Como é sabido houve uma tentativa malfada de golpe comunista em Natal entre os dia 23 e 27/11/935, cujos dias foram de terror e pânico na população deixando os extremistas marmotentos comunistas uma verdadeira praça de guerra nas ruas da capital potiguar que muitas vezes é pintada poeticamente quando na realidade essa tentativa de golpe foi uma verdadeira pataquada sem futuro.
Fracassando o movimento, na madrugada de 27/11/1935, os lideres do foram implicados na lei de segurança nacional, tendo os militares sido condenados e expulsos das forças armadas, igualmente os civis foram implicados nos termos da lei, sendo muitos presos.
A seguir imagens publicadas pela Revista da Semana dos acontecimentos que se seguiram após o fracasso da intentona comunista em Natal.
Chegada da “Junta
Governativa” à Casa de Detenção de Natal. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.19. |
O estado em que ficou um
dos bondes da capital potiguar, incendiado pelos revolucionários. Foto: Revista
da Semana, 07/12/1935, p.19. |
Aspecto da gare de Natal ao
chegar a “Junta Governativa” que foram presos na cidade de Canguaretama e
escoltados pela policia da Paraíba. Foto: Revista da Semana, 07/12/1935, p.20. |
Solidariedade
ao governo
Os poderes constituídos do Estado, na pessoa do Interventor
Rafael Fernandes, vinha recebendo constantes demonstrações de solidariedade, na
defesa da ordem, da família e da propriedade, por parte de todas as classes
sociais.
A Assembleia Constituinte, sem discrepância de um só
deputado, foi levar os seus cumprimentos ao Governo estadual pela vitória da
legalidade.
O Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas, esteve também no Palácio do governo, para
cumprimentar o Interventor Rafael Fernandes, em nome do clero, pelo triunfo das
forças legais.
Um comissão constituída de vários integralistas, sob a
presidência do chefe provincial interino, conferenciou, em Palácio, com o
Interventor do Estado a respeito da atividade dos extremistas.
A Ordem hipotecava igualmente a sua solidariedade às
autoridades constituídas na pessoa do Interventor, contra a barbárie comunistas
que não poderia medrar no Brasil enquanto existissem brasileiros dignos.
o jornal ainda externava o seu aplauso a todos aqueles,
civis e militares, que souberam defender as tradições cristãs, enfrentando com
denodo o golpe extremista.
Aos oficiais, inferiores e praças da Policia Militar e do
21º B.C, fiéis à legalidade, as famílias cristãs do Rio Grande do Norte eram
asseguradas a maior gratidão do jornal A Ordem.
Digna dos maiores encômios foi a valentia dos sertanejos que
marcharam contra a invasão comunista, animados pelos seus chefes e pelos sacerdotes
das paróquias do interior.
Aos que tombaram na luta em defesa da civilização cristã,
Deus saberia premiá-los como mereciam.
O Bispo Diocesano
recebeu o seguinte telegrama:
“RIO, 28- Confederação Católica Brasileira de Educação,
congratulando-se com o esmagamento da rebelião comunista ,pede ansiosa noticias
dos amigos (a) Everaldo Backheuser, presidente”.
Esteve na redação do jornal A Ordem o estudante João Elísio
da Rocha, do Colégio Santo Antonio (Marista), declarando que não se tratava de
sua pessoa mas do estudante João Alves
Rocha, do Atheneu Norte Riograndense, que teve prisão efetuada por militar no movimento comunista
da capital.
O
fracasso do golpe comunista noutros Estados
A trama contra a
civilização cristã não se circunscreveu ao Estado do Rio Grande do Norte. Na
Capital Federal (Rio de Janeiro), Mato Grosso e Pernambuco, também assistiram a
levantes comunistas. E tudo levava a crer que outros Estado também seriam
arrastados a desgraça, não fossem as medidas prontas e enérgicas, tomadas pelas
autoridades constituídas, especialmente o Chefe do Governo da República, junto
às classes armadas que permaneceram fiéis à legalidade.
Em
Pernambuco
O surto comunista do Recife
explodiu a 01h30 da madrugada de domingo, 24/11/1935 na parte da guarnição do
29º B.C que estava aquartelada em Socorro.
Eram chefes do
movimento o capitão Otacilio Lima e o tenente Besouché e Lamartine Coutinho,
que não conseguiram a adesão do restante da oficialidade, que resistiu enquanto
pode.
o governador, por intermédio da Secretaria de Segurança e da
Brigada Militar tomou providencias imediatas para dominar o movimento, tendo
ido as forças da policia ocupar as pontes que davam acesso ao Largo da Paz,
cortando aos rebeldes a entrada da cidade. Fotaleceram a resistência a Guarda
Civil e a Inspetoria de Veículos.
Com as primeiras noticias da PAraiba e de Alagoas marcharam
tropas em socorro a capital pernambucana, compostas do 22º B.C e do 20º B.C.
Rechaçados do Largo da Paz, de Jiquiá, de Socorro, os
rebeldes recuaram para as cidades de Jaboatão e Moreno. Não puderam resistir,
fugindo em debandada chefes e comandados, deixando nos caminhos metralhadoras,
fuzis e munições.
Em Olinda também foi dado um golpe, felizmente jugulado.
O número de mortos elevou-se a mais de 100.Entre os
feridos, sem maior gravidade, figurava o tenente Francisco Antonio, muito
conhecido no meio natalense.
A igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi saqueada pelos
comunistas da Aliança Libertadora .
Entre
os presos no Recife figuravam o Dr. Nelson Coutinho, que era o Secretário de
Justiça do governo daquele Estado e o tenente Silo Meireles, secretário de Luiz
Carlos Prestes (o marmomento-mor do comunismo brasileiro) e que não fazia
muito, em carta aconselhava a Aliança Libertadora a fazer um acordo com Lampião
(oh pra isso, como dizem os pernambucanos).
No
Distrito Federal
Três
golpes foram tentados na Capita da República. Um em pleno Quartel General,
prevenido poucos instantes antes de rebentar, pela sagacidade e energia do
general Eurico Dutra, que prendeu a tempo os oficiais implicados. Esse movimento
visava prender o Ministro da Guerra, generais como Pantaleão Pessoa, Eurico
Dutra, José Pessoa e outras altas autoridades.
Infelizmente não puderam ser evitados os movimentos
instalados no 3º R.I de Praia Vermelha e da Escola de Aviação Militar, onde
pereceram oficiais e soldados a ordem legal, à dignidade da farda.
Todos os jornais foram unanimes em salientar a coragem e
energia do presidente Getúlio Vargas, participando ativamente em companhia do
seu ministro de Guerra, em todas as providencias e comparecendo ao local dos
combates.
O número de prisioneiros militares, no Rio, ascendeu a mais de 1.300 homens, inclusive oficiais. Achava-se detido igualmente número avultado de civis das diversas classes sociais.
Estado
de sitio
Diante da anormalidade da
situação, o presidente da República, em mensagem a Câmara Federal, pediu que
fosse decretado o estado de sitio para todo o território brasileiro.
O projeto foi aprovado por 162 votos contra 52.O Senado
aprovou por 25 a favor e 3 contra.
O decreto de estado de sitio que tomou o nº 457, data de 28
de novembro de 1935 estabeleceu a medida por 30 dias.
Durante a vigência do estado de sitio poderia ser tomadas,
de acordo com a Constituição Federal (art. 175) as seguintes medidas:
a) desterro para outras partes do território nacional ou
determinação de permanência em certa localidade;
b) detenção em edifício ou local não destinado a réus de
crimes comuns;
c) censura da correspondência de qualquer natureza e das
publicações em geral;
d) suspensão da liberdade de reunião e de tribuna;
e) busca e apreensão em domicilio.
De acordo com o parágrafo 10 do art. 175 da Constituição
Federal,seriam comissionados um ou mais magistrados para examinarem as medidas
de excessão.
Para o Rio Grande do Norte foi designado o Dr. Floriano
Cavalvanti (aquele que denomina uma famosa escola da capital potiguar).
As
providencias do Governo Federal e outras autoridades
Foram prontas e eficazes as medidas tomadas pelo Governo
Federal e pelos governos estaduais para jugular a intentona comunista.
Para o Recife seguiram 3 aviões de caça estacionados em
Fortaleza, uma esquadrilha de hidroaviões do Rio, na qual veio o general Manoel
Rabelo.
o 20º B.C de Alagoas, o 22º B.C da Paraíba, a Bateria de
Montanhas e a Policia da Paraíba honraram a tradição gloriosa das forças
armadas (A ORDEM, 01/12/1935,p.1-4).
Para
presidir o inquérito em que seria apurada a responsabilidade dos oficiais,
sargentos e praças que participaram da rebelião do 3º R.I na Praia Vermelha, no
Rio, o ministro da Guerra, designou o general João Candido Pereira de Castro
Junior, diretor do material bélico do Exército.
