quinta-feira, 7 de maio de 2015

IMAGENS RARAS DE TAIPU-RN




Quando a gente pensa que nada mais se pode encontrar sobre Taipu-RN eis que aparece por encanto essa imagem publicada na revista O Malho, de 1927, onde na legenda se lê que eram leitores da referida revista em 'Taypú'.Seria à època grafada assim ou erro de tipografia?, não importa, o que importa é o valor histórico do registro.





quarta-feira, 6 de maio de 2015

IMAGENS DE NOVA CRUZ-RN EM 1922






      Imagens de Nova Cruz-RN, cidade polo da região agreste do Rio Grande do Norte.As imagens foram publicadas na revista O Malho em 1922 e segundo a legenda das mesmas trata-se dos desfiles organizados naquela comuna em 1922 alusivas ao centenário da Independência do  Brasil.




Fonte: O malho,1922,p.27,28

COISAS PITORESCAS DO RN



        Encontramos em nossas pesquisas esse acontecimento pitoresco e no minimo inusitado em Nova Cruz no ano de 1914.Trata-se da inauguração, isso mesmo inauguração da ponte móvel sobre o rio Curimataú em Nova Cruz.O titulo da foto publicada na revista O Malho "quem não tem cão caça com gato" faz alusão ao fato de no lugar não haver até aquele momento nenhuma ponte de alvenaria que transpusesse o rio tendo sido feito essa improvisação pelos moradores da cidade e que como visto na foto tratava-se de uma roldana com uma pequena plataforma de madeira em que as pessoas arrevessavam de uma margem a outra do rio.

O Malho, 1914,p.26.
       Seriam os novacruzenses os precursores dos esportes radicais no Rio Grande do Norte? pois como se vê na foto a "ponte" nada mais é que uma tirolesa dessas que são usadas em praticas de esportes radicais atualmente.



Fonte da imagem: Revista O Malho, 1914.

MEMÓRIA FERROVIÁRIA DO RN

Inundação em Pedro Velho-RN



          Em 12/05/1901 ocorreu a inundação da vila de Cuitezeiras, atual Pedro Velho-RN que destruiu  praticamente toda a vila.Segundo o relato do ocorrido “em consequência da extraordinária cheia do rio Curimataú, caíram algumas casas da vila de Nova Cruz, inclusive a que ali servia de cadeia,e no dia seguinte 13, desabaram diversos edifícios da Vila de Cuitezeiras que ficou submergida pelas águas que invadiram as ruas de modo a não dá tempo a fuga aos habitantes, tendo também a enchente abatido a ponte sobre aquele rio logo em seguida a passagem do trem horário (Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros, 1901.p.16) a inundação da Vila de Cuitezeiras foi tão grande que a os moradores tiveram que ser removidos do antigo local em que fora erguida a vila  fundando um nova vila em lugar mais distante, da antiga vila só restou a capela de Santa Rita de Cássia que atualmente se veem em ruínas no atual município de Pedro Velho-RN.
          Conforme o relato a cima a cheia do rio alcançou a vila logo após a passagem do trem horário pela aquela localidade e por pouco não ocorreu um desastre maior já que a ponte ferroviária está erguida sobre o rio Curimataú naquele lugar.Outras inundações ocorreram nas cheias do rio Curimataú como a que ocorreu na década de 1970 que destruiu a ponte ferroviária.Na foto a baixo o trem da RFFSA passando pela ponte provisória.

Fonte: autoria desconhecida.

