quinta-feira, 19 de agosto de 2021

NOTAS SOBRE O MUNICÍPIO DE PEDRA GRANDE


Pedra Grande também é um dos municípios que integram a Região do Mato Grande. Eis a seguir algumas notas que contribuem para a memória história desse pedaço de chão potiguar.

Primórdios

As origens do município está associado ao pioneiro João Victor que em 1910 fundou o Sitio São João com curral e casa de morada. De 1911 a 1917 seguiram-se a ele, Manoel Gabi, Januário Lucas, Januário Pedro da Silva, Manoel Félix de Morais, vindos das praias do Canto de Baixo, no município de Touros, sendo todos proprietários e  residentes. A zona agrícola e pastoril foi aos poucos sendo valorizada pelo surto do algodão na Serra Verde.

A princípio a região pertenceu ao município de Touros, passando ao município de Baixa Verde  com a criação deste em 1928, onde Pedra Grande figurou como distrito até  1954 quando passou a jurisdição de São Bento do Norte com a criação deste, do qual fora desmembrado em 04/04/1963.

Aspectos de Pedra Grande.


Toponímia

A origem da toponímia está associada a que passando ao lado da atual cidade a estrada de Canto de Baixo para Escadilha havia uma pedra, a maior das redondezas, que ficou sendo conhecida por "Pedra Grande".

A criação do distrito administrativo

Em 08/01/1959 o governador Dinarte Mariz assinou  o decreto que criava o distrito administrativo e judiciário de Pedra Grande, no município de São Bento do Norte ( DIÁRIO DE NATAL, 08/01/1959,p.3).

A criação do município

Em 09/05/1962 foi publicado no Diário Oficial do Estado a lei que criava o município de Pedra Grande, desmembrado de São Bento do Norte.

O novo município foi um dos inúmeros criados por força de lei apresentado na Assembleia Legislativa, os quais pulverizaram o território do Estado com municípios sem a menor condição de ser alçado a categoria de município, como foi o caso de Pedra Grande, cuja a população do então distrito ao ser desmembrado de São Bento do Norte era de 2.994 de acordo com o Censo de 1960 (DIÁRIO DE NATAL, 09/05/1962, p.6).

Segundo a lei vigente a época para a criação de municípios se exigia a população mínima de 10 mil habitantes, coeficiente que Pedra Grande não satisfazia para ser alçado a categoria de município, a própria sede de São Bento se quer atingia esse número exigido pela lei.

Ao ser criado o município de Pedra Grande foi estabelecido seu território com uma área de 232 km².

Em 1963 o município de Pedra Grande contava apenas 675 eleitores ( O POTI, 17/1963, p.4), já em 1965 haviam 582  eleitores em Pedra Grande (DIÁRIO DE NATAL, 20/08/1965, p.4).

O primeiro prefeito

Para assumir o novo município de Pedra Grande o governador  nomeou  Leonel Assunção como seu primeiro prefeito, que era a época secretário da prefeitura de São Bento do Norte (DIÁRIO DE NATAL, 09/05/1962, p.6).

A primeira eleição

A primeira eleição em Pedra Grande ocorreu em 01/12/1963, tendo sido eleito Artur Morais de Oliveira, sendo assim o primeiro prefeito eleito daquele município. Naquele ano havia em Pedra Grande 645 eleitores, dos quais compareceram a votação apenas 352 (DIAÁRIO DE NATAL, 03/12/1963, p.6).

Com o falecimento do prefeito Artur Morais de Oliveira, assumiu, o vice-prefeito Lindolfo Pereira de Aquino, também eleito na legenda do PTN.

A morte inesperada do prefeito

Em 1967 o prefeito de Pedra Grande, Artur Morais de Oliveira, mal havia terminado de pronunciar as últimas palavras de seu sermão, na Igreja Protestante de sua cidade, quando caiu morto, fulminado por um ataque cardíaco e de acordo como Diário de Natal "a sua expressão era de tal forma tranquila que parecia ter morrido sorrindo".

Ao ser levado a um filho do prefeito morto, que também era pastor evangélico em João Câmara, a noticia do falecimento, momento antes o religioso havia tido uma visão que anunciava o súbito falecimento do seu pai.

O fato foi comentado na Assembleia Legislativa pelo deputado Francisco Seráfico (DIÁRIO DE NATAL, 27/04/1967, p.3).

Prefeito em 1968

Em 1968 foram eleitos  prefeito e vice-prefeito de Pedra Grande Manoel Gomes de Souza e Salvador Bechior Vital (DIÁRIO DE NATAL, 14/11/1968, p.8).

 Eleição suplementar em 1972

O TRE marcou para 17/12/1972 a realização da eleição suplementar em Pedra Grande. A eleição foi realizada em razão de não ter sido recebida as cédulas oficiais da pelo presidente da 5ª seção, onde estavam inscritos 170 eleitores (DIÁRIO DE NATAL, 25/11/1972, p.3).

Naquele ano foi eleito José Soares Bandeira como prefeito de Pedra Grande da ARENA.

Prefeito José Soares Bandeira, a direita e o governador Cortez Pereira.
Foto: Diário de Natal, 28/1973, p.4.



Posto de saúde

Em 1974 a cidade de Pedra Grande seria uma das beneficiadas com um posto médico do CEME ( Central de Medicamentos) um projeto do governo federal em convênio com o governo do estado, (O POTI,17/111974,p.9

A energia em pedra grande

A energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso-BA distribuída pela COSERN em Pedra Grande foi inaugurada em 11/01/1974 pelo governador Cortez Pereira.

De acordo com o jornal Diário de Natal para implantar o sistema de distribuição de energia em Pedra Grande a COSERN investiu um total de Cr$ 1.465.000,00, sendo Cr$ 1.200.000,00 gastos na linha de alta tensão e Cr$ 265.000,00 na rede de distribuição.

Em discurso o prefeito de Pedra Grande José Soares Bandeira agradeceu o trabalho do governo em levar, através da COSERN, a energia de Paulo Afonso, afirmou ainda que a gratidão da cidade era ainda maior pela inclusão, por parte do do governo do estado, de Pedra Grande entre as cidades que receberiam o abastecimento de água.

O governador em discurso prometeu voltar a Pedra Grande para inaugurar um serviço de telefonia e terminou inaugurando oficialmente a energia elétrica em Pedra Grande. Das 150 cidades que receberam a energia elétrica de Paulo Afonso até aquele ano, Pedra Grande foi a 147ª ( O O POTI, 12/01/1975, p.8).

Sistema de abastecimento de água

Em 06/10/1977 a CAERN lançou edital  para a execução das obras de implantação do sistema de abastecimento de água da cidade de Pedra Grande ( O POTI, 09/10/1977, p.16).

Em 09/12/1979 o governador Lavoisier Maia inaugurou o sistema de abastecimento de água em Pedra Grande  ( O POTI, 09/12/1979, p.4).

As 09h45, o governador Lavoisier Maia chegou de carro a Pedra Grande onde veio inaugurar além do sistema de abastecimento de água  o Posto de Saúde local.

      Em 1977 era prefeito do município de Pedra Grande Felipe Victor da Câmara, do MDB, vice-prefeito Benedito José de Morais. Os vereadores eram: Francisco de Assis Vitorino e José Severino Bezerra Filho da ARENA e José Tonico Sobrinho, José Gabi da Silva, João Lopes Neto, Pedro Martins Torres, Francisco Marcolino de Oliveira do MDB.


Prefeito  Felipe Victor da Câmara. Foto: Diário de Natal, 30/091977, p.14.


O juiz de direito era Geraldo Magela Cruz, o promotor José Jarbas Martins (titular)  e Nilton Bezerra Pires (em exercício).

Exercia a função de delegado de policia o 2 sargento Paulo Gadelha de Vasconcelos.

O município estava incluído na Microrregião Litoral de São Bento do Norte tendo uma população estimada em 4.269 habitantes.

O município de Pedra Grande se comunicava com os seguintes municípios por rodovias: São Bento do Norte ( RN 120) a 24 km de distância, Parazinho (RN 120) a 10 km de distância, Touros (RN 120 e carroçável) a 71 km, Natal (RN 120 e BR 406 via João Câmara) a 133 km de distância.

As atividades econômicas existentes no município eram as culturas agrícolas e indústria de transformação. Exportava pescado, algodão e sisal e importava tecidos, utensílios domésticos e gêneros alimentícios ( DIÁRIO DE NATAL, 30/09/1977, p.14).


SOBRE A PONTE FERROVIÁRIA DO UMARI


A ponte ferroviária sobre o rio Ceará-Mirim no distrito do Umari em Taipu foi a maior e mais  mais importante obra de arte da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte até 1916 quando foi inaugurada a ponte de Igapó sobre o rio Potengi em Natal.

A ponte do Umari foi construída com 150 metros de extensão divididos em 5 vãos de 30 metros cada um. O sistema de viga metálica é o de vão independentes ou descontinuo, estando a mesma localizada no km 60 da EFCRGN, a 4 km da sede municipal.

De acordo com o relatório do ministério da viação de 1910 foram concluídos naquele ano a construção do 2º e 3º pilares e a montagem da viga metálica da ponte do Umari, constava ainda que os dois encontros e o primeiro e segundo pilares já se achavam prontos, o segundo pilar estava quase concluído e o terceiro estava apenas iniciado. As fundações foram construídas sobre rochas até a profundidade de 8 metros e de acordo com o citado relatório "é provável que esteja a ponte completamente montada em agosto do corrente ano"  ( RELATÓRIO DO MINISTÉRIO DE VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, 1910, p.120).

Como visto a cima é possível se ter uma noção da profundidade do rio aquela época, sendo de até 8 metros, conforme se exigiu as fundações da ponte, com a construção da barragem de Poço Branco essa profundidade foi drasticamente reduzida ficando apenas o leito do rio regulado pela barragem.

Em 11/04/1907 o jornal A Republica registrou que "sei que vai ser encomendada a ponte metálica sobre o rio Ceará-Mirim, na passagem do Taipu" (A REPÚBLCA, 11/04/1907, p.1).

Em 17/05/1910  o jornal O Dia de Curitiba registrou que a ponte sobre o rio Ceará-Mirim tinha as alvenarias dos alicerces concluídos e iniciado a montagem dos vãos metálicos de viga contínuas, serviço esse que seria concluído em agosto, quando poderia assim ser inaugurado o trecho entre Taipu e Baixa Verde e ser entregue ao tráfego 60 km da ferrovia (O DIA, 17/05/1910, p.1).

Já em 11/10/1910, dia anterior da inauguração do trecho entre a vila de Taipu e o distrito de Baixa Verde, foram realizadas experiências de peso morto (trem parado sobre os vãos) e peso rolante (trem rodando sobre os vãos da ponte) que deram bons resultados (RELATÓRIO DO MINISTÉRIO DA VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, 1911, p.64).

Ainda de acordo com o citado relatório a ponte do Umari tinha 195 toneladas e seu custo de montagem foi de 39:079$000 (Op. Cit, p.64).

Naquele mesmo ano foram realizados outras obras que ficavam entre a vila de Taipu (atualmente do cruzamento da linha férrea com a BR 406 na altura do cemitério) e o distrito de Baixa Verde, tendo sido feito uma ponte de 8 metros e outra de 6 metros, 9 pontilhões de 3 metros, um de 1,5m de vão, 38 bueiros capeados e 13 abertos e modificados 3 bueiros capeados em virtude da modificação do grade, no trecho construído pela extinta comissão de construção da EFCRGN.



      Na primeira imagem vê-se  a ponte do Umari em sua estrutura original, ou seja, com os 5 vãos que foram adquiridos pela Comissão de Construção da EFCRGN na Inglaterra. A foto faz parte do acervo do IHGRN e tem data ignorada. Na legenda da foto está escrito "ponte Ceará-Mirim", deve-se entender o rio e não a cidade, pois não resta dúvidas que se trata da ponte do Umari em Taipu quando se compara com a segunda foto da mesma ponte em 2015.
       A ponte do Umari é uma das mais antigas  grande obra de engenharia da região do Mato Grande, podendo sem exagero algum merecer o epiteto de "Colosso do Mato Grande".

terça-feira, 17 de agosto de 2021

SOBRE A CAPELA SÃO JUDAS TADEU DO TIROL

 

A capela São Judas Tadeu foi construída no território da paróquia de Santa Teresinha no Tirol, tendo sido construída na Av. Rodrigues Alves com o cruzamento da rua Otávio Lamartine naquele bairro da capital potiguar.

De acordo com o jornal A Ordem com brilhantes cerimônias litúrgicas foi inaugurada em 16/09/1951 a capela de São Judas Tadeu. A capela foi construída por iniciativa e às expensas do Dr. Véscio Barreto em pagamento de uma promessa.

A benção da nova capela ocorreu as 06h45 pelo então Pe. Heitor Sales, a época vigário da paróquia do Tirol, atualmente arcebispo emérito de Natal, tendo o bispo diocesano, dom Marcolino Dantas celebrado missa solene as 07h15.

A data para a inauguração foi escolhida em homenagem ao transcurso do aniversário de 80 anos do Des. Horácio Barreto, progenitor do Dr. Véscio Barreto (A ORDEM, 12/09/1951, p.4).

No ano seguinte a capela São Judas passou por uma reforma tendo sido interrompidas as celebrações de missa ali, sendo as mesmas retomadas após a conclusão das obras em 20/04/1952 quando o então Pe. Heitor Sales deu a benção do belíssimo sacrário ofertado pelo Sr. Gumercindo Saraiva e esposa, assim como as imagens de Nossa Senhora das Graças e São Francisco das Chagas doadas por outros devotos (A ORDEM, 18/04/04/1952, p.4).

A igreja de São Judas não acompanhou o crescimento urbanístico do entorno onde está situada, destoando na paisagem entre os arranha-céus e prédios modernos da Av. Rodrigues Alves. A igreja mais parece uma simples capela de interior do que uma igreja de uma grande capital. Por outro lado, se a igreja não acompanhou o  desenvolvimento do bairro do Tirol permaneceu como testemunho vivo da simplicidade que outrora fora aquele bairro da capital potiguar.

Igreja São Judas Tadeu do Tirol.


Aspecto interno da igreja São Judas Tadeu do Tirol onde se vê a esquerda o orago da referida igreja e direita a imagem de Nossa Senhora das Graças.




SOBRE A CAPELA DE PONTA NEGRA


No centro da praça da vila de Ponta Negra tem uma igreja simples, porém bela gosto estético, artístico e em estilo arquitetônico, coisa rara em si tratando de igrejas na capital potiguar. Trata-se da atual igreja matriz de São João Batista.

Em 24/06/1940 foi realizada a cerimônia de benção da nova capela de Ponta Negra, que há meses vinha sendo construída. Foi oficiante da cerimônia o Pe. agostinho Hannekenn , que benzeu também o altar e as imagens que possuía a capela, celebrando logo depois a santa missa com distribuição da comunhão a uma elevado numero de pessoas.

As 09h00 o bispo diocesano, dom Marcolino Dantas,  celebrou missa festiva, com cânticos, pregação ao Evangelho e dando por inaugurada aquela nova capela. A tarde foi realizada a procissão do padroeiro de Ponta Negra, encerrando a festa com a benção do Santíssimo. 

De acordo com o jornal A Ordem a primitiva capela de Ponta Negra foi edificada pelo Pe. João Maria. O Pe. João Maria Cavalcanti de Brito foi pároco de Natal entre 1881 e 1905 quando veio a falecer. A construção da primitiva capela de Ponta Negra portanto, deve se situar nesse recorte temporal. Não conseguimos dadas as nossas limitações encontrar a data exata e maiores informações sobre esta primeira capela.

    Em 1938 a capela estava ameaçando ruir quando Dom Marcolino Dantas autorizou sua demolição e iniciou, no mesmo local, o novo templo.

A nova capela da então vila de Ponta Negra foi construída com 23 metros de  comprimento por 6,20 metros de largura, sendo de estilo gótico, possuindo 9 portas e 100 janelas, uma única nave de 16 metros de comprimento por 3 de largura, tendo 2 quartos nos fundos, um para o vigário quando lá estivesse e outro para depósito.

A planta do altar foi do Dr. Homero  Auler e foi construído pelo mestre Manoel André tendo a cobra custado 42:785$500.

De acordo com o jornal A Ordem foram estes os donativos arrecadados para a construção da nova capela de Ponta Negra.

D. Chiquinha Freire:  15:000$000.

Dom Marcolino Dantas : 11: 200$000.

Auxílios pedidos por Dom Marcolino Dantas na cidade de São Paulo: 10:474$000.

Auxílios arrecadados em Natal : 3:797$000.

Conde Dias Garcia : 2:000$000.

Auxílios arrecadados em Ponta Negra:  314$500.

Os paramentos e alfaias para a celebração da missa na nova capela foram doados pelas Irmãs de Santana do Orfanato e do Hospital, Irmãs de Caridade, Irmãs do Amor Divino, Irmãs Dorotéia, padres da Sagrada Família, d. Rosinha Viveiros, família Navarro, d. Susana Guilherme e famílias de Ponta Negra.

O padroeiro da capela de Ponta Negra é São João Batista. Além da imagem do padroeiro que media 1,20m havia na capela as imagens do Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora da Penha, com 0,80cm, e as de São José, São Sebastião e Nossa Senhora da Conceição, com 0,60 cm.

Como encarregado da capela e do patrimônio estava o sr. Camilo Inácio Correia e como zeladores da capela estavam d. Senhorinha do Nascimento e Augusto de Souza.

Era encarregados da praça da capela, João Velho.

Foram encarregados da hospedagem dos padres, José Bragança, Luiz de França e José Hermínio de Lima.

Foi encarregado da festa do padroeiro o sr. João Pedro da Silva, além deste tinha ainda os encarregados ainda das festas dos outros santos, que ali eram venerados.

Segundo o jornal A Ordem  a festa de inauguração da nova capela de Ponta Negra "foi uma consoladora vitória para o esforçado Exmo. Sr. Bispo e para a devoção e piedade dos habitantes daquela praia histórica e acolhedora" (A ORDEM, 25/06/1940, p.1).

A capela de Ponta Negra fazia parte do território da paróquia do Alecrim sob a direção dos padres da Sagrada Família. A paróquia só veio a ser criada em 29/08/2011, data em que a igreja católica celebra a Solenidade do martírio de São João Batista, orago da matriz. A paróquia abrange a vila de Ponta Negra e o conjunto Alagamar.

Igreja matriz São João Batista em Ponta Negra.

Detalhes da igreja matriz da vila de Ponta Negra.

Detalhes da fachada.

Aspectos interno da igreja São João Batista em Ponta Negra onde é possível vê
os ligeiro traços da arquitetura gótica presente nos arcos da nave e do altar mor.

NOTAS SOBRE O MUNICÍPIO DE PUREZA




Aspectos da cidade de Pureza
re

A povoação de Pureza era uma das várias povoações do município de Touros e já era citada com essa denominação em 1896 nos relatórios do governo do Estado (MENSAGEM DO GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE PARA A ASSEMBLEIA, 1896, p.86).

Em 1896 o distrito policial de Pureza estava composto por Guilherme José do Nascimento, subdelegado, Ricardo da Costa Torres, Guilherme da Rocha e Silva e José Francisco do Nascimento, respectivamente 1º, 2º e 3º suplentes ( MENSAGEM DO GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE PARA A ASSEMBLEIA, 1896, p.200).

