sábado, 10 de novembro de 2018

A VIAGEM DE AFONSO PENA PELO NORDESTE E LEMBRANÇAS DA GWBR


Em 1906 o presidente eleito Afonso Pena fez uma verdadeira epopeia em viagem pelo nordeste brasileiro. Parece que o nordeste de longa data serve para se adquirir apoio político em épocas de eleições presidenciais, Basta se comparar esta com as últimas eleições no Brasil.
Bom, deixando de lado as questões políticas e politiqueiras da viagem presidencial que foi fartamente registrada pela imprensa que viajava junto a comitiva extraímos algumas imagens publicadas na revista O Malho.

                                                 Estação do Cabo-PE

O Malho, 1906,p.35.


         Na estação de Cabo-PE da GWBR.Na foto o presidente Afonso Pena ao centro tendo a direita o Segismundo Gonçalves e a esquerda Aarão Reis.Nota-se também várias autoridades do estado, engenheiros da GWBR e representantes da imprensa.


                                                      Estação Camaragibe
O Malho,1906,p.17.



         Na estação de Camaragibe-PE.Aparecem na foto o presidente Afonso Pena (o quarto da esquerda para a direita de cartola), o engenheiro Knot Little, diretor da GWBR, Carlos Américo, representante da empresa no Rio de Janeiro, vários engenheiros ingleses pertencentes a direção da GWBR sendo eles: A. F. Connor, f. Rawlins, Clementson, Kipp, Lorimer, Parfitt e Chermont.Na plataforma do carro estavam o Dr. Aarão Reis, o Dr. Alvaro Pena, filho do presidente e o Dr. Ultra Vaz.Nas janelas a comitiva da imprensa: Rafael Pinheiro, Gurgulino, Alfredo de Brito e Gustavo de Melo.
                                                 Estação de Serra Grande
O Malho, 1906, p.13.
     
       Em Serra Grande, estação da GWBR entre os estados de Alagoas e Pernambuco um grupo de senhoras da localidade, jornalistas e outros cavalheiros que acompanhavam o presidente eleito Afonso Pena.

Lembranças da GWBR
      As Próximas imagens não fazem parte da viagem do presidente Afonso Pena mas elas são da mesma época e relembram a GWBR.

                                         Usina Caxangá
O Malho, 1911, p.43.

A Usina Caxangá em Pernambuco da qual era proprietário o coronel  Colaço Dias, industrial adiantado e de alto descortino, sendo gerente Severino Maia.
         A usina pertencia a 8 proprietários de engenhos que cultivavam anualmente 30.000 toneladas de cana-de-açúcar, dispunha mais a fábrica de fornecimento de outros fornecedores que concorria com igual quantidade de cana e que eram transportadas todas pelas linha da  usina trafegando em cerca de 50 km de bitola de 0,60m.
        As 3 ultimas safras colhidas atingiram cada uma a 60.000 toneladas de cana com uma extração  de cerca de 9.010 kg de açúcar e mais 600.000 litros de álcool de 40º.
       A zona própria da usina tinha capacidade  para serem cultivadas até 100.000 toneladas de cana.
       Além da linha férrea, dispunha a usina da facilidade de ter matéria prima que era transportada de grande distância pela linha da GWBR.A usina estava situada em frente a estação de Caxangá, do ramal de Cortez, da GWBR distando 95 km do Recife.

                                    Charge sobre os impostos em Pernambuco
O Malho,1910,36.

     Segundo a revista O Malho dos estados do nordeste onde o fisco arrancava couro e cabelo,  Pernambuco era  o mais castigado. Uma carta da cidade de São Lourenço provava que uma casa comercial que tinha um capital de 14 contos de réis pagava 5 contos e outros tantos impostos por ano, avultando o tal imposto de estatística cobrado pela GWBR.

         Eis como a revista o Malho explicava a charge a cima: “Ai está como vive  o comércio do nordeste. Em Pernambuco botavam-lhe tanto peso em cima que o cangaceiro Antônio Silvino achando isso muito complicado atacava e saqueava o comércio do sertão, resolvendo a complicação fiscal pela lei do menor esforço: a bolsa ou vida! E era mais nobre...” (O MALHO, 1910,p.36).


                                           Estação Angelina
O Malho,1908,42.

