prefeito Luís Gomes da Costa, disse em seu relatório que a cidade de
Taipu ressentia-se da falta de um reservatório para água, “pois na estação do
estio, recebendo água para seu abastecimento da Vila de Estremoz, transportada
pela Estrada de Ferro Sampaio Correia, há muita dificuldade na conservação do
precioso liquido que pode ficar exposto a poeira e facilmente poluir-se”. [27]
Disse
ainda o prefeito de Taipu em relação a construção desse reservatório que:
“considero assunto de grande relevância esse beneficio a população de minha
terra. Penso que todos saberão compreender o alcance da obra de interesse
verdadeiramente coletivo”.[28]
Ainda
em 1954 a cidade de Taipu permanecia com grandes problemas relacionados ao
abastecimento de água.
Foi
graças aos esforços e a boa vontade do engenheiro João Galvão de Medeiros,
diretor da Estrada de Ferro Sampaio Correia, que a população foi abastecida de
água potável durante aquele ano de 1954, conduzido o precioso liquido da lagoa de Estremoz em carros tanques, sendo
fornecidos semanalmente 45.000 litros.
Em
seu relatório, o prefeito Tamires Miranda disse que providenciou, também, a abertura
de duas cacimbas no rio que vinha fornecendo água para o gasto e até para
beber, uma delas deixando fornecer um liquido bem tolerável.[29]
O
poço construído pela IFOCS encontrava-se sem funcionar por falta de manutenção
desde 1959.
Em
meados da década de 1960 a situação da cidade de Taipu continuava sem solução
para os problemas da falta d’água.
Em 25/04/1967 o deputado estadual Magnus Kelly apresentou requerimentos
que foram lidos no expediente da Assembleia Legislativa abordando o apelo ao
governador do Estado para que a Companhia de Águas e Solo-CASOL providenciasse
o funcionamento do poço tubular de Taipu que dependia de raparos na engrenagem
do cata-vento que estava sem funcionava havia 8 anos.[30]
Respondendo ao apelo do referido deputado, o governador do Estado
transmitiu a Assembleia informação recebida da CASOL, sobre o poço tubular da
cidade de Taipu, onde a CASOL afirmava desconhecer a construção do referido
poço, que coube sua construção ao DNOCS (antiga IFOCS), e que seria aconselhável
dirigir-se àquela repartição, até mesmo porque a CASOL não dispunha de verba no
seu orçamento para aquele ano para recuperação de poços.[31]
Na década de 1970 a cidade de Taipu ainda sofria dos mesmos
problemas e vexames para obter água potável para o consumo de sua população.
De acordo com informações colhidas da CAERN sobre os serviços
de abastecimento de água de Taipu, a empresa havia informado ao deputado Magnus
Kelly que o ponto em estudo era a localização do Poço Amazonas que serviria de
manancial para o abastecimento da cidade.
A solução definitiva para o problema de abastecimento de água em Taipu
só ocorreu no início da década de 1980, tendo sido realizados naquele ano os
estudos pela CAERN para viabilidade da adutora de Pureza.
A
adutora de Pureza
Em 1981 o ministro Mário Andreazza garantiu recursos ao governador
Lavoisier Maia para a construção da adutora do Mato Grande.
O governador Lavoisier Maia em visita a Taipu, Poço Branco e João Câmara
em 31/07/1982 anunciou a implantação do serviço de abastecimento de água, com
captação na fonte de Pureza.[32]
Do manancial de Pureza sairia a
água que abasteceria 55 mil habitantes das três cidades: Taipu, Poço Branco e
João Câmara. O governo do estado em convênio com o BNH investiu cerca de 1
bilhão e 300 milhões de cruzeiros.
Em 02/03/1982 a CAERN abriu a licitação para a construção da adutora do
Mato Grande.A instalação da adutora de Pureza levaria água para
os municípios de João Câmara, Poço Branco e Taipu. Ela retiraria a água da
fonte localizada na cidade de Pureza, cuja fonte é a nascente do rio
Maxaranguape.
Na época de sua
instalação a adutora beneficiou uma população de 25 mil habitantes entre os
três municípios, deste total 75% se concentrava na cidade de João Câmara,
cidade polo da região do Mato Grande.
A adutora custou Cr$
1,6 bilhão e visava atender uma população total de 50 mil pessoas. O sistema
consta de um conjunto de adutoras que somadas possuem 50 km de extensão,
diâmetros variando entre 150 mm e 400 mm.
Possui 3 estações elevatórias, uma das quais com
vazão de 260 m³/h, outra com 204m³/h e a terceira com 43m/h todas equipadas com
sistemas de eletrobombas.
