A Escola Rudimentar de Pitombeira, criada em
1922, representou um marco importante na expansão do ensino primário no
interior do Rio Grande do Norte. Inserida no contexto das políticas
educacionais da Primeira República, sua fundação teve como objetivo atender às
populações rurais afastadas dos centros urbanos, onde o acesso à instrução
pública ainda era escasso.
Localizada no Engenho Pitombeira, no município
de Taipu, a escola surgiu como resultado do esforço de autoridades locais e do
governo estadual em ampliar a alfabetização e formar cidadãos aptos às demandas
sociais e econômicas da época.
A criação da Escola Rudimentar de Pitombeira
refletia o ideal de “civilização pelo ensino”, defendido pelas elites
republicanas potiguares, que viam na educação um meio de integração nacional e
de progresso moral. Seu funcionamento, ao longo das décadas seguintes,
acompanhou as transformações do sistema escolar, sendo gradualmente incorporada
à rede de ensino primário oficial com a introdução dos grupos escolares e, mais
tarde, das escolas isoladas rurais.
A Escola Rudimentar de Pitombeira foi criada
pelo decreto nº 170, de 18 de maio de
1922
Essa
escola seria provida nos termos do art. 70, paragrafo 2º da Lei de Ensino então
vigente, podendo igualmente ser nomeado, provisoriamente, para regê-la, professors
diplomados, os quais receberiam em tal caso uma gratificação correspondente aos
vencimentos dos professors de grupos escolares de 3ª classe, ou de escolas
isoladas.[1]
Pelo decreto nº 158, de 13 de junho de 1936 a
escola isolada do Umari foi transferida para Pitombeira[2],
indicando que até aquele ano a escola da Pitombeira não estava funcionando.
O modelo de “escola rudimentar” era simples:
funcionava em prédios modestos, muitas vezes adaptados de casas particulares, e
oferecia um currículo elementar voltado à leitura, escrita, cálculo e noções de
civismo.
As professoras
O corpo docente geralmente era composto por um
único professor, que ensinava todas as disciplinas a alunos de idades e níveis
diferentes. As condições materiais eram limitadas — carteiras de madeira,
lousa, alguns livros didáticos e o quadro de frequência. Mesmo assim, a escola
desempenhava papel central na vida comunitária: além de educar, servia como
espaço de reuniões, celebrações cívicas e ponto de referência cultural para os
moradores.
Em 21/01/1939 foi nomeado
em carater efetivo a professor Elita Elina da Costa para escola isolada de
Pitombeira.[3]
A referida professora foi
removida desta escola para a escola isolada de Morrinhos, em Papari, a
25/01/1940.[4]
Maria de Lourdes Reis de Oliveira foi nomeado efetivamente
para reger a escola isolada de Pitombeira.[5]
Francisca de Sá Bezerra, professora
de 4ª classe, exercia o magistério na escola isolada de Pitombeira entre 1943 e
1945, quando Foi removida , a pedido, da escolas isolada de
Pitombeira para o Grupo Escolar Presidente Roosevelt da povoação de Parnamirim.[6]
Maria
Oneida Rocha foi contratada para reger interinamente, como subsituta, a Escola Isolada de Pitombeira, durante o impedimento
da professora titular Francisca de Sá Bezerra.[7]
Importância da Escola Rudimentar de Pitombeira
Assim, a escola de Pitombeira de 1922 simboliza
a fase pioneira da escolarização pública em áreas rurais do Rio Grande do Norte
— um esforço modesto, mas decisivo, para inserir a educação no cotidiano de
comunidades antes excluídas do projeto educacional republicano.
Apesar de não existir mais a Escola Rudimentar
de Pitombeira simboliza um importante marco histórico do municipio de Taipu.
Aspectos da fazenda Pitombeira, antigo engenho de mesmo nome em Taipu
[1] Atos Legislativos e Decretos do Governo do Estado do Rio Grande do
Norte,1922,p.437.
[2] Atos Legislativos e Decretos do Governo do Estado do Rio Grande do
Norte,1936,p.517.
[3] A Ordem,21/01/1939,p.4.
[4] A Ordem,25/01/1940,p.4.
[5] A Ordem,26/09/1940,p.2
[6] A Ordem,04/08/1945,p.2
[7] A Ordem,25/02/1944,p.3.
Nenhum comentário:
Postar um comentário