      Estação Angelina da GWBR em Pernambuco na seção sul.Na ordem da esquerda para a direita estavam o chefe telegrafista,o praticante,o guarda-chaves e o servente.Na frente da estação um vagão prancha.


                                                    Funcionários da GWBR
O Malho, 1925,41.
       Um grupo de funcionários da GWBR.



                                      Estação de Maceió-AL


Revista Fon Fon,1914,p.2.

    Estação de Maceió-AL em 1914.Notem as pessoas bem vestidas a moda da época.
                                    
                                        Estação de Barra
O Malho,1916,p.4.

        Na estação de Barra Grande da GWBR na vila de Manuel Borba, antiga Barra da Jangada em Pernambuco.A imagem foi feita pelo fotografo amador Lindolfo Pereira.

                                                  Viaduto metálico em Pernambuco
Revista da semana,1906, p. 7.
       Trem passando num grande viaduto metálico em Pernambuco.


                                                            

O MENINO QUE CRESCEU DURANTE A VIAGEM DE TREM DA GWBR


    Eis uma pequena anedota ferroviária onde se pode ter uma ideia de como era sacrificante e quase infindável realizar um viagem de longa distância nos trens que eram operados pela Great Wester of Brazil - GWBR a grande empresa inglesa detentora do monopólio ferroviário em praticamente todo o nordeste de 1872 até 1939.
   O trem da GWBR partira do Recife para Maceió, arrastando-se como um entrevado pelos trilhos a fora. Vez por outra os trens paravam para que a locomotiva ganhasse pressão e por essa razão os trens da GWBR foram batizados  de “Chegam quando chegam”.
    Aconteceu que quase ao término da viagem infindável se dirigiu o condutor a um passageiro que viajava com um rapaz em fase de crescimento e lhe disse:
     -Este manguari já está muito grande para pagar só meia passagem!
     -Acha o senhor? Perguntou o passageiro calmamente. Pois, quando compramos o bilhete lá no Recife ele ainda era pequeninho...


Fonte: Revista Careta, 30/01/1954,p.29.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

O FILHO DO PRESIDENTE AFONSO PENA E A EFCRGN


O jornal do Recife publicou em 1933 uma história daquelas que dá gosto ouvir. Trata-se do filho do ex-presidente da república Afonso Pena (1906-1909) e a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte.
         Segundo o jornal a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte estava uma verdadeira casa de Orates[1].A imprensa chamava-a de estrada dos trilhos de ouro, tal era o desperdício de dinheiro nas construções.O escândalo do canal do Panamá, do petróleo nos Estados Unidos, da Revista do Supremo Tribunal e outros do mesmo quilate, poderiam ser mais avultados na mesma grandeza, mas não  o eram em safadeza como se verificava na EFCRGN.
         Foi quando o governo mandou para lá um filho do presidente da república Afonso Pena, era engenheiro e ainda jovem. Assumiu o exercício e saiu, em seguida sem nada dizer a ninguém, viajando pela EFCRGN, percorrendo todas as suas estações a examinar pessoalmente tudo o que se fazia.
         Mestre Heráclio,  era um pintor de profissão e “comedor de água”[2] por esporte, estava ele pintando nesse dia um dos galpões da EFCRGN em Ceará-Mirim, quando chegou aquele homenzinho e lhe falou:
-Pintando, hein mestre?
Heráclio trepado na escada, de brocha na mão, olhou para o estranho, cuspiu para o lado, sorriu e murmurou:
-Pintando? Eu faço que pinto...
-Como assim?
-Isto por aqui anda a matroca[3]. Mandaram-me pintar isto. É um serviço que eu poderia fazer em três dias, no máximo. Pois já estou com mais de 15 dias...
-E por quê?
-A roubalheira é grande.Todo mundo rouba.eu não tenho o que roubar e me vingo no tempo.Pinto um pouquinho e dou fora.Isto tudo é uma corja!meto nojo!.
O homenzinho puxou conversa. Mestre Heráclio desceu e veio conversar com ele. E contou as bandalheiras que sabia. Disse nomes.Precisou fatos e datas.Declarou quais os maiores ratos.
O homenzinho tomava o maior interesse naquilo. Ouvia, perguntava, fazia sinais de inteligência.
Heráclio prosseguiu:
- O último que saiu quase leva o cofre da companhia.dizem que chegou um novo diretor.Esse vem seco, com certeza.É moço e quererá fazer logo a sua independência.Agora tem uma coisa: ele é filho de Afonso Pena.Se Afonso Pena  bebesse, ele seria cachaceiro.Mas Afonso Pena é um homem honesto bom e direito.Talvez ele puxe ao pai...Mas eu não acredito.
         O homenzinho ouviu aquilo tudo, calmamente, despediu-se e foi embora.
         Mais tarde estourou a bomba. O diretor da EFCRGN estava na terra.E o boato acabou chegando aos ouvidos do mestre Heráclio, que teve a grande surpresa de verificar que o figurão não era mais que o homenzinho com quem conversara pela manhã.
         Em três tempos ele acabou a pintura do galpão, tomou o trem e regressou a Natal.No dia seguinte foi ao chefe de sua seção e pediu demissão.
         - Porque, homem?
         - Estou frito! Eu não sabia quem era o diretor da estrada, meti o pau em todo mundo e nele também.
         - Mas ele não saberá disso!
         -É que eu estava conversando com ele!.
         E explicou o episódio. O chefe insistiu para que Heráclio ficasse, quando veio uma ordem para ele ir envernizar os móveis no gabinete do diretor.
         -Eu não irei!.
         Mas conseguiu obter licença para ir fazer o serviço no dia seguinte, que era domingo. Entretanto foi encontrar o próprio homenzinho a trabalhar no gabinete.Apenas cumprimentos.O diretor, porém, não lhe falou a menor censura.
         Dias depois Heráclio adoeceu e a sua porta foi ter um portador do diretor da EFCRGN, o qual mandava indagar como ia de saúde e perguntar se precisava de alguma coisa.
         Esse diretor, efetivamente, era filho de Afonso Pena. Herdara do pai as tradições de caráter, honestidade e honradez.
         Entretanto durou pouco. Não servia.Os homens de bem nunca prestam para coisa alguma na opinião dos que não o são.
         E a estrada voltou a ser o ninho de piratas que era anteriormente.