O sistemas conta ainda
com 4 reservatórios, sendo dois em João Câmara, um com capacidade para 3,2m³ e
outro com 150m³; o de Poço Branco com capacidade de 350m³ e o de Taipu com
400m³.
A rede de distribuição
tem 37.998m de extensão, sendo 28.640 em João Câmara; 5.858 em Taipu e 3.500 em
Poço Branco.
A
adutora atende diretamente aos municipios de Taipu, Poço Branco, Bento
Fernandes e João Câmara.
Considerações
finais
A história do acesso à
água do municipio de Taipu é marcada por lutas, adaptações e transformações ao
longo do tempo. Situada em uma região de clima semiárido, a população local
sempre conviveu com a irregularidade das chuvas e com os longos períodos de
estiagem, fatores que tornaram a busca por fontes seguras de abastecimento uma
necessidade constante e ironicamente banhada pelo rio Ceará-Mirim, pouco dele
se servia devido a salobridade de suas águas que as tornava impróprias para o
consumo humano.
Nos primórdios de sua
formação, os habitantes de Taipu dependiam dos recursos naturais mais
imediatos: cacimbas abertas à beira dos rios temporários, barreiros
improvisados para acumular a água das chuvas e pequenos açudes comunitários.
Essas fontes, embora vitais, eram limitadas e
vulneráveis, pois muitas vezes secavam nos meses de seca prolongada, obrigando
famílias inteiras a se deslocarem por longas distâncias em busca de água para
beber, cozinhar e dar de beber aos animais.
Com o crescimento do
povoado e a organização da vila, nas primeiras décadas do século XX, surgiram
iniciativas de melhoria no abastecimento. A perfuração dos primeiros poços
artesianos, ainda de forma incipiente, representou um avanço importante, pois
diminuía a dependência exclusiva das águas superficiais.
Os
locais de captação e distribuição de água se tornaram espaços de convivência.
Os chafarizes funcionavam como pontos de encontro, onde circulavam informações,
se fortaleciam laços comunitários e se consolidavam redes de solidariedade. A
água, além de necessidade básica, tornava-se símbolo de pertencimento e
identidade local.
Antes
da implantação de qualquer estrutura pública, os moradores da vila dependiam de
fontes naturais como cacimbas escavadas à mão, barreiros e olhos-d'água.
Localizados geralmente em baixios ou próximos a leitos de rios temporários,
esses reservatórios acumulavam a água das chuvas e eram utilizados para o
consumo humano e animal.
A
manutenção dessas fontes era feita de forma coletiva. Durante os verões
prolongados, era comum haver disputas e até racionamentos informais entre
famílias e vizinhos. A água era carregada em latas ou potes de barro, por
crianças, mulheres e jumentos.
Ainda na segunda metade
do século XX a população de Taipu permanecia refém da falta d’água, tanto pela
estiagem prolongada, como pela ausência de um reservatório suficiente para
atender as demandas da população.
Foi somente no inicio
da década de 1980 que se consolidaram as mudanças mais profundas. A chegada da
adutora e a implantação de sistemas de abastecimento controlados pela Companhia
de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) trouxeram maior regularidade
ao fornecimento para a população urbana de Taipu.
A água encanada, ainda
que com limitações, transformou o cotidiano de muitas famílias, trazendo mais
dignidade e melhores condições de saúde.
Na zona rural, contudo,
os desafios persistiram. Muitas comunidades continuaram dependendo dos
carros-pipa enviados pelo Exército e pela Defesa Civil, principalmente em
épocas de estiagem mais severa.
A realidade do
sertanejo de Taipu ainda refletia a histórica desigualdade no acesso à água:
enquanto parte da cidade dispunha de rede de abastecimento, os moradores da
zona rural mantinham viva a luta pela sobrevivência diante da escassez.
Assim, a trajetória do
acesso à água em Taipu não é apenas um relato sobre infraestrutura hídrica, mas
também sobre resistência e adaptação cultural. É a história de um povo que,
geração após geração, reinventou seus modos de viver para enfrentar a seca,
buscando na água não apenas a sobrevivência, mas também a esperança de dias
melhores.
Poço tubular em Taipu em local ignorado.Fonte: Biblioteca IBGE.
__________________________________
Referências
Almanaque Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial, Rio de
Janeiro, 1913.
Brasil. Ministério da Viação e Obras
Públicas. Relatório Apresentado ao
Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro de Estado da
Indústria, Viação e Obras Públicas Miguel Calmon Du Pin e Almeida no ano de
1908. Vol. III. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1908.
_____, Introdução do Relatório Apresentado ao Presidente da República dos
Estados Unidos do Brasil pelo Dr. Pedro de Toledo Ministro de Estado da
agricultura, Indústria e Comércio no ano de 1913. Rio de Janeiro: Imprensa
Oficial, 1913.
