segunda-feira, 1 de março de 2021

SOBRE ACONTECIMENTOS EM TAIPU EM ENTRE 1934 E 1935 #TAIPU130ANOS #11

 

         A edição do Jornal do Brasil do dia 14/08/1934 destacava o caso do furto dos autos eleitorais em Taipu (JORNAL DO BRASIL, 1934, p.8).

         O furto foi cometido pelo delegado que entrou na calda da noite no cartório eleitoral e sumiu com os documentos das eleições daquele ano, vindo a serem encontrados no dia seguinte na delegacia de policia, o delegado sumiu no dia seguinte ao furto, o que levou a ser indiciado como o principal suspeito, como de fato foi comprovado pelo delegado de Ceará-Mirim que concluiu o inquérito.

A agência dos correios no distrito de Barreto foi instalada no dia 13/02/1934. (CÂMARA, 1943, p.393), já conforme o Jornal do Comércio a estação do Departamento dos Correios e Telégrafos em Barreto, município de Taipu foi inaugurada em 03/04/1935 (JORNAL DO COMÉRCIO, 04/04/1935, p.3).

Aspectos da rua principal de Taipu na década de 1950.

Em 15/12/1935 foi inaugurado o serviço de transporte rodoviário por ônibus entre Baixa Verde e Natal, tendo as viagens escalas em Taipu, Ceará-Mirim, São Gonçalo e Macaíba, partindo de Baixa Verde as segundas e quartas-feiras as 07h00, de Natal o ônibus retornava nas terças e quintas-feiras as 12h00, sendo o ponto de partida em Natal na Avenida Tavares de Lira junto ao Hotel Internacional (A ORDEM, 10/12/1935, p.4).

 A empresa era de propriedade de J. Inácio & Filhos e se chamava Viação Baixaverdense.

Naquele período a a cidade de Baixa Verde já exercia influência significativa no município de Taipu, cuja a cidade em franco crescimento urbano e desenvolvimento econômico,  já a vila de Taipu teimava em não se desenvolver apesar de todas as possibilidades na agricultura que havia em suas ricas e férteis terras as margens do rio Ceará-Mirim e no vale da Gameleira/Boa Vista.

Naquele ano de 1935 Taipu já estava subordinado juridicamente a comarca de Baixa Verde.


Prédio da Prefeitura de Baixa Verde, 1944 e década de 1980


Nova igreja matriz de Baixa Verde em construção em 1944.




Aspectos de ruas de Baixa Verde, 1944.

A INAUGURAÇÃO DA PREFEITURA DE TAIPU #TAIPU130ANOS #10


           A partir de 1930 os municípios passaram a ser administrados pelos prefeitos, havendo assim a distinção dos poderes executivos e legislativos, este passou a ser exercido somente pelos vereadores. Foi a partir daquele ano que os municípios passaram a construir os prédios próprios para a sede da prefeitura que em em Taipu só ocorreu em 1934.

         Conforme publicado no jornal Diário de Pernambuco foi inaugurado em janeiro de 1934 o prédio da prefeitura de Taipu.

       Esteve presente a solenidade Mário Câmara, interventor federal, em companhia de sua esposa, o Dr. Augusto Leopoldo, Rosendo Leite, prefeito, Dr. Manoel Abate,1º juiz distrital, o monsenhor Alfredo Pegado, vigário geral da diocese, o padre Fortunato Leão, vigário da paróquia, Dr. Francisco Canindé Cavalcante, promotor público e numerosos comerciantes, industriais, fazendeiros e pessoas de todas as classes sociais.

         Além destas pessoas estiveram presentes ainda Odilon Cabral de Macedo, prefeito de Baixa Verde e José Porto Filho, prefeito de Touros.

         Em nome do prefeito de Taipu falou o Eneás Leite, filho de Rosendo Leite, agradecendo ao interventor Mário Câmara, as referências à sua pessoa e congratulando-se com o povo taipuense por aquele melhoramento que era a inauguração do prédio da prefeitura. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 09/01/1934, p.4).

Prefeito Rosendo Leite da Fonseca

         Após a solenidade o interventor e a comitiva se dirigiram ao município de Touros para vê as obras do governo estadual que ali se realizavam, passando antes pelo povoado de Boa Cica.

         De acordo com o professor Gustavo Praxedes essa casa já foi a sede da prefeitura em Taipu. Não sabemos no entanto, se se trata da prefeitura inaugurada no relato a cima.

          Até ser instalada no prédio atual na Rua Antônio Alves da Rocha, no antigo prédio da coletoria de rendas, a prefeitura de Taipu já esteve em outros lugares, como na casa do ex prefeito Aluízio Viana, por exemplo dali sendo transferida para o prédio atual por iniciativa desse ex prefeito.



Sede da prefeitura de Taipu após a transferência par ao prédio da rua Antônio Alves da Rocha no inicio dos anos 1980.

Prefeitura de Taipu em 2012.



Prefeitura de Taipu em 2015.


SOBRE ACONTECIMENTOS EM TAIPU NO INICIO DA DÉCADA DE 1930 #TAIPU130ANOS #9

 

No início da década de 1930 o município de Taipu constava do seguinte panorama: havia 10 comerciantes de fazendas e retalhos, 14 comerciantes de molhados, 1 indústria de descaroçar algodão, de propriedade de João Gomes da Costa.

Os acontecimentos mais significativos ao longo desse período foram os que seguem.

Os profissionais autônomos que havia no município eram: 1 barbeiro, 1 ferreiro 1 funileiro, 1 pedreiro, 1 sapateiro, já os agricultores e lavradores eram em número de 27 e os criadores de animais eram 14.

No dia 27/04/1930 foi inaugurado o campo de pouso de Taipu. Naquele dia decolaram de Natal, às 08h45min, os dois aviões do Aeroclube: o “NATAL I” pilotado pelo aluno Fernando Gomes Pedrosa e conduzindo o mecânico do Aeroclube, Abel de Oliveira, e o “NATAL II”, pilotado pelo Cmte. Petit, tendo como passageiro o governador do estado Juvenal.

Em São Tomé pousaram às 09h35min ficando o campo oficialmente inaugurado. Às 11h00min horas prosseguiram viagem para Baixa Verde (hoje João Câmara), onde aterraram 35 minutos após. Às 15h00min horas os dois aviões partiram com destino a Taipu onde pousaram 25 minutos depois ali seria inaugurado o campo de pouso do município.

De Taipu decolaram às 16h00min chegando à Capital somente o “NATAL II”, pois o “NATAL I” foi obrigado a permanecer em Taipu em virtude de um ligeiro acidente verificado por ocasião da aterragem, danificando o trem de pouso.

Ainda naquele ano de 1930 um surto da malária no município de Taipu. Em 1931 continuaram os trabalhos de combate ao surto da malária pelo Governo do Estado e segundo o jornal do Comércio do Rio de Janeiro “parecendo cada vez melhor a situação sanitária” (JORNAL DO COMERCIO, RJ, 17/10/1931,p.2).

De acordo com o jornal Diário de Pernambuco a mortalidade causada pela malária no Rio Grande do Norte impressionava pela sua alta porcentagem, onde “no pequeno município de Taipu, entre 6 e 7 mil impaludados o número de mortos se eleva a cerca de 10 por dia, em geral após uma quinzena de marcha do mal”. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/09/1931, p.8).

Antiga igreja matriz de Taipu.


Cata vento do poço artesiano em Taipu.


A DÉCADA DE 1920 EM TAIPU #TAIPU130ANOS #8

 

Nesse período o   município foi caracterizado como sendo acidentado a maior parte do seu território, onde as poucas várzeas de massapê e charnecas que possuía alagavam no tempo das chuvas. A maioria dos terras eram áridas e de aspecto desolador na época da seca, tendo sido sua superfície foi calculada em 2.160 km², onde se apresentava com clima quente e saudável.

