Taipu é uma terra pequena, onde, dos devaneios de nossos avós, amores dos nossos pais e sonhos enluarados da infância, fazem dela o relicário da nossa meninice, tão longe e tão perto do coração. Dir-se-ia que naquele rincão descansava a felicidade no meio da carência de tudo. Luís Viana, poeta taipuense.
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segunda-feira, 27 de abril de 2015
Arqueologia ferroviária
Esse recorte é uma verdadeira relíquia ferroviária.Trata-se do orçamento estimado para a construção do prolongamento da Estrada de Ferro Natal-Nova Cruz no que seria mais tarde a Estrada de Ferro do Ceará-Mirim e posteriormente, já na Republica, a EFCRN.O artigo foi publicado na Revista de Engenharia no ano de 1885.
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Orçamento da Estrada de Ferro do Ceará-Mirim, 1885. |
segunda-feira, 20 de abril de 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Padres da paróquia de Taipu XII
Padre Rui Miranda
Nasceu
em Taipu-RN a 12/04/1928.Estudou no pré
seminário da cidade de Angicos, e no ano de 1948, ingressou no Seminário
Maior onde cursou Filosofia e Teologia em Fortaleza, no Ceará.
No
dia 15 de novembro, é ordenado sacerdote em Natal, em frente à antiga Catedral,
em missa campal por Dom Marcolino Dantas.
Trabalhou
como Vigário cooperador da Catedral (1953), depois Vigário de Nísia Floresta
e Arês. No dia 6 de fevereiro de 1956 é nomeado Pároco de Ceará Mirim,
assumindo também depois as Paróquias de Taipu e Touros.
No
ano de 1958 é nomeado Cônego Honorário do cabido da Catedral de
Belém (Pará). Foi diretor da Escola de Comércio de Ceará Mirim e do
Instituto Imaculada Conceição, diretor da Casa de Caridade São Vicente de
Paula, do Ginásio Industrial de Ceará Mirim (hoje a Escola Mons. Celso Cicco).
Cônego Rui também foi professor, tendo ensinado no Ginásio Industrial e no
Instituto Imaculada Conceição[1].
Faleceu em 28/01/2012 em Ceará
Mirim-RN.
O Cônego
Rui Miranda esteve por dois momentos a frente da paróquia de Taipu.A primeira posse deu-se em 15/06/1958 já a 2ª como Administrador
paroquial em 24/05/1989. Foi ele quem concluiu os trabalhos de ampliação da matriz em 1963 com a construção da torre.
terça-feira, 14 de abril de 2015
joão Câmara-RN tremores em 1986
Os abalos de 1986 em João Câmara foram sentidos em Taipu e Poo Branco causando pânico nas populações destas três cidades.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
K-Ximbinho & Regional Rio Antigo - Manda brasa (1978)
Uma das ultimas, se não a ultima imagem do compositor potiguar natural de Taipu-RN K-ximbinho vivo na TV Bandeirantes em 1978.
Taipu no jornal O Estado de São Paulo em 1906
Na edição nacional do jornal O Estado de São Paulo (Estadão) foi publicado quase que imperceptível num cantinho de pagina a inauguração da estação telegráfica da EFCRN na então vila de Taipu-RN.Em se tratando de ferrovias no inicio do século XX qualquer noticia era publicada no jornal para se fazer propaganda da obra em construção posto que essa ferrovia era uma obra do governo federal, era preciso deixar o governo ciente do andamento das obras, já para Taipu era uma grande obra realizada na pequena vila de Taipu pois a colocaria em contato com o resto do mundo por meio do telégrafo ainda que esse equipamento tecnológico fosse de uso exclusivo da EFCRN.
