quarta-feira, 25 de outubro de 2017

DESCRIÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOUROS EM 1881

         A descrição foi enviada da casa de Câmara Municipal de Touros [1] em 20 de agosto de 1881 para ser apresentado a uma exposição que se realizaria na corte imperial em setembro daquele ano.

História
      Ignorava-se a data em que a vila havia sido primitivamente habitada por pescadores e agricultores. Até junho de 1831 foi capela filial de Extremoz. Por meio da lei provincial de 14 de junho de 1831 foi criada a freguesia do Senhora bom Jesus dos Navegantes e por resolução de 11 de abril de 1833 ocorreu a elevação do povoado a condição de vila e por meio da Lei Nº 21 de 2 de março de 1835 o povoado de Touros foi desligado do município de Extremoz.
            Naquele ano de 1881 o município estava assim caracterizado:

Caracterização física
            Do lado sul e oeste é este município coberto de matos. Ao norte e leste  é geralmente plano até e beira mar. Pelo interior tem campos extensos de tabuleiros para criar e matos próprios para agricultura.
          O município tinha extensão de 32 léguas de frente e 6 a 10 de fundo, apresentava muitos portos, sendo os principais o da vila, o da povoação de Maracajaú à nascente e o da povoação de Caiçara ao poente da vila, além destes existiam outros nos pequenos povoados e lugares não povoados. Não haviam ilhas no município.
          Sobre as serras se dizia “ existe um lombo de serra nos limites deste município com o de Ceará-Mirim ao poente, denominado Serra Verde cobertos de matos próprios de plantação, entre este lombo e o mar tem um pequeno serrote denominado Serra do Cotia, proprio de criação de gado”.
             Os risos citados eram em número de 4, sendo os principais o Guamaré, o qual era salgado e de franca para navegação para iates, barcaças e canoas, este rio divida o município de Touros com o de Macau. O rio Maxaranguape, permitia a uma pequena distância a navegação de canoas e jangadas, com nascente no lugar denominado Pau Ferro a 7 légua da foz no mar no lugar denominado Maxaranguape, uma milha à nascente do Cabo de São Roque, este rio dividia o município de Touros com o de Ceará-Mirim. O rio Punaú, não era navegável em razão de não ser cultivado, com nascentes em no olho d’água Catolé, na lagoa de Punaú, Gulandim e Saco, estes confluíam para o lugar denominado Fonseca de onde partia o rio até o mar.  O rio Boqueirão não era navegável por ser razo e secando no verão. 
           O município tinha lagoas e algumas despejavam agua no inverno no mar e eram abundantes em peixes.
            Frutas silvestres: caju, mangaba, araçá cambuim, guabiraba, guajiru, catinga, murici, pitomba, oiti de cheiro, oiti turubá, cajarana, araçá de jacu, massaranduba, abaia, bacupari, uvá.
         Animais silvestres: tatus de diversas qualidades, viados, raposas,maritaca, preá, tamanduá, cutia, guaxinim, gato do mato, maracajá, onças de diversas cores.
         Aves silvestres: jacús, pombas, surienas, garça, maçarico,marreca,paca, pará, jaçanã, sabiá, papagaio, periquitos, jandaia, cancão, gavião, carcará, urubu, bem te vi, canário, galo de campina, corrupião, verdelino, algumas destas prejudicavam as lavouras. As abelhas ofereciam saboroso mel, tais eram: Jandaira papa terra, arapuá, tobiba, mosquito, pimenta, cupira, amarela, cabeça preta.
           O mar oferecia uma diversidade de peixes: pescada, xareu, tainha, bicuda, garabebeu, anchova, bonito, guaiba, serra, campurupim, caval, dentão, cioba, garopa, sirigado, mero, arabaiana, pargo, piracangulo, biguara, cascão de diversa qualidades.nos rios e lagoas se pescava o cará, tapucá, carapeba, camurim, tainha, piau, jacundá, traira, camarão.
            O município era considerado salubre, no entanto no inverno apareciam epidemias de maleitas, sazões e febres intermitentes, no verão poucos casos moléstias apareciam. Em 1856 o cólera morbus havia causado alguns estragos no município, já entre 1877 e 1880 a seca havia arruinado a sorte do município.
         Minerais: os minerais conhecidos no município eram pedras para construção, barro, pedra calcário no centro do município e no Parracho a 32 léguas do mar.
         Madeiras: havia diversas espécies para construção e marcenaria, sendo as principais: pau d’arco, pau ferro, sucupira, pau d’óleo, cumarú, cedro, carnaúba, aroeira, angico, frei Jorge, pereiro, imburana e mangue.
            O município se limitava com o mar pelo lado sueste, a sudoeste com Ceará-Mirim, sendo a divisão o rio Maxaranguape, pelo noroeste com o município de Macau, sendo dividido pelo rio Guamaré, pelo oeste com o de Angicos, servindo de divisão o Riacho Seco, ao norte e a leste pelo Oceano.
          Pelos resultados do último censo havia 9.326 habitantes no município, sendo 9.081 livres e 245 escravos, no entanto se presumia a diminuição da população em consequências da última seca.
           A agricultura se baseava no cultivo de cana-de-açucar, mandioca, algodão, milho, feijão, arroz, batatas. Cultivava-se também algumas espécies de laranjas, lima, romã, banana, pinha, abacaxis, graviolas, manga, jaca, goiaba, coco e dendê.
          Na época eram considerados legumes o melão, melancia e o jerimum, igualmente cultivados no município.A criação consistia em gado vacum, cavalar, ovelhas, cabras e suínos. A pequena criação se limitava a galinhas, perus, patos e guiné.A produção de pescado não se destinava só ao consumo diário da população, mas também para as salgas destinadas a exportação marítima e central.
       A indústria fabril constava da produção de açúcar, aguardente, fumo, farinha de mandioca, cordas, diversos linhos, telhas de olarias, tijolos para ladrilhos, haviam também alguns teares rústicos de tecidos grossos de algodão.
        O comércio se limitava a exportar a açúcar, farinha de mandioca, lãs, peixe seco, os demais gêneros eram consumidos no município. Importava-se ferragens, vidros, louças, tecidos e outros utensílios de fabricação estrangeira.
          Havia na vila duas escolas de instrução primaria, uma para cada sexo. No interior do município haviam duas escolas particulares.
          Em relação a divisão eclesiástica, a freguesia pertencia ao bispado de Pernambuco, com uma só paróquia denominada de Senhor Bom Jesus dos Navegantes criada em 1831.Havia uma capela filial na povoação de Caiçara a 14 léguas distante ao norte da vila.
       Segundo o relatório mencionado as obras públicas eram a igreja matriz, o paço da câmara municipal, cemitério e a ponte que atravessava a vila para a praia.
          Estava distante da capital 18 léguas ao norte, a vila de Ceará-Mirim 12 léguas ao sul, a vila de Angicos 30 léguas a oeste, a cidade de Macau 28 léguas a ao norte.

