A Estação
Experimental de Fruticultura Tropical foi fundada em 1936. Este estabelecimento
agrícola foi instalado as margens da lagoa do Jiqui, no município de Natal,
tendo sendo criado em parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Agricultura.
A sua finalidade principal era incrementar no território do
Rio Grande do Norte o cultivo das árvores frutíferas. A época o Jiqui era um arrabalde
distante da capital potiguar. O local para a instalação da referida estação experimental
foi feita pelo engenheiro agrônomo Ariosto Peixoto que foi seu primeiro
diretor.
Em
03/09/1938 no 2º ano de sua fundação foi inaugurado com pompas e circunstâncias
o Horto Florestal Fernandes Barbosa, contando com a presença do governador
Rafael Fernandes, os alunos do Liceu Industrial (atual IFRN) além de grande
comitiva que vieram de Natal e outros municípios.
Ao alunos
do Liceu Industrial e demais pessoas presentes foram apresentadas demonstrações
de técnicas agrícolas nos campos da Estação Experimental tais como arados e
discos, adubação do terreno com leguminosas, grade de disco e cultivadores.
As 13h00
deu-se inicio a uma sessão cívica no Horto Florestal sob a presidência do
Interventor Federal.Por fim falou o engenheiro agrônomo Nilo Albuquerque,
diretor da Estação Experimental do Jiqui, que fez um resumo dos trabalhos sob
sua direção.Encerrou-se a solenidade com a execução do hino nacional cantado
pelos alunos do Liceu Industrial e acompanhado pela banda dos Escoteiros do
Alecrim.
A solenidade
foi fotografada e filmada por João Alves e Adel Teixeira, respectivamente. (A
ORDEM, 04/09/1938, p.1-4).
Naquele
mesmo dia foi inaugurado também o confortável
prédio da administração central, construído em local aprazível de onde descortinava-se
todos os aspectos da Estação Experimental.
O edifício possuía o gabinete do diretor, a secretaria, as
salas de aulas, o laboratório de química, o gabinete fotográfico e um salão de
aulas para o preparo de técnicos agrícolas.
Após dois anos de criação estavam sendo empregados esforços
sobremodo para que no inicio de 1939 já se alcançasse sua finalidade,
fornecendo mudas de laranjeiras enxertadas, aos interessados, por preços mínimos.
Dispunha a Estação Experimental de 10.000 porta-enxertos em condições de serem utilizados para este fim.Os pomares em formação constavam de laranjeiras finas especialmente dos tipos para exportação.
A cultura do coqueiro também era empregada na Estação
Experimental do Jiqui sendo adquirida sementes especiais, devidamente
selecionadas e já dispondo de algumas centenas para fornecimento em 1939.
Constavam ainda nos pomares da Estação Experimental do Jiqui
pés de jaca, pinha, mamão, açaí, cacau, merecendo especial atenção a cultura do
abacaxi e outras árvores frutíferas em observação (A ORDEM,10/10/1938,p.2).
Em 1944 a Estação Experimental do Jiqui estava sob a direção
do engenheiro João Matos Nogueira.Em 01/05/1944 foi inaugurado o aviário e a
pocilga pertencentes a Comissão Brasileiro-Americana de Produção de Gêneros Alimentícios
representada no Estado pelo mesmo engenheiro Matos Nogueira.
O aviário possuía capacidade para 5 mil
aves e a pocilga com mais de 700 cabeças de raças selecionadas.Em breve
chegariam 4 mil aves para o referido aviário ficando assim assegurado o
fornecimento de ovos para a Base Aérea de Parnamirim e ao mercado da Capital.Em
7 meses de funcionamento a pocilga forneceu 28.873 kg de carnes para a Base Aérea
de Parnamirim. (A ORDEM, 29/04/1944, p.1).
Para se chegar a Estação Experimental do Jiqui se podia
tanto ir pela estrada da Base Aérea de Parnamirim como pela estrada velha ao
lado direito da Estrada de Ponta Negra.
Em 1949
a atividade da Estação Experimental de Fruticultura do Jiqui constava aviários, culturas de fibras (agave)
pomicultura e iniciado a criação de caprinos.
O complexo
de edifícios da Estação Experimental de Fruticultura Tropical do Jiqui constava
de 1 casa para diretor, 1 casa para o escriturário, 1 casa para escritório, , 1
galpão para máquinas, 1 casa para auxiliar, 1 casa para usina elétrica, 1 casa
para o motorista, 1 casa para o feitor, 2 vilas operárias, 2 casas para
operário, 1 prédio para fábrica de beneficiamento de agave, 1 casa para o
avicultor, 1 aviário. (A ORDEM, 26/11/1949, p.5).
Aspectos da Estação Experimental do Jiqui.Fonte: Revista da Semana, 19/10/1940,p.25. |
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