terça-feira, 22 de junho de 2021

O FRACASSO DO GOLPE COMUNISTA EM NATAL E EM OUTROS ESTADOS

       Como é sabido houve uma tentativa malfada de golpe comunista em Natal entre os dia 23 e 27/11/935, cujos dias foram de terror e pânico na população deixando os extremistas marmotentos comunistas uma verdadeira praça de guerra nas ruas da capital potiguar que muitas vezes é pintada poeticamente quando na realidade essa tentativa de golpe foi uma verdadeira pataquada sem futuro.

      Fracassando o movimento, na madrugada de 27/11/1935, os lideres do foram implicados na lei de segurança nacional, tendo os militares sido condenados e expulsos das forças armadas, igualmente os civis foram implicados nos termos da lei, sendo muitos presos.

      A seguir imagens publicadas pela Revista da Semana dos acontecimentos que se seguiram após o fracasso da intentona comunista em Natal.

Os três membros da “Junta Governativa” do governo comunista do Rio Grande do Norte ao chegarem presos na gare da estação da GWBR na Ribeira, sendo eles:1.Lauro Lago Cortez, “ministro do interior”, 2. João Batista Galvão, “ministro da Viação” e 3.José Macedo, “ministro das Finanças”, em cujo poder encontraram 210.632$690. Esse “ministro das Finanças” que era tesoureiro do Correio, havia dado um desfalque de 43 contos que foram apurados posteriormente a sua prisão. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


Chegada da “Junta Governativa” à Casa de Detenção de Natal. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


O estado em que ficou um dos bondes da capital potiguar, incendiado pelos revolucionários. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


O quartel da Força Pública do Rio Grande do Norte, depois de 19 horas de fogo. Dentro desse reduto glorioso da legalidade, 50 homens resistiram heroicamente ao assalto comunista. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.




Aspecto da gare de Natal ao chegar a “Junta Governativa” que foram presos na cidade de Canguaretama e escoltados pela policia da Paraíba. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


O 1º tenente da Policia Militar do Rio Grande do Norte,  João Paulo de Medeiros, que lutou heroicamente na defesa do Quartel da Policia durante as 19 horas de fogo cerrado, sendo atingindo por uma rajada de metralhadora, tendo de amputar o braço esquerdo, recebendo mais dois ferimentos no abdome. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


Rombo feito na casa forte do Banco do Brasil, como maçarico, pelos que queriam governar o Estado, sendo o cofre arrombado por Lauro Lago e José Macedo, “ministros” das finanças e do interior, que roubaram do 2.850 contos de réis do referido banco. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


Solidariedade ao governo

         Os poderes constituídos do Estado, na pessoa do Interventor Rafael Fernandes, vinha recebendo constantes demonstrações de solidariedade, na defesa da ordem, da família e da propriedade, por parte de todas as classes sociais.

         A Assembleia Constituinte, sem discrepância de um só deputado, foi levar os seus cumprimentos ao Governo estadual pela vitória da legalidade.

         O Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas,  esteve também no Palácio do governo, para cumprimentar o Interventor Rafael Fernandes, em nome do clero, pelo triunfo das forças legais.

         Um comissão constituída de vários integralistas, sob a presidência do chefe provincial interino, conferenciou, em Palácio, com o Interventor do Estado a respeito da atividade dos extremistas.

         A Ordem hipotecava igualmente a sua solidariedade às autoridades constituídas na pessoa do Interventor, contra a barbárie comunistas que não poderia medrar no Brasil enquanto existissem brasileiros dignos.

         o jornal ainda externava o seu aplauso a todos aqueles, civis e militares, que souberam defender as tradições cristãs, enfrentando com denodo o golpe extremista.

         Aos oficiais, inferiores e praças da Policia Militar e do 21º B.C, fiéis à legalidade, as famílias cristãs do Rio Grande do Norte eram asseguradas a maior gratidão do jornal A Ordem.

         Digna dos maiores encômios foi a valentia dos sertanejos que marcharam contra a invasão comunista, animados pelos seus chefes e pelos sacerdotes das paróquias do interior.

         Aos que tombaram na luta em defesa da civilização cristã, Deus saberia premiá-los como mereciam.

          O Bispo Diocesano recebeu o seguinte telegrama:

         “RIO, 28- Confederação Católica Brasileira de Educação, congratulando-se com o esmagamento da rebelião comunista ,pede ansiosa noticias dos amigos (a) Everaldo Backheuser, presidente”.

         Esteve na redação do jornal A Ordem o estudante João Elísio da Rocha, do Colégio Santo Antonio (Marista), declarando que não se tratava de sua pessoa mas  do estudante João Alves Rocha, do Atheneu Norte Riograndense, que teve prisão  efetuada por militar no movimento comunista da capital.

 

O fracasso do golpe comunista noutros Estados

         A trama contra a civilização cristã não se circunscreveu ao Estado do Rio Grande do Norte. Na Capital Federal (Rio de Janeiro), Mato Grosso e Pernambuco, também assistiram a levantes comunistas. E tudo levava a crer que outros Estado também seriam arrastados a desgraça, não fossem as medidas prontas e enérgicas, tomadas pelas autoridades constituídas, especialmente o Chefe do Governo da República, junto às classes armadas que permaneceram fiéis à legalidade.

Em Pernambuco

         O surto comunista do Recife explodiu a 01h30 da madrugada de domingo, 24/11/1935 na parte da guarnição do 29º B.C que estava aquartelada em Socorro.

         Eram  chefes do movimento o capitão Otacilio Lima e o tenente Besouché e Lamartine Coutinho, que não conseguiram a adesão do restante da oficialidade, que resistiu enquanto pode.

         o governador, por intermédio da Secretaria de Segurança e da Brigada Militar tomou providencias imediatas para dominar o movimento, tendo ido as forças da policia ocupar as pontes que davam acesso ao Largo da Paz, cortando aos rebeldes a entrada da cidade. Fotaleceram a resistência a Guarda Civil e a Inspetoria de Veículos.

         Com as primeiras noticias da PAraiba e de Alagoas marcharam tropas em socorro a capital pernambucana, compostas do 22º B.C e do 20º B.C.

         Rechaçados do Largo da Paz, de Jiquiá, de Socorro, os rebeldes recuaram para as cidades de Jaboatão e Moreno. Não puderam resistir, fugindo em debandada chefes e comandados, deixando nos caminhos metralhadoras, fuzis e munições.

         Em Olinda também foi dado um golpe, felizmente jugulado.

         O número de mortos elevou-se a mais de 100.Entre os feridos, sem maior gravidade, figurava o tenente Francisco Antonio, muito conhecido no meio natalense.

         A igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi saqueada pelos comunistas da Aliança Libertadora .

Entre os presos no Recife figuravam o Dr. Nelson Coutinho, que era o Secretário de Justiça do governo daquele Estado e o tenente Silo Meireles, secretário de Luiz Carlos Prestes (o marmomento-mor do comunismo brasileiro) e que não fazia muito, em carta aconselhava a Aliança Libertadora a fazer um acordo com Lampião (oh pra isso, como dizem os pernambucanos).

No Distrito Federal

Três golpes foram tentados na Capita da República. Um em pleno Quartel General, prevenido poucos instantes antes de rebentar, pela sagacidade e energia do general Eurico Dutra, que prendeu a tempo os oficiais implicados. Esse movimento visava prender o Ministro da Guerra, generais como Pantaleão Pessoa, Eurico Dutra, José Pessoa e outras altas autoridades.

         Infelizmente não puderam ser evitados os movimentos instalados no 3º R.I de Praia Vermelha e da Escola de Aviação Militar, onde pereceram oficiais e soldados a ordem legal, à dignidade da farda.

         Todos os jornais foram unanimes em salientar a coragem e energia do presidente Getúlio Vargas, participando ativamente em companhia do seu ministro de Guerra, em todas as providencias e comparecendo ao local dos combates.

         O número de prisioneiros militares, no Rio, ascendeu a mais de 1.300 homens, inclusive oficiais. Achava-se detido igualmente número avultado de civis das diversas classes sociais.

Estado de sitio

Diante da anormalidade da situação, o presidente da República, em mensagem a Câmara Federal, pediu que fosse decretado o estado de sitio para todo o território brasileiro.

         O projeto foi aprovado por 162 votos contra 52.O Senado aprovou por 25 a favor e 3 contra.

         O decreto de estado de sitio que tomou o nº 457, data de 28 de novembro de 1935 estabeleceu a medida por 30 dias.

         Durante a vigência do estado de sitio poderia ser tomadas, de acordo com a Constituição Federal (art. 175) as seguintes medidas:

         a) desterro para outras partes do território nacional ou determinação de permanência em certa localidade;

         b) detenção em edifício ou local não destinado a réus de crimes comuns;

         c) censura da correspondência de qualquer natureza e das publicações em geral;

         d) suspensão da liberdade de reunião e de tribuna;

         e) busca e apreensão em domicilio.

         De acordo com o parágrafo 10 do art. 175 da Constituição Federal,seriam comissionados um ou mais magistrados para examinarem as medidas de excessão.

         Para o Rio Grande do Norte foi designado o Dr. Floriano Cavalvanti (aquele que denomina uma famosa escola da capital potiguar).

As providencias do Governo Federal e outras autoridades

         Foram prontas e eficazes as medidas tomadas pelo Governo Federal e pelos governos estaduais para jugular a intentona comunista.

         Para o Recife seguiram 3 aviões de caça estacionados em Fortaleza, uma esquadrilha de hidroaviões do Rio, na qual veio o general Manoel Rabelo.

         o 20º B.C de Alagoas, o 22º B.C da Paraíba, a Bateria de Montanhas e a Policia da Paraíba honraram a tradição gloriosa das forças armadas (A ORDEM, 01/12/1935,p.1-4).

Para presidir o inquérito em que seria apurada a responsabilidade dos oficiais, sargentos e praças que participaram da rebelião do 3º R.I na Praia Vermelha, no Rio, o ministro da Guerra, designou o general João Candido Pereira de Castro Junior, diretor do material bélico do Exército.

         O ministro da Guerra enviou um aviso ao General Manoel Rabelo mandando exlcuir das fileiras do Exército os sargentos graduados e praças dos batalhões que estivessem envolvidos no golpe comunista.

         A policia pernambucana efetuou as prisões dos médicos Fonseca Lima e Arthur Sá e do advogado Cristiano Cordeiro. O conhecido extremista Aparicio Costa sucidou-se.

         Foi apurado que o chefe do levante do Rio de Janeiro foi o major Batista Cavalcanti, instrutor da Escola do Estado Maior.

         Em São Paulo foi preso o general Miguel Costa.

         Pelo presidente da República  foi assinado um decreto de promoção dos oficiais major Misael de Mendonça, capitães Armando Souza e Melo e João Ribeiro Pinheiro e primeiros tenentes Danilo Paladini e Benedito Lopes Bragança, que tombaram no Rio, em defesa da legalidade.

         Foi preso em Minas Gerais o capitão Trifino Correia, apontado como chefe do movimento revolucionário que deveria irromper ali, sendo conduzido, escoltado, para o Rio de Janeiro.

         O Cardeal D. Sebastião Leme esteve no palácio do Catete para cumprimentar o presidente  da Republica pela vitória das armas legais.

         O governo da Argentina cumprimentou o presidente Getúlio Vargas pelo fracasso do movimento extremista e hipotecou a sua solidariedade ao governo brasileiro, colocando-se a sua inteira disposição para atender a qualquer providencia atinente a repressão dos comunistas.

         A policia carioca descobriu vários documentos que provavam que o marmotento Luiz Carlos Prestes dirigiu diretamente no Rio, o atentado contra as instituições no Brasil.

         O jornal O globo publicou  em 02/12/1935 um fac-símile de um bilhete de Prestes datado de 25 de novembro, e dirigido ao capitão Trifino, convidando este a chefiar o movimento em Minas Gerais.

         O jornal A Batalha, do Rio, em artigo de 02/12/1935 escreveu: “Os comunistas brasileiros conhecemos bem. São os cabotinos, os snobes, os pernósticos intelectuais quem não conseguindo a posição a que aspiram, se transformam em apóstolos do credo vermelho e adotam o comunismo, como cultivariam o vicio, só porque esse vicio os torna falados. Entre os lideres intelectuais do comunismo em nosso meio poderíamos apontar tomadores de cocaína, estelionatários, professores que ensinam direito mas não velam pelo dos outros e até praticam apropriações indébitas, escritores fracassados, metingueiros vulgares, alguns com passagem na policia por chantagem e scroquerie. São esse componentes de um grupo de sabidos que se  infiltraram nos quartéis e se prevaleceram da boa fé e da ingenuidade para seus fins criminosos. Um reduzido número de oficiais já bem conhecidos acompanha e auxilia esses cavadores, tentados pela ambição do poder e pela importância da glória.(alguma semelhança com os dias atuais?).

      O Jornal do Brasil comentando a situação disse que era aquela uma magnífica oportunidade para por-se em paradeiro a desordem e a inquietação que dia a dia se infiltrava nos espíritos .Não se devia permitir que se perdesse ou se eclipsasse uma oportunidade esplendida  e incomparável.

         Todos os jornais cariocas pediam que o governo nãos e iludisse mas combatesse sem piedade os chefes, lembrando tratar-se de uma luta de vida ou morte.

        Os acontecimentos que se sucederam em 1935 não eram uma simples quartelada, como queriam alguns fazer crer, mas puro comunismo, como prova a declaração do capitão Agildo Barata mostrando um bilhete recebido de Luis Carlos Prestes, o qual era sabidamente agente do comunismo no Brasil. (A ORDEM, 03/12/1935, p.1).

            O jornal A Ordem, pertencente ao Centro de Imprensa da Congregação Mariana dos Moços Católicos de Natal, era apoiado e incentivado pelo Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas, que se fazia deste órgão a voz oficial da igreja católica potiguar.

          O jornal aludido fez intensa campanha anti-comunista em que procurou alertar os católicos e leitores do jornal para os perigos e erros do comunismo. Foram publicados incontáveis artigos, textos, matérias, reportagens e tudo o mais ao alcance da redação do jornal A Ordem para debelar a tentativa de infiltração do comunismo nos lares e na consciência católica de então, muito diferente do que prega e vive a igreja católica atualmente, que é bom nem comentar, pois a CNBB se ofende só em ser chamada de "puxadinho do PT" como se tem mostrado atualmente.






A INVASÃO DA TIPOGRAFIA DO JORNAL A ORDEM PELOS MARMOTENTOS COMUNISTAS

 

O jornal católico A Ordem foi um dos principais alvos do movimento sem futuro comunista que invadiram e se apossaram da sede do periódico católico transformando-o em sede da propaganda comunista do movimento seboso. O jornal voltou a circular depois de uma semana de interrupção, motivada pela ocupação que os extremistas fizeram, de 24 a 27/11/1935 das suas oficinas.