Fonte: JORNAL DO RECIFE,25/03/1933, p.1.

Apêndice
     Segundo o historiador camarense Aldo Torquato um filho do ex-presidente Afonso Pena residiu em Baixa Verde durante a construção do trecho entre Taipu e aquele distrito cujo trecho foi inaugurado em 12/10/1910.Trata-se do engenheiro  Otavio Moreira Pena.
Segundo o mesmo historiador:Mais dois engenheiros, também contratantes da Estrada de Ferro, residiam no povoado, Otávio Pena, baixinho, olhos brilhantes sob a armação de um pincenês espelhante”, filho do Presidente da República, Afonso Pena, que havia inaugurado a Estrada de Ferro. E outro engenheiro, Eduardo Parisot, de estatura alta, magro e cortês”. (TORQUATO,Aldo. Baixa-Verde Raízes da nossa história, 2009, p.175).
Otavio Moreira Pena, foi superintendente da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e, segundo o jornal Pharol, um “engenheiro de bom nome” (PHAROL, MG,07/01/1916, p.1).Em 1916 ele havia sido nomeado para chefe de linha da Rede Sul Mineira.

Engenheiro  Otávio Moreira Pena.





[1] Hospício, manicômio: "..Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates..." (Machado de Assis, O alienista).
[2] Na linguagem popular se refere a pessoa que gosta de beber cachaça.
[3]  Desorientação, falta de rumo.

domingo, 4 de novembro de 2018

A ESTAÇÃO DE PEDRA PRETA


A Estação de Pedra Preta pertencia a linha tronco EFCRGN localizada no km 124 da ferrovia tendo sido a estação inaugurada em 14/11/1913.
Na mesma data foram inauguradas a estação de Jardim (Cardoso) e a parada de São Pedro tanto estes como Pedra Preta eram distritos do município de Jardim de Angicos a época.
O trecho entre Pedra Preta e Lajes foi construído pela firma Proença & Gouveia e depois pela Companhia de Viação e Construções, arrendatários da EFCRGN.
Foi concluído em 1913 com uma extensão de 24,7560 km foi incorporada ao trafego de EFCRGN no dia 14/06/1914 tendo sido construído segundo os contratos autorizados pelos decretos nº 7.074 e 7.186 de 20 de agosto e 09 de novembro de 1908 respectivamente.
Segundo o relatório do ministério da viação e obras publicas no mesmo ano de inauguração a estação de pedra preta havia logrado 7: 446$500 na arrecadação. (RELATÓRIO DO MINISTÉRIO DA VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, 1913, p.131).
Até 1979 os trens de passageiros circularam pela o ramal Lajes-Natal. Os trens de cargas até meados da década 1990. A estação se encontra desativada desde 1997.
                                 Estação ferroviária de Pedra Preta


















Símbolo histórico do atual município de Pedra Preta a estação deveria ser tombada como patrimônio histórico local tendo pra isso ter iniciativa do poder público municipal.

