segunda-feira, 27 de maio de 2019

COLÉGIO SANTA TERESINHA DO MENINO DE CAICÓ



Em  1925, Dom José Pereira Alves, 3º Bispo de Natal, teve o desejo de fundar, em Caicó, uma escola para meninas. Ir. Teresina Werner, juntamente com mais 8 Irmãs, Filhas do Amor Divino, que chegaram a Caicó no dia 11/10/1925. Na época, o Prefeito da cidade, Sr. Cel. Joel Damasceno colocou a sua residência (hoje biblioteca pública) a disposição das Irmãs para a abertura do Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus.
A baixo o prédio da atual Biblioteca pública de Caicó onde funcionou primeiramente o Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus



Com a ajuda de Deus, do Governador do Estado, Dr. José Augusto, do Cônego Celso Cicco e de outros caicoenses ilustres, as religiosas iniciaram no dia 01/02/1926 o ano letivo, com 72 alunas. O Ginásio recebeu o nome de Santa Teresinha por coincidir com o ano da canonização da Santa francesa.
O Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus de Caicó, dirigido pelas Religiosas filhas do Amor Divino funcionava com internato, semi-internato e externato. Situado a Praça Santa Teresinha, 98 em Caicó.
Aspectos antigos do Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus


         Em 1936, uma década depois de sua abertura, apesar do número diminuto de alunas internas, era relativamente grande o número de meninas e moças que frequentavam Colégio Santa Teresinha dirigido pelas Irmãs do Amor Divino.
       Naquele ano de 1936 o Colégio Santa Teresinha ainda não havia recebido a subvenção estadual, o que estava criando sérios embaraços ao funcionamento do colégio. (A ORDEM, 13/08/1936, p.2).
         Com a criação do bispado de Caicó em 1940 o Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus passou a jurisdição dessa circunscrição eclesiástica, antes disso pertenceu ao bispado de Natal.
      Em 1941 o Colégio Santa Teresinha já dispunha de 90 alunas. O educandário funcionava aquele ano com curso doméstico e jardim de infância, prestando benefícios a população da região sertaneja (A ORDEM, 16/01/1941,p.1).A época Caicó contava 30.000 habitantes e era a terceira maior cidade do Rio Grande do Norte em população e importância econômica.
Naquele ano de 1941 foi criado o Curso Comercial de Contabilidade, sendo este oficializado somente  em 1948
Em 1942 atendia com cursos de jardim de infância, primário, admissão, doméstico, aulas de música, pintura, costura, corte, bordado, línguas e culinárias.
Em 1947  foi oficializado o Curso Ginasial e também criado, através do Bispo Dom José Delgado de Medeiros, a Escola Doméstica Darci Vargas, que tanto beneficiou a mulher caicoense;
Em 1951  a escola atendia somente ao sexo feminino e a partir de 1952 abriu espaço para atender o sexo masculino.
Em 1971 a designação de Colégio foi substituída por Educandário Santa Teresinha.
Até 1997 a Escola oferecia da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, criando o Ensino Médio em 1998 .
O Educandário Santa Teresinha, está situado na Rua Visitador Fernandes, nº 78, no Centro da cidade de Caicó-RN.

Aspectos atuais do Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus





domingo, 26 de maio de 2019

COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS DE ASSÚ



         O Colégio Nossa Senhora das Vitórias, dirigido pelas Irmãs Filhas do Amor Divino é um estabelecimento de ensino católico que honra as tradições assuense.
         Em 09/03/1927 por iniciativa do monsenhor Joaquim Honório, Minervino Vanderley e Ezequiel Fonseca e sob a direção educacional da irmã austríaca Jeronima Ondra, fundou-se na cidade de Assú o Colégio Nossa Senhora das Vitórias que posteriormente tomou a designação de Educandário Nossa Senhora das Vitórias. Foi registrado na Secretária Estadual da Educação, a partir do Decreto n. 343 de 28 de Setembro de 1927.
Estiveram presentes personalidades como José Augusto Bezerra de Medeiros, governador do estado do Rio Grande do Norte, Nestor dos Santos Lima, diretor do Departamento de Educação Pública, professor Alfredo Simonetti, diretor do Grupo Escolar Tel. Coronel José Correia. As comemorações foram iniciadas com a benção do prédio e a missa na capela do Colégio às 07h: 30 da manhã, celebrada pelo Monsenhor Joaquim Honório e Padre Júlio Alves Bezerra, vigário da paróquia local na época.
Durante a cerimônia houve cânticos entoados pelas Irmãs professoras do colégio, terminando com o hino nacional, que foi ouvido de pé, pelos convidados.
         A sua primeira turma foi composta por 32 alunas. Em 20 anos de existência, no ano de 1947, já havia passado pelo ENSV 2.191 alunas. Funcionava em regimes de externato, internato e semi-internato.
A arquitetura do CNSV atendia as exigências da época, tornando-se referência monumental na cidade de Assú e localizado num espaço central, dotado de uma arquitetura imponente, resultado do padrão social da classe dirigente da época.
A distribuição dos espaços do edifício escolar compunha-se de salas de aulas distribuídas ao redor de um pátio central, encontrava-se o gabinete da Madre Superiora, secretária, biblioteca e a Capela dedicada a Nossa Senhora das Vitórias. Outros espaços eram compostos do internato com dormitórios e salas de estudo das alunas internas. Esse tipo de arquitetura era comum em colégios de ordens ou congregações religiosas, construídos nos final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX.
A baixo imagem do ENSV ainda com apenas uma pavimento e exibindo sua arquitetura neoclássica.


       Em 1947 o ENSV mantinha os seguintes cursos: infantil, primário, Admissão, comercial, pintura, música, piano, bordado, tricô, costura e datilografia.
         Manteve um curso normal que teve inicio em 1936 e terminou em 1940, diplomando 32 professoras. Foram caçados os direitos de funcionamento do curso normal por motivos desconhecidos. Entretanto, em 1944 foi criado um curso comercial que iniciou com a matricula de 69 alunas.
         O ENSV mantinha desde sua fundação uma escola gratuita para crianças e moças pobres com matricula de 147 alunas.
 A dedicação e a abnegação das Irmãs do Amor Divino, não se limitava apenas a cultura intelectual e física das moças assuenses, mas, se estendia também a parte material, dotando o prédio do educandário de novas instalações como a construção de um pavilhão com dois andares para dormitórios na parte superior e para salas de música, aulas e datilografia no pavimento térreo, construção de mais duas salas para alas, um campo para práticas esportivas, planificação e arborização da área recreativa, compra de mobiliário, máquinas de escrever e de costura, pianos e outros instrumentos musicais e mais a aquisição de livros selecionados de cultura moral, religiosa e literária para a manutenção das duas bibliotecas, das quais uma era para alunas e a outras para professores.
Em suas dependências funcionavam uma laboratório de química e outro de física, de acordo com as  exigências pedagógicas da Divisão do Ensino.
         O ENSV equiparava-se ao lado dos melhores estabelecimentos de ensino existentes até então no Estado.
     Em 2015 o prédio do ENSV passou por uma ampla reforma que modificou completamente a fachada.
                                   