        Os comunistas tiveram a ousadia (e disparate) de transformar a sede do jornal A Ordem em órgão da “Aliança Nacional Libertadora” ( nome fofinho que se travestiu o Comunismo no Brasil para enganar os bestas), pretendendo humilhar a população católica do Estado do Rio Grande do Norte, que viu o seu jornal transformado, de momento para outro, em centro de irradiação vermelha.

        A tipografia e as máquinas que sempre foram usadas em defesa de Jeus Cristo e de sua Igreja passaram a ser cinicamente empregado, pelos agentes de Moscou, em propagandas do Anticristo e da lepra marxista, contra os quais sempre esteve apostas as baterias do referido jornal.

        Os invasores queimaram a edição do domingo que trazia o Evangelho de São Mateus ( 24, 15-35) referente aos “falsos profetas que fariam prodígios e coisas espantosas, a ponto de seduzirem os próprios escolhidos”. “falsos profetas” sim, porque veem anunciando um paraíso irreal, na terra, para os operários e o pequenos.

         Eles, segundo o mesmo Evangelho, fazem efetivamente, nos primeiros instantes de domínio, “prodígios e coisas espantosas”, distribuindo com os proletários custosas iguarias, vinhos caros, cédulas e moedas de valor.

         Mas depois...Depois é descoberto o embuste e as máscaras dos hipócritas veem ao chão.

         Pobres dos operários que se deixaram iludir, eles que são os “escolhidos”, os prediletos de Deus. O paraíso terrestre prometido se esvaiu em fumaça. Adeus tranquilidade. Adeus pão, adeus terra. Adeus liberdade.

         Termina o mesmo Evangelho com estas palavras: “O céu e a terra passarão, mas não hão de passar as minhas palavras”. Acastelados em promessa tão incisiva, os membros da Ação Católica[1], nada tinha que temer e para frente marcharam, pelejando por restaurar tudo em Cristo (Restaurare omnia in Crristus).

Como se deu a ocupação da sede do jornal A Ordem

A ocupação da sede do jornal A Ordem pelos rebeldes comunistas ocorreu as 05h00 da manhã de 24/11/1935, sendo conduzidos os operários das oficinas para o quartel do 21º B.C juntamente com o chefe do serviço de revisão.

         Os pestilentos comunistas mudaram os dísticos e emblemas das placas que constavam na fachada do prédio para “Tipografia da Aliança Libertadora” com a “foice e o martelo” símbolos característicos do Comunismo, os rebeldes fizeram funcionar as máquinas, publicando centenas de milhares de boletins extremistas, que foram espalhados por toda a cidade de Natal e interior.


Interior da tipografia do jornal A Ordem transformada em "Tipografia Libertadora" pelos marmotentos comunistas. Foto: Revista da Semana,07/12/1935,p.19.

     Fracassando o movimento, na madrugada de 27/11/1935, abandonaram as oficinas do jornal, deixando o triste sinal de sua passagem.

A fuga dos marmotentos comunistas

         Com a fuga dos extremistas (e marmotentos) comunistas, o jornal A Ordem voltou a circular com a costumeira atividade, não podendo, porém, ter feito circular imediatamente, pela anarquia (entenda-se: destruição) que os funcionários do jornal encontraram no interior da sede.

         Logo pela manhã do dia 27/11/1935 a tipografia do jornal fez circular um boletim que anunciava a vitória da legalidade e da ordem, o qual foi distribuído de avião, na Capital e no interior do Estado, pelos tenentes do 21º B.C, Severino de Oliveira Mendes e Manoel de Castro (grandes heróis, talvez nem souberam o bem que fizeram ao povo de bem do Rio Grande do Norte).

         Eis a seguir o teor do boletim que foi levado a conhecimento ao povo potiguar pela Tipografia do jornal A Ordem:

                                                    AO POVO

Comunica-se com satisfação ao povo que a Cidade já está em poder das forças legais. tendo o Tte-coronel Pinto Soares assumido o comando do 21º B.C, com a fuga de todos os chefes extremistas.

         Aguarda-se a chegada do 22º B.C para normalizar definitivamente a situação, podendo desde já o comércio abrir as suas portas.

         A todos serão asseguradas as necessárias garantias para o exercício normal das suas atividades honestas.

         Viva a Legalidade!Viva a civilização cristã!

         Natal, 27 de novembro de 1935.

         Para se explicar ao público e aos assinantes o jornal A Ordem fez circular outro boletim dando ciência de que voltaria a circular no domingo, dia 01/12/1935, salientando que os motivos que levaram a interrupção da circulação do jornal eram de todos conhecidos, quando desde o domingo, dia 23/11/1935, de madrugada, com o golpe dos comunistas, militares e civis, aliados a outros elementos extremistas foi A Ordem ocupada por um grupo armado a fuzil e que ali permaneceram até madrugada de 27/11/1935.Em virtude da desordem em que ficaram as oficinas e de decomposição de todos os anúncios, os funcionários precisariam dos dias restantes do mês de novembro para regularizar os trabalhos internos.

