As crônicas jornalísticas
registram coisas pitorescas sobre as cidades pequenas.Eis uma que ocorreu em
Taipu.Nas eleições de 1934 ocorreu um assalto ao cartório eleitoral de Taipu
onde foram prejudicados mais de 100 eleitores
do Partido Popular, segundo o jornal do Recife “ os processados foram achados
em tiras, no gabinete sanitário da Delegacia de policia, tendo a respectiva
autoridade desaparecido do município”[jornal do Recife, 09/08/1934, p.1], dizia
ainda o jornal que o interventor Mario Câmara havia recebido ordem do palácio
do Catete [sede do poder federal à época] para ganhar as eleições de outubro de qualquer maneira. A coisa pegou fogo naquele ano. Como
se sabe Getúlio Vargas ditava, pintava e bordava na época citada.
Ainda sobre o assalto ao cartório eleitoral de Taipu em 1934
As informações
que chegaram a capital que ajudaram a esclarecer o arrombamento ao cartório
eleitoral de Taipu foi que “os criminosos entraram prédio de madrugada [como
sempre] conseguindo retirar mais de 100 processos eleitorais, com os quais
fugiram” [op. cit], consta que na manha seguinte foram logo tomadas providencias
pelo Partido Popular que destinou a Taipu um advogado a fim de acompanhar o
andamento do processo.
No dia
imediato o delegado desapareceu do município, o que dificultou as diligencias,
sendo afinal os processos encontrados no “aparelho sanitário da delegacia de
policia todos rasgados” [op. Cit.] descoberto o crime o caso causou estupefação
na população que dirigiu um longo telegrama de protesto contra o ocorrido
endereçado a diretoria do Partido Popular a cujos filiados pertenciam os
processos ‘furtados’, como de praxe o governo fez vistas grossas para o corrido
em Taipu segundo o jornal “até agora o governo não tomou qualquer providencia a
respeito das diligencias que foram presidas pelo juiz de Taipu” [op. Cit].
Como a
repecrussão pegou mal para o governo estadual que macularam ainda mais a já manchada
imagem do interventor federal Mario Câmara o presidente [à época ditador] Getúlio Vargas tomando ciência do ocorrido em Taipu “prometeu providenciar
medidas enérgicas sobre as misérias praticadas pelo governo contra os adeptos
do Partido Popular no município de Taipu [jornal do Recife,12/08/1934, p. 12]
os membros do Partido Populista em Taipu cujos os processos foram desviados
criminosamente compareceram ao cartório eleitoral a fim de se alistarem
novamente tempo de votar nas eleições de
outubro.Foi responsabilizado pelo crime do arrombamento do cartório eleitoral o
delegado de policia [não citado na reportagem] e o inspetor José Sotero Campos.
A vingança
do povo taipuense foi a derrota nas urnas de Mario Câmara que teve uma
diferença de 128 votos contra ele nas
unas de Taipu [jornal do Recife, 27/10/1934, p. 8].As eleições ocorreram no dia
14.As coisas pegaram fogo por Taipu naquele ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário