terça-feira, 22 de junho de 2021

O FRACASSO DO GOLPE COMUNISTA EM NATAL E EM OUTROS ESTADOS

       Como é sabido houve uma tentativa malfada de golpe comunista em Natal entre os dia 23 e 27/11/935, cujos dias foram de terror e pânico na população deixando os extremistas marmotentos comunistas uma verdadeira praça de guerra nas ruas da capital potiguar que muitas vezes é pintada poeticamente quando na realidade essa tentativa de golpe foi uma verdadeira pataquada sem futuro.

      Fracassando o movimento, na madrugada de 27/11/1935, os lideres do foram implicados na lei de segurança nacional, tendo os militares sido condenados e expulsos das forças armadas, igualmente os civis foram implicados nos termos da lei, sendo muitos presos.

      A seguir imagens publicadas pela Revista da Semana dos acontecimentos que se seguiram após o fracasso da intentona comunista em Natal.

Os três membros da “Junta Governativa” do governo comunista do Rio Grande do Norte ao chegarem presos na gare da estação da GWBR na Ribeira, sendo eles:1.Lauro Lago Cortez, “ministro do interior”, 2. João Batista Galvão, “ministro da Viação” e 3.José Macedo, “ministro das Finanças”, em cujo poder encontraram 210.632$690. Esse “ministro das Finanças” que era tesoureiro do Correio, havia dado um desfalque de 43 contos que foram apurados posteriormente a sua prisão. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


Chegada da “Junta Governativa” à Casa de Detenção de Natal. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


O estado em que ficou um dos bondes da capital potiguar, incendiado pelos revolucionários. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19.


O quartel da Força Pública do Rio Grande do Norte, depois de 19 horas de fogo. Dentro desse reduto glorioso da legalidade, 50 homens resistiram heroicamente ao assalto comunista. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.




Aspecto da gare de Natal ao chegar a “Junta Governativa” que foram presos na cidade de Canguaretama e escoltados pela policia da Paraíba. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


O 1º tenente da Policia Militar do Rio Grande do Norte,  João Paulo de Medeiros, que lutou heroicamente na defesa do Quartel da Policia durante as 19 horas de fogo cerrado, sendo atingindo por uma rajada de metralhadora, tendo de amputar o braço esquerdo, recebendo mais dois ferimentos no abdome. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


Rombo feito na casa forte do Banco do Brasil, como maçarico, pelos que queriam governar o Estado, sendo o cofre arrombado por Lauro Lago e José Macedo, “ministros” das finanças e do interior, que roubaram do 2.850 contos de réis do referido banco. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20.


Solidariedade ao governo

         Os poderes constituídos do Estado, na pessoa do Interventor Rafael Fernandes, vinha recebendo constantes demonstrações de solidariedade, na defesa da ordem, da família e da propriedade, por parte de todas as classes sociais.

         A Assembleia Constituinte, sem discrepância de um só deputado, foi levar os seus cumprimentos ao Governo estadual pela vitória da legalidade.

         O Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas,  esteve também no Palácio do governo, para cumprimentar o Interventor Rafael Fernandes, em nome do clero, pelo triunfo das forças legais.

         Um comissão constituída de vários integralistas, sob a presidência do chefe provincial interino, conferenciou, em Palácio, com o Interventor do Estado a respeito da atividade dos extremistas.

         A Ordem hipotecava igualmente a sua solidariedade às autoridades constituídas na pessoa do Interventor, contra a barbárie comunistas que não poderia medrar no Brasil enquanto existissem brasileiros dignos.

         o jornal ainda externava o seu aplauso a todos aqueles, civis e militares, que souberam defender as tradições cristãs, enfrentando com denodo o golpe extremista.

         Aos oficiais, inferiores e praças da Policia Militar e do 21º B.C, fiéis à legalidade, as famílias cristãs do Rio Grande do Norte eram asseguradas a maior gratidão do jornal A Ordem.

         Digna dos maiores encômios foi a valentia dos sertanejos que marcharam contra a invasão comunista, animados pelos seus chefes e pelos sacerdotes das paróquias do interior.

         Aos que tombaram na luta em defesa da civilização cristã, Deus saberia premiá-los como mereciam.

          O Bispo Diocesano recebeu o seguinte telegrama:

         “RIO, 28- Confederação Católica Brasileira de Educação, congratulando-se com o esmagamento da rebelião comunista ,pede ansiosa noticias dos amigos (a) Everaldo Backheuser, presidente”.

         Esteve na redação do jornal A Ordem o estudante João Elísio da Rocha, do Colégio Santo Antonio (Marista), declarando que não se tratava de sua pessoa mas  do estudante João Alves Rocha, do Atheneu Norte Riograndense, que teve prisão  efetuada por militar no movimento comunista da capital.

 

O fracasso do golpe comunista noutros Estados

         A trama contra a civilização cristã não se circunscreveu ao Estado do Rio Grande do Norte. Na Capital Federal (Rio de Janeiro), Mato Grosso e Pernambuco, também assistiram a levantes comunistas. E tudo levava a crer que outros Estado também seriam arrastados a desgraça, não fossem as medidas prontas e enérgicas, tomadas pelas autoridades constituídas, especialmente o Chefe do Governo da República, junto às classes armadas que permaneceram fiéis à legalidade.

Em Pernambuco

         O surto comunista do Recife explodiu a 01h30 da madrugada de domingo, 24/11/1935 na parte da guarnição do 29º B.C que estava aquartelada em Socorro.

         Eram  chefes do movimento o capitão Otacilio Lima e o tenente Besouché e Lamartine Coutinho, que não conseguiram a adesão do restante da oficialidade, que resistiu enquanto pode.

         o governador, por intermédio da Secretaria de Segurança e da Brigada Militar tomou providencias imediatas para dominar o movimento, tendo ido as forças da policia ocupar as pontes que davam acesso ao Largo da Paz, cortando aos rebeldes a entrada da cidade. Fotaleceram a resistência a Guarda Civil e a Inspetoria de Veículos.

         Com as primeiras noticias da PAraiba e de Alagoas marcharam tropas em socorro a capital pernambucana, compostas do 22º B.C e do 20º B.C.

         Rechaçados do Largo da Paz, de Jiquiá, de Socorro, os rebeldes recuaram para as cidades de Jaboatão e Moreno. Não puderam resistir, fugindo em debandada chefes e comandados, deixando nos caminhos metralhadoras, fuzis e munições.

         Em Olinda também foi dado um golpe, felizmente jugulado.

         O número de mortos elevou-se a mais de 100.Entre os feridos, sem maior gravidade, figurava o tenente Francisco Antonio, muito conhecido no meio natalense.

         A igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi saqueada pelos comunistas da Aliança Libertadora .

Entre os presos no Recife figuravam o Dr. Nelson Coutinho, que era o Secretário de Justiça do governo daquele Estado e o tenente Silo Meireles, secretário de Luiz Carlos Prestes (o marmomento-mor do comunismo brasileiro) e que não fazia muito, em carta aconselhava a Aliança Libertadora a fazer um acordo com Lampião (oh pra isso, como dizem os pernambucanos).

No Distrito Federal

Três golpes foram tentados na Capita da República. Um em pleno Quartel General, prevenido poucos instantes antes de rebentar, pela sagacidade e energia do general Eurico Dutra, que prendeu a tempo os oficiais implicados. Esse movimento visava prender o Ministro da Guerra, generais como Pantaleão Pessoa, Eurico Dutra, José Pessoa e outras altas autoridades.

         Infelizmente não puderam ser evitados os movimentos instalados no 3º R.I de Praia Vermelha e da Escola de Aviação Militar, onde pereceram oficiais e soldados a ordem legal, à dignidade da farda.

         Todos os jornais foram unanimes em salientar a coragem e energia do presidente Getúlio Vargas, participando ativamente em companhia do seu ministro de Guerra, em todas as providencias e comparecendo ao local dos combates.

         O número de prisioneiros militares, no Rio, ascendeu a mais de 1.300 homens, inclusive oficiais. Achava-se detido igualmente número avultado de civis das diversas classes sociais.

Estado de sitio

Diante da anormalidade da situação, o presidente da República, em mensagem a Câmara Federal, pediu que fosse decretado o estado de sitio para todo o território brasileiro.

         O projeto foi aprovado por 162 votos contra 52.O Senado aprovou por 25 a favor e 3 contra.

         O decreto de estado de sitio que tomou o nº 457, data de 28 de novembro de 1935 estabeleceu a medida por 30 dias.

         Durante a vigência do estado de sitio poderia ser tomadas, de acordo com a Constituição Federal (art. 175) as seguintes medidas:

         a) desterro para outras partes do território nacional ou determinação de permanência em certa localidade;

         b) detenção em edifício ou local não destinado a réus de crimes comuns;

         c) censura da correspondência de qualquer natureza e das publicações em geral;

         d) suspensão da liberdade de reunião e de tribuna;

         e) busca e apreensão em domicilio.

         De acordo com o parágrafo 10 do art. 175 da Constituição Federal,seriam comissionados um ou mais magistrados para examinarem as medidas de excessão.

         Para o Rio Grande do Norte foi designado o Dr. Floriano Cavalvanti (aquele que denomina uma famosa escola da capital potiguar).

As providencias do Governo Federal e outras autoridades

         Foram prontas e eficazes as medidas tomadas pelo Governo Federal e pelos governos estaduais para jugular a intentona comunista.

         Para o Recife seguiram 3 aviões de caça estacionados em Fortaleza, uma esquadrilha de hidroaviões do Rio, na qual veio o general Manoel Rabelo.

         o 20º B.C de Alagoas, o 22º B.C da Paraíba, a Bateria de Montanhas e a Policia da Paraíba honraram a tradição gloriosa das forças armadas (A ORDEM, 01/12/1935,p.1-4).

Para presidir o inquérito em que seria apurada a responsabilidade dos oficiais, sargentos e praças que participaram da rebelião do 3º R.I na Praia Vermelha, no Rio, o ministro da Guerra, designou o general João Candido Pereira de Castro Junior, diretor do material bélico do Exército.

         O ministro da Guerra enviou um aviso ao General Manoel Rabelo mandando exlcuir das fileiras do Exército os sargentos graduados e praças dos batalhões que estivessem envolvidos no golpe comunista.

         A policia pernambucana efetuou as prisões dos médicos Fonseca Lima e Arthur Sá e do advogado Cristiano Cordeiro. O conhecido extremista Aparicio Costa sucidou-se.

         Foi apurado que o chefe do levante do Rio de Janeiro foi o major Batista Cavalcanti, instrutor da Escola do Estado Maior.

         Em São Paulo foi preso o general Miguel Costa.

         Pelo presidente da República  foi assinado um decreto de promoção dos oficiais major Misael de Mendonça, capitães Armando Souza e Melo e João Ribeiro Pinheiro e primeiros tenentes Danilo Paladini e Benedito Lopes Bragança, que tombaram no Rio, em defesa da legalidade.

         Foi preso em Minas Gerais o capitão Trifino Correia, apontado como chefe do movimento revolucionário que deveria irromper ali, sendo conduzido, escoltado, para o Rio de Janeiro.

         O Cardeal D. Sebastião Leme esteve no palácio do Catete para cumprimentar o presidente  da Republica pela vitória das armas legais.

         O governo da Argentina cumprimentou o presidente Getúlio Vargas pelo fracasso do movimento extremista e hipotecou a sua solidariedade ao governo brasileiro, colocando-se a sua inteira disposição para atender a qualquer providencia atinente a repressão dos comunistas.

         A policia carioca descobriu vários documentos que provavam que o marmotento Luiz Carlos Prestes dirigiu diretamente no Rio, o atentado contra as instituições no Brasil.

         O jornal O globo publicou  em 02/12/1935 um fac-símile de um bilhete de Prestes datado de 25 de novembro, e dirigido ao capitão Trifino, convidando este a chefiar o movimento em Minas Gerais.

         O jornal A Batalha, do Rio, em artigo de 02/12/1935 escreveu: “Os comunistas brasileiros conhecemos bem. São os cabotinos, os snobes, os pernósticos intelectuais quem não conseguindo a posição a que aspiram, se transformam em apóstolos do credo vermelho e adotam o comunismo, como cultivariam o vicio, só porque esse vicio os torna falados. Entre os lideres intelectuais do comunismo em nosso meio poderíamos apontar tomadores de cocaína, estelionatários, professores que ensinam direito mas não velam pelo dos outros e até praticam apropriações indébitas, escritores fracassados, metingueiros vulgares, alguns com passagem na policia por chantagem e scroquerie. São esse componentes de um grupo de sabidos que se  infiltraram nos quartéis e se prevaleceram da boa fé e da ingenuidade para seus fins criminosos. Um reduzido número de oficiais já bem conhecidos acompanha e auxilia esses cavadores, tentados pela ambição do poder e pela importância da glória.(alguma semelhança com os dias atuais?).

      O Jornal do Brasil comentando a situação disse que era aquela uma magnífica oportunidade para por-se em paradeiro a desordem e a inquietação que dia a dia se infiltrava nos espíritos .Não se devia permitir que se perdesse ou se eclipsasse uma oportunidade esplendida  e incomparável.

         Todos os jornais cariocas pediam que o governo nãos e iludisse mas combatesse sem piedade os chefes, lembrando tratar-se de uma luta de vida ou morte.

        Os acontecimentos que se sucederam em 1935 não eram uma simples quartelada, como queriam alguns fazer crer, mas puro comunismo, como prova a declaração do capitão Agildo Barata mostrando um bilhete recebido de Luis Carlos Prestes, o qual era sabidamente agente do comunismo no Brasil. (A ORDEM, 03/12/1935, p.1).

            O jornal A Ordem, pertencente ao Centro de Imprensa da Congregação Mariana dos Moços Católicos de Natal, era apoiado e incentivado pelo Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas, que se fazia deste órgão a voz oficial da igreja católica potiguar.

          O jornal aludido fez intensa campanha anti-comunista em que procurou alertar os católicos e leitores do jornal para os perigos e erros do comunismo. Foram publicados incontáveis artigos, textos, matérias, reportagens e tudo o mais ao alcance da redação do jornal A Ordem para debelar a tentativa de infiltração do comunismo nos lares e na consciência católica de então, muito diferente do que prega e vive a igreja católica atualmente, que é bom nem comentar, pois a CNBB se ofende só em ser chamada de "puxadinho do PT" como se tem mostrado atualmente.






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