Sobre Pedra preta
Segundo Câmara Cascudo durante o século XIX Pedra Preta possuía vida rural, serena e pacata. Os trabalhos da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte provocaram o adensamento populacional nas áreas do trajeto, animando o pequeno comércio, facilitando o escoamento da produção para o litoral e cidades intermediárias.(Câmara Cascudo, Nomes da Terra,2002,p.231).
A época da inauguração da estação ferroviária de Pedra Preta o pequeno povoado pertencia ao município de Jardim de Angicos. Este por sua vez era um município com 240 km² e em 1911 tinha 5.600 habitantes (ALMANAQUE LAEMMERT, 1911, p.1293). Tinha na economia a cultura do algodão, cereais e criação de gado. Importava todos os artigos de consumo e exportava algodão, pele, couros, carnaúba, carne e laticínios.
         Segundo o almanaque Laemmert em 1913 Pedra preta é citada como fazenda no dicionário postal brasileiro pertencente ao município de Jardim de Angicos (ALMANAQUE LAEMMERT, 1913,p.204).Em 1914 ocorreu a transferência da sede do município da vila de Jardim de Angicos para o povoado de Lajes. Em 1918 Pedra Preta aparece como povoado (ALMANAQUE LAEMMERT,1918, p.2404).
Naquele mesmo ano de 1918 o município de Lajes já tinha 8.750 habilitantes (almanaque, 1918,p.2405) e esse aumento demográfico deve-se muito a chegada da ferrovia tanto em Pedra Preta como em Lajes cuja a estação foi inaugurada em 1914.
         O município só alcançou emancipação política em 19/01/1963 e até essa data esteve figurando como distrito do município de Lajes. Tem atualmente 276 km² e 2.550 habitantes segundo o IBGE.
A estação de Jardim

A estação de Jardim estava localizada no km 88 da linha tronco da EFCRGN. Era também conhecida pelo nome de Cardoso já que ficava localizada no distrito deste nome.A época de sua construção Cardoso era uma fazenda por onde o traçado do prolongamento da EFCRGN passaria.        
Segundo o relatório do Ministério da Viação e Obras Publicas o trecho entre Baixa Verde e a parada Cardoso havia sido inaugurado em 04/09/1912 numa extensão de 17,300 km. (Ministério da Viação e Obras Públicas,1912,p.67).Naquele ano a EFCRGN alcançou 101 km entre Natal e a parada Cardoso.

                             A estação de Jardim


                                                   Ruínas da estação de Jardim




A parada de São Pedro
 A parada de São Pedro também pertencia a linha tronco da EFCRGN  e estava localizada no km 118 da ferrovia.Não se tem maiores informações sobre esta estação.
Na década de 1960 as estações e paradas intermediárias foram desativadas e posteriormente demolidas.
Quando foram construídas tanto a estação de Jardim como a parada de São Pedro atendia a população do município de Jardim de Angicos que não foi contemplado com o traçado da EFCRGN.

sábado, 3 de novembro de 2018

IMAGENS DO RIO GRANDE DO NORTE EM 1935 FEITAS PELO GEÓGRAFO AMERICANO ROBERT S. PLATT


    

   O geógrafo norte americano Robert Swanton Platt (1891-1964)esteve em viagem pelo nordeste em 1935 e nessa mesma data passou por Natal.As fotos a seguir são todas desse ano.As imagens a seguira são da Coleção Robert Swanton Platt feita a partir de negativos de nitrato.

Imagens de Natal em 1935


Vista de Natal a partir de um hidroavião no  rio Potengi.Ao fundo pode se ver a torre da igreja de São Pedro no Alecrim
Vista de Natal a partir de um hidroavião.A imagem está no sentido indo a base naval de Natal.
        