TRANSFERÊNCIA DE PROFESSOR PARA TAIPU EM 1891
A edição do jornal O Povo de 19/07/1981 publicado em Caicó-RN trouxe uma matéria falando da transferência que o governador Amintas Barros fez do professor Joaquim José de Carvalho Pinto tendo sido o referido professor removida da cidade de Flores (atual Florânia-RN) para Taipu-RN.Ainda segundo a matéria a remoção deu-se pelo fato do professor transferido não ter acompanhado a politica reacionária e anti-democrática pratica por Miguel Castro, o mais estranho é que o professor havia sido removido e perseguido em 1889 justamente por defender a candidatura de Miguel Castro " assim é que se recompensa favores e se estimula os bons caracteres" dizia a nota do jornal.Entretanto o professor Joaquim José de Carvalho Pinto não aceitou a remoção feita pelo governo do estado e continuou em Flores como professor particular.
Como é sabido os primeiros anos da Republica foram conturbados aqui no RN e era assim o tom dos acontecimentos que se sucederam nos idos finais do século XIX em terras potiguares.
Considerando que a emancipação politica de Taipu tenha ocorrido em 10?03/1891 esta foi uma das primeiras notas em que se menciona o novo município, o curioso no entanto é que nos jornais por mim pesquisado não encontrei nenhuma menção a criação do município de Taipu em nenhum jornal da época, porém, esta pitoresca noticia das cornicas politicas do Rio Grande do Norte foi registrada para a posteridade mencionando Taipu.
É no minimo estranho nem o jornal oficial do governo do estado que era o jornal A Republica não ter mencionado a criação do município de Taipu.
O RN na Exposição internacional do centenário da Independência do Brasil
As fotos a baixo são da matéria
do Jornal Gazeta de Noticias sobre o centenário da Independência onde
houve uma exposição internacional em que os estados se fizeram representar por
Anfilóquio Câmara.
Na exposição, dos 37 municípios que existiam à época no RN, 28 estavam representados na qual enviaram produtos que representavam suas riquezas.
Foram distribuídas placas de ouro e de prata conforme a classificação do júri para os municípios que apresentaram seus respectivos produtos.
Na exposição, dos 37 municípios que existiam à época no RN, 28 estavam representados na qual enviaram produtos que representavam suas riquezas.
Foram distribuídas placas de ouro e de prata conforme a classificação do júri para os municípios que apresentaram seus respectivos produtos.
Foram
classificados como de primeira classe: Acari, Angicos, Areia Branca, Assu,
Caicó,Currais Novos, Florânia, Jardim do Seridó,Macau, Mossoró, Nova Cruz,
Santana do Matos, Santa Cruz, São Gonçalo e Serra Negra.Já os de segunda classe
foram:Apodi, Arês,Campo Grande, Caraúbas,Martins, Natal, Nísia Floresta, Pedro
Velho, Portalegre,Santo Antonio e Taipu.
A legenda da foto dizia: "O trem da EFCRN atravessando uma
das zonas mais ricas do estado e bela ponte do Ceará-Mirim (rio) esplêndida
obra de engenharia nacional".
A ponte é notadamente a do distrito do Umari em Taipu-RN construída sobre o rio Ceará-Mirim e inaugurada em 1909
A ponte é notadamente a do distrito do Umari em Taipu-RN construída sobre o rio Ceará-Mirim e inaugurada em 1909
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Trem inaugural da EFCRN |
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Ponte do Umari, Taipu-RN, 1923 |
Fonte: Jornal Gazeta de Noticias, 1923.
REFAZENDO A HISTÓRIA DA EFCRN
Recorte Gazeta de Noticias em que está uma noticia sobre a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte onde o engenheiro José Luis Batista, chefe da Comissão de Estudos Contra a Seca o faz um balanço das atividades realizadas pela ferrovia e onde está citada a inauguração da estação ferroviária de Taipu-RN
Pelo RN de antigamente
A baixo algumas imagens do RN antigamente extraídas da revista A Semana.Na edição de 29/06/1902 a revista estampou uma foto
de uma procissão de São Sebastião em Caraúbas, na região oeste do
estado (A semana, 1902 n.111, p. 211), já a edição de 01/02/1903 estampou a foto do
palacete do dr. Fernando Barros em Ceará-Mirim ( A Semana, n. 142, p.453,
1903).A edição de 16/08/1903 trazia varias imagens de Mossoró como esta da praça Seis de Janeiro, Rua das Flores. ( a semana,n. 170, p.702, 1903).