                                      Aspectos do ENSV antes da reforma






                                        Aspectos do ENSV após a reforma




                                         Detalhe da capela  do ENSV 


GINÁSIO DIOCESANO SANTA LUZIA DE MOSSORÓ



Colégio Diocesano Santa Luzia-GDSL foi fundado em 02/03/1901 pelo então bispo da Paraíba, Dom Adauto de Miranda Henriques, quando ali esteve em visita pastoral, visto que a época o Rio Grande do Norte pertencia eclesiasticamente ao bispado da Paraíba.
 O funcionamento de um ginásio destinado a educação masculina mossoroense era uma necessidade premente, tendo-se em vista o grande desenvolvimento do município de Mossoró e a comunicação com outros centros de real importância na vida socioeconômica da região oeste potiguar.
Recebendo o nome da Excelsa padroeira de Mossoró, o Ginásio Diocesano Santa Luzia teve como seu primeiro diretor o cônego Estavam Dantas, até 1905. Ele conseguiu colocar o novo estabelecimento de ensino em condições de poder cumprir as suas finalidades que determinaram sua criação.
Nos dois anos seguinte já passando por dificuldades que se agravaram ao extremo de provocar seu fechamento.
Ao ser criado o bispado de Natal em 1909 o colégio Diocesano Santa Luzia passou a esta jurisdição. Em 1912 dom Joaquim de Almeida, bispo de Natal, estudando a situação em que se encontrava o CDSL providenciou sua reabertura confiando sua direção aos franciscanos Frei André de Araújo e Frei João Batista de Morais.
Daí em diante o GDSL alternou entre períodos de grande prosperidade e períodos difíceis.
No ano de 1927 depois de algum tempo fechado devido incalculáveis dificuldades financeiras, foi reaberto, sob a direção do cônego Amâncio  Ramalho que permaneceu no cargo até 1935.É justiça salientar os 8 anos da frutífera administração do cônego Amância Ramalho a frente do GDSL, como a construção do andar superior do edifício, dando-lhe ampla e elegante fachada que ostentava na paisagem urbana mossoroense. Com o auxílio do Estado dotou o GDSL de um laboratório de ciências físico-naturais, condição indispensável para obter a inspeção federal (A ORDEM, 27/04/1943, p.1).
Enquanto esteve sob a jurisdição da Diocese de Natal o GDSL recebeu  a solicitude dos antistites dom Antonio Cabral, dom José Pereira e dom Marcolino Dantas até a criação da Diocese de Mossoró o qual passou a esta jurisdição eclesiástica  a partir de 1934 até os dias atuais.
Em 1935 estava sob a direção do  Pe. Jorge O’Gragy de Paiva.Foi em sua administração que o GDSL recebeu pelo decreto nº 11.930 de 17 de março de 1943 o reconhecimento sob o regime de inspeção permanente ao curso ginasial. Quando o Padre Francisco Sales foi nomeado diretor do Colégio Diocesano, em janeiro de 1946, ele logo lançou o desafio de construir uma nova sede para o velho "Santa Luzia". A pedra fundamental foi chamada a 30 de setembro de 1947 e em junho seguinte se iniciam as obras, como presente de aniversário ao Sr. Bispo D. João Costa.

                          Colégio Diocesano Santa Luzia
Fonte: A Ordem, 1935.

         Na década de 1950 estava em construção nas proximidades do Palácio Episcopal um majestoso edifício para o Colégio Diocesano Santa Luzia.
Nos anos 1953 a 1955, os trabalhos aumentam e os novos pavilhões vão surgindo, graças a contribuições de particulares e às verbas federais conseguidas pelos deputados da região. Em 1955 Dom Eliseu Mendes recebeu do então presidente da república o potiguar João Café Filho auxilio federal para a conclusão das obras de ampliação do GDSL e finalmente, no primeiro semestre de 1956, o GDSL recebeu a ajuda federal, de "um milhão e quinhentos mil cruzeiros", conseguida por D. Eliseu Mendes do "Fundo Nacional de Ensino Médio".


Fonte: Revista Eu Sei Tudo, 1950.

         O GDSL era considerado a dádiva da juventude mossoroense.
O GDSL está situado a Praça Dom João Costa, 511, Bairro Santo Antônio em Mossoró.




Fonte: https://diocesanosantaluzia.com.br/o-diocesano.


