domingo, 11 de novembro de 2018

AS RUÍNAS DA ESTAÇÃO DE PORTO FRANCO




O sentimento de nostalgia nos conduz hoje até as ruínas da antiga estação ferroviária de Porto Franco da Estrada de Ferro de Mossoró fazendo um resgate do que restou desse importantíssimo ponto comercial e de transporte durante muitos anos para as cidades de Areia Branca, Grossos e Mossoró. 
A estação de Porto Franco foi inaugurada em 19/03/1915 e estava localizada no km 0 da Estrada de Ferro de Mossoró ligada a aquela cidade em 37 km de ferrovia.A época Porto Franco fazia parte do município de Areia Branca (durante um bom tempo ficou em litígio com Grossos).Era a estação terminal dessa ferrovia para onde convergiam os produtos por ela transportados.
A estrada de Ferro de Mossoró
A estrada de Ferro de Mossoró foi uma ideia do suíço João (Johan) Ulrich Graff, grande comerciante em Mossoró que percebendo as grandes riquezas minerais da região e força comercial de Mossoró obteve do império a concessão para construir a ferrovia em 1875 com todos os privilégios de uso e gozo da mesma, no entanto sua morte não possibilitou o inicio dos trabalhos. Somente em 1910 é que se inicia a construção da ferrovia já como  concessão estadual dada a firma Albuquerque & Cia.
A ferrovia tinha uma anomalia pitoresca em administração até meados da década de 1940.de Porto Franco até Mossoró era controlada pela firma Saboya&Cia e desta em diante foi encampada pelo governo federal como forma de socorrer as vitimas da seca na região.No Rio Grande do Norte os trilhos chegaram até Alexandria e em 1953 chegaram a Souza-PB onde se entroncava com a Rede de Viação Cearense-RCV. A ideia original era que a ferrovia ligasse o litoral ao sertão nordestino atingindo o vale do rio São Francisco em Juazeiro-BA com 700 km de extensão caso viesse a se consolidar a ideia, no entanto a Estrada de Ferro de Mossoró estacionou em pouco mais de 300 km, em território potiguar 280 km.
Se tomada como ferrovia estadual poderíamos também chamá-la de Estrada de Ferro Areia Branca a Alexandria, se tomada do ponto de vista regional pelo nome que é mais conhecida, ou seja, Estrada de Ferro Mossoró-Souza.
Em 1958 foi incorporada a RFFSA condição vigente até inicio da década de 1990 quando o ramal Mossoró a Souza foi desativado.
A estação de Porto Franco
Voltemos nossa atenção a estação de Porto Franco.Areia Branca a época da inauguração da ferrovia
O município era produtor de sal, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, etc. Tinha uma população estimada em 5.000 habitantes, tendo a vila 3.000 habitantes. Era para Porto Franco que convergiam as mercadorias produzidas na região salineira da vale do Apodi.
O trafego entre Porto Franco e Mossoró era operacionalizado inicialmente pela firma Companhia Estrada de Ferro de Mossoró da firma Albuquerque & Cia, que depois passou a concessão para a firma Saboya & Cia.
O trafego nesse trecho ocorreu até meados da década de 1960 quando uma resolução de 1964 suspendeu os trens de passageiros entre essa estação e a de Mossoró continuando somente com o transporte de cargas, como algodão e sal. O transporte de passageiros ficou sendo a partir da estação de Mossoró. Dizem algumas pessoas da região que a maresia muito contribuía para danificar os trilhos do trecho entre Porto Franco e Mossoró e o trecho foi desativado seus trilhos foram arrancados em praticamente todo o percurso.
A  ferrovia usava a bitola de trilho de 1 metro, que era o espaçamento entre os trilhos. A bitola de 1 metro usavam vagões mais estreitos e com menos estabilidade, limitando a velocidade para em média 45 km/h.
Uma curiosidade é que o termo "baitola" surgiu daí. Quando na construção da ferrovia na década de 1920 entre  Mossoró e São Sebastião (atual Dix Sept Rosado) um engenheiro inglês que alguns consideravam ser homossexual pronunciava a palavra bitola como ele entendia em inglês e assim o termo "baitola" ficou associado a pessoas gays.
Atualmente no antigo caís de atracagem funciona uma bomba de sucção de água do mar para uma salina que se encontra adjacente ao antigo local.
A baixo o cais de atracação da Estrada de Ferro de Mossoró em Porto Franco percebendo toda a estrutura ferroviária que havia no local como os guindastes e gruas de embarque,os trilhos e um vagão.A imagem é da década de 1940, possivelmente de 1945. 
 
