segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sobre o " trem de água"




      Mais uma noticia a cerca do ‘trem de água’, como assim era chamado o trem que era conduzido por vagões tanques que trazia água da lagoa de Extremoz para socorrer as cidades afetadas pelas falta de água na região do Mato Grande e Central do Rio Grande do Norte.
     Desta vez trata-se do convenio assinado entre a Sudene e a RFN (já REFFSA) para abastecer as cidades que passavam por problemas de escassez de água.Segundo o jornal  O Estado de São Paulo (15/01/1971,p.5): "A SUDENE firmou convenio com a Rede ferroviária do Nordeste, estipulando que as cidades de Pedro Avelino, Lajes, João Camara, Taipu e Nova Cruz serão abastecidas, em conjunto com 350 mil litros de água por semana fornecidos pela estação de Extremoz".
    Aqui somos informados sobre a quantidade de água a ser transportada para abastecer as cidades da região afetadas pela estiagem, bem como as cidades que seriam beneficiadas, dentre estas Taipu seria também contemplada pelo trem de água.Na relação das cidades a serem beneficiadas está a de Nova Cruz que fica na região agreste do estado, que deveria como sugere a noticia está também passando pelos mesmos padecimentos de falta de água para a população.



Imagem de um trem com tanques de água passando pela estação de Taipu-RN em setembro de 1983 indo sentido João Câmara-RN. Foto: Maria de Lourdes Souza de Medeiros






 Fonte do texto: O Estado de São Paulo, 15/01/1971,p.5.

Sobre a chegada da energia de Paulo Afonso em Taipu-RN



          No dia 25 de junho de 1965 o jornal O Estado de São Paulo (conhecido como o Estadão) noticiou a inauguração da implantação do sistema de distribuição de energia em Taipu-RN

          A noticia na realidade se refere ao dia anterior, portanto o evento deu-se no dia 24 de junho.Segundo o jornal “A energia de Paulo Afonso chegou a cidade de Taipu, sendo esta a oitava sede municipal do Rio Grande do Norte a receber o melhoramento”. Ainda dizia que os trabalhos técnicos de instalação foram realizados pela equipe de engenheiros  e operários da COSERN (Companhia de energia elétrica do Rio Grande do  Norte), e tendo participado da solenidade autoridades civis, militares e eclesiásticas, e um grande publico  além de ter contado com a presença do governador Aluizio Alves.
     Em discurso  proferido pelo engenheiro Rômulo Galvão, presidente da COSERN, anunciou o prosseguimento do plano de eletrificação da CHESF neste estado para atender os próximos municípios do estão que seriam Nísia Floresta e Monte Alegre.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Noticias pitorescas sobre o padre Joaquim Vasconcelos vigário de Ceará Mirim e capelão em Taipu em 1873


          O padre Joaquim Vasconcelos era o vigário da freguesia de Ceará Mirim e capelão em Taipu.Sobre ele o jornal ‘A Luz’, jornal dedicado a causa da maçonaria, estampou em suas paginas algumas noticias não tão auspiciosas sobre o dito clérigo.Duas foram por mim extraídas do referido jornal.A primeira diz respeito ao sumiço do padre que deixou Ceará Mirim e foi-se para Pernambuco sem explicar o motivo da ausência, foi então que a câmara de Ceara Mirim enviaria uma representação solicitando ao  bispo noticias sobre o padre sumido. A outra noticia é tão curiosa quanto a primeira.Desta vez o padre recusou-se a proceder o sepultamento de um ancião em Taipu no sábado de aleluia do ano de 1873.Ambos os textos das noticias seguem a baixo  com a ortografia da época:

 Sobre o sumiço do padre
          Diz que a câmara municipal dessa vila (Ceara Mirim) dirigirá ao Ordinário uma representação contra o respectivo Vigário por se ter ausentado da Freguesia sem se saber  para onde, deixando os fregueses sem Missa, a dois ou três domingos.Nós sabemos que ele se acha em Pernambuco com  licença.
Diz tão bem que o povo do Taipu não está satisfeito com o padre Joaquim e supõe que o não quererá por  capelão. (jornal a Luz,1873, p.2).