Na edição de 30/04/1905 a revista a semana estampou a foto do vapor Brasil do Loyd Brasileiro que encalhou na boca da barra do rio Potengi.O navio encalhou no dia 27 de março nos arrecifes próximo a fortaleza do Reis Magos tendo saído do encalhe no dia 29 graças aos serviços da Companhia de Melhoramentos do porto de Natal segundo a revista. ( A Semana, n.259, p.2261, 1905). Na edição 01/02/1930 exibiu uma foto da Praia do Forte e em 1941 ,A fortaleza do Reis Magos na edição de 29/03/1941, p.19 já em 1942 a revista a semana exibia uma foto das ruínas da igreja de Extremoz.
Na foto do forte havia a seguinte descrição da antiga capela que não existe mais: "Do lado esquerdo se apruma já deteriorado, quase em ruínas,
o frontispício tosco da capelinha branca abandonado pelos Reis que mudaram de
império e onde hoje se avista a miraculosa cacimba de água doce centralizando a
sala de orações abojada nos recuos da maré para se esconder como resto
estagnado de cisterna no crescendo encrespado da dos arremesso da preamar". A foto e o texto são de João Alves (revista A Semana, 1938, p.23).
Outras imagens foram retiradas da mesma revista em diversas épocas como Cais da Tavares de Lira na Ribeira em Natal, 1927, a Missa do 4º centenário de descobrimento do Brasil em frente a antiga catedral de Natal,1900., imagens de Mossoró no inicio do século XX em 1903, Marco de fundação da cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte, 1941. e vistas aéreas de Natal na década de 1940 mostradas a seguir.
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Praça Pedro Velho mas conhecida com Praça Cívica em Natal, 1937. |
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Praia de Areia Preta década de de 1930. |
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Cais da Tavares de Lira na Ribeira em Natal, 1927. |
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Procissão de São Sebastião em Caraúbas, 1902. |
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Missa do 4º centenário de descobrimento do Brasil me frente a antiga catedral de Natal, 1900. |
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Palacete do dr. Fernando Barros em Ceárá-Mirim. ( A Semena,
n. 142, p.453, 1903).
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Ruinas da igreja de Extremoz construídas pelos Jesuítas no séculos XVII, ( A Semana, 1943, p.11) |
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Fortaleza dos Reis Magos em Natal, 1941. |
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Navio encalhado na boca da barra do rio Potengi, 1905 |
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Praça Sies de Janeiro em Mossoró, 16/08/1903. |
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Rua da Flores em Mossoró, 16/08/1903. |
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Marco de fundação da cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte, 1941. |
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Vista aérea de Natal,1941 ( A Semana, 1941, p.86) |
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Vista aérea do bairro da Ribeira em Natal, 1945. |
terça-feira, 7 de abril de 2015
Taipu no livro as pelejas de Ojuara de Ney Leandro de Castro parte II
Ney Leandro de Castro coloca outra
história que se passa em Taipu em seu romance As pelejas de Ojuara.Desta vez a
história se passa na zona, meretrício, cabaré.Como em toda cidade do interior
Taipu também tinha sua ‘zona’.Segundo o narrado onipresente do romance da sexta
pra sábado era o dia danado de bom pra mulher de zona “era quando os
caixeiros-viajantes caiam na farra, os feirantes vindos de outros cantos
gastavam no frege e até os pais de família gostavam de molhar a caneta noutro
tinteiro” (p. 177).