Autoria desconhecida.Acervo do autor do blog.
     Já na imagem seguinte vês-se o embarque de sal em Porto Franco também na década de 1940.
Fonte: o baú de Macau.
    Aqui vemos as ruínas do cais de atracação da Estrada de Ferro de Mossoró em Porto Franco, atualmente no município de Grossos.

Fonte: Ângelo Vale.
         Abaixo detalhe de um dormente e prego que era da linha da Estrada de Ferro de Mossoró em Porto Franco.
Fonte: Ângelo Vale.
           Aqui as ruínas vista em direção ao porto.
Fonte: Ângelo Vale.
            Uma cerca feita com os dormentes retirados da linha que existia em Porto Franco.
Fonte: Ângelo Vale.
         Detalhe de um dormente da linha existente em Porto Franco.
Fonte: Ângelo Vale.
          A vista de Porto Franco a partir do rio.Dá pra vê a estrutura do antigo cais de atracação da Estrada de Ferro de Mossoró.
Fonte: Ângelo Vale.


Fonte: O Baú de Macau. Imagens das ruínas de Porto Franco por Ângelo Vale in: http://areiabrancanossa.blogspot.com/2018/08/de-volta-porto-do-franco.html.A quem nos reportamos com agradecimento pelas imagens feitas do resgate da história ferroviária potiguar.


sábado, 10 de novembro de 2018

MOSSORÓ DE OUTRORA


Pedimos permissão para cruzar as fronteiras do País de Mossoró e mostrar algumas imagens da  aprazível cidade do oeste potiguar em épocas passadas e publicadas na revista O Malho.Iniciando com o vasto armazém dos Srs. F. Borges de Andrade & Cia em Mossoró vendo-se a frente os sócios da firma e numerosa freguesia. Era "uma das mais importantes casas comerciais daquele estado", dizia a legenda da foto publicada na  revista O Malho.

O malho,1918,p.9.

    A baixo departamentos do importante estabelecimento comercial do Sr. Arthur Esteves.Notem a finess dos funcionários.


O malho, 1922,p.51.


     O atelier Escóssia onde funcionavam a redação e oficinas do jornal O Mossoroense “excelente jornal da importante cidade nortista [nordestina] “ dizia a legenda da revista  O Malho.O grifo é nosso.


o malho,1907,p.28.

      Um grupo de pessoas no dia da inauguração do estabelecimento cujo o titulo estava bem a vista na fachada do edifício. Tratava-se da Farmácia Galvão, ainda muito chique e elegante grafada com  'PH'.

O Malho,1907,p.37.

A baixo a locomotiva  denominada “Alberto Maranhão” e o pessoal técnico da Estrada de Ferro de Mossoró em experiência em Porto Franco (Areia Branca). “ Uma bela nota de progresso” dizia-se na legenda da foto publicada no malho.Alberto Maranhão era o governador a época e cujos trabalhos de construção da Estrada de Ferro de Mossoró se iniciaram em seu governo.
 
O malho,1912,p.47.

A legenda é clara e trata da enchente ocorrida no rio Mossoró que banha a cidade homônima e que tanto impressionou a população daquela cidade.A curiosidade nessa imagem era a elegância dos três homens de terno que foram vê a cheia do rio.
O Malho, 1915.
     

O Malho, 1906.


         Na cidade de Mossoró a rua do Triunfo uma das principais da importante cidade do este potiguar.















A VIAGEM DE AFONSO PENA PELO NORDESTE E LEMBRANÇAS DA GWBR


Em 1906 o presidente eleito Afonso Pena fez uma verdadeira epopeia em viagem pelo nordeste brasileiro. Parece que o nordeste de longa data serve para se adquirir apoio político em épocas de eleições presidenciais, Basta se comparar esta com as últimas eleições no Brasil.
Bom, deixando de lado as questões políticas e politiqueiras da viagem presidencial que foi fartamente registrada pela imprensa que viajava junto a comitiva extraímos algumas imagens publicadas na revista O Malho.

                                                 Estação do Cabo-PE

O Malho, 1906,p.35.


         Na estação de Cabo-PE da GWBR.Na foto o presidente Afonso Pena ao centro tendo a direita o Segismundo Gonçalves e a esquerda Aarão Reis.Nota-se também várias autoridades do estado, engenheiros da GWBR e representantes da imprensa.


                                                      Estação Camaragibe
O Malho,1906,p.17.



         Na estação de Camaragibe-PE.Aparecem na foto o presidente Afonso Pena (o quarto da esquerda para a direita de cartola), o engenheiro Knot Little, diretor da GWBR, Carlos Américo, representante da empresa no Rio de Janeiro, vários engenheiros ingleses pertencentes a direção da GWBR sendo eles: A. F. Connor, f. Rawlins, Clementson, Kipp, Lorimer, Parfitt e Chermont.Na plataforma do carro estavam o Dr. Aarão Reis, o Dr. Alvaro Pena, filho do presidente e o Dr. Ultra Vaz.Nas janelas a comitiva da imprensa: Rafael Pinheiro, Gurgulino, Alfredo de Brito e Gustavo de Melo.
                                                 Estação de Serra Grande
O Malho, 1906, p.13.
     
       Em Serra Grande, estação da GWBR entre os estados de Alagoas e Pernambuco um grupo de senhoras da localidade, jornalistas e outros cavalheiros que acompanhavam o presidente eleito Afonso Pena.

Lembranças da GWBR
      As Próximas imagens não fazem parte da viagem do presidente Afonso Pena mas elas são da mesma época e relembram a GWBR.

                                         Usina Caxangá
O Malho, 1911, p.43.

A Usina Caxangá em Pernambuco da qual era proprietário o coronel  Colaço Dias, industrial adiantado e de alto descortino, sendo gerente Severino Maia.
         A usina pertencia a 8 proprietários de engenhos que cultivavam anualmente 30.000 toneladas de cana-de-açúcar, dispunha mais a fábrica de fornecimento de outros fornecedores que concorria com igual quantidade de cana e que eram transportadas todas pelas linha da  usina trafegando em cerca de 50 km de bitola de 0,60m.
        As 3 ultimas safras colhidas atingiram cada uma a 60.000 toneladas de cana com uma extração  de cerca de 9.010 kg de açúcar e mais 600.000 litros de álcool de 40º.
       A zona própria da usina tinha capacidade  para serem cultivadas até 100.000 toneladas de cana.
       Além da linha férrea, dispunha a usina da facilidade de ter matéria prima que era transportada de grande distância pela linha da GWBR.A usina estava situada em frente a estação de Caxangá, do ramal de Cortez, da GWBR distando 95 km do Recife.

                                    Charge sobre os impostos em Pernambuco
O Malho,1910,36.

     Segundo a revista O Malho dos estados do nordeste onde o fisco arrancava couro e cabelo,  Pernambuco era  o mais castigado. Uma carta da cidade de São Lourenço provava que uma casa comercial que tinha um capital de 14 contos de réis pagava 5 contos e outros tantos impostos por ano, avultando o tal imposto de estatística cobrado pela GWBR.

         Eis como a revista o Malho explicava a charge a cima: “Ai está como vive  o comércio do nordeste. Em Pernambuco botavam-lhe tanto peso em cima que o cangaceiro Antônio Silvino achando isso muito complicado atacava e saqueava o comércio do sertão, resolvendo a complicação fiscal pela lei do menor esforço: a bolsa ou vida! E era mais nobre...” (O MALHO, 1910,p.36).


                                           Estação Angelina
O Malho,1908,42.

      Estação Angelina da GWBR em Pernambuco na seção sul.Na ordem da esquerda para a direita estavam o chefe telegrafista,o praticante,o guarda-chaves e o servente.Na frente da estação um vagão prancha.


                                                    Funcionários da GWBR
O Malho, 1925,41.
       Um grupo de funcionários da GWBR.



                                      Estação de Maceió-AL


Revista Fon Fon,1914,p.2.

    Estação de Maceió-AL em 1914.Notem as pessoas bem vestidas a moda da época.
                                    
                                        Estação de Barra
O Malho,1916,p.4.

        Na estação de Barra Grande da GWBR na vila de Manuel Borba, antiga Barra da Jangada em Pernambuco.A imagem foi feita pelo fotografo amador Lindolfo Pereira.

                                                  Viaduto metálico em Pernambuco
Revista da semana,1906, p. 7.
       Trem passando num grande viaduto metálico em Pernambuco.


                                                            

O MENINO QUE CRESCEU DURANTE A VIAGEM DE TREM DA GWBR


    Eis uma pequena anedota ferroviária onde se pode ter uma ideia de como era sacrificante e quase infindável realizar um viagem de longa distância nos trens que eram operados pela Great Wester of Brazil - GWBR a grande empresa inglesa detentora do monopólio ferroviário em praticamente todo o nordeste de 1872 até 1939.
   O trem da GWBR partira do Recife para Maceió, arrastando-se como um entrevado pelos trilhos a fora. Vez por outra os trens paravam para que a locomotiva ganhasse pressão e por essa razão os trens da GWBR foram batizados  de “Chegam quando chegam”.
    Aconteceu que quase ao término da viagem infindável se dirigiu o condutor a um passageiro que viajava com um rapaz em fase de crescimento e lhe disse:
     -Este manguari já está muito grande para pagar só meia passagem!
     -Acha o senhor? Perguntou o passageiro calmamente. Pois, quando compramos o bilhete lá no Recife ele ainda era pequeninho...


Fonte: Revista Careta, 30/01/1954,p.29.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

