quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Criação da coletoria de rendas de Taipu


            O Decreto Nº 7 de 13 de janeiro de 1914 criou a coletoria de rendas estaduais na vila de Taipu “Artigo 1º é creada a collectoria de rendas estaduais da Villa de Taipu, com sede na mesma Villa e jurisdição no respectivo município” (DGERN, p.71).

A coletoria de rendas era responsável por recolher os impostos que eram gerados pela circulação de bens e mercadorias em cada município, dai se percebe a importância que tinha Taipu nesse período, pois com a consolidação da economia por meio da estrada de ferro houve um elevado crescimento econômico no município.
            Porém, o decreto n. 65 de 09/07/1917 do governador Ferreira Chaves suprime as coletorias de Santa Cruz, Ceará Mirim, Taipu, Lages, Touros, Patu, Caraúbas, Martins, Portalegre, Pau dos Ferros, Luís Gomes, Apodi e São Miguel criando na mesma data as mesas de rendas que na prática exerciam a mesma função de coletar os impostos no município.

            O prédio da coletoria localizava-se onde atualmente está edificado o centro pastoral Imaculado Coração de Maria, pertencente a paróquia.

Os índios, primeiros habitantes da região de Taipu


            Os índios foram os primeiros habitantes do território que hoje constitui o estado do Rio grande do Norte.Dentre estes povos sobressai duas grandes nações Os Tupis, que habitavam a faixa litorânea e os Cariris, habitantes do interior, sobretudo o Sertão potiguar.
            Há vestígios da presença indígena no território que compõe o município de Taipu antes da chegada dos colonizadores portugueses na região. Em algumas fazendas do município foram encontrados vários artefatos que comprovam a existência destes índios. Segundo Morais (2007, p. 257, grifos nosso)
O povoamento teve inicio no aldeamento situado nas terras da fazenda Tabuleiro do Barreto [...] onde foram encontrados muitos objetos de fabricação indígena. Outros sinais da presença de tribos indígenas na região foram encontrados na Lagoa do Tapuio e em outras fazendas da localidade [...].
            Apesar destes artefatos terem sido encontrados na região do atual município de Taipu e atestarem a presença indígena, no entanto, as escassas e confiáveis fontes não nos autorizam a identificar precisamente as tribos que por essas paragens viviam ou se de fato haviam tribos estavelmente estabelecida na localidade.
            A primeira noticia sobre índios na região de Taipu vem do ataque que sofreu a capitania do Rio Grande, sobretudo a cidade de Natal pelos índios Tapuias no qual foram perseguidos até Taipu pelo capitão Navarro em 1712 segundo informa Varga (1987, 2009):
É noite, plena meia-noite, nações de índios revoltados avançam contra o arraial do Rio Grande com muitas armas de fogo. Atacam o corpo da guarda a fim de se apossarem da pólvora que se encontrava nos armazéns de munições. Navarro contra-ataca. Após uma hora de luta, perseguidos até Taipu, os tapuias retiram-se para os sertões.
É sabido que os índios da tribo dos Cariris eram belicosos e propensos a lutas. Neste episodio foram repelidos para longe, no caso Taipu, que era o limite geográfico da então capitania do Rio Grande.
Outras fontes que atesta a presença indígena na região de Taipu são os documentos da Coroa Portuguesa a partir do século XVII, onde em 1640 consta a aldeia Itaipi na relação de aldeias feita pelo padre Manoel de Moraes (Cf. Cascudo, 2002), de onde se depreende que num primeiro momento a região onde se localiza o município de Taipu teve como primeiro nome Itaipi devido um aldeia existente nesse local.
Para efeito comparativo apresentamos a seguir um pequeno esboço biográfico e psicológico das duas principais nações indígenas do Rio Grande do Norte.
Sabemos que os índios da nação Potiguar da língua Tupi viviam nas terras litorâneas da capitania do Rio Grande, exibiam um porte mediano acima de 1,65 m de físico bem feito, alegres e dançadores. Eram os mais inteligentes. Pescavam, navegavam. Cultivavam a mandioca, o milho e outros. Tinham os olhos pequenos e amendoados semelhantes aos da raça mongólica, escuros e encovados, de orelhas grandes e cabelos lisos segundo informa Mariz (2002, p.54).
Já no interior do estado, conforme Medeiros (1973, p.86) viviam os Cariris da nação Tapuia. Sendo estes índios de personalidade tristonha, arredios, desconfiados, com estatura média de 1,70m, tendo a pele clara diferentemente dos inimigos potiguares. Eram calados e taciturnos, tinham cor e formação. Tinha estatura superior aos Potiguar; fortes, impulsivos, com pequena agricultura e cerâmica rudimentar, usavam a rede de dormir em algodão e demonstravam uma certa organização social e militar (Cf. Mariz, p.54).
Ambas as nações indígenas se subdividiam em tribos de variados nomes, sendo a nação Potiguara a mais evidente na parte litorânea do estado. Ora, a região de Taipu como se sabe era a ultima povoação da capitania, sendo considerado o limite fronteiriço entre o sertão e o litoral.
           Como identificar então com exatidão tais tribos? Eis o problema a ser desvendado em posteriores estudos. Geralmente a maioria dos indígenas se dedicava à agricultura, à caça e à pesca. Poucos eram nômades e com certeza eram autossuficientes. Seu cotidiano estava ligado à obtenção de alimentos, à guerra, à produção de armas e instrumentos de caça, pesca e agricultura, à construção de moradia e à realização de rituais, cerimônias e festas.