Tinha por distritos a Vila, Baixa Verde e Boa Vista. Já os Povoados eram Baixa Verde, Boa Vista, Poço Branco, Contador e Gameleira.

A Vila de Taipu tinha a seguinte situação urbana: 500 casas. 1 igreja, 1 escola, 1 mercado, 1 coletoria, 1 agencia dos correios, 1 agência de telégrafos, 1 estação ferroviária, 1 Cemitério.

Os principais acontecimentos ocorridos naquela década em Taipu foram os que se seguem.

A década se inicia com um rigoroso inverno ocasionou a destruição das plantações em Ceará-Mirim, Taipu, Baixa Verde e muitos outros municípios do agreste em 1922. As chuvas continuavam pesadas sobre o estado aumentando o volume dos rios e causando prejuízos materiais também no Seridó.

Foi projetado pela IFOCS o Açude Tupy em Taipu o qual  teria capacidade de 4.300,000 m³ (ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA, 1922, p.204).

         Naquele mesmo ano de 1922 a Intendência municipal de Taipu votou um donativo de 500$000 réis para a Caixa das Secas. (DIARIO DE PERNAMBUCO, 20/01/1922, p.4).

         O posto antiofídico em Taipu, foi instalado em 1926 por  iniciativa da Associação dos Escoteiros do Alecrim, apoiada por diversas intendências municipais dentre elas a de Taipu.

         Em 23/07/1926 foi instalada a agência da Caixa Rural no distrito de Baixa Verde que segundo o jornal A União o distrito abrangia a faixa mais importante e a maior parte da zona agrícola do município de Taipu (A UNIÃO, 1926 p.1).

         Havia já naquele mesmo ano um campo de cooperação de plantio de algodão do ministério da agricultura na fazenda Parazinho[1] de propriedade do então prefeito João Câmara com 40m² onde a receita era de 1:96$000, despesa de 607$923 e lucro de 1:352$072.

         Em 26/05/1926 o intendente de Taipu João Câmara se encontrava na capital do país, a cidade do Rio de Janeiro. Lá foi lhe oferecido um almoço na Rotisserie Sportmam (DIÁRIO DA MANHÃ, 26/05/1926, p.5) ao chefe do administrativo de Taipu.

No ano seguinte foi inaugurada a estrada de automóveis ligando o município de Taipu ao de Touros, numa extensão de 42 km. (A REFORMA, AC, 27/03/1927, p.4) a inauguração da referida estrada contou com a presença do governador José Augusto Varela cuja inauguração ocorreu em 27/03/1927.Corresponde a estrada de rodagem atual ligando o município de Taipu a Pureza.

Naquele mesmo ano foi criado o Grupo Escolar Capitão José da Penha no distrito de Baixa Verde e iniciado a construção do prédio destinado a abrigar a referida escola.


Grupo escolar Capitão José da Penha em construção em Baixa Verde.

Atual prédio da escola estadual Capitão José da Penha na cidade de João Câmara.


Em 1927 exerciam atividades no comércio, indústrias e profissões diversas Alfredo Edeltrudes de Souza, Antônio Justino de Souza, Francisco Nóbrega Costa, João Câmara & Irmãos, João Gabriel Campos, João Gomes da Costa, Joaquim Rebouças de Oliveira Câmara, Theófilo Furtado.