MEMÓRIA FERROVIÁRIA DO RN

Acidentes na estrada de ferro Natal Nova Cruz

        A seguir alguns acidentes que ocorreram na estrada de Ferro Natal-Nova Cruz-RN, é obvio que não ocorreram só estes, mas dado a limitação da pesquisa e pela fato de não carecer de mencionar todos elegemos estes por razões que se segue.O primeiro acidente relatado foi o mais antigo encontrado em nossas pesquisas ocorreu em 1893.Os outros sinistros tem sua relevância por citarem estações como a de São José de Mipibu, a Penha, atual Canguaretama, a estação de Estiva, o desvio Pituaçu e Bélem, estes dois desvio eram desvios particulares de engenhos e usinas da região em que o trem ia lá para transportar cana.Segue o relato dos sinistros.
          Da memória ferroviária da parada do Baldum da estrada de ferro Natal-Nova Cruz tem-se o sinistro ferroviário ocorrido naquela localidade em 22/01/1891.Segundo a matéria do jornal do Recife o trem regressava para Natal composto por 11 carro carregados  de tijolos, caroços de algodão e outras mercadorias alem do pessoal indispensável a composição, sendo um maquinista, um foguista, condutor e dois guarda freios.O maquinista imprudentemente deu demasiada força a locomotiva de modo que ao chegar a declividade  próximo a parada do Baldum, onde deveria-se diminuir a força, não foi possível, por que se tivesse dado contra vapor a locomotiva teria explodido. “o descarrilhamento deu-se de um modo horrível, ficando os trilhos arrancados, e entortados, sendo a machina e carros atirados a grande distancia”, em diligencia e informações colhidas resultou que “o sinistro  não teve outra causa alem da imprudência do machinista pela força dada ao vapor e carreira vertiginosa em que vinha” que traduzindo para o português atual e compreensão dos distintos leitores pode se resumir que o  descarrilhamento ocorreu por que o trem estava em alta velocidade.
      O maquinista e o foguista foram encontrados sem vida no meio dos escombros, o condutor Virginio Garcia ( na matéria foi o único citado nominalmente) escapou com vida porem com sérias queimaduras por ter vindo próximo ao vapor que expelia a locomotiva.Os dois guarda freios pularam antes do descarrilamento e foram estes dois que prestaram socorro aos companheiros no desastre.Os mortos e feridos foram transportados para Nova Cruz num trem expresso que a companhia fez seguir para o lugar do sinistro (Jornal do Recife, 29/01/1891, p 2).
     Entre o km 29 e 28 da ferrovia, na viagem do trem do horário procedente da estação de Nova Cruz, no dia 21 de junho do ano passado [1893], com destino a Natal, a locomotiva que conduzia o trem apanhou uma mulher e uma criança e ambas contundiu gravemente, vindo a primeira a falecer, logo depois de chegar ao hospital de caridade, para onde foi conduzida (Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros, 1894, p. 3).
        No dia  09/03/1894, em São José, onde achava o corpo do soldado José Alexandre do Carmo “dirigindo ao rio para banhar-se com outros companheiros e querendo atravessar o leito da estrada quando muito próximo vinha o trem, sucedeu ser apanhado pela locomotiva e morreu instantaneamente” (Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros, 1894, p.4).
no dia 09/06/1894 o trem do horário da ferrovia, de viagem para Natal procedente de Nova Cruz ao descer a ladeira do Pium, no km 30, descarrilou, resultando  do descarrilamento ficaram diversas pessoas ferida.A causa do acidente foi atribuída a grande velocidade me que estava o trem e pela imperícia ou imprudência do maquinista Olímpio  Alves de Melo que foi imediatamente preso (Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros, 1895, p 13).
        No dia 19/10/1901 outro acidente ocorreu na estrada de Ferro Natal-nova Cruz.Desta vez o sinistro ocorreu na estação da Penha, atual Canguaretama-RN.O acidente se deu devido a uma manobra no desvio da estação da Penha num trem especial de cargas que resultou no esmagamento da perna do guarda freios de nome José Pequeno, que “dali foi imediatamente  transportado para esta capital [Natal] em trem especial, e recolhido ao Hospital de Caridade, a fim de ser tratado naquele estabelecimento”.Das informações apuradas do acidente constou-se que o acidentado ao tentar passar de um carro para o outro com um “amarrado de canas” se desequilibrou vindo a cair entre os dois carros que resultou no desastre causado pela imprudência da própria vitima.Na mesma ferrovia no dia 26/10/1901 um trem que fora buscar carro vazios no desvio do Engenho Pituaçu para carregá-los de cana em Estiva e Belém, “ao chegar entre o km 68 e 69 no começo da ladeira de Goianinha, o brequista Francisco Firmino, no momento de arrochar o breque, este largou a roda, acontecendo de cair na linha o referido brequista, por cima do qual passou imediatamente um carro vazio que esmagou esse infeliz em consequência do que faleceu no mesmo dia” (Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros, 1901, p.14).
      A imagem a baixo não tem qualquer relação com os acidentes citados a cima, é puramente ilustrativa.Foi publicada no Almanaque Tico Tico.

Almanaque Tico Tico,1918, p.30.



Fontes: 
Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros,1894,1895,1901, Jornal do Recife, 29/01/1891 e Almanaque Tico Tico,1918.