O ministro da Guerra enviou um aviso ao General Manoel
Rabelo mandando exlcuir das fileiras do Exército os sargentos graduados e
praças dos batalhões que estivessem envolvidos no golpe comunista.
A policia pernambucana efetuou as prisões dos médicos
Fonseca Lima e Arthur Sá e do advogado Cristiano Cordeiro. O conhecido
extremista Aparicio Costa sucidou-se.
Foi apurado que o chefe do levante do Rio de Janeiro foi o
major Batista Cavalcanti, instrutor da Escola do Estado Maior.
Em São Paulo foi preso o general Miguel Costa.
Pelo presidente da República
foi assinado um decreto de promoção dos oficiais major Misael de
Mendonça, capitães Armando Souza e Melo e João Ribeiro Pinheiro e primeiros
tenentes Danilo Paladini e Benedito Lopes Bragança, que tombaram no Rio, em
defesa da legalidade.
Foi preso em Minas Gerais o capitão Trifino Correia, apontado
como chefe do movimento revolucionário que deveria irromper ali, sendo
conduzido, escoltado, para o Rio de Janeiro.
O Cardeal D. Sebastião Leme esteve no palácio do Catete para
cumprimentar o presidente da Republica
pela vitória das armas legais.
O governo da Argentina cumprimentou o presidente Getúlio
Vargas pelo fracasso do movimento extremista e hipotecou a sua solidariedade ao
governo brasileiro, colocando-se a sua inteira disposição para atender a
qualquer providencia atinente a repressão dos comunistas.
A policia carioca descobriu vários documentos que provavam
que o marmotento Luiz Carlos Prestes dirigiu diretamente no Rio, o atentado
contra as instituições no Brasil.
O jornal O globo publicou
em 02/12/1935 um fac-símile de um bilhete de Prestes datado de 25 de
novembro, e dirigido ao capitão Trifino, convidando este a chefiar o movimento
em Minas Gerais.
O jornal A Batalha, do Rio, em artigo de 02/12/1935 escreveu: “Os comunistas brasileiros conhecemos bem. São os cabotinos, os snobes, os pernósticos intelectuais quem não conseguindo a posição a que aspiram, se transformam em apóstolos do credo vermelho e adotam o comunismo, como cultivariam o vicio, só porque esse vicio os torna falados. Entre os lideres intelectuais do comunismo em nosso meio poderíamos apontar tomadores de cocaína, estelionatários, professores que ensinam direito mas não velam pelo dos outros e até praticam apropriações indébitas, escritores fracassados, metingueiros vulgares, alguns com passagem na policia por chantagem e scroquerie. São esse componentes de um grupo de sabidos que se infiltraram nos quartéis e se prevaleceram da boa fé e da ingenuidade para seus fins criminosos. Um reduzido número de oficiais já bem conhecidos acompanha e auxilia esses cavadores, tentados pela ambição do poder e pela importância da glória.(alguma semelhança com os dias atuais?).
O Jornal do Brasil comentando a situação disse que era
aquela uma magnífica oportunidade para por-se em paradeiro a desordem e a
inquietação que dia a dia se infiltrava nos espíritos .Não se devia permitir
que se perdesse ou se eclipsasse uma oportunidade esplendida e incomparável.
Todos os jornais cariocas pediam que o governo nãos e
iludisse mas combatesse sem piedade os chefes, lembrando tratar-se de uma luta
de vida ou morte.
Os acontecimentos que se sucederam em 1935 não eram uma
simples quartelada, como queriam alguns fazer crer, mas puro comunismo, como
prova a declaração do capitão Agildo Barata mostrando um bilhete recebido de
Luis Carlos Prestes, o qual era sabidamente agente do comunismo no Brasil. (A
ORDEM, 03/12/1935, p.1).
O jornal A Ordem, pertencente ao Centro de Imprensa da Congregação Mariana dos Moços Católicos de Natal, era apoiado e incentivado pelo Bispo Diocesano, Dom Marcolino Dantas, que se fazia deste órgão a voz oficial da igreja católica potiguar.
O jornal aludido fez intensa campanha anti-comunista em que procurou alertar os católicos e leitores do jornal para os perigos e erros do comunismo. Foram publicados incontáveis artigos, textos, matérias, reportagens e tudo o mais ao alcance da redação do jornal A Ordem para debelar a tentativa de infiltração do comunismo nos lares e na consciência católica de então, muito diferente do que prega e vive a igreja católica atualmente, que é bom nem comentar, pois a CNBB se ofende só em ser chamada de "puxadinho do PT" como se tem mostrado atualmente.
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