No entanto o personagem Ojuara achou
estranho ao saber que em Taipu a ‘zona’ não abria nem as sextas e nem aos
sábados. Tudo por causa de Zé Tabacão “um homem ruim que só a peste, que
costumava aparecer naqueles dias e fazia o maior estrago na zona” (p. 177), Zé
Tabacão maltratava mulher, quebrava garrafas e copos, não pagava despesas, era
um terror, obrigava as meninas a ir para o quarto com ele e “o danado se era
ruim vestido, nu então diz arreda” (p. 177) o valentão dava com chicote nas
meninas e “marcava os peitos lá delas com um ferrinho em brasa que tinha as
letras do nome dele, que nem ferra gado” (p. 177).A dona da ‘pensão’ era
Belinha e foi com ela que Ojuara foi falar para abrir a pensão naqueles dias de
sua passagem por Taipu onde Ojuara “afogou o jegue até não poder mais” (p.
179), adormeceu nos braços de uma rapariga e quando amanheceu foi despertado
pelo alvoroço que se formou na pensão de Belinha pois “Zé Tabacão soube que a
pensão de Belinha estava aberta e tá vindo pra cá.Tá vindo mais abufelado do
que gota serena”(p. 179).Segundo o narrado onipresente (p. 182):
Aquele dia calorento de
Taipu tinha tudo para ser igual a todos os outros, cobertos de sol e monotonia,
com alarido de papagaios ao entardecer.Mas duas coisas quebraram a calma do
vilarejo.A primeira foi a peleja entre o caboclo Ojuara e Zé Tabacão que
começou exatamente as oito e trinta e cinco da manhã.
Os dois se agarraram num corpo a
corpo de gigantes, levando par ao céu uma nuvem de poeira (p. 182), perto de
uma hora da tarde ( lembre-se que a luta começou as oito e trinta e cinco) os
brigantes ainda estavam atracados que nem feras quando surgiu uma nuvem escura
no céu.De repente, baixaram sobre verde
da plantação milhões de gafanhotos.Ao barulho de suas asas em voo somou-se o
ruído da serra de seus dentes devorando
feijão, milho, mandioca, cana de açúcar, destruindo tudo que era verde
(p. 183-184).Cinco horas depois, os dois brigões já tinha se deslocado alguns
quilômetros e adentraram na plantação infestada de gafanhotos e Zé Tabacão foi
sugado pela nuvem de gafanhotos restando Ojuara como vencedor da contenda,
encontraram o corpo de Zé Tabacão “ triturado da cintura pra baixo” (p. 184).
O finado foi atraído pelos
gafanhotos pela calça verde que vestia eis a explicação para o fim trágico do brigão.
”mas gafanhoto não come carne, observou Celso da Silva, que chegou a Taipu um
dia atrasado e se lastimou pelo resto da vida por não ter testemunhado os acontecimentos.
Pois estes comiam, disse o delegado do município. Basta ser verde pra entrar no
dente”. (p. 185).
E assim foram estas as passagens de
Ojuara por Taipu. Cumpre dizer para satisfazer a curiosidade do leitor que
Ojuara permaneceu três dias se recuperando da briga com Zé Tabacão vivendo do
bom e do melhor na pensão de Belinha, mas os detalhes não serão ditos aqui (o
horário não permite) e quem os quiser saber terá que ler o livro (sem querer
fazer propaganda, mas já fazendo).
As cenas passadas em Taipu foram
retratadas no filme ‘O Homem que desafiou Diabo’ de 2007, adaptado do livro em
questão, porém, como em todo livro que é mutilado quando se é adaptado par ao
cinema, manteve-se os personagens porém sem dá os devidos créditos ao local do
ocorrido,o que é uma lástima.
Fonte:
CASTRO, Ney Leandro.As pelejas de Ojuara: a verdadeira história do homem que
virou bicho.Natal: A.S.Editores, 2002.
Taipu no livro as pelejas de Ojuara de Ney Leandro de Castro ( Parte I)
O livro As pelejas de Ojuara do
potiguar Ney Leandro de Castro conta a história de Ojuara, outrora Araújo,
mascate sedutor que em suas andanças pelo interior do estado acaba por se
prender a um casamento que o deixa preso a mulher e ao sogro, em bom potiguarês:
virou manicaca da mulher, cansado da situação resolve ’matar’ o Araujo e dá
vida a Ojuara, Araújo ao contrário. Na pele de Araujo se aventura pelo Rio
Grande do Norte onde encontra Bruxos, Valentões, mentirosos, prostitutas, vaqueiros,
assombrações entre outros personagens na áspera paisagem do sertão nordestino. O
romance também é composto de uma áurea de magia, com cavalos que levantam voo,
terras onde corre rios com leite e mel, pavões misteriosos, briga de
guerreiros, duelo contra o Príncipe das Trevas.
O personagem percorre o interior do
estado ‘cujo o contorno de um elefante mal ajambrado’ como diz o narrador (p.13)
e nessas andanças de cidade em cidade Ojuara passa por Taipu onde “logo na
entrada da cidade, o sol já se pondo, Ojuara viu uma nuvem escura encobrir a
bola de fogo que incendiava o céu” ( p.175).Tratava-se de uma nuvem de
pássaros, mais precisamente de papagaios “ reclamando da vida com seus gritos
agudos, se recolhiam aos ninhos”.Taipu era a terra deles” (p. 175).O narrador
acrescenta ainda que “todo taipuense tinha ódio de quem chamava sua cidade de
terra dos papagaios” (p. 175).
A lenda de que Taipu é a terra dos papagaios é tradicional em todo
estado do Rio Grande do Norte.Difícil saber como surgiu essas e outras
subsequentes com o tema dos papagaios referentes a Taipu.Ai via minha ignota
contribuição para esclarecer tal lenda.Taipu é cortada pelo rio Ceará-Mirim que
segundo Câmara Cascudo (2002) significa rio dos papagaios pequenos, ora ocorre
que vizinha a Taipu tem um cidade que se denomina justamente com o nome do rio
em questão, não deveria ser esta a “terra dos papagaios”? Ocorre que a cidade
de Ceará-Mirim sempre foi mais desenvolvida que Taipu que já fora distrito seu
e é compreensível que houvesse as comparações entre os dois lugares sendo
Ceará-Mirim ‘superior’ a Taipu a população queria sempre se sair na vantagem em
relação a Taipu o que lhes dava a alcunha de terra do papagaio.O papagaio é uma
ave que imita a voz humana e a repete, daí o termo ser inaceitável por parte da
população de Taipu por ser um termo pejorativo em que se quer dizer que o povo
de Taipu repete o que os outros dizem, em outras palavras não tem personalidade
própria, o que é inaceitável pelos taipuenses.Dai surgiram as lendas em relação
a ‘brabeza’ dos taipuenses quando se dizia que Taipu era a terra do papagaio.
A lenda de Taipu como terra dos
papagaios vem de tempos imemoráveis e ninguém sabe ao certo como surgiu tendo
inclusive variantes que fogem a veracidade histórica e registrada ao gosto de
quem as conta.
Ney Leandro de Castro inseriu em seu romance a
famosa história do homem com o panariço que passava por Taipu no trem onde:
O
homem ia pra Natal de trem, por amor de operar um panariço no dedo fura-bola. Na
estação de Taipu, o caningado do panariço doendo que só a gota serena, o homem
resolveu botar o dedo pra fora da janela, pra tomar um ventinho e aliviar a dor.
Mas em Taipu não é só proibido se falar de papagaio como também é desaforo
fazer o gesto com o fura-bolo curvado, a mão fechada, como quem diz me dá o pé,
meu loro.
Pois o homem estava lá, com dedo inchado na janela do trem. Um
menino vendedor de rolete de cana, vendo aquele gesto de mangação com sua
terra, tacou um porrete em cima do dedo: tribufu!O desgraçado deu um berro do
tamanho do trem, foi pus pra tudo que é lado, o carnegão saltou lá fora. Nem
precisou ir pra Natal sarjar o panariço. (p. 176).