A presença de nomes indígenas no município

A presença de índios na região de Taipu é corroborada pelos nomes de localidades ou logradouros que tem sua topografia retirada de nomes indígenas, tais como, Umari, Umarizeira, Ingá, Xinxá, Ubiratã, todos estes distritos do município. Maracajá, Juamirim, são logradouros na sede municipal. Itaipi, foi um dos primitivos nomes do município.

O Luar de Taipu


            Poema que exalta o luar da cidade de Taipu. Esta pode ser considerada a mais antiga poesia atribuída ao município da qual se tem noticia. Foi escrito pelo padre Afonso Lopes Ribeiro que foi pároco da cidade em 1926.

Luar de Taipu
Nesta hora cantam as aves
E o nosso peito se agita
Quanta inspiração palpita
Desde as flores ao bambu
A natureza desperta
E as virgens cantam sonhando
Por entre risos saudando
O luar de Taipu
Oh lua! Quando apareces
Com raios do sol dourado
Toda chique embalsamada
Nos cumes dos verdes montes
Faz nos lembrar com saudade
Da vida dos tempos primeiros
Quando alegre e prazenteiro
Seus raios beijavam a fonte
Bendita seja mil vezes
Lua de um céu prateada
Lua de amor engastada
Num diadema de luz
Astro famoso
Será uma jaça em punjança
O sol da nossa esperança
Na terra de Santa Cruz.


VOCAÇÕES DA PARÓQUIA DE TAIPU-RN



            Na Igreja há basicamente dois estados ou modos de ser, os ministros sagrados ou clérigos e os leigos. A partir dessas vocações gerais, que são como caminhos básicos no seguimento de Cristo, alguns fiéis são chamados a consagrar suas vidas a Deus e dedicar-se a missão evangelizadora na Igreja.
Vocações sacerdotais

            As vocações sacerdotais das quais suas origens são da paróquia Nossa Senhora do Livramento foram estas: Pe. Rui Miranda; Pe. Pedro Ferreira da Costa; Pe. Francisco Lucas de Souza Neto; Pe. João Borges dos Santos, todos estes naturais de Taipu. De Poço Branco são naturais os padres Robério Camilo e o Pe. João Pedro Sobrinho Filho.Com exceção do Padre João Borges dos Santos que exerce função eclesiástica na diocese de Juazeiro-BA, todos pertencem a arquidiocese de Natal.O monsenhor Rui Miranda já é falecido.

Os sacerdotes são ordenados pelos bispos para serem seus colaboradores, principalmente no anuncio do evangelho e na celebração dos sacramentos[1].

Em sua maioria, aos padres geralmente é confiada a administração de uma paróquia, mas nada impede que exerçam outras funções na Igreja. O padre Francisco Lucas, por exemplo, é cantor religioso, já o padre Pedro Ferreira é maestro da orquestra sinfônica do Rio Grande do Norte.

[1] Cf. Eu Creio, Pequeno Catecismo Católico, p.139.


Padre Robério Camilo, natural de Poço Branco, paróquia Nossa Senhora do Livramamento, Taipu-RN.


Pe. João Pedro Sobrinho Filho, natural de Poço Branco, paróquia Nossa Senhora do Livramaento, Taipu-RN.

Pe. Pedro Ferreira da Costa, Natural de Taipu-RN



 Pe. João Borges dos Santos, natural de Taipu-RN

Pe. Rui Miranda, natural de Taipu-RN


Pe. Francisco Lucas de Souza Neto, natural de Taipu-RN

Padres da paróquia de Taipu XXI

Padre Francisco de Assis Inácio

            Nascido em São José de Mipibu-RN em 08 de julho de 1959, foi ordenado padre  01 de abril 1989, na diocese de Guarabira-PB, desenvolvendo atividades pastorais e assumindo várias paróquias dessa diocese.Em 2011 assumiu a paróquia de Taipu e 2012 foi transferido para a paróquia de Nova Cruz  tendo assumido a paróquia em 06 de agosto de 2012 onde está atualmente (2013).

             Assumiu a paróquia de Nossa Senhora do Livramento em 23/03/2011.


                           Padre Francisco de Assis Inácio.Arquidiocese de Natal