segunda-feira, 1 de março de 2021

A DÉCADA DE 1920 EM TAIPU #TAIPU130ANOS #8

 

Nesse período o   município foi caracterizado como sendo acidentado a maior parte do seu território, onde as poucas várzeas de massapê e charnecas que possuía alagavam no tempo das chuvas. A maioria dos terras eram áridas e de aspecto desolador na época da seca, tendo sido sua superfície foi calculada em 2.160 km², onde se apresentava com clima quente e saudável.

Tinha por distritos a Vila, Baixa Verde e Boa Vista. Já os Povoados eram Baixa Verde, Boa Vista, Poço Branco, Contador e Gameleira.

A Vila de Taipu tinha a seguinte situação urbana: 500 casas. 1 igreja, 1 escola, 1 mercado, 1 coletoria, 1 agencia dos correios, 1 agência de telégrafos, 1 estação ferroviária, 1 Cemitério.

Os principais acontecimentos ocorridos naquela década em Taipu foram os que se seguem.

A década se inicia com um rigoroso inverno ocasionou a destruição das plantações em Ceará-Mirim, Taipu, Baixa Verde e muitos outros municípios do agreste em 1922. As chuvas continuavam pesadas sobre o estado aumentando o volume dos rios e causando prejuízos materiais também no Seridó.

Foi projetado pela IFOCS o Açude Tupy em Taipu o qual  teria capacidade de 4.300,000 m³ (ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA, 1922, p.204).

         Naquele mesmo ano de 1922 a Intendência municipal de Taipu votou um donativo de 500$000 réis para a Caixa das Secas. (DIARIO DE PERNAMBUCO, 20/01/1922, p.4).

         O posto antiofídico em Taipu, foi instalado em 1926 por  iniciativa da Associação dos Escoteiros do Alecrim, apoiada por diversas intendências municipais dentre elas a de Taipu.

         Em 23/07/1926 foi instalada a agência da Caixa Rural no distrito de Baixa Verde que segundo o jornal A União o distrito abrangia a faixa mais importante e a maior parte da zona agrícola do município de Taipu (A UNIÃO, 1926 p.1).

         Havia já naquele mesmo ano um campo de cooperação de plantio de algodão do ministério da agricultura na fazenda Parazinho[1] de propriedade do então prefeito João Câmara com 40m² onde a receita era de 1:96$000, despesa de 607$923 e lucro de 1:352$072.

         Em 26/05/1926 o intendente de Taipu João Câmara se encontrava na capital do país, a cidade do Rio de Janeiro. Lá foi lhe oferecido um almoço na Rotisserie Sportmam (DIÁRIO DA MANHÃ, 26/05/1926, p.5) ao chefe do administrativo de Taipu.

No ano seguinte foi inaugurada a estrada de automóveis ligando o município de Taipu ao de Touros, numa extensão de 42 km. (A REFORMA, AC, 27/03/1927, p.4) a inauguração da referida estrada contou com a presença do governador José Augusto Varela cuja inauguração ocorreu em 27/03/1927.Corresponde a estrada de rodagem atual ligando o município de Taipu a Pureza.

Naquele mesmo ano foi criado o Grupo Escolar Capitão José da Penha no distrito de Baixa Verde e iniciado a construção do prédio destinado a abrigar a referida escola.


Grupo escolar Capitão José da Penha em construção em Baixa Verde.

Atual prédio da escola estadual Capitão José da Penha na cidade de João Câmara.


Em 1927 exerciam atividades no comércio, indústrias e profissões diversas Alfredo Edeltrudes de Souza, Antônio Justino de Souza, Francisco Nóbrega Costa, João Câmara & Irmãos, João Gabriel Campos, João Gomes da Costa, Joaquim Rebouças de Oliveira Câmara, Theófilo Furtado.

No ramo de armarinhos, fazendas, ferragens, secos e molhados eram 31 pessoas exercendo tais atividades, sendo elas:

Antônio Gomes, Emília Leite, Fortunato Guedes de Moura, Francisco Nobre da Costa, Francisco Teixeira, Inocêncio Francisco de Barros, Ismael Mauricio da Silveira, Jerônimo Soares da Câmara, João Batista Furtado, João Câmara & Irmãos, João