No ramo de armarinhos, fazendas, ferragens, secos e molhados eram 31 pessoas exercendo tais atividades, sendo elas:

Antônio Gomes, Emília Leite, Fortunato Guedes de Moura, Francisco Nobre da Costa, Francisco Teixeira, Inocêncio Francisco de Barros, Ismael Mauricio da Silveira, Jerônimo Soares da Câmara, João Batista Furtado, João Câmara & Irmãos, João Gomes da Costa, João Inácio de Melo, João Leite da Fonseca, João Soares da Silva Filho, José Gonçalves de Oliveira, José Justino de Souza, José Soares da Silva, Júlio Leite, Luís Gonçalves de Oliveira, Luiz Gomes da Costa, Manuel Leite da Fonseca, Miguel Guedes da Câmara, Paulo Bilro, Pedro Baião, Pedro P. de Souza, Pedro Torquato, Rodrigues & Praxedes, Rosa Miranda Leite, Rosendo Leite da Fonseca, Salustiano da Silva, Sebastião Nunes da Silva.

Já os Comerciantes de carne seca eram 4 sendo eles: João Miranda Filho, João Teixeira de Oliveira, Luiz Gonçalves de Oliveira, Manoel Francisco.

Nas profissões de carpinteiros e marceneiros 5 pessoas exerciam atividades, sendo eles José Romualdo Filho, José Romualdo Davi, Manoel Pequeno, Francisco Beraldo, Pedro Pequeno.

Havia ainda 1 ferreiro, Manoel Avelino dos Santos, 1 fogueteiro, Marcolino de Oliveira.

Havia 3 padarias sendo proprietários Joaquim Matias de Lima, Minervino Ferreira da Costa, Luiz Gonçalves de Oliveira.

Sapateiros eram 3, sendo eles Antônio Francelino, Cícero Saldanha,  Francisco Regis.