         Na edição de retorno do jornal A Ordem seria publicado completa reportagem sobre os acontecimentos como também  o mesmo jornal daria a sua palavra desapaixonada (entenda-se: com sangue nos olhos de ódio) sobre os mesmos dentro da orientação invariável que foi traçada pelo jornal.

         O jornal de cara antecipava que condenava  formalmente o golpe dos extremistas marmotentos comunistas, sem esquecer que o “phenomeno” (em 1935 ainda se escreviam palavras com ph no português) comunista era resultante de erros que diariamente se combatia no mesmo jornal, dos quais participaram também os defensores das chamadas “liberdades modernas”.

         O erro era geral e só se salvaria quem ouvisse a palavra sempre nova e eterna da Igreja de Jesus Cristo (literalmente Igreja Católica)  e concluía o boletim dando vivas a Cristo Rei.

A solidariedade da população ao jornal A Ordem

         Desde a quarta-feira, dia 27/11/1935, pela manhã o jornal A Ordem vinha recebendo confortadoras visitas de solidariedade da população natalense, desde o homem do povo às mais altas autoridades do Estado. Homens, senhoras, operários, militares, sacerdotes, crianças, todos foram pressurosos ver o jornal, pois a Ordem era um jornal de todos e para todos os católicos, lançando o seu protesto contra os expedientes dos comunistas.

     Entres esses visitantes esteve o Interventor Federal Rafael Fernandes, que foi acompanhado pelo secretário geral do Estado Aldo Fernandes e do Mons. João da Mata, presidente da Assembleia Constituinte.

O boletim da Caixa Rural e Operária de Natal

A Caixa Rural e Operária de Natal[2] fez circular também pela tipografia do jornal A Ordem um boletim cujo teor foi o seguinte:

“Temos a satisfação de informar ao público que a CAIXA RURAL E OPERÁRIA DE NATAL nada sofreu no levante comunista que infelicitou a cidade. O seu funcionamento, porém, só poderá ter lugar quando o Banco do Brasil reabrir o seu expediente. Natal, 28-11-1935.A diretoria: Ulisses C. de Goes, Miguel Ferreira Neto, Felipe Neri de Andrade. O conselho fiscal: Pedro Augusto Silva, Sergio Severo, Pedro Barbalho de Paiva”.



[1] O jornal A Ordem era um dos ramos da Ação Católica da então Diocese de Natal por meio da Congregação Mariana do Moços Católicos de Natal cujo Centro de Imprensa dessa organização era a mantenedora o referido jornal católico.

[2] A sede da Caixa Rural e Operária ficava no mesmo prédio do jornal A Ordem  por ser uma organização da mesma Congregação dos Moços Católicos de Natal, portanto da Ação Católica de Natal.

sábado, 19 de junho de 2021

SOBRE A INAUGURAÇÃO DA NOVA MATRIZ DE BAIXA VERDE


         Aos 28/02/1938 foi lançada a primeira pedra dos alicerces da nova igreja que haveria de servir de matriz da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens em Baixa Verde, 9 anos após a criação da freguesia.

Os trabalhos foram presididos pelo vigário, Pe. Vicente Freitas, sob a direção do então seminarista Pedro Moura, posteriormente vigário de Nova Cruz, em cuja paróquia traçou o plano arquitetônico da nova igreja de São José de Campestre, então capela daquela paróquia, bem semelhante a que havia sido por ele elaborada em Baixa Verde  e também a nova igreja matriz de São Paulo do Potengi.

A elaboração do projeto arquitetônico da nova igreja de Baixa Verde teve também a colaboração do então bispo diocesano Dom Marcolino Dantas, o qual organizou o plano que deveria ser executado no levantamento do edifício que seria a nova matriz de Baixa Verde em suas linhas essenciais.

10 anos depois

Em 1948 ainda faltavam as duas torres, mas a matriz se erguia imponente para a satisfação do vigário e do povo.

Com alguns intervalos de paralisação em sua construção, somente naquele ano de 1948 foi possível proceder a realização da celebração de atos religiosos no recinto da nova igreja de Baixa Verde, onde foi preparada a capela-mor em 09/05/1948, sendo levada festivamente, numa bela procissão luminosa, com lanternas conduzidas pela crianças e com o andor iluminado à luz elétrica, a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens para a nova igreja partindo o cortejo da pequenina igreja que até então vinha servindo de matriz da paróquia.


A nova igreja matriz de Baixa Verde em construção em 1944.

De acordo com o jornal A Ordem era grande a multidão que tomava parte na trasladação, multidão para a qual a grande igreja se tornou pequena(A ORDEM,22/06/1948,p.4).E a partir da noite de 09/05/1948 os exercícios marianos passaram a ser celebrados na nova igreja, com extraordinária concorrência e, maior respeito, dos fiéis. Não somente os terços de maio, como as missas dominicais ficaram sendo celebrados na nova igreja.

Santas missões

         Naquele ano de 1948 o Pe. Vicente Freitas havia proporcionado aos católicos da paróquia de Baixa Verde a realização das Santas Missões pregadas pelos Frades Capuchinhos, frei Damião de Bozzano e Frei Fernando da Massa.

Também as atividades das Santas Missões foram realizadas na nova igreja matriz de Baixa Verde para maior comodidade do povo. A missa da madrugada e a pregação à noite era à porta principal do templo ficando a multidão ao ar livre.

         Foi extraordinário o movimento religioso naqueles dias de 28 a 31/05/1948 na sede da paróquia, São Bento e Caiçara, onde a mesa da sagrada comunhão teve grandessíssima concorrência não somente de mulheres com também de homens (A ORDEM, 22/06/1948, p.4).

Missa solene

         No dia de Corpus Christi, em 27/05/1948, o vigário realizou uma missa solene tanto pela solenidade religiosa como pelo regozijo por estar promovendo o serviço divino na nova igreja, ainda que não estivessem concluídos os trabalhos com a construção, o que já estava feito já poderia servir ao culto divino. Naquela missa solene foi presidente o Pe. Vicente Freitas, servindo de diácono Frei Damião e subdiácono Frei Fernando.

        A homilia foi proferida por Frei Damião, a parte coral esteve confiada à Escola de Cantos da matriz sob a regência do Sr. Paulo Bezerra. Foi executada a Missa de Bordese, sendo catada com cantos gregorianos, as partes moveis da missa (o Introito Gradual, o Ofertório e a Comunhão) como é de direito nas missas catadas solenes ou não solenes (A ORDEM,22/06/1948,p.4).

Estiveram presentes ainda auxiliando nas cerimônias da missa solene, os alunos do Seminário Salesiano e da Diocese de Natal, cedidos por seus respectivos superiores.

De acordo com o jornal A Ordem, os circundantes à missa solene (e a igreja esteve literalmente cheia) à proporção do desenrolar das cerimônias ia recebendo instruções por parte de um dos clérigos assistentes(A ORDEM,22/06/1948,p.4).Enfim esteve magnífica a festa de Corpus Christi na cidade de Baixa Verde naquele ano de 1948 onde foram inaugurados os serviços religiosos na nova igreja matriz.

Procissão eucarística

         A tarde foi realizada a procissão solene com o “Corpo de Deus”, onde uma incalculável multidão se aglomerava à praça da matriz para a saída da procissão com o Santíssimo Sacramento.

As 16h00 deu saída o Santíssimo Sacramento para o passeio pelas ruas da cidade, abençoando-a, bem como suas famílias.A grande massa de homens e mulheres seguiu o cortejo com grande piedade entoando hinos festivos.Dirigiram a procissão os frades capuchinhos presentes e outros cavalheiros chamados a postos pelo vigário que , debaixo do pálio, conduzia o Santíssimo.

Ainda havia muito a se fazer

         Mesmo tendo sido inaugurados os serviços religiosos na nova igreja matriz de Baixa Verde em 09/05/1948 ainda havia muita coisa a ser fazer na nova (e grande) igreja matriz, como por exemplo, o piso, o forro, a pintura e as portas. De acordo com o jornal A Ordem: ”Praza aos céus que apareça uma alma generosa para prestar seu concurso eficiente a fim de ornar a casa de Deus, como Ele (Deus) merece que sua casa seja ornada. Bem como outras pessoas que se consideram honradas em oferecer ao nosso templo paroquial objetos novos para o culto divino” (A ORDEM, 22/06/1948, p.4).

O vigário estava esperando que essas pessoas se apresentassem não só as que moravam em Baixa Verde como outras que sendo filho ou amigos de Baixa Verde, estivessem residindo em outros lugares.


Projeto da nova igreja de Baixa Verde.


A igreja matriz de João Câmara já concluída em 1957.

Pe. Vicente Freitas, Vigário de Baixa Verde

sexta-feira, 18 de junho de 2021

A ESTAÇÃO EXPERIMENTAL VALBERT PEREIRA

 

      Quem passa pela BR-406 entre a cidade de Jandaíra e o distrito de Baixa do Meio certamente se deteve em observar as construções que ficam em ambas as margens da rodovia. Mas, você sabe o qual a história dessas construções?


Estação Experimental Valbert Pereira.BR 406

         Trata-se da Estação Experimental Valbert Pereira.

         As estações experimentais foram construídas pelo Ministério da Agricultura por meio da Seção de Fomento Agrícola com o intuito de melhorar as práticas e culturas agrícolas em várias partes do Brasil que no inicio do século XX era majoritariamente um país de economia agrícola.

         A Estação Valbert Pereira foi uma das que foram criadas no estado do Rio Grande do Norte na segunda metade da década de 1930 como um campo experimental, destinada ao estudo e melhoramento do algodão denominado “Verdão”.