Veleiro no rio Potengi em Natal.
Indo a bordo do hidroavião na base em Natal

Veleiros no rio Potengi.


                                              Paisagens do litoral potiguar em 1935
Vista aérea de uma aldeia de pescadores na  costa atlântica do Rio Grande do Norte.

Vista aérea de uma aldeia de pescadores na costa atlântica do Rio Grande do Norte. 

Vista aérea de aldeia a beira-mar na costa atlântica do Rio Grande do Norte.

Vista aérea de jangadas a beira-mar na costa atlântica do Rio Grande do Norte.

Vista aérea de aldeia a beira-mar na costa atlântica do Rio Grande do Norte.

Vista aérea de coqueiral, dunas e beira-mar na costa atlântica do Rio Grande do Norte.

Paisagem costeira do litoral do Rio Grande do Norte.

Vista aérea de uma aldeia a beira-mar na costa atlântica do Rio Grande do Norte.


                                                          Areia Branca em 1935


Capitão falando com outro na fuselagem do hidroavião na orla de Areia Branca.

Harriet Platt, esposa de Robert Plartt e outros passageiros sentado na fuselagem do hidroavião, perto da orla da Areia Branca.

Vista do hidroavião do barco de combustível se aproximando na orla da Areia Branca

Vista aérea do porto e da cidade de  Areia Branca

Capitão de pé na fuselagem do hidroavião, perto da orla da Areia Branca
.

Harriet Platt e outros em pé no hidroavião perto da cauda no porto de Areia Branca

Vista de Areia Branca, através da estrutura da asa hidroavião próximo ao porto


Harriet Platt e outros em pé no hidroavião perto da cauda em Areia Branca 


Vista de Areia  Branca através estrutura da asa aeroplano no porto.

Barco sendo empurrado para fora do hidroavião através do remo no porto de Areia Branca

                                    Farol do Cabo de São Roque em Maxaranguape

Farol do Cabo de São Roque



    As imagens estão disponíveis no banco de dados do endereço :https://uwm.edu/lib-collections/






Biografia
      Robert Swanton Platt (1891-1964) nasceu em Columbus, Ohio, estudou na St. George's School e na Hotchkiss School, e se formou em Yale em 1914. Depois de lecionar por um ano em Yale, na China, em Changsha, ele retornou aos Estados Unidos para entrar no Departamento de Geografia da Universidade de Chicago em 1915. Apesar da interrupção do serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial, ele completou seu Ph.D. e foi nomeado instrutor no Departamento em 1920. Nos trinta e sete anos seguintes, Platt permaneceu na Universidade de Chicago como professor assistente (1921-1927), professor associado (1927-1939), professor (1939-1957), e presidente (1949-1957) do Departamento de Geografia.
    Platt seguiu um procedimento semelhante no levantamento da geografia da América Central e do Sul. Em sete viagens ao Caribe e à América Latina entre 1922 e 1941 (com duração de dois a seis meses), Platt e sua esposa, Harriet, alternavam longas travessias das regiões continentais com cuidadosos microestudos de aldeias e fazendas específicas. Esses estudos, que eventualmente chegaram a quase cem, formaram a base do texto monográfico de Platt, Latin America: Countrysides and United Regions (1942). Nos últimos anos, Platt utilizou os métodos de campo desenvolvidos nas décadas de 1920 e 1930 para examinar uma variedade de outras configurações geográficas: Tierra del Fuego (1948); a fronteira germano-holandesa (1952-1954); o Sarre (1958-1959); atividade vulcânica no México, Havaí e Itália (1958-1960); e Paquistão (1961). Em cada um desses projetos,
    A habilidade de Platt como professor e seu incentivo generoso ao trabalho de outros contribuíram para a alta consideração que ele teve pelos alunos e colegas. Juntamente com Harriet, ele abriu sua casa em 10820 S. Drew para sucessivas gerações de estudantes estrangeiros e americanos em geografia e outros campos, muitos dos quais viveram com o Platts por mais de um ano e passaram a se intitular "Plattaches".
  A casa de Platt também foi palco de reuniões freqüentes de professores, funcionários, alunos e ex-alunos do Departamento de Geografia e de encontros com geógrafos de outras universidades. Após a morte de Platt em 1964, vários desses amigos e colegas juntaram-se para erigir um monumento em sua memória em Ellison Bay, Wisconsin,