O cartório de registro civil

Em 26/11/1938 o interventor federal assinou o decreto o qual criava o cartório nascimento e óbitos no distrito administrativo e judiciário de Pureza ( A ORDEM, 26/11/1938, p.1).

Ideia da construção do grupo escolar

Em 03/05/1943 o proprietário Manoel Montenegro Soares em discurso realizado na inauguração da Cooperativa Agropecuária de Pureza levantou a ideia da construção de um Grupo Escolar na sede daquele distrito, ideia essa que mereceu aplausos gerais. 

A nova capela

Usando a palavra na inauguração da Cooperativa Agropecuária de Pureza o  professor Ulisses de Góes lembrou que ao lado do crédito que a cooperativa viria solucionar e da educação que o Grupo Escolar remediaria em futuro breve deveria aparecer, como coroamento destas iniciativas, a majestosa capela de Nossa Senhora da Pureza, em substituição ao templo pequeno que ali existia, a qual já não condizia como espirito progressista daquela gente.

Para iniciar a coleta, disse aquele orador que abria naquele instante, uma caderneta na Cooperativa com Cr$ 200,00.A ideia teve ótima acolhida, tendo o vigário Pe. Chacon com agradecido tão espontânea iniciativa que viria ao encontro do seu pensamento e da sua vontade.

Outras pessoas fizeram também seus donativos, para esse fim atingindo a subscrição cerca de Cr$3.000,00 (A ORDEM, 03/05/1943, p.4).

Mudança toponímica

Em 1943 o distrito de Pureza teve seu nome alterado para Vila de Maxaranguape em razão de ser ali a nascente do rio desse nome. A mudança, no entanto, a alteração toponímica só veio a causar confusão pois já existia a povoação de Maxaranguape, que naquele mesmo ano passou a se chamar Barra de Maxaranguape, para diferenciar-se daquela outra. Ambas estavam localizadas no mesmo município de Touros.

Professoras

Em 08/02/1936 foi nomeada efetivamente Maria Barreto Ramalho como professora da Escola Isolada de Pureza, no município de Touros (A ORDEM, 08/02/1936, p.2).

Já em 26/06/1940 foi promovida a 3ª classe do magistério primário a professora de 4ª classe Maria da Conceição Costa, da Escola Isolada da vila de Pureza ( A ORDEM, 26/06/1940, p.2).

Pelo decreto nº 1.193 de 29 de novembro de 1942  assinado pelo Interventor Federal foi dada a denominação de Escola Dr. Barros a Escola Isolada de Pureza  ( A ORDEM, 03/11/1942, p.2).

Em 12/02/1944 foi contratada pelo governo do Estado a professora Ana Maria da Costa para reger interinamente, como substituta, a Escola Isolada Dr. Barros, da Vila de Maxaranguape, no município de Touros, durante o impedimento da professora titular Maria da Conceição Costa que se achava em licença ( A ORDEM, 12/02/1944, p.5).

Melhoramentos públicos

Em 08/05/1949 com a presença do governador José Augusto Varela, do professor Severino Bezerra, Dr. Roberto Freire, capitão José Reinaldo, João Damasceno, Gabriel Varela, Gabriel Moura, Antônio Coelho Malta, João Bezerra e outros foram inaugurados melhoramentos públicos na Vila de Maxaranguape.

Recebidos naquela localidade pelas autoridades locais, o governador e comitiva inaugurou a ponte sobre o rio Maxaranguape e a Escola Rural daquela localidade (A ORDEM,12/05/1949, p.4).

Sobre a capela São João de Pureza

Na capela de São João de Pureza houve 1ª comunhão de 37 crianças preparadas pelas catequistas, dirigindo a cerimônia a senhorita Carmelina Miranda de Souza. Houve a renovação das promessas do batismo, cânticos sacros e missa solene. O festeiro João Rodrigues manifestou grande dedicação correndo tudo em magnifica ordem (A ORDEM, 17/10/1941,p.2).