quinta-feira, 27 de junho de 2019

AS OBRAS DE REMODELAÇÃO DA MATRIZ DE CEARÁ-MIRIM



Segundo se publicava no jornal A Ordem “a matriz de Ceará-Mirim é sem favor, o maior e o mais belo Templo católico do nosso Estado”.
Situado em ótimo local, bem no centro da Cidade dos Canaviais, as torres altas, erguem-se sobranceiras e dominam majestosamente todo o perímetro urbano do Município.
É um suntuoso edifício de linhas simples, mas grave e imponentes que sobre lhe darem aspectos de rara beleza, oferecem a nítida sensação das coisas que não passam, que se eternizam.
Não resta dúvida que o motivo é de justa alegria para uma cristandade o possuir tal Igreja.Porque as Igrejas são, na realidade verdadeiros símbolos na Paróquias.Símbolo de Catolicismo, de fé viva, de zelo decidido, de ardente tenancidade. E a matriz de Ceará-Mirim o é bem o mais sugestivo dos ideais Crist]ao dos seus filhos.
Em pouco mais de 10 anos em que o Cônego Celso Cicco paroquiava em Ceará-Mirim, ele já havia despendido tantas energias e o melo do seu zelo sacerdotal na manutenção da referida matriz.
O templo havia passado por profundas reformas internamente, exigidas já por imperativos arquitetônicos e estéticos, já pelo progresso dos novos tempos, que o transformaram completamente, emprestando-lhe uma aparência inédita, uma visão absolutamente diferente da imagem do passado.De tal modo transformam os monumentos a estética e o bom gosto amparados numa vontade enérgica.

                      A matriz e Ceará-Mirim em 1900
Revista da Semana, 1901.

O plano de embelezamento interno da matriz estava quase concluído pelo já monsenhor Celso Cicco e se debruçava com urgência para os reparos externos. As obras eram arrojadas e o projeto já havia se elevado em Cr$ 40.000,00.
O monsenhor Celso Cicco contava com a boa vontade dos seus numerosos paroquianos.Como de todas as outras vezes em que se fez mister sua ajuda, eles acolheram,com um franco e resoluto apoio, a ideia tão necessária quão justa e impreterível de uma reforma exterior da Igreja em que recebeu o Batismo e a Primeira comunhão, da Matriz que muito estremecem e que já conta, nas suas vetustas paredes, uma tradição gloriosa.E todos, rico e pobres, aprestam-se a trazer ao dinâmico Vigário a sua generosa contribuição, sem a qual, diga-se de passagem, impossível seria levarem-se a bom temo os trabalhos do novo empreendimento.
O Sr. Milton Varela  ofereceu ao Monsenhor Celso Cicco todo o mosaico preciso para as calçadas ( mais de 300m²) a generosidade da oferta, foi considerada um presente régio.Foi também o Sr. Milton Varela que, anos antes, com sua esposa brindou o altar-mor de Nossa Senhora da Conceição, com um custoso e belíssimo sacrário de mármore branco.
A reforma externa abrangia o revestimento das torres com cimento colorido, piso do grande patamar e calçadas a mosaico, limpeza externa, reboco total de uma das fachadas, rodapé geral de cimento rústico, meio-fio e pintura de portas e janelas. Essa reforma daria um aspecto inteiramente renovado a Matriz na “Cristianíssima Cidade de Ceará-Mirim”, o mais belo monumento que ela possuía, para gáudio da fé e alegria dos olhos de seu povo cristão e educado. (A ORDEM, 15/07/1944, p.4).
No ano seguinte os trabalhos se concentraram no forro das naves laterais, o revestimento da capela-mor, o piso das naves, além da artística pintura a óleo “tudo convergindo para a beleza do maior templo católico do Rio Grande do Norte” (A ORDEM12,/11/1945, p.4).
O monsenhor Celso Cicco apelava a boa vontade dos filhos de Ceará-Mirim residentes lá e na capital, para prestarem seu auxílios na continuação das obras de embelezamento da Matriz.
Em 1946 mais uma campanha foi realizada pelo monsenhor Celco Cicco para a aquisição de um excelente alto falante para a matriz de Ceará-Mirim.Segundo A Ordem mais uma vez estava aquele sacerdote dando prova de sua incansável ação apostólica em dotar aquela matriz de mais esse melhoramento que há tempo faz sentir, para o que contava com a generosidade dos paroquianos (A ORDEM, 25/06/1946, p.1).
Já em 1951 foi a vez da aquisição do relógio para uma das torres da matriz. O relógio com dois mostradores com diâmetro  de 1,5m, tendo sido adquirido na cidade de Juazeiro do Norte-CE de fabricação do Instituto Salesiano.Incluindo as despesas de montagem o equipamento ficaria com o valor de Cr$ 32.000,00.Um dispositivo especial ligaria o relógio aos sinos, de maneira que ele bateria todas as horas, podendo ser ouvido a quilômetros de distancia (A ORDEM,10/05/1951,p.1).Foi mais uma iniciativa elogiada do monsenhor Celco Cicco para o embelezamento da igreja matriz de Ceará-Mirim.

                                     Matriz de Ceará-Mirim


Fotos: João Batista dos Santos, 2014.2015.


Fonte: A ORDEM, 1945, 1946, 1951.

A FREGUESIA DE CEARÁ-MIRIM


A freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ceará-Mirim se deu por transferência da sede da freguesia de São Miguel e Nossa Senhora dos Prazeres cuja matriz estava na Vila de Estremoz.
 Por sua vez a A Vila de Estremoz foi criada pelo Alvará de 06 de junho de 1755 e ereta no dia 03/05/1760 pelo desembargador Ouvidor Geral Bernardo Coelho da Gama Vasco. Em virtude da lei provincial nº 370 de 30 de julho de 1858 a sede municipal foi transferida de
Estremoz para a então povoação de Boca da Mata que passou no ato da transferência de Vila de Ceará-Mirim.
A freguesia continuou, porém, na Vila de Estremoz por algum tempo. A Vila de Ceará-Mirim não tinha capela quando ocorreu a transferência da sede municipal, no entanto o vigário contrariando ordens do bispado de Olinda passou a residir em Ceará-Mirim e não na matriz que era Estremoz.
                            A antiga matriz de  Estremoz 



d capela a matriz
A pedra fundamental da construção da capela de Nossa Senhora da Conceição que mais tarde viria a ser a imponente igreja matriz de Ceará-Mirim foi lançada pelo frei Serafim de Catania em 21/02/1858 (A ORDEM, 21/02/1949, p.4).
Ao ser transferida a sede municipal a povoação de Boca da Mata não tinha capela. O frei Serafim de Catania viu na oportunidade de suas missões difundir a devoção amplamente divulgada pelos frades capuchinhos da Imaculada Conceição,cujo o dogma havia sido promulgado 4 anos antes em 1854.
Foi assim igualmente na mesma época em Uruá, atual Canguaretama onde o frei Serafim também em missão incentivou a construção de uma capela a Nossa Senhora da Conceição que é o orago atual daquela cidade).
Em 1860 no relatório do então presidente da província se dizia que: “Ao procurador da irmandade de Nossa Senhora da Conceição, José Joaquim de Castro Barroca, mandei que se entregasse a quantia de 1:000$000 rs para auxilio da continuação da obra dessa matriz, que se acha com os alicerces feitos e parte da capela-mor.A crescente população daquela vila, e freguesia exige a construção desse templo, que alias, tem já merecido a atenção dos eleitos da província”. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 29/03/1860, p.2).
Pelo exposto a cima fica esclarecido que até aquele ano de 1860 a capela em construção tinha apenas parte da capela-mor e os alicerces concluídos.
         No relatório de 1861 o presidente da província dizia que na florescente vila de Ceará-Mirim da Freguesia de Estremoz havia uma capela mui pequena onde celebravam-se os atos religiosos.
      Observando isso, quando ali esteve o presidente nomeou uma comissão de 8 membros, incluindo neste número o respectivo pároco, a fim de promover o andamento da obra da matriz, com as somas concedidas pelo cofre público ou pela piedade dos particulares.
         Em 02/07/1861 o presidente da província recomendou novamente a conveniência da aplicação da quantia de 774$080 réis, que ainda restava da que fora concedida pelos seus antecessores para a obra da capela-mor e avaliando a Câmara Municipal em réis 10:000$000,a despesa necessária para ficar aquele templo em estado de prestar-se ao serviço de celebração dos ofícios religiosos.
No entanto, a igreja matriz situada na povoação de Estremoz, a 3 léguas de distancia da Vila de Ceará-Mirim, necessitava de pequenos reparos urgentes no teto e frontispício, além de outras obras mais dispendiosas, tais como o ladrilho no corredor esquerdo, a colocação do sino e a construção de uma escada para subir ao campanário.
O pároco noticiou ao presidente da província que outrora serviu de convento aos jesuítas naquela povoação, continuava em progressiva deterioração. Determinou o presidente ao subdelegado que tivesse sob sua guarda as chaves do edifício e que o visitasse frequentemente para não só conservá-lo no maior asseio possível, como preservá-lo dos estragados do cupim, solicitou ao governo os meios precisos para qualquer reparo indispensável.
Ao engenheiro deu ordem para examinar o estado da igreja e do convento, afim de apresentar os orçamentos, em separado, dos melhoramentos e consertos mais necessários para evitar maior aumento na ruína daqueles edifícios.(DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861,p.1).
         Do relatório do presidente da província Leão Veloso, em 1862 se dizia: ”quer S. Exc., ver a obra começada da igreja matriz daquela vila, para cuja ereção o povo do lugar está animado de grande fervor e entusiasmo” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 29/07/1862, p.3).
Ainda segundo o mesmo relatório o presidente da província que esteve na Vila de Ceará-Mirim viu que as obras da matriz constavam das paredes da capela-mor e dos alicerces do corpo da igreja. O presidente estava persuadido que se levassem a termo as obras a igreja seria superior a nova matriz da vila de Acari que se dizia ser naquele período a maior da província.
Por decreto de 03/09/1964 do Bispado de Olinda foi apresentado o padre Targino Paulino de Carvalho na igreja paroquial de Nossa Senhora dos Prazeres da vila do Ceará-Mirim. (DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 09/09/1864, p.1).Percebe-se que a igreja matriz ainda era a de Estremoz devido ao titulo da invocação da Virgem na igreja onde o referido pároco foi apresentado.Não poderia ser diferente, todo pároco deve se apresentar e tomar posse na igreja matriz.
Um oficio enviado ao vigário de Estremoz expedido da cúria do bispado em Olinda estranhava que o pároco tendo sido colado vigário de Estremoz no mês de dezembro, ainda até aquele momento não tinha ido fixar residência junto a sua matriz, como era do seu dever, e como orientavam as Constituições Diocesanas, tendo o mesmo conservando-se no lugar denominado Boca da Mata, distante da igreja matriz 18 léguas e isto com grave prejuízo da regular administração do pasto espiritual.
Ordenava o Bispo que ao receber o oficio se muda-se o vigário para a sua residência junto da matriz, isto é em Estremoz, e comunicasse o quanto antes o cumprimento da ordem expedida (JORNAL DE RECIFE ,17/06/1865,p.1).
Já em 12/07/1865 o jornal Diário de Pernambuco exibia um oficio expedido da cúria do bispado em Olinda atendendo devido a Vila de Ceará-Mirim ser o maior povoado da freguesia e atendendo igualmente a conveniência que havia do pároco inspecionar de perto a igreja que ali se estava edificando, permitiu-se que o referido pároco continuasse residindo em Ceará-Mirim para não resultar em prejuízo a pronta distribuição do pasto espiritual, primeiro e mais rigoroso dever dos párocos e com  a condição de que em Estremoz, sede da freguesia, residisse constantemente o coadjutor, e se celebrasse sempre a missa conventual nos domingos e dias santificados.(DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 12/07/1865,p.1).
         Em 1866 mais duas loterias foram votadas no congresso nacional em beneficio das obras da matriz de Ceará-Mirim, 22/05/1870 mais quatro loterias e duas outras loterias em 12/03/1872.
         Em 1870 exercia a função de vigário na freguesia de Ceará-Mirim o padre José Alexandre Gomes de Melo.Conforme o jornal Diário  de Pernambuco “todos sabem que o Ver. Vigário chegando nesta vila, foi o seu primeiro cuidado promover os meios de levar a efeito a importante obra da matriz respectiva”( DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 28/03/1870,  p.3).Ainda de acordo com o mesmo jornal quando o frei Vitale esteve na freguesia para pregar as santas missões já havia muito material e mais de 5:000 em cofre unicamente devido ao empenho do referido vigário de Ceará-Mirim.
Em 1871 foram votadas no Senado Imperial quatro loterias em beneficio das obras da matriz do Ceará-Mirim.
Em 11/061872 o jornal do Recife publicava que “dito ao Vigário de Nossa Senhora dos Prazeres do Ceará-Mirim.Pelo seu oficio de 13 do corrente, fico inteirado de haver V.Rvmª no dia 11 do mesmo mês, tomado posse da freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres de Ceará-Mirim, na qual acaba de ser colado”. (JORNAL DE RECIFE, 12/06/1865, p1). Como visto a confusão permanecia no quesito jurídico da freguesia. O nome permanece como orago da antiga Vila de Estremoz, porém como se fosse localizada em Ceará-Mirim.
Percebe-se também que a capela de Ceará-Mirim ainda não havia sido concluída, pois estivesse a posse do vigário seria nela já que o mesmo residia na vila de Ceará-Mirim e não “junto a sua matriz” como diz o oficio.Já havia se passados 14 anos desde o lançamento da pedra fundamental da capela de Ceará-Mirim (Boca da Mata) ela ainda não estava em condições de se realizar os atos religiosos.
Em 1874 duas loterias foram concedidas para as obras da igreja matriz de São Miguel e Nossa Senhora dos Prazeres de Estremoz da vila de Ceará-Mirim, ou seja, a matriz ainda continuava sendo em Estremoz. (DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 01/09/1874, p.1), já no ano seguinte de 1875 se dizia que foram concedidas duas loterias para a conclusão das obras da igreja matriz do Ceará-Mirim ( DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 28/07/1875, p.2).
Manoel Ferreira Nobre disse em sua obra Breve História da Provincia do Rio Grande do Norte em 1877 sobre Ceará-Mirim “tem elegante casaria, ornada de um templo que serve de Matriz” (NOBRE, 1877, p.190).
Mais adiante diz: a sede desta freguesia ainda se conserva na antiga Vila de Estremoz, porém, em virtude de permissão do Bispo Diocesano, contida em Portaria do mês de maio de 1875, o respectivo pároco reside na Vila do Ceará Mirim.
Assistiram à cerimônia religiosa da primeira pedra, os Revms Luiz da Fonseca Silva, Bartolomeu da Rocha Fagundes, João Xavier Dantas, João Coelho de Oliveira, Francisco de Paula Soares da Câmara e Fr. Serafim de Catânia. É um elegante edifício, ainda em construção. Está fundado sobre uma eminência da vila. Deste ponto, goza-se o panorama mais pitoresco.
Para o Sul e para o Norte, a vista do espectador, depois de dominar a vila, repousa sobre o imenso vale do Ceará-Mirim (NOBRE, 1877, p.194).
Em 1882 esteve em visita pastoral a freguesia de Ceará-Mirim o bispo de Olinda Dom José Barros. No dia 15/08/1882 as 09h00 o digno prelado olindense levado sob pálio e processionalmente, fez sua solene entrada na matriz da freguesia, onde foi cantado um Te Deum em ação de graças, fazendo o discurso elegíaco de boas-vindas o padre Esteves Viana (DIARIO DE PERNAMBUCO, 24/08/1882, p.2).

                        Igreja matriz de Ceará-Mirim

A primeira menção a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição
Em 16/05/1883 foi nomeado o padre Frederico Augusto Raposo da Câmara para a freguesia de Ceará-Mirim. Em oficio enviado pelo bispo de Olinda dando ciência de nomeação ao referido padre aparece pela primeira vez em documento oficial do bispado o termo “Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Ceará-Mirim”.
Vale a pena ler o texto original do referido oficio.
Palácio da Soledade, 16 de maio de 1883 - Rvm Sr. Nesta da ta nomeamos a V. Rvm. Vigário da freguesia de N. S. da Conceição do Ceará-Mirim.
Não foi sem muito pesar que nos privamos da dedicada companhia de V. Rvma., que no cargo de nosso secretário particular se tem portado com tanta diligência, lealdade e zelo, de modo a merecer não só a nossa gratidão, mas a nossa estima e particular amizade.
O interesse que ligamos a importante paróquia de Ceará-Mirim, a urgentíssima necessidade de concluir o templo que ai existe começado, nos aconselharam que nos privássemos dos bons serviços de V. Rvma., para mandá-lo reger aquela porção de nossos queridos filhos, certo de que V. Rvma., levará para o meio deles o zelo e dedicação, sem outro interesse que a salvação das almas e saberá dirigir a boa vontade dos povos para dar a paróquia uma bela matriz, condigna da fé dos habitantes do notável - Ceará-Mirim- tão grato a nossa recordação.
Aceite V. Rvma., os nossos agradecimentos sinceros pelos serviços que nos prestou, e receba a segurança de nossa paternal confiança e perfeita amizade e vá reanimando em Nosso Senhor Jesus Cristo, aqueles povos que confiamos ao seu zelo sacerdotal.
Deus guarde V.Rvma.  +José, bispo diocesano. Ilmo., Rvma. Sr. Padre Frederico Augusto Raposo da Câmara, vigário da freguesia e N.S. da Conceição do Ceará-Mirim.(DIÁRIO DE PERNAMBUCO,17/05/1883,p.3).
Do texto acima do citado oficio ficam duas noticias importantes para a memória histórica da paróquia de Ceará-Mirim.
 A primeira com já dito é menção pela primeira vez do nome da paróquia contando a padroeira atual de Ceará-Mirim, Nossa Senhora da Conceição no cabeçalho e no fechamento do documento enviado ao padre Frederico Augusto Raposo da Câmara, atestando assim que aquela época já havia sido de fato homologado a oficialização do orago da matriz da paróquia.
A segunda é o fato da matriz ainda está em obras e como diz o texto havia da parte do bispo “a urgentíssima necessidade de concluir o templo que ai existe começado”. O referido bispo havia feito visita pastoral no ano anterior o qual ao entrar na matriz verificou a necessidade de conclusão de suas obras.
Outro fato interessante são os elogios que o bispo de Olinda se digna a efetuar em favor da paróquia: “a importante paróquia de Ceará-Mirim” cuja recordação da visita pastoral deixou boas  e gratas impressões  do povo e da paróquia.
Por fim a nomeação do padre Frederico Raposo da Câmara teria a urgente finalidade de concluir a matriz “para dar a paróquia uma bela matriz, condigna da fé dos habitantes do notável - Ceará-Mirim- tão grato a nossa recordação”.
Dessa forma Ceará-Mirim já havia ofuscado o brilho do que fora a antiga matriz de Estremoz, reduzida a simples capela filia da paróquia por aquela época.
Em 1892 Manoel Leopoldo Raposo da Câmara fez doação para as obras da matriz de Ceará-Mirim segundo o jornal Rio Grande do Norte (08/05/1892, p.3).
Em 01/12/1896 ocorreu a vista pastoral de Dom Adauto de Miranda Henrique, bispo da Paraíba, da qual estava sob jurisdição eclesiástica o estado do Rio Grande do Norte.Conforme o jornal A União pelas 07h00 revestido de capa magna, fez o bispo solene entrada no majestoso templo da Igreja Matriz, e declarou aberta sua Pastoral Visita naquela parte caríssima de sua Diocese (A UNIÃO, 29/01/1896, p.1).
Ainda de acordo com o referido jornal Ceará-Mirim era um dos templos de maiores proporções do Bispado e mesmo do Brasil, ressentindo-se, no entanto, da necessidade de um trabalho complementar para poder deste modo patentear-se com a glória d e um povo, admiravelmente trabalhador e enaltecimento de uma cidade de tão agradável perspectiva.
A Revista da Semana cita a subida do sino na matriz de Ceará-Mirim numa edição de 28/07/1901, p.6.
Em 13/06/1906 a matriz foi visitada pelo então presidente eleito Afonso Pena que subiu numa das torres da igreja e contemplo o vale do Ceará-Mirim.
Em 1907 a Pia União das Filhas de Maria concluiu a campanha de angariar donativos cuja a finalidade era para a compra do órgão destinado a matriz da cidade.A diretora agradecia as pessoas que se dignaram concorrer para este fim e nomeadamente ao Sr. Urbano Hermilo de Melo que bondosamente se encarregou da coleta em Natal e a senhorita Maria Emilia Duarte em Taipu.
A quantia arrecada foi de 1:123$000.O vigário de Ceará-Mirim, o cônego José Paulino Duarte mandou buscar um órgão em Paris conforme acabava de comunicar. Com aquela quantia também seria aplicada na aquisição de uma imagem de Santa Inês, estandarte, ornamentos de altar e demais objetos de que precisava a Pia União. (A REPÚBLICA, 28/02/1907, p.3).
Na próxima postagem falaremos a respeito da remodelação da igreja matriz empreendida pelo cônego Celso Cicco.


Fontes:

A ORDEM, 1949
A REPÚBLICA, 1907
A UNIÃO, 1896
ANAIS DO SENADO. Secretaria especial de editoração e publicações - subsecretaria de anais do senado federal. Transcrição.
NOBRE.Ferreira.Breve notícia sobre a província do Rio grande do Norte.Baseada nas leis, informações e fatos consignados na história antiga e moderna por Manoel NOBRE, Ferreira. 2ª Ed.1971. Editora Pongetti. Rio de Janeiro.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 1860, 1861, 1862, 1865, 1870, 1882, 1883
DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 1864, 1874, 1875
JORNAL DE RECIFE , 1865
REVISTA DA SEMANA, 1901.
SENADO IMPERIAL. Ano de 1873. Livro 4. Rio de Janeiro.


UM POUCO DE HISTORIA DO MUNICÍPIO DE PENDÊNCIA



Uma fazenda, uma capela, um mercado e uma escola foram elementos constitutivos do atual município de Pendências. Vejamos.
Segundo o jornal A Ordem foi o Capitão Félix Rodrigues Ferreira e sua esposa D. Maria Joaquina de Melo (Dona Cota) foram os fundadores do lugar que viria a ser o atual município de Pendências (A ORDEM, 18/09/1941, p.4).
         O prédio das Escolas Reunidas foi construído em 1934, de acordo com as exigências pedagógicas do ensino primário.
                                          Escolas Reunidas de Pendencias.
Fonte: Diário de Pernambuco, 1934.

     O Cemitério, o Mercado Público, o Cassino Independência eram outros tantos melhoramentos que haviam o panorama urbano da vila, dando-lhe tonalidades de cidade progressista e civilizada já na década de 1940.Nessa época o lugar se denominava Independência.
    Entre os prédios particulares haviam alguns de feições modernas e elegante, demonstrando assim o gosto e o zelo dos seus proprietários pelas coisas diretamente ligadas a vida da pequena urbs sertaneja.
       Havia a Casa Grande de Fernando Rodrigues Ferreira, construída em 1881, cuja solidez se traduzia bem a gosto e a sensibilidade dos homens da sua época.
       O desenvolvimento de Pendências foi muito rápido. Até 1894 era apenas uma fazenda com poucos moradores. Em 1895 Félix Rodrigues Ferreira construiu uma capela consagrada a São João Batista, em torno da qual começaram a edificar casas. Luiz Gonzaga vindo ali residir em 1915, iniciou a construção do mercado público em 1924, concluindo-o no ano seguinte.Foi inaugurado em setembro desse mesmo ano.
                                  Largo do mercado de Pendências


A  festa dos 50 anos de Pendências
         À festa dos 50 anos de Pendências estiveram presente o bispo de Mossoró, Dom João Portocarrero Costa, José Varela, prefeito da capital representando o interventor federal, os escritores Luiz da Câmara Cascudo e Nestor dos Santos Limas, entre outros.
      A festa constou de tríduo durante os dias 05 e 07/01/1945, havendo missas e comunhões durante os 3 dias.No dia 7 houve missa as 05h30 com comunhão geral de todos os moradores. As 09h00 missa cantada, com sermão proferido pelo padre Antonio Antas, coadjutor de paróquia de Angicos. As 12h00, foi servido um banquete aos convidados, oferecido pelo subprefeito, Pedro Alves de Medeiros.
As 15h30 visita aos principais logradouros da Vila. As 20h00 sessão solene da qual foi orador oficial, o escritor Luiz da Câmara Cascudo, que viajou de automóvel em companhia do também escritor Nestor dos Santos Lima e do professor Manoel Rodrigues de Melo, tendo sido especialmente convidado para aquela finalidade.
        Durante a noite do dia 07 funcionou um bem organizado serviço de barracas, dirigidos pelas distintas senhoras e senhorinhas do local. (A ORDEM, 05/01/1945, p.6).

A capela de São João Batista
A provisão de licença para a edificação de uma capela em Pendências, então distrito de Macau,  tendo por orago São João Batista foi dada pelo então bispo diocesano, Dom Adauto de Miranda Henriques, em 18/09/1894 quando era vigário da paróquia de Macau o monsenhor Francisco de Assis e Albuquerque.Em 07/01/1895 foi dado o assentamento da pedra fundamental de construção da Capela.
 O  mesmo bispo Dom Adauto concedeu licença para a benção da capela, provisão datada de 08/04/1901, quando já era vigário da freguesia o Pe. Vicente Giffoni ainda o mesmo bispo concedeu licença para a benção da imagem de São João Batista em 25/06/1907, sendo vigário de Macau o Monsenhor Joaquim Honório da Silveira.
Em 07/01/1895 já estava concluída, marcando ali decisivamente o inicio do seu progresso e de sua evolução.
Em 1945 a Capela de São João Batista foram concluídos os serviços de restauração para comemorar o cinquentenário do lugar. Era considerada uma das melhores da diocese de Natal pela imponência e solidez. 
                            Igreja matriz de São João Batista



O Grupo Escolar
       Em 1924 foi criada a primeira escola pública. O decreto nº 242 de 11 de junho de 1924 criou uma escola rudimentar mista na povoação.
        A população continuava aumentando e em 1931 pelo decreto nº 52 de 12 de fevereiro do referido ano, foi criada outra escola rudimentar.
       A prefeitura de Macau em cooperação com o governo do Estado construiu um prédio para as Escolas Reunidas, o qual foi solenemente inaugurado em 12/08/1934.A baixo a foto da inauguração do Grupo Escolar de Pendências.

                                   Grupo escolar de Pendências
Diário de Pernambuco, 1934.

     As Escolas Reunidas foram pela lei nº 206 de 1949 elevadas a categoria de Grupo Escolar e em 1950 a lei nº 2006 de 19 de agosto deu ao referido estabelecimento de ensino a denominação de Luiz Gonzaga. (O POTI, 28/02/1956, p.3).

O patrono do Grupo Escolar Luiz Gonzaga Bezerra Lima
         O patrono do Grupo Escolar Luiz Gonzaga Bezerra Lima, nasceu em Bananeiras,no estado da Paraiba em 25/11/1883, sendo filho de Emidio dos Santos Bezerra e d. Ana Marcionila das Virgens.Seus pais eram pobres e por esta razão não puderam dar a Luiz Gonzaga instrução desenvolvida, limitando seus conhecimentos ao estudo de primeiras letras.
         Não obstante o seu atraso intelectual, escreveu o escritor Manoel Rodrigues de Melo, era inteligente, perspicaz, industrioso, concebendo planos extraordinários em relação ao meio e as suas possibilidades econômicas.Veio de Bananeiras muito jovem para Macau onde se dedicou ao comercio, a agricultura e a criação e graças a sua grande capacidade de trabalho e dos seus esforços conseguiu acumular regular fortuna.
      Em 1900 se casou com d. Julia Maria da Conceição e desse consórcio houve 3 filhas.Enviuvando, casou-se segunda vez com d. Carolina Bernardo Lima em 13/03/1909, havendo desse casamento 8 filhos.
      Como político acompanhou os chefes governistas de Macau, recebendo de todos eles, sempre muita consideração.Ocupou por mais de uma vez o cargo de delegado de policia, portando-se com prudência e agindo sempre dentro da lei.Isto não impedia que usasse energia quando se fizesse preciso assim praticar.
    Em 1915 transferiu sua residência para Pendencias continuando a exercer suas atividades comerciais agrícolas e pastoris.Nessa povoação foi que se fez sentir a sua benéfica atuação em favor do progresso da localidade onde empreendeu a construção do mercado público e a realização desse melhoramento de grande alcance econômico muito contribuiu para o desenvolvimento do então povoado.Incentivado pelo exemplo progressista de Luiz Gonzaga, muitos foram os que vieram a fixar residência em Pendencias, construindo casas residenciais e concorrendo para que dentro de alguns anos a localidade se tornasse um dos núcleos mais comerciais dos baixo Açu.
     Luiz Gonzaga foi, segundo Manoel Rodrigues de Melo, um homem que viu longe o futuro de Pendências. A construção do mercado, pois, só ai confirma a previsão do grande lidador desaparecido que morreu sem gozar os proveitos da obra que com tanto sacrifício edificou.Luiz Gonzaga foi inegavelmente um dos elementos que muito trabalhou pelo progresso material de Pendências. Faleceu em 01/11/1934.

                         Atual prédio da escola estadual Luiz Gonzaga 


POÇO BRANCO EM 1980



Prolegômenos
Em 1980 Poço Branco era um jovem município potiguar, contando apenas 17 anos de emancipação política e administrativa do vizinho Taipu.
 Naquele ano o município foi destaque numa edição da revista RN Econômico em que o então prefeito José Francisco de Souza, o "Zé Igapó” fazia uma propaganda de sua gestão.
Tal propaganda hoje serve para reconstruir a memória histórica e evolução urbana da referida cidade. De antemão o autor do blog se abstém de pretensões políticas que não é o propósito do blog, mas tão somente trazer a tona um pouco do passado para se compreender o presente do citado município, isso inevitavelmente passa pelo campo político.
Vista parcial mostrando as ruas largas da cidade de Poço Branco.Foto: RN Econômico,1980, p.71-72.


Localização
Conforme o texto da revista citada “Quem estiver no Posto Fiscal de Igapó e trafegar sessenta quilômetros pela BR 406, fatalmente encontrará depois do Distrito de Gameleira, uma entrada piçarrada à esquerda. Nessa entrada, andando-se mais quatro quilômetros chega-se a um município caracterizado por ruas largas, lembrando Brasília na fase de construção e um clima ameno. É Poço Branco. Cidade interiorana com uma população estimada em 17 mil habitantes”.

A administração de "Zé Igapó”
O município estava sendo administrado pelo Prefeito José Francisco de Souza, o "Zé Igapó” e segundo a referida revista “galgando os degraus do desenvolvimento, graças à atual administração”.
Defrontando-se com as diversas dificuldades que eram peculiares a qualquer administração municipal interiorana, o Prefeito de Poço Branco, cujo mandato iniciou-se no dia 31/01/1977 ao longo desses quase três anos, conseguiu para sua cidade, uma razoável infraestrutura educacional para os níveis do 1º grau; satisfatório atendimento médico (inclusive urgência) à população e ainda, elegendo prioridades, há poucos dias iniciou o calçamento a paralelepípedo em algumas ruas.
Não ficando só por aí. Poço Branco desde 1978 teve o privilégio em não considerar-se um município "ilhado" sem receber ou transmitir informações: possuía a partir de então um Posto Telefônico da TELERN.

 Posto da TELERN " liga Poço Branco com todo o Brasil".Foto: RN Econômico, 1980,p.71-72.
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A cidade
 Um poeta inegavelmente a classificaria como "cidade de clima das montanhas"; um Engenheiro paisagístico a poria no rol "das cidades tecnicamente bem tracejadas, em face ao esquadrejamento e divisão de suas ruas"; e um Jornalista a escreveria como a fusão das citadas sugestões.
 Poço Branco, com seus 17 anos de existência era uma cidade com uma população estimada em 17 mil habitantes[1]; possuía 1.317 casas e mais de 500 em construção. Era bem servida de energia elétrica; possuía Posto de Saúde com atendimento médico de urgência; ligava-se, por meio telefônico com todo o Brasil, e por fim possuía também a Barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira, com 1 milhão 137 mil metros cúbicos de água represada, a qual brevemente irrigaria o Vale do Ceará-Mirim[2].
Dentre as várias obras construídas na gestão do Prefeito José Francisco, segundo publicado na revista RN Econômico estava em posição de destaque a Escola Estadual Estudante José Francisco Filho, edificada em modernas instalações numa área de 10 mil m², abrigando a época em torno de 600 alunos do 1º grau nos turnos matutino, intermediário, vespertino e noturno.

Escola Estudante José Francisco Filho, uma das maiores obras de Zé Igapó segundo a revista Rn Econômico.
Foto: RN Econômico, 1980,p.71-72.

A construção representou um investimento na ordem de Cr$ 1 milhão e 300 mil. Paralela à citada obra, também foram construídas mais três estabelecimentos escolares, todos do 1º grau, garantindo assim a educação às
crianças na faixa etária de 7 aos 14 anos.
Adiantou o Prefeito "Zé Igapó" que os vários estabelecimentos de Poço Branco tanto a nível de direção como de docência  eram integrados por concluintes ou licenciados em Pedagogia. Isso significava dizer que os alunos são instruídos por alguém que na realidade tem condições técnicas para o magistério.
Conforme recentes contatos mantidos entre a Prefeitura de Poço Branco e o Secretário da Educação do Estado, Luiz Eduardo Carneiro, dentro em breve a cidade passaria a contar com rede escolar do 2º grau. A iniciativa evitaria o deslocamento de estudantes em caminhão até João Câmara, percorrendo diariamente uma distância de 22 km.

Escola de 1º Grau Maria de Lourdes Costa.Foto: RN Econômico,1980,p.71;72.

     Na opinião de "Zé Igapó" a medida contribuiria para diminuição 
das despesas da Prefeitura, bem como a comodidade dos estudantes.

Atendimento de urgência
Como se sabia, sessenta ou setenta km de distância percorridos para se socorrer a um acidentado comprometeriam o estado de saúde do doente. Mas essa rotina era cumprida pela população de Poço Branco, que se deslocava até Natal para atendimento médico, segundo a revista RN Econômico isso era coisa do passado, pois a Prefeitura já contava com um serviço de atendimento médico de urgência.
A Unidade funciona na Maternidade Virgínia de Carvalho, que concentrava todos os serviços relacionados com a saúde. São dois médicos, além do pessoal de apoio, que se revezavam durante o expediente de 24 horas por dia.
O Dr. Francisco de Assis da Silva, especialista em Cirurgia e Proctologia, era um dos médicos da Maternidade Virgínia de Carvalho e falou a respeito do atendimento naquela unidade. "dispomos do atendimento de urgência para pequenas cirurgias, ou mesmo "preparar" o traumatizado para um centro médico mais especializado; temos também material ortopédico, como exemplo imobilização de fraturas. Mas o forte dos atendimentos é a prescrição para dores em geral".
Fechando o cerco em atendimentos médicos, a Prefeitura havia recentemente adquirido um consultório dentário que seria instalado em compartimento já reservado na Maternidade.
O atendimento à população será prestado mediante um Convênio celebrado com o INAMPS.

Prestação De Contas
A entrevista fornecida por "Zé Igapó" data do dia 12/071980. Nesse dia, o Prefeito recebeu RN/Econômico em seu gabinete, e "metido num monte de papéis" esbravejou: "estou agora mesmo atualizando minha papelada para prestar contas ao Tribunal de Contas da União. Está tudo em dia e espero somente a visita dos fiscais".
A expressão de contentamento transparecida pelo Prefeito deixou bem clara sua despreocupação. Afirmou ele que "tudo estava no seu devido lugar não estava devendo a ninguém e com o crédito aberto pelos costumeiros credores".
Ao que se levava a crer, Poço Branco estava situada sobre uma enorme rocha granítica. Em vários pontos da cidade despontam pedaços dessa pedra. Então, observando essa peculiaridade,"Zé Igapó" pretende agora calçar sua cidade, iniciando os serviços com mil m², incrementando assim o calçamento já existente.


Obras de calçamento da cidade de Poço Branco. Foto: RN Econômico,1980,p.71;72.

Quem, eleita por prioridades, foi designada para receber os mil metros de calçamento granítico, foi a rua Nóbrega & Machado. Essa Avenida, considerada uma das principais da cidade, teve seus serviços iniciados na segunda quinzena daquele  mês de julho de 1980.
Concluída a obra, conforme garante José Francisco, na medida do possível calçaria mais outras ruas. Aproveitando ser o município possuidor de uma verdadeira mina granítica.

O prefeito 'Zé Igapó" segundo a revista RN Econômico " com as contas da Prefeitura em dia"
.Foto: RN Econômico, 1980, p.71-72.

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Fonte: RN Econômico, julho/1980,p.70-72.


[1] Talvez a população geral do município e não só da cidade.
[2] O projeto de irrigação do vale do Ceará-Mirim não foi satisfatoriamente executado pelo DNOCS.A barragem, no entanto, serviu para conter as cheias do referido rio.