Descrição da vila
            A vila estava situada a margem do rio Jiqui, que era o nome de uma lagoa por onde passava o dito rio distante meia légua do poente da vila vindo da lagoa de Boqueirão. O terreno da vila foi descrito como sendo todo plano.As ruas da vila eram geralmente tortuosas, sendo uma largas, outras estreitas. Tinha a época 148 casas, todas térreas, 15 casas de pedra e cal, as demais eram de taipa cobertas de telhas.
            O principal edifício era a igreja matriz com 26 metros de comprimento, 17 de largura e 14 de altura, com frente para o mar.
            Havia 2 cemitérios, um público do governo provincial estava desmoronando, outro particular, dos povos, ainda por se concluir, onde erma sepultados os mortos desde 1872.A casa de Câmara era de taipa e existia desde 1877.Os demais edifícios eram de propriedades particulares. Havia uma ponte em mal estado, construída pelos cofres provinciais, pela qual passavam os habitantes da vila para a praia para comprar peixes diariamente, o qual era a principal comida dos habitantes locais.
         Em frente a vila, um pouco à nascente, havia na praia uma pedreira denominada Touro medindo 7 metros de altura e 100 de comprimento, com uma excelente planície em cima, onde segundo o relatório apresentando conviria se construir um farol para auxilio da navegação, a fim de se evitar os naufrágios que eram constantes naquela região de parrachos.
           
Fonte: Anais da Biblioteca Nacional, 1991, p.244- 246.




[1] A Casa de Câmara a época era composta por Firmino Gomes de Castro, presidente: Claudino José de Farias, Manoel da Costa Peixoto, Jacinto Januário da Costa, Izequiel Francisco da Cruz. À época o presidente da Câmara exercia a função que hoje é a de prefeito e os demais eram os vereadores.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

RELAÇÃO DOS ENGENHOS E SEUS PROPRIETÁRIOS NO VALE DO CEARÁ-MIRIM EM 1885



         Segundo publicado no Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro em 1885 estes eram os engenhos que haviam no vale do rio Ceará-Mirim naquele período.Eles foram classificados em movidos a tração animal, engenhos de açúcar e a vapor.Foram relacionados os nomes do proprietário e o respectivo engenho.

Engenhos a tração animal 
Proprietário
Engenho
Alexandre R. Santiago
Boa Vista
Braz Carrilho do Rego Barros
Engenho do Meio
Estevam Silvestre da Costa
Nascença
Eugenio José Perez
Nova Ilha Grande
Euquerio José Perez
Olho d’Água
Felismino do Rego Dantas e irmão
Ilha Grande
Heráclio de A. Vilar
Floresta
Inácio F. de Gois
Barra
João Batista de Souza Menino
Santa Maria
João F. de Magalhães
Santo Antonio
José Leonardo Dantas Soares
Rio Novo
José Ribeiro Dantas Sobrinho
Timbó
José S. Fernandes Barros
Rio Azul
Manoel Antônio de Miranda
Santa Rita
Manoel Guedes da Fonseca
Pedregulho
Manoel Nicacio Barbosa
Massagana
Olinto José Meira
Jericó
Vicente I. Pereira
Trigueiro
Total
18
Fonte: Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1885, p. 770.


Engenhos de açúcar

Proprietário
Engenho
Andrade José da Fonseca e Silva
Riacho
Ângelo V. Santiago
Maxaranguape
Carlos Manoel J. Nogueira
Limoeiro
Francisco de Albuquerque M. Lacerda
Santa Maria
Francisco Goes e Vasconcelos Borba
Linda Flor
Francisco Ferreira Nobre
Mangabeira
Francisco Inocêncio da Silva
Riachão
Guilherme da Rocha
Carnaubinha
João da Fonseca Silva Sobrinho
São João
João José da Silva
Cocorote
Joaquim Teixeira da Costa
Mangueira
Joaquim Varela Buriti
Dois irmãos
João Ernesto de Carvalho
Pau Ferro
José da Fonseca Silva
Novo Riacho
José Ferreira da Costa
Poços
José Francisco Pieira
Santa Maria

Onofre José Soares
Conceição da Mata
Bela Aurora
Tapera
Pedro da Costa Gomes

Boa Vista
Manoel Varela Santiago
Recreio
Martinho Paraquanha
São José
Miguel da Costa Gomes
Maceió
Miguel Honório da Câmara
São Sebastião
Miguel José Labóra
Rosário
Total
26

Fonte: Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1885, p. 770-71.

Engenhos a vapor
Proprietário
Engenho
Antônio de Oliveira Antunes [padre]
Imburana
Ana Pereira Sobral
Laranjeiras
Baronesa do Ceará-Mirim
São Francisco
Carlos A. Carrilho de Vasconcelos
Carnaubal
Família Furtado Mendonça Menezes
União
Felipe Bezerra C. Rocha
Cajazeiras
Francisco Xavier Pereira Sobral
Paraiso
João Xavier Pereira Sobral
Espirito Santo
Joaquim I. Pereira
Torre
Jeronimo C. Raposo da Câmara
Triunfo
José Antunes de Oliveira
Outeiro
José Felix da Silveira Varela
Ilha-Bela
José Ribeiro Dantas Sobrinho
São Pedro
Maria de C. Barroca e filhos
Verde Nasce
Miguel Ribeiro Dantas
Diamante
Samuel Bolsham
Cruzeiro
Vicente Inácio Pereira
Guaporé
Total
17

Fonte: Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1885, p. 771.

Síntese
Tipo
Quantidade
Engenhos a tração animal
18
Engenhos de açúcar
26
Engenhos a vapor
17
Total
61


Sobre o vale do Ceará-Mirim
            O vale era considerado por sua espantosa fertilidade uma das maravilhas da então província do Rio Grande do Norte, digno de ser contemplado num majestoso panorama de extensíssima e incomparável verdura oferecida a vista do observador, era também digno da atenção protetora dos governantes por sua constante produção.
            Segundo o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro o vale se estendia sobre 4 léguas de comprimento no sentido Leste-Oeste e sobre 1 légua e meia no sentido Norte-Sul e estava quase todo ocupado sem interrupções por imensas plantações de cana-de-açúcar[1].
            Das primeiras horas da manhã até a tarde o vale era digno de ser apreciado do topo de qualquer ponto elevado das belas colinas que o circundava.  Havia, no entanto, três pontos onde o observado poderia fartar a vista contemplando o vale, eram eles os Engenho Ilha Bela, Bica e o Jericó.
              A produção no vale foi estimada em   6 mil e 10 mil sacos de açúcar anualmente [2].
            As casas dos engenhos eram no geral bem edificadas, cômodas, espaçosas, sendo alguma até providas de água encanada que era obtida por meio de elevadores de moinho de vento americanos automáticos. As casas dos engenhos eram geralmente edificadas sobre uma suave colina levemente inclinada ao longo do vale.



[1] 1 légua equivale a 6 km, assim o vale media segundo o referido almanaque 19,31 km de comprimento por 9 km de largura.

[2] A época cada saco variava de 75 kg ou 5 arrobas.

domingo, 22 de outubro de 2017

SOBRE LENDAS E O ACHAMENTO DO TÚNEL SUBTERRÂNEO NA IGREJA DE EXTREMOZ EM 1915

        Em matéria publicada no jornal A noite em 1915 se dizia que o antigo convento dos padres jesuítas da vila de Extremoz estava em ruinas (A NOITE, 1915 p. 6). Os padres da Companhia de Jesus data do século XVII e estiveram presente naquela freguesia até o ano de 1759 quando por decreto do Marquês de Pombal todos os jesuítas foram expulsos do Reino de Portugal, um ano depois foi criado o município e a freguesia de Vila Nova de Extremoz[1].
            O complexo de edifícios religiosos erguidos pelos jesuítas constava de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Prazeres e São Miguel, um convento anexo a igreja, que era a residência dos padres, um hospício que à época tinha finalidade diferente do que indica a palavra, era local de pouso de viajantes, espécie de hospital e abrigo para pessoas pobres, havia ainda uma cruzeiro em frente a igreja e entre esta e o cruzeiro uma imensa praça. Tal complexo deu início a vila de Extremoz onde ao redor dessa igreja surgiram as primeiras casas da vila na margem esquerda da lagoa.
As lendas de Extremoz
            Desde os tempos dos padres jesuítas até sua ruina, a antiga igreja de Extremoz sempre esteve envolta em lendas e crendices populares, como a lenda das sereias misteriosas e das mães d’águas, aparições sobrenaturais e ocorrências fantásticas de outras eras.
            As ruinas do convento de Extremoz reluzia sobre as águas plácidas da lagoa rodeado por quietude e solidão é que davam ensejo a imaginação das pessoas simples, era uma terra de sonhos e mistérios.
A visão do jovem Joaquim
            A imprensa de Natal estava relatando naquele ano de 1915 a revelação misteriosa de um jovem que residia nas imediações da igreja de Extremoz. Era Joaquim do Santos, filho Honório J. dos Santos, segundo o qual, afirmava havia sonhando há cerca de 3 meses com as lendas dos tesouros de Extremoz, onde ele fora acordado por desconhecido trajado de preto, que lhe ordenou que escavasse um tesouro que havia oculto ao lado do convento[2].O jovem não deu atenção as visões, porém elas se repetiam sempre a noite em sonhos.
O achamento do túnel subterrâneo da igreja de Extremoz e seus desdobramentos
            Foi então que Joaquim resolveu iniciar as buscas acompanhado de seus irmãos. Ao escavarem o lugar indicado nos sonhos se deparou com uma galeria, porém, só encontraram areia fina obstruindo o túnel.
             O ocorrido chegou ao conhecimento da imprensa de Natal que entrevistou o senhor Manoel Leopoldino que possuía uma planta do complexo religioso dos jesuítas em Extremoz.
            Segundo Leopoldino o túnel subterrâneo do convento de Extremoz havia sido construído pelos holandeses quando estes dominavam a capitania do Rio Grande em 1654 e era composta, segundo a planta que estava em seu poder, por 19 quartos, que a exceção do primeiro e do último quarto, todos os outros estavam cheios de valores e objetos preciosos. O governador Ferreira Chaves chamou o senhor Leopoldino a o palácio do governo a fim de prestar maiores informações sobre o ocorrido em Extremoz, reafirmando que havia em determinado quarto do convento alfaias da igreja de precioso metal, dinheiro e até armamentos segundo constava na planta do convento.
            O chefe de polícia, o capitão João Fernandes de Almeida, foi pessoalmente averiguar o túnel encontrado no subterrâneo do antigo convento de Extremoz, foi então que os zeladores da igreja protestaram contra as escavações que estavam ameaçando a estabilidade da estrutura do edifício religioso.
            Considerando que faltava documentos fidedignos sobre os tesouros ali existentes garantiu o direito de propriedade da igreja, relíquia da fé católica do povo de Extremoz, tomando providencias para salvaguardar o “tesouro” caso realmente existisse.
            As lendas e as histórias misteriosas continuaram seu curso infindável, já a estrutura física da igreja sucumbiu a ganância humana por riquezas.
Considerações do autor do blog
            O túnel provavelmente seria uma rota de fuga em caso de ameaça ou invasão a vila e ao convento, comuns naquele tempo, e não  teria a finalidade de esconder riquezas dos jesuítas que por sinal foram expropriados de todos os bens que tinham quando se deu a expulsão tendo sido o desembargador e ouvidor geral de Pernambuco  Bernardo Coelho da Gama Vasco o responsável por executar a sentença de expulsão e de sequestrar os bens dos jesuítas como de fato o fez, se haviam tesouros dos jesuítas escondidos em Extremoz estes foram certamente confiscado pelo executor da sentença de expulsão dos padres das terras de Extremozenses.
            O ocorrido em Extremoz se assemelha ao que ocorreu nos subterrâneos do Castelo no Rio de Janeiro em tempos idos[3].

enxerto do jornal onde foi extraído a lenda a contada a cima.




[1] A toponímia deve-se a Estremoz, uma cidade portuguesa no Distrito de Évora, na região do Alentejo, sub-região do Alentejo Central. Conhecida internacionalmente pelas suas jazidas de mármore branco, o chamado Mármore de Estremoz.

[2] O hábito dos padres jesuítas era preto, terá sido um padre jesuíta aparecido em sonho ao jovem? sem bem que todos os padres da época, fossem eles jesuítas ou não usavam hábito preto, a excessão dos jesuítas que usavam hábito marrom ou cinza.

[3] escritos sobre o "Tesouro dos Jesuítas", foi feito pelo jornalista e escritor Lima Barreto, que possui um livro intitulado "O Subterrâneo do Morro do Castelo" onde discorre sobre as "fabulosas riquezas" deixadas pelos Jesuítas.O manuscrito de Lima Barreto, é composto de uma série de artigos publicados no ano de 1905 no "Correio da Manhã" do Rio de Janeiro.Entretanto, todas a lendas e supostos tesouros que estivessem escondidos nos subterrâneos ou túneis do Morro do Castelo, acabaram sem ter nenhuma confirmação real. O Morro foi totalmente arrasado, metro a metro e nenhum tesouro foi encontrado.