Os agricultores e lavradores eram 223 sendo eles Adolfo Jorge, Agostinho Soares, Alexandre Eleutério, Alfredo Miranda, Alfredo Soares, Alípio Davino, Alves de Oliveira, Amaro Avelino, Amaro Raimundo, Antônio Alves, Antônio Barbosa, Antônio Bernardino,Antônio Bilro, Antônio Cavaco, Antônio Faustino, Antônio Fongo, Antônio de Freitas, Antônio Germano, Antônio Gomes, Antônio Juvêncio, Antônio Nicácio, Antônio Paranconha, Antônio Pegado, Antônio Pequeno,Antônio Porfirio, Antônio Ricardo, Antônio Soares,Antônio Soares da Câmara, Antônio Thomaz, Arthur Soares, Avelino Soares, Balbino Vicente, Benigno Alves, Bento Fernandes, Bernardino Auto, Bianor de Farias, Candido Soares, Cicero Delfim, Cicero Ricardo, Clementino Soares, Cosme Ricardo, Domingos Barros, Domingos Félix, Eloy Batista, Eloy de Souza, Eloy Felinto, Emídio Guedes, Epifânio Gomes, Estevam Faustino, Felinto Patrício, Firmo Bia, Firmo Pereira, Francisco Alves, Francisco Barbosa, Francisco Cruz, Francisco Ferreira, Francisco Hipólito, Francisco Jacob, Francisco Luiz, Francisco Melo, Francisco Paraconha, Francisco Pequeno, Francisco Ribeiro Filho, Francisco Soares, Francisco Thomé, Francisco Vicente, Francisco Vital, Gabriel Barbosa, Galdino Eugênio, Henrique Domingos, Henrique Fernandes, João Alexandre, João Bidão, João Bilro, João Clarindo, João Diogo, João Fanlim, João Fernandes, João Flores, João Francisco Boaventura, João Gabriel, João Gabriel Campos, João Galdino, João Germano, João Gomes, João Gomes da Costa, João de Paiva, João Joaquim, João Lica, João Machado, João Miranda, João Miranda Filho, João Nicácio, João Paraconha, João Rafael, João Raimundo, João Sabino, João Simeão, João Soares, João Thomaz, João Thomé, Joaquim Antônio, Joaquim Avelino, Joaquim  Bilro, Joaquim Henrique, Joaquim Jorge, Joaquim Lagarto, Joaquim Lucas, Joaquim Luiz, Joaquim Miranda, Joaquim Nicacio, Joaquim Pequeno, Joaquim Pereira, Joaquim Rodrigues, Joaquim Viana, Job Ferreira da Soledade, Jorge Gomes, José Batú, José Bezerra, José Biá, José Candido, José Casimiro, José Cavaco, José Fabricio, José Filgueira, José Florêncio, José Germano, José Grande, José Gregório, José Guilherme, José Hermógenes, José Honorato, José Jacinto, José Leite, José Luíz, José Machado, José Maximo, José Miranda, José Nunes, José Paulino, José Pedro, José Raimundo, José Ribeiro, José Simeão, José Thomaz, Júlio Leite, Justino Faustino, Lourenço Fernandes, Lourenço Visto, Lúcio Serafim, Luiz Benedito, Luiz Freitas, Luiz Gomes, Luiz Gonçalo, Luiz Gonçalves, Luiz José, Luiz Miranda, Luiz Oliveira, Luiz Pereira, Manoel Alexandre, Manoel Anselmo, Manoel Benedito, Manoel Bia, Manoel Cardoso, Manoel Cavaco, Manoel Cosme, Manoel da Cunha, Manoel Eugênio de Andrade, Manoel  Faustino, Manoel Feichado, Manoel Felinto, Manoel Fernandes, Manoel Ferreira, Manoel Gonçalo, Manoel Gonçalves, Manoel Henrique, Manoel Inácio, Manoel Joaquim, Manoel  Jorge, Manoel Justino, Manoel Juvêncio, Manoel Pedro, Manoel Pequeno, Manoel Rafael, Manoel Ribeiro, Manoel Rodrigues de Moura, Manoel Rodrigues Santos, Manoel Rufino, Manoel Silva, Manoel Simeão, Manoel Targino, Manoel Teixeira, Manoel Thomaz, Manoel Verissimo, Manoel Victório, Marcolino João, Margarido Gomes, Miguel Cruz, Miguel Francisco, Miguel Inácio, Miguel Machado, Miguel Pedro, Miguel Rocha, Miguel Viana, Paulino Bilro, Pedro Batista, Pedro Borges, Pedro Carlos, Pedro Ferreira, Pedro Feichado, Pedro Guedes, Pedro Luiz, Raimundo Batista,Ricardo Bispo de França, Romão Pereira, Sebastião Pereira, Serafim Thomé, Serviano Barreto, Theófilo Furtado, Thomaz Thomé, Tião Padre, Torquato Teixeira, Vicente Sebastião, Vital Vitalino.

Já os Criadores eram 23 sendo eles Alexandre Rodrigues da Silveira, Antônio Juvêncio da Câmara, Estolano Ferreira da Soledade, Felipe Soares da Câmara, Francisco Soares, Ismael Mauricio da Silveira, João Batista Furtado, João Ferreira Miranda, João Gomes da Costa, João Joaquim da Silva, João Leite da Fonseca, João Miranda Filho, João Severiano da Câmara, João Soares da Silva, João Teixeira de Oliveira, Job Ferreira da Soledade, José Jacinto Duarte, José Justino de Souza, José Soares Sobrinho, Manoel Jorge, Manoel Juvêncio da Câmara, Rozendo Leite, Theófilo Furtado.

Ainda sobre as ocorrências relativas ao município de Taipu no ano de 1928 havia 633 propriedades territoriais e que geraram a quantia de 4:352$000 em impostos territoriais.

 Dos 37 internados com lepra no leprosário São Francisco de Natal 4 pessoas internadas provinham do município de  Taipu (RELATÓRIO..., 1928).

Segundo o jornal A Manhã de 31/07/1929 as eleições federais em Taipu foram anuladas por motivos de ter havido fraudes no processo eleitoral. Segundo o referido jornal só haviam 3 candidatos  para serem votados, mas os cabos eleitorais sem a menor cerimônia distribuíram um nome a mais para ser votado (A  MANHÃ, 31/07/1929, p.4).Na época havia 163 eleitores em Taipu.

        

Escola isolada Dr. Otaviano em Taipu mantida pelo governo do estado, posteriormente transferida para São Gonçalo.



[1] Atual o município de Parazinho.

SOBRE ACONTECIMENTOS EM TAIPU ENTRE 1917 E 1918 #TAIPU130ANOS #7

 

     Entre 1917 e 1918 foram resolvidos os problemas referentes aos limites do município de Taipu com os de Ceará-Mirim e São Gonçalo.

A Lei Nº 422 de 28 de novembro de 1917 assinada pelo governador Joaquim Ferreira Chaves marcava a linha divisória entre os Municípios de Ceará-Mirim e Taipu. Eis oi teor da referida lei:

O Governador do Estado do Rio Grande no Norte: Faço saber que o Congresso Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 19 - A linha divisória entre os Municípios de Ceará-Mirim e Taipu é a seguinte: ao Norte, partindo da foz do «Riacho Seco» á ponta da Lagoa do Mato pelo lado de cima; daí em linha reta á «Passagem das Pedras»; daí á «Cruz do Salvador»; desta, pela estrada de Macaíba ou das «Boiadas» até o «Riacho do Mudo» e por este acima até a «Trempe dos Municípios», no lugar denominado «Poço do Juazeiro».(ATOS LEGISLATIVOS e DECRETOS..., 1918, p.20).

         No ano seguinte foi resolvida a questão de limites entre Taipu e São Gonçalo pela Lei nº. 433 de 27 de novembro de 1918 na qual foi demarcada a linha divisória entre os municípios de Taipu e São Gonçalo.

Segundo o Art. 10 da citada lei a linha divisória entre os municípios de Taipu e São Gonçalo seria a seguinte: partindo do Poço do Juazeiro ao centro da lagoa da Jurema, dai á ponta sul do serrote do Urubu, seguindo em linha reta ao tanque do Quintururé e dai ao meio da serra dos Macacos. (ATOS LEGISLATIVOS e DECRETOS...,1919, p.5).A referida lei foi assinada pelo então governador Joaquim Ferreira Chaves.

Em destaque no mapa a configuração territorial de Taipu até 1928.

          Em 1918 o Almanaque Administrativo Comercial e Industrial apresentava uma descrição sobre o município de Taipu.

Dentre as informações contidas nesta publicação constava que o município tinha a superfície de 2.160 km², era acidentado na maior parte do seu território, havia poucas várzeas de massapé e charnecas e que estas alagavam no tempo das chuvas, outra parte das terras do município eram áridas e de aspecto desolador na época da seca, o clima foi descrito como quente saudável (ALMANQUE..., 1918).

         O texto do Almanaque apresentava como limites do município de Taipu os municípios de Ceará-Mirim, Lages, Touros e São Gonçalo.

         Os distritos eram Baixa Verde e Boa Vista. Os povoados existentes eram; Baixa Verde, Boa Vista, Poço Branco, Contador e Gameleira. As culturas cultivadas eram Algodão, mandioca, milho e feijão. A população foi calculada em 10.000 habitantes.

       Sobre a sede diz a referida publicação que a vila de Taipu estava situada à margem sul do rio Ceará-Mirim, tinha 173 fogos (casas) e 1.038 habitantes (ALMANAQUE..., 1918, p.3627).

          A ligação com a capital dava-se pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e tinha como chefe da estação de trem o Sr. Agenor Brandão.

A paróquia se encontrava vaga, e tinha 1 igreja e 5 capelas (ALMANAQUE..., 1918, p.3627).

        Segundo Anfilóquio Câmara (1943, p.393) os serviços de telefonia em Taipu foram implantados em 16/10/1918, o que conferia ao município mais um serviço de comunicação além dos correios. Estes serviços eram oferecidos por meio do sistema de telégrafos.