Câmara, Anfilóquio. Cenários Municipais (1941-1942). Natal: Oficinas do D.E.I.P, 1943.
Da Fonseca
Cardoso, F. B. Poços Tubulares
Construídos no Brasil. Revista Águas Subterrâneas, 2008.
Estado do Rio Grande do Norte. Atos Legislativos e Decretos do Governo do
Estado do Rio Grande do Norte 1909. Natal: Tipografia d’A República, 1910.
______,
Atos Legislativos e Decretos do Governo do Estado do Rio Grande do Norte
1910. Natal: Tipografia d’A
República, 1911.
_____, Mensagens lidas perante o Congresso Legislativo do Estado na Sessão
extraordinária de janeiro de 1905 segunda sessão da quinta Legislatura a 14 de
julho do mesmo ano pelo governador Augusto Tavares de Lyra. Natal:
Tipografia d’A Rpública, 1906.
______, Mensagem lida perante o Congresso Legislativo do Estado na abertura da
Terceira Sessão da Quinta Legislatura a 14 de julho de 1906 pelo Governador
Augusto Tavares de Lyra. Natal: Tipografia d’A República, 1907.
_____, Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo na abertura da Terceira
Sessão da Oitava Lesgislatura em 1º de novembro de 1915 pelo governador
Desembargador Joaquim Ferreira Chaves. Natal: Tipografia d’A República,
1915.
______, Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo na abertura da Primeira
Sessão da nova Legislatura em 1 de novembro de 1916 pelo governador
Desembargador Joaquim Ferreira Chaves.Natal, 1916.
______, Mensagem lida perante a Assembleia Legislativa na abertura da Primeira
Sessão da [...] Legislatura em 1º de outubro de 1927 pelo presidente José
Augusto Bezerra de Medeiros.Natal: Tipografia d’A República, 1927.
Jornais
A Noite.
Suplemento: Seção de Rotogravura, Rio de Janeiro-RJ.
A República, Natal-RN.
Diário de Natal, Natal-RN.
Diário de
Noticias, Rio de Janeiro- RJ.
Gazeta do Natal, Natal-RN.
Jornal do Recife, Recife-PE.
O Poti, Natal-RN.
[1] Mensagens do Governador do Rio Grande do Norte para Assembleia, 1906, p.25.
[2] Atos Legislativos e Decretos do
Governo do Estado do Rio Grande do Norte, 1909, p.100.
[3] Op.Cit., 1910, p.13.
[4] Da Fonseca Cardoso, F. B. Poços Tubulares Construídos no Brasil. Revista Águas Subterrâneas, 2008.
[5] Jornal do Recife, 19/01/1879,
p.2.
[6] Atual cidade de Bento Fernandes.
[7] A República, 20/07/1907, p.1.
[8] Op.Cit. 12/08/1907, p.1.
[9] Relatório do Ministério da Agricultura, 1908, p.285.
[10] Op.Cit., p.286.
[11] Relatório do Ministério da
Viação e Obras Públicas, 1913, p.819.
[12] Gazeta de Noticias 20/11/1917, p.6.
[13] Relatórios do Presidente do
Estado do Rio Grande do Norte, 1915, p.21.
[14] Local situado entre os municipios de Taipu e Touros, atualmente entre os municipio de Taipu e Pureza.
[15] Mensagem do Presidente do Estado do Rio Grande do Norte, 1927, p.145.
[16] Op.Cit., 1916, p.13.
[17] A Noite: Suplemento: Secção de Rotogravura (RJ), 19/01/1935, p.4.
[18] Mensagem do Presidente do Estado
do Rio Grande do Norte, 1927, p.133.
[19] Gazeta do Natal, 01/06/1889, p.2
[20] A República, 26/03/1890, p.3.
[21] Almanaque Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial, 1913, p.93.
[22] Câmara, Anfilóquio. Cenários
Municipais, 1943, p.395
[23] Op.Cit.
[24][24] Atual cidade de Bento Fernandes.
[25] Atualmente distrito do municipio
de Bento Fernandes.
[26] Op.Cit, p.392.
[27] Diário de Natal, 03/05/1952,
p.1.
[28] Op.Cit.
[29] O Poti, 17/09/1954, p.3.
[30] Diário de Natal, 25/04/1967, p.3.
[31] Diário de Natal, 01/06/1967,
p.5.
[32] O Poti, 1982, p.12.
Nenhum comentário:
Postar um comentário