A Estação Experimental Valbert Pereira estava situada na chapada da Serra Verde, no território do município de João Câmara, onde ali eram desenvolvidas culturas do algodão, tendo usina para beneficiamento dessa cultura e máquinas agrícolas para atender a todos os produtores da região.

Aspecto geral da Estação Experimental Valbert Pereira

         Em 23/10/1938 foi autorizada por despacho do presidente da República a instalação de uma Estação Experimental, em subistituição ao Campo de Sementes de Serra Verde, com a denominação de “Valbert Pereira”, tendo sido para sua instalação destinado um crédito de 150:000$000 para a execução dos serviços e respectivos materiais (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 23/10/1938, p.5).

         De acordo com O Jornal o parque algodoeiro enriqueceu-se ainda com uma moderna instalação na Estação Experimental Valbert Pereira comprada com o auxilio especial de 100 contos do governo estadual (O JORNAL, 07/04/1938, p.4).

         Em 12/04/1938 o Interventor Federal do Rio Grande do Norte recebeu um telegrama do Ministro da Agricultura, o qual dizia que o Ministro havia autorizado a  aplicação 50 contos  da verba de obras deste Ministério nas instalações da Estação Experimental Valbert Pereira que assim ficaria devidamente aparalhada para atender a sua elevada finalidade que era a de restaurar, por seção, o valioso algodão (A ORDEM,12/04/1938,p.1).

A inaguração

         No dia 03/12/1939 pela manhã, seguiu com destino a Serra Verde, o interventor interino, outras autoridades e cavalheiros, para assistirem a inauguração de várias construções que tinham acabado de ser realizadas na Estação Experimental Valbert Pereira pertencente a Seção de Fomento Agrícola do Ministério da Agricultura. A comitiva regressou no mesmo dia a noite.

Segundo o relatório do Ministério da Agricultura não obstante as condições meteorológicas desfavoráveis, os trabalhos na Estação Experimental Valbert Pereira prosseguiram regularmente no ano de 1939 (RELATÓRIOS DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (RJ) – 1939 p.79).



Foto: Revista da Semana,1940,p.26. 

Foto: Revista da Semana,1940,p.26. 


Foto: Revista da Semana,1940,p.25. 


Foto: Revista da Semana,1940,p.25. 


         Ainda de acordo com o citado relatório a seleção genealógica se encontrava ainda no seu segundo ano, mas os resultados de laboratório demonstraram uma grande superioridade dos indivíduos estudados, em relação à cultura geral.

         O algodão da cultura geral tinha melhorado bastante com a seleção em massa. Na colheita de 1936, cerca de 90% das sementes não eram características do “verdão”, passando a porcentagem de sementes provenientes da cultura geral, que não tinha aquela característica, inferior a 10%.

Apesar dos promissores resultados já obtidos na seleção do “verdão”, estava sendo experimentado, também o algodão tipo “Quebradinho”, cujas sementes foram adquiridas no Maranhão.Sendo o sistema radicular do “Quebradinho”  mais desenvolvido do que o do “Verdão”, e era esperado que resistisse à escassez e irregularidades das precipitações pluviométricas determinantes na região (RELATÓRIO..., 1939, p.81).

Para a cultura geral foram preparados 200 hectares, porém, devido a falta de chuva, só foram plantados 125 hectares. A produção até aquele momento, de algodão em caroço, era superior a 15.000 kg.

O ministro da agricultura recebeu o seguinte telegrama do interventor federal do Rio Grande do Norte:

         “Tenho  a honra de comunicar que assisti ontem a inauguração das novas obras da Estação Experimental Valbert Pereira, no Município de Baixa Verde. Este centro de estudos que agora vai preencher sua alta finalidade, com a atenção de V. Ex., há de transformar e aperfeiçoar a indústria algodoeira da região. Agradeço vivamente em nome deste Estado mais este beneficio que V. Ex., lhe proporcionou. Saudações cordiais. Aldo Fernandes Melo. Interventor Federal Interino no Rio Grande do Norte” (JORNAL DO BRASIL, 06/12/1939, p.10).

         o jornal A Ordem em 03/12/1939 realizaram-se as solenidades de inauguração dos novos melhoramentos introduzidos pela Inspetoria Agrícola na Estação Experimental Valbert Pereira em Serra Verde.

         Os trabalhos de instalações foram executados sob a direção do arquiteto Lucas Sigaud. Na residência do engenheiro agrônomo Roberto Bezerra foi servido um almoço, seguindo-se a visita as novas instalações da Estação Experimental (A ORDEM,08/12/1939,p.1).

         Em 1942 um novo aviso da Delegacia Regional do Trabalho dando ciência de que julgava necessário evidenciar que os trabalhadores flagelados e que se destinavam a colocações nos seringais da Amazônia, antes de se dirigirem para Natal, deveriam procurar primeiro a Estação Experimental Valbert Pereira, em Serra Verde, no município de Baixa Verde, o Campo de Demonstração em Sacramento, município de Santana do Matos, Campo de Sementes em Acari, para registro dos seus nomes e exames médicos (A ORDEM, 29/07/1942, p.2).

                         Aspectos atuais da Estação Experimental Valbert Pereira

Na fachada da casa se vê a data de inauguração, 1939.

Escola e capela

Detalhe do poço.

Prédios 

Poço e usina.



Capela e escola.

Aspecto geral.

Casa do diretor.



Quem foi Valbert Pereira?

         Pouca coisa conseguimos apurar sobre a pessoa que denomina a Estação Experimental da Chapada da Serra Verde na região do Mato Grande do Rio Grande do Norte.

         Dele sabe-se que Valbert de Lima Pereira foi uma maranhense, engenheiro agrônomo, formado na 7ª turma (1915.2) da antiga Escola Superior de Agronomia de Lavras-ESAL (atual universidade federal), especialista na cultura do algodão. Exerceu o cargo de diretor da Estação Experimental do Serviço de Algodão em Igarapé-Assú, no Pará. Em 1923 estava no cargo de inspetor do Serviço de Algodão do Ministério da Agricultura. Em 1924 foi nomeado em comissão para o cargo de administrador da Fazenda de Sementes de Algodão em Independência (Guarabira), na Paraíba.

         Em 1931 já estava novamente nas funções do Serviço de Algodão do Ministério da Agricultura.

         Não sabemos a razão de ter sido o referido engenheiro agrônomo agraciado com o nome da Estação Experimental em Serra Verde, possivelmente pelos relevantes serviços prestados no Ministério da Agricultura no campo da cultura do algodão.

Membros da diretoria da Sociedade Brasileira Agrícola triênio 1930-1933.O engenheiro Valbert Pereira é o primeiro em pé a partir da direita. Foto: Vida Doméstica, 1930, p.94.

Foto: Revista Radiocultura,1928,p.36.



Situação atual

         Desconheço a finalidade e a quem pertence atualmente as instalações da Estação Experimental Valbert Pereira situada as margens da BR-406 entre a cidade de Jandaíra e o distrito de Baixa do Meio.

         É visível que os prédios históricos estão em avançado estado de ruínas como mostrados nas fotos a cima.

A localidade se chama Serra Verde e está dividida em 04 municípios: Jandaíra e Pedro Avelino no lado esquerdo sentido João Câmara/Macau. No lado direito sentido João Câmara/Macau pertence a Galinhos e Guamaré.

De acordo com o professor Francisco Nascimento que esteve visitando as instalações desses prédios abandonados em 2006, a escola era uma casa habitada, além de outros casarões abandonados.

Na época por trás da vila no lado esquerdo sentido João Câmara/ Macau havia uma criação de ovinos (ovelhas), muitos, por sinal.

A vila era comandada pela EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte). Naquela época muitos casarões já estavam em completa ruínas, abandonadas ou faltando a manutenção.

Ainda de acordo com o referido professor  existia uma escola agrícola no lado direito sentido João Câmara/Macau muito moderna naquela época (acho que foi inaugurada mas jamais funcionou). A escola era bem equipada com salas de aulas, auditórios, coxinha e refeitório industriais, dormitórios, banheiros de uso geral, amplos pátios, hectares e hectares de terras ao fundo da instituição com a denominação de Escola Agrícola de Serra Verde construída entre o final dos anos de 1990 e início da primeira década de 2000. Um padrão tipo a Escola de Jundiaí em Macaíba (EAJ) da UFRN.

O prédio histórico da escola era habitação familiar em 2006. A escola em questão está situada no território de Galinhos, a igreja no de Guamaré, o casarão do diretor no de Jandaíra e os casarões do lado oeste estão no território de Pedro Avelino, conforme explica Francisco Nascimento.

         Ali poderia ser criado o museu do algodão para se preservar a memória dessa cultura que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico da região do Mato Grande tornando-se assim mais um centro de atração turística para região, sobretudo no turismo pedagógico.


quinta-feira, 17 de junho de 2021

SOBRE O MUNICÍPIO DE PARAZINHO #10

 

O MUNICÍPIO DE PARAZINHO ATUALMENTE

  

         De acordo com o IBGE/2019 a população do município de Parazinho era de 5.272 habitantes.

O PIB per capita [2018] era de 85.197,08 R$.A taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] era de 98,7 %. O IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2017] constava de 3,8, já o IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2017] constava de 3,3.

Trabalho e Rendimento

Em 2018, o salário médio mensal era de 2.2 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 9.8%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 7 de 167 e 72 de 167, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1289 de 5570 e 3512 de 5570, respectivamente.

Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 50.3% da população nessas condições, o que o colocava na posição 79 de 167 dentre as cidades do estado e na posição 1343 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

Saúde

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 8.93 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.2 para cada 1.000 habitantes.

 Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 92 de 167 e 116 de 167, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3354 de 5570 e 4284 de 5570, respectivamente.

Saneamento Básico e urbanização

         Apresenta 44.9% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 95.4% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 0% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).

Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 41 de 167, 14 de 167 e 129 de 167, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 2455 de 5570, 850 de 5570 e 4835 de 5570, respectivamente.




Aspectos de Parazinho