E o narrador acrescenta que “Ojuara
riu sozinho da desgraça alheia” (p. 176). Pois bem, era assim que a população
de Taipu reagia a quem os ofendesse com o gesto do ‘me dá o pé loro’.Como em
todo livro que é mutilado quando vira filme a passagem do panariço foi omitida
do filme O Homem que desafiou o Diabo de 2007 adaptado do livro em questão.
Fonte:CASTRO,
Ney Leandro.As pelejas de Ojuara: a verdadeira história do homem que virou
bicho.Natal: A.S.Editores, 2002.
A Telern em Taipu-RN
A antiga
TELERN-TELECOMUNICAÇÕES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, atual Oi
Telecomunicações, foi criada 3 de setembro de 1963, pelo então governador Aluízio
Alves . A TELERN foi uma iniciativa pioneira, das mais importantes que, juntamente com o plano de eletrificação e com a construção de estradas (365,6
Km de estradas construídas de 1961 a 1964, num investimento total de Cr$
7.476.933.146,00), criavam aquelas condições mínimas que possibilitariam um
desenvolvimento maior do Rio Grande do Norte.
E foi assim que
em 1978 o povo de Bom Jesus, Galinhos, São Bento do Trairi, Taipu e Várzea
começaram a usar os serviços de telefonia através dos postos da TELERN. Em Taipu
o posto ficava em frente a atual praça Maria das Dores Praxedes.Na imagem a baixo no muro branco está o antigo prédio do posto telefônico da TELERN em Taipu, hoje serve de depósito da Oi.Os orelhões começaram a ser implantados em Taipu em 1996.
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Fonte: Google earth. |
Fonte: http://jotamaria-leisdecretoseatos.blogspot.com.br/2010/05/telern-atual-telemar.html
acesso 09 fev. 2015.
Intendentes de Taipu de 1907 a 1930
O cargo de intendente equivale ao atual cargo de prefeito na qual é o gestor que administra o municipio.Em minhas pesquisas consegui fazer essa lista dos intendentes de Taipu do ano de 1907 a 1930, contudo não é possivel dizer se corresponde a realidade dos fatos posto que os relatórios por mim consultados nem sempre estavam atualizados em relação a Taipu.
1907-Manuel Eugênio Pereira de Andrade
1908-Manuel Eugênio Pereira de Andrade
1909 manuel
Eugênio pereira de Andrade (AAIM 1909, p.21).
1910- Manuel
Eugênio Pereira de Andrade
1911- Manuel Eugênio Pereira de Andrade (AAIM, 1911, p.3726).
1912-Manuel Eugênio Pereira de Andrade
1913-Manuel Eugênio Pereira de Andrade (AAIM, 1913, p.
3638)
1914- Manuel
Eugênio Pereira de Andrade.
1915-1917- José Soares da Silva ( AAIM,1915, p. 3813)
1918-Rosendo Ferreira de Miranda. ( AAIM, 1918, p.3627).
1919- Rosendo
Ferreira de Miranda (AAIM, 1919, p. 3626)
1921- Rosendo ferreira de Miranda Camara ( AAIMC, p 3670)
1922- Rosendo ferreira de Miranda (AAIM, 1922, p 3970).
1923- Rosendo Ferreira de Miranda
1924- Rosendo
Ferreira de Miranda (AAIM, 1924, p.4071)
1925- Rosendo Ferreira de Miranda (AAIM, 1925 p. 1319)
1926- Rosendo Ferreira de Miranda (AAIM, 1926, p. 1320)
1927- João Severiano da Câmara (AAIM, 1927 p. 1137)
1928- João Severiano da Câmara
1929- João Severiano da Câmara, (AAIM, 1929, p.1072)
1930- João Severiano da Câmara, (AAIM, 1930, p.1016).
Fonte: Almanak Laemmert, anuário administrativo, agrícola,
profissional, mercantil e industrial.Rio de Janeiro: oficinas typographicas Almanak Laemmert. 1909, 1911, 1913,1918,1919,1922,1924,1925,1926,1927,1929,1930.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
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