O FILHO DO PRESIDENTE AFONSO PENA E A EFCRGN


O jornal do Recife publicou em 1933 uma história daquelas que dá gosto ouvir. Trata-se do filho do ex-presidente da república Afonso Pena (1906-1909) e a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte.
         Segundo o jornal a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte estava uma verdadeira casa de Orates[1].A imprensa chamava-a de estrada dos trilhos de ouro, tal era o desperdício de dinheiro nas construções.O escândalo do canal do Panamá, do petróleo nos Estados Unidos, da Revista do Supremo Tribunal e outros do mesmo quilate, poderiam ser mais avultados na mesma grandeza, mas não  o eram em safadeza como se verificava na EFCRGN.
         Foi quando o governo mandou para lá um filho do presidente da república Afonso Pena, era engenheiro e ainda jovem. Assumiu o exercício e saiu, em seguida sem nada dizer a ninguém, viajando pela EFCRGN, percorrendo todas as suas estações a examinar pessoalmente tudo o que se fazia.
         Mestre Heráclio,  era um pintor de profissão e “comedor de água”[2] por esporte, estava ele pintando nesse dia um dos galpões da EFCRGN em Ceará-Mirim, quando chegou aquele homenzinho e lhe falou:
-Pintando, hein mestre?
Heráclio trepado na escada, de brocha na mão, olhou para o estranho, cuspiu para o lado, sorriu e murmurou:
-Pintando? Eu faço que pinto...
-Como assim?
-Isto por aqui anda a matroca[3]. Mandaram-me pintar isto. É um serviço que eu poderia fazer em três dias, no máximo. Pois já estou com mais de 15 dias...
-E por quê?
-A roubalheira é grande.Todo mundo rouba.eu não tenho o que roubar e me vingo no tempo.Pinto um pouquinho e dou fora.Isto tudo é uma corja!meto nojo!.
O homenzinho puxou conversa. Mestre Heráclio desceu e veio conversar com ele. E contou as bandalheiras que sabia. Disse nomes.Precisou fatos e datas.Declarou quais os maiores ratos.
O homenzinho tomava o maior interesse naquilo. Ouvia, perguntava, fazia sinais de inteligência.
Heráclio prosseguiu:
- O último que saiu quase leva o cofre da companhia.dizem que chegou um novo diretor.Esse vem seco, com certeza.É moço e quererá fazer logo a sua independência.Agora tem uma coisa: ele é filho de Afonso Pena.Se Afonso Pena  bebesse, ele seria cachaceiro.Mas Afonso Pena é um homem honesto bom e direito.Talvez ele puxe ao pai...Mas eu não acredito.
         O homenzinho ouviu aquilo tudo, calmamente, despediu-se e foi embora.
         Mais tarde estourou a bomba. O diretor da EFCRGN estava na terra.E o boato acabou chegando aos ouvidos do mestre Heráclio, que teve a grande surpresa de verificar que o figurão não era mais que o homenzinho com quem conversara pela manhã.
         Em três tempos ele acabou a pintura do galpão, tomou o trem e regressou a Natal.No dia seguinte foi ao chefe de sua seção e pediu demissão.
         - Porque, homem?
         - Estou frito! Eu não sabia quem era o diretor da estrada, meti o pau em todo mundo e nele também.
         - Mas ele não saberá disso!
         -É que eu estava conversando com ele!.
         E explicou o episódio. O chefe insistiu para que Heráclio ficasse, quando veio uma ordem para ele ir envernizar os móveis no gabinete do diretor.
         -Eu não irei!.
         Mas conseguiu obter licença para ir fazer o serviço no dia seguinte, que era domingo. Entretanto foi encontrar o próprio homenzinho a trabalhar no gabinete.Apenas cumprimentos.O diretor, porém, não lhe falou a menor censura.
         Dias depois Heráclio adoeceu e a sua porta foi ter um portador do diretor da EFCRGN, o qual mandava indagar como ia de saúde e perguntar se precisava de alguma coisa.
         Esse diretor, efetivamente, era filho de Afonso Pena. Herdara do pai as tradições de caráter, honestidade e honradez.
         Entretanto durou pouco. Não servia.Os homens de bem nunca prestam para coisa alguma na opinião dos que não o são.
         E a estrada voltou a ser o ninho de piratas que era anteriormente.

Fonte: JORNAL DO RECIFE,25/03/1933, p.1.

Apêndice
     Segundo o historiador camarense Aldo Torquato um filho do ex-presidente Afonso Pena residiu em Baixa Verde durante a construção do trecho entre Taipu e aquele distrito cujo trecho foi inaugurado em 12/10/1910.Trata-se do engenheiro  Otavio Moreira Pena.
Segundo o mesmo historiador:Mais dois engenheiros, também contratantes da Estrada de Ferro, residiam no povoado, Otávio Pena, baixinho, olhos brilhantes sob a armação de um pincenês espelhante”, filho do Presidente da República, Afonso Pena, que havia inaugurado a Estrada de Ferro. E outro engenheiro, Eduardo Parisot, de estatura alta, magro e cortês”. (TORQUATO,Aldo. Baixa-Verde Raízes da nossa história, 2009, p.175).
Otavio Moreira Pena, foi superintendente da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e, segundo o jornal Pharol, um “engenheiro de bom nome” (PHAROL, MG,07/01/1916, p.1).Em 1916 ele havia sido nomeado para chefe de linha da Rede Sul Mineira.

Engenheiro  Otávio Moreira Pena.





[1] Hospício, manicômio: "..Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates..." (Machado de Assis, O alienista).
[2] Na linguagem popular se refere a pessoa que gosta de beber cachaça.
[3]  Desorientação, falta de rumo.