quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Padres de paróquia de Taipu VIII

Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros

            Nasceu em São Rafael-RN, no ano de 1916. Foi pároco por 56 anos em São Paulo do Potengi, no interior do Rio Grande do Norte, após passar pelas paróquias de Jardim do Seridó, São Rafael, Taipu e Touros. Aliás, foi o primeiro pároco daquela paróquia, que só deixou quando faleceu.
            Instado pelo Arcebispo para assumir a Catedral de Natal, razões de saúde contribuiram para que lhe fosse atendido o pedido de permanecer onde estava. Porém, assumiu o cargo de Vigário Episcopal para o Clero, residindo em São Paulo do Potengi.
             Fez parte dos padres que iniciaram a Sindicalização Rural em nível nacional, a Campanha da Fraternidade, pequenas comunidades surgidas e assentadas em torno de receptores cativos da Emissora de Educação Rural, as Escolas Radiofônicas, as Maternidades, as Escolas de nível médio, a Ação Católica Rural, a Formação de Líderes, o Plano de Pastoral, a elevação do padrão cultural do Clero para melhor servir aos irmãos.
            Sua luta pelo acesso democrático aos recursos hídricos começou na década de 50, mais precisamente após um episódio ocorrido em 1953, quando, acompanhado de outros padres, ele ouviu de um trabalhador a frase "monsenhor, tira nós dessa escravidão", durante uma visita a uma comunidade rural. A partir de então, passou a se empenhar pela elaboração de projetos definitivos para o problema das águas.
            Em seu testamento, datado de 12 de setembro de 1997, escreveu:
A quem me substituir, continue presente junto aos pobres e, pelo amor de Deus, não os humilhe. Considero uma grande graça que Deus me concedeu: ser servidor do Povo de Deus. Peço a Maria Santíssima, a "Compadecida", que se compadeça de mim e esteja a meu lado, no Julgamento. Amém .
            Devido ao seu trabalho social foi chamado pelo povo de "Monsenhor das Águas" - ou "Profeta das Águas".O alvo de sua luta ia além das fronteiras do Estado, propugnava pela utilização do excedente hídrico do Rio São Francisco. Mas a luta pela água é apenas um capítulo, o último e inacabado de toda uma existência sacerdotal a serviço do espiritual.

            Faleceu no dia 16 de janeiro de 2000


Padre Expedito sobral de Medeiros tomou posse na paróquia Nossa Senhora do Livramento de Taipu em 21/01/1940.

Padres da paróquia de Taipu VII

Padre Bianor Emílio Aranha

            Nascido em Canguaretama, no dia 05 de julho de 1881, Padre Bianor Emílio Aranha, teve como pais Aranha e Alcina Esmeraldina Freire Aranha. Em 1895, já era aluno do seminário da Paraíba, fazendo a partir daí todos os estudos precisos, do curso secundário ao superior de Filosofia e Teologia.Ordenado presbítero, a 15 de novembro de 1903, pelo bispo diocesano, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques.
            De 1903 a 1904, assumiu a paróquia de Nova Cruz. Retornou a Capital da Paraíba e fez-se professor do Seminário, ensinando Português, Geografia, Francês e História; e no mês de fevereiro de 1906, deixa o professorado e vai ser Vigário de Umbuzeiro até fevereiro de 1907, quando resolve ir com Dom Joaquim de Almeida para o Piauí. Lá chegando, assume cargos importantes, como o de diretor do Colégio Diocesano, de Reitor do Seminário, professor de dois outros educandários, Cura da Catedral do Piauí em 1908, e logo após, Vigário de Parnaíba, onde fundou um colégio, sendo o diretor.
            Em 1909, deixou o Piauí e seguiu para o Rio de Janeiro. Veio para Natal em 1912, e foi capelão da Vila de Santo Antônio do Salto da Onça, voltando para Nova Cruz em 1913, onde foi Vigário até 1915, viajando novamente para o Rio de Janeiro. Ficou no Espírito Santo e, em 1916, tem a paróquia de São Paulo do Calçado. Em 1917, foi Vigário em São Mateus, e nesta, permaneceu como Vigário nove anos de Itaúna, Barra de São Mateus e Linhares. Voltou para o Rio Grande do Norte e foi Vigário de Ceará Mirim em 1926, com o encargo de Taipu, Touros e Lajes. Vigário do Acari em 1927, e de Caicó regendo Acari e Serra Negra do Norte.
            Foi para a diocese de Pesqueira em 1931, onde foi vigário de Espírito Santo, Afogados de Ingazeira, Lagoa de Baixo e Custódia. Voltou a Natal em 1937 e foi Vigário de Canguaretama, encarregado de Vila Nova, Vigário de Santo Antônio em 1938, Vigário de Santana do Mato e São Rafael em 1941; Vigário de Taipu e Touros, de São Tomé em 1942, viajando nesse mesmo ano para São Paulo, onde é Vigário em Barreto, diocese de Jaboticabal, e daí vai para Caetité, na Bahia; tornando à Natal em 1944, sendo coadjutor de Macau, depois passa a Vigário de São Rafael e novamente em São Tomé; Vigário de São José de Mipibu em 1945 e, no ano de 1947, foi para a diocese de Amargosa, na Bahia, indo logo em seguida para o Rio de Janeiro (1950), tornando-se coadjutor da Matriz de Glória.
            Voltou para Natal em 1951 e foi novamente ser Vigário de Santana do Mato e São Rafael até 1953; sendo convidado a assumir o cargo de Capelão da Medalha Milagrosa, em Natal, cujo mesmo não aceitou, tornando-se por vontade própria, Vigário em Nísia Floresta e Arês.
            Em julho de 1953, ficou na diocese como sacerdote avulso, com residência em Natal e, assim vivendo, sentindo-se doente, recolhendo-se à Casa de Saúde São Lucas. Faleceu no dia 09 de Janeiro de 1959, aos 78 anos de idade, sendo destes, 56 dedicados ao sacerdócio. Foi sepultado no cemitério do Alecrim.
            O Padre Bianor foi um sacerdote muito benquisto do povo e bem admirado como orador sacro, não lhe faltando convites para pregar nas festas dos padroeiros das paróquias. No percurso de sua vida sacerdotal, viveu como Vigário de uma paróquia para outra, em várias dioceses do Brasil, e assim esteve em 35 paróquias, além de capelão em vários lugares.


Fonte: http://www.familiajacome.com/2009/08/biografias-dos-patronos-das-escolas.html acesso em 03/06/2012

O Padre Bianor Emilio Aranha assumiu a paróquia de Nossa Senhora do Livramento de Taipu-RN em  20/04/1941.

Padres da paróquia de Taipu VI

Mons. Vicente de Paula Freitas – 1929 a 1931

Nasceu em Natal a 3 de julho de 1900, filho de Francisco Xavier de Freitas e Maria Umbelina Barbosa de Freitas. Em 1912 se tornou aluno do Seminário da Paraíba, fazendo o curso ginasial, e no de Fortaleza, os de filosofia e teologia. Foi ordenado sacerdote a 9 de março na catedral em Natal por Dom José Pereira Alves. Vigário de Santa Cruz, João Câmara e Taipu. Foi eleito Monsenhor Camareiro do Papa Pio XII, em 1952. Faleceu a 31 de agosto de 1959.


O padre Vicente de Paulo Freitas tomou posse por cinco vezes na paróquia de Taipu. A 1ª posse ocorreu no dia 04/2/1928. A 2ª vez foi no dia  22/8/1947. A 3ª vez a posse ocorreu em julho de 1951.  Já a 4ª vez tomou posse  em julho de 1952, por fim na 5ª vez sua posse deu-se  em 21/11/1954.

Padres da paróquia de Taipu V Pe. Manoel Barbosa Galvão Júnior



Nasceu em Arês - RN, a 17 de junho de 1890. Filho de Manoel Barbosa Galvão e Isabel do Sotam Galvão. Estudou no Seminário da Paraíba onde recebeu as ordens menores. Veio para Natal e recebeu as ordens maiores, o sacerdócio a 26 de janeiro de 1913 por Dom Joaquim de Almeida. Foi vigário em Santa Cruz e Taipu.

Padres da paróquia de Taipu IV Pe. Manoel Maria de Vasconcelos Gadelha


Nasceu em Paparí (Nísia Floresta), a 4 de junho de 1887, filho de José Olinto Gadelha de Carvalho e Guilermina Joaquina de Vasconcelos Gadelha. Fez o curso no Seminário da Paraíba. Na catedral de Natal, Dom Joaquim de Almeida, o ordenou sacerdote, a 12 de novembro de 1911. Vigário de Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante, Taipu e outras paróquias. Inteligente, inquieto e inovador o padre Gadelha desafiou os costumes abrindo as portas da igreja para todos os cristãos, inclusive para as prostitutas, que a sociedade da época tratava de forma discriminatória e preconceituosa. Pagou caro pela sua atitude ousada, muito à frente do seu tempo, e por isso foi alvo de represálias por parte dos conservadores que organizaram dois abaixo-assinados solicitando ao bispo o seu afastamento. 

No dia 09 de outubro de 1926, num ato extremado, o padre Gadelha deu cabo de sua própria vida, ingerindo uma dose do veneno “estiquilina” que ele mesmo preparou. Faleceu em 9 de outubro de 1926 em Santa Cruz.
O Padre Manoel Maria de Vasconcelos Gadelha tomou posse na paróquia de Taipu no dia 18/05/1919.