 Sobre  a recusa do sepultamento em Taipu

         No dia 12 de abril, sábado de alelluia,não quiz o dito padre  que fosse enterrado, o cadáver do ancião João Rodrigues.E o motivo que allegou para  praticar esse acto de verdadeiro selvagem foi ter João Rodrigues na hora suprema respondido negativamente à pergunta que se lhe fez -  se queria se confessar-se – respostas alias que dava a todas as perguntas que se lhe fazia em consequência de  não estar no uso de suas faculdades intellectuais. Entretanto João Rodrigues durante sua longa vida deo sempre exuberantes provas de seu espírito religioso.Pela quaresma confessava-se elle e sua família e pagava o passaporte, como chmão os matutos a desobriga (jornal a Luz, 1873, p. 4)

      Ainda segundo o jornal a família de João Rodrigues, que no auge da sua dor e consternada por ver a memória de seu chefe exposta a execração, implorou e invocou o nome de Deus para que o padre revogasse a sua sentença que foi prontamente negada."O Sr. Padre Joaquim com sua voz tremula e  rouquenha ordena que o cadáver não seja sepultado no cemitério", diz o texto (p.4).

       Este acontecimento foi  assunto de conversa por muito tempo na povoação de Taipu, segundo consta na matéria do referido jornal.O fato é concluído com as seguintes palavras do jornal: " Nestes e outros actos que denotão mais um coração pervertido do que zelo religioso, faz o Sr. Padre Joaquim consistir a sua virtude! Um dia porem, o povo comprehnederá entre outras cousas que o cemitério é para sepultar os mortos sem distinção de religião" (p.4).

Coisas a deliberar na crônica


       As narrativas citadas a cima chegam a serem côrnicas, quase trágica na segunda é bem verdade, mas delas pode-se se notar algumas coisas a respeito de Taipu na época citada.O texto se refere a Taipu como povoação, o distrito de paz havia sido criado em 1851, teria Taipu sido reduzido a simples povoação em 1873? será que não houve progresso no lugar nesse período, motivo pelo qual o teria perdido o titulo de distrito? ( na hierarquia administrativa em relação aos municípios aplicadas no Brasil a povoação é menor que o distrito) já ao padre o texto se refere  como capelão de Taipu conclui-se dai que já havia celebrações litúrgicas na capela de Taipu em 1873 que como indica o inicio da narrativa o mencionado defunto faleceu num sábado de aleluia e  que já havia um cemitério em Taipu no referido ano. E a pergunta que se faz é: se o padre não autorizou o sepultamento no cemitério onde teria a família enterrado o defunto? 




Fonte:  Jornal a Luz, 21 de junho de 1873.

Sobre as intendências potiguares em 1906


             Em 1906 o jornal 'O Estado de São Paulo, p.3 trazia uma manchete em que as intendências municipais do Rio Grande do Norte apresentaram ao congresso uma proposta de revisão da constituição do estado, dentre elas estava a intendência de Taipu.Diz o texto do citado jornal:
           As intendências de 27 municípios do RN se fizeram representar no congresso sobre a necessidade de ser revista a a Constituição do Estado, entres estes Taipu estava na lista que ainda contava com so seguintes municípios: Touros , Santana do Matos, Nova Cruz, Goianinha, Ares, Santo Antonio, Assu, Papary,Canguaratema, Vila Nova, Macau, Ceara Mirim,São Gonçalo, São Jose de Mipibu,Santa Cruz, Flores,Jardim de Angicos,Caraubas, Angicos,Augusto Severo,Caicó, Macahyba, e Serra Negra.
         A manchete não traz mais informações sobre o pedido feito e em que circunstâncias se deu essa propositura das intendências, apenas noticiou o fato. 

Estatistificas eleitorais em 1893



            
                O jornal ‘OCaixeiro” ( ano II, número 39, p.3). Na edição de 03/05/1893 trazia as estatísticas do eleitorado potiguar daquele ano.Segundo o jornal o Caixeiro em 1893 haviam 19.565 eleitores no estado, destes, 267 estavam assentados em Taipu