Taipu é uma terra pequena, onde, dos devaneios de nossos avós, amores dos nossos pais e sonhos enluarados da infância, fazem dela o relicário da nossa meninice, tão longe e tão perto do coração. Dir-se-ia que naquele rincão descansava a felicidade no meio da carência de tudo. Luís Viana, poeta taipuense.
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Sobre a igreja de Extremoz
Em 1775 foi concluída a construção da igreja de São Miguel
do Guajiru ( Cascudo, 1955, p.240) grande igreja de estilo barroco, ampla e
severa e que no dizer do Camara Cascudo era “ a mais linda da Capitania” com 16 metros de altura, cimalha do frontão e
30 metros de comprimento.Segundo informa Câmara cascudo a igreja veio
desmontada de Lisboa com as pedras numeradas para serem recolocadas no lugar em
que foi erguida (op. Cit).No conjunto da igreja havia ainda a residência dos
padres jesuítas, uma praça com um Hospício ao centro, hospedaria para os
viajantes e pobres.
A igreja foi transformada em Cadeia após a expulsão dos jesuítas e Guajiru
passou a chamar-se Vila de Extremoz ( Op. Cit).A igreja foi totalmente destruída e apenas algumas ruínas de
suas paredes sobraram para atestar a presença da “ mais linda igreja da
Capitania”.Leia-se: foi a mais bela igreja do Rio Grande do Norte.
Sobre os jesuítas
Em 1749 havia cinco aldeias indígenas no Rio Grande do Norte
sob a direção dos sacerdotes ( Cascudo, 1955, p.239).Os jesuítas estavam a
frente das aldeias de São Miguel de
Guajiru ( Extremoz) e São João Batista
de Goarairas ( Arês), daí podemos inferir que os índios aldeados na
região de Taipu tenham sido catequizados pelos padres da Companhia de Jesus (
jesuítas).
Nas estatísticas jesuítas haviam 1.429 almas dos quais 319 casais,765 moças e
rapazes, 7 pobres de ambos os sexos, 15 escravos, 357 membros da Companhia na missão de São
Miguel do Guajiru.
Sobre a estrada de ferro Mossoró-RN – Souza-PB
A historia da estrada de ferro Mossoró Souza-PB começa em
1875 quando o empresário João Ulrich Graf formou um companhia para construir e
explorar uma estrada de ferro que partisse de Areia Branca atingisse o rio São
Francisco ( Petrolina-PE) em concessão outorgada pela província do Rio Grande do Norte e
ampliada pelo decreto imperial nº 6. 139
de março de 1876 ( IBGE, 1954, p. 112).Em 1895, já na Republica, a ferrovia foi
incluída no plano geral de viação nacional que se discutia na Camara dos
Deputados
Esta ferrovia surgiu como meio de fazer o escoamento da
produção agrícola concentrada em Mossoró que há tempos já era considerada um
grande empório controlado e distribuidor na região oeste do RN. A ferrovia
aparece par superar a dificuldade de alcançar o porto de areia Branca por onde
Mossoró se punha em contato com o comércio exterior cujo o acesso era difícil e
penoso.
O Governo do RN deu uma concessão a Companhia E. F. Mossoró, empresa particular, que tratou
de construir uma estrada de ferro entre Porto Franco ( Areia Branca) e
Mossoró.Esta mesma empresa tornar-se-ia arrendataria do prolongamento da ferovia entre Mossoró e
Monbaça de propriedade do Governo federal.
O decreto 9.506 de 24
de julho de 1946 estabeleceu o regime de intervenção federal na ferrovia (IBGE, 1954, p.112), que alem de outras
providencias visava o término da construção e “promover um melhor
e mais eficiente serviço de trafego
na linha” ( Op. Cit).As instruções
dessa intervenção forma baixadas pelo ministério do trabalho por meio da
portaria Nº 119 de 17/07/1946.
Características da E.F Mossoró-Souza
A extensão da
ferrovia é de 279, 310 km.Tem a bitola de 1 metro, de tração a vapor e
posteriormente a diesel, atendia aos municípios de Areia Branca ( Porto Franco)
Mossoró, Governador Dix Sept Rosado ( ex
São Sebastiao), Carnaúbas,Jordão,
Patu,Almino Afonso, Mombaça,Demetrio Lemos, Alexandria e Souza-PB.
Sobre a ferrovia
O engenheiro Jose
Luis Batista usou as seguintes palavras ara justificar a construção da
estrada de ferro Mossoró –Souza-PB: “A construção dessa excelente via férrea
tem elevada significação econômica não só para o Rio Grande do Norte, como
para um alentado setor no Nordeste” (IBGE, 1954, p.112).Isso
devido a favorável situação geográfica do porto de Areia Branca para o
escoamento da produção formado pela área de gravitação do rio Apodi e do alto
curós do rio Piranhas-Açu e a pequena distancia dos centros agrícolas existente
no setor.
Potencialidades turísticas de Taipu
Turismo de aventura é o turismo
indicado para as pessoas que são adeptas da prática do rapel, traking,
alpinismo em rocha e outros esportes radicais. Em Taipu tem-se como locais para
a prática desse tipo de turismo a Serra Pelada, formação rochosa localizada a
cerca de 15 km da sede municipal, oferece um bela visão da região em seu cume,
porém o visitante tem que concorrer com a empresa que lá está instalada e
produz pedras para a construção civil.Outro local para a prática de esportes
radicais ou simplesmente visitação é a ponte ferroviária da extinta REFFSA, no
distrito do Umari, distante 4km da sede.
No turismo cultural
relaciona-se com o conjunto dos
elementos significativos do patrimônio histórico, cultural e dos eventos
culturais.Taipu tem a tradicional festa de sua padroeira realizada anualmente
na ultima semana de novembro, outra festa religiosa tradicional na cidade é a
festa de Santos Reis, realizada em janeiro.
Para o turismo de lazer que tem
nos açudes, passeios de canoas, barcos
ou lanchas e banhos de piscinas naturais
as indicações em Taipu são as piscinas naturais do Poço do Antonio, o olheiro, que é uma nascente de um dos afluentes do rio
Ceará-Mirim na comunidade de Cachoeira.
O turismo arqueológico é
representado pela inscrições rupestres,
artefatos em barro e pedra dos povos indígenas que podem ser apreciados por
estudiosos e turistas que se interessam pela
cultura dos povos antepassados do RN.Em Taipu foram encontradas artefatos arqueológicos na
fazenda Tabuleiro do Barreto, hoje assentamento, nas piscinas naturais do Poço
do Antonio.
Outro projeto que integra o
turismo de lazer e aventura seria realizado na região da Gameleira que
compreende os distritos de Gameleira, Matão e Arisco da Gameleira. Lá o
visitante poderia se deslumbrar com a paisagem natural de uma das mais belas
existentes na região do Mato Grande por sua bucolisidade e naturalidade. Na
região há a potencialidade de se realizar trilhas ecológicas pelas matas do rio
Gameleira–Guedes, afluente do rio Ceará-Mirim, a capela de Santa Teresinha, a
cerca viva composta por uma fileira de cajazeiras, o bosque localizado na propriedade
de Mariquinha do Matão, um lugar bem poderia ser transformado em um parque ecológico do
município pela sua preservação de mata nativa da região, poderia também se
realizar trilhas pela fazenda Pitombeira e vê os búfalos que vivem por lá bem
como chegar a conhecer o antigo engenho da fazenda Pitombeira com sua casa
grande e capela antigas do final do século XIX.
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