COLÉGIO SAGRADO CORAÇÃO DE MARIA DE MOSSORÓ



O Colégio Sagrado Coração de Maria foi a primeira instituição católica para moças em Mossoró sob a direção da Congregação Franciscana Hospitaleira da Imaculada Conceição – CONFHIC conhecidas como Irmãs Franciscanas Portuguesas.
Foi fundado em 02/08/1912 pelo primeiro bispo de Natal Dom Joaquim Antonio de Almeida.
Teve como um dos seus mais dedicados cooperadores o bispo de Mossoró, Dom Jaime Câmara.Pessoalmente Dom Jaime Câmara ministrava aulas no Colégio Sagrado Coração de Maria. 

                      Colégio Sagrado Coração de Maria
Fonte: A Ordem, 1938.

O  utilíssimo educandário crescia dia-a-dia no conceito dos potiguares e segundo o jornal A Ordem, (29/01/1946, p.2) o colégio Sagrado Coração de Maria se situava num amplo e confortável prédio de acordo com as exigências do Departamento Nacional de Educação, na rua Augusto Severo, nº 158 em Mossoró.Tinha aquela época capacidade para 300 alunas e 60 internas.

                     Colégio Sagrado Coração de Maria

O Colégio Sagrado Coração de Maria mantinha os cursos pré-primário, admissão, Ginasial e aguardava a equiparação  ao  técnico profissional que possivelmente funcionaria em 1946 para as concluintes do curso ginasial que aspirassem ao magistério.
O método educativo adotado pelas irmãs Franciscanas Portuguesas no Colégio Sagrado Coração de Maria era o método todo preventivo, aliando a severidade à brandura.
Para estimular as alunas o gosto pelas letras e para diversão do espírito, o Cólegio Sagrado Coração de Maria possuía 3 bibliotecas e mantinha um grêmio litero-dramático e um centro cívico.
Possuía a maravilhosa coleção do Dicionário Enciclopédico, um aparelho cinematográfico, um copiógrafo “DITTO”, todo aparelhamento de educação física e ótimo campo de jogos.
Em meados da década de 1940 precisou ampliar o seu prédio com novas adaptações para o funcionamento do curso da “Escola Doméstica”.       

            Prédio atual do Colégio Sagrado Coração de Maria



INSTITUTO PIO XII DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU



O Instituto Pio XII, fundado em 1948 pelo Monsenhor Antonio Barros, pertencente a Paróquia de Sant’Ana e São Joaquim, do município de São José de Mipibu, é uma das primeiras instituições de ensino da região com orientação Católica.
Em 1948 foi iniciada uma campanha pelo padre Antonio Barros, vigário de São José de Mipibu em beneficio das crianças pobres daquela cidade. A campanha ganhou simpatia na capital potiguar.
         Penalizado da angustiosa situação em que se debatiam numerosas famílias pobres de são José de Mipibu, as quais não dispunham de meios suficientes para dar alimentação farta e sadia aos seus filhos,  o padre Barros, em cooperação com o Serviço de Assistência a Menores, fundou o Instituto Pio XII em 01/08/1948.
Obra paroquial que iria auxiliar financeiramente e prestar assistência técnica, escolar (primária), médica, dentária e religiosa aos pequenos desamparados.O Instituto Pio XII iniciou suas atividades atendendo a 100 crianças.
         O ato solene de inauguração realizou-se as 16h00 do dia 01/08/1948 onde foi dada a benção da igreja pelo padre Antonio Barros, diretor do referido instituto, tendo comparecido várias autoridades locais entre as quais, o juiz de direito, o prefeito do município, o cônego Pedro Paulino, além de professores e pessoas gradas.
         Falaram na ocasião da solenidade o então padre Eugênio Sales, pelo S.A.M, o cônego Pedro Paulino e o juiz de direito daquela comarca que, presidindo ao ato, deu por inaugurada a nova instituição que viria sem dúvida a minorar o sofrimento dos menores desprotegidos.


Fonte: A Ordem, 04/08/1948, p.8.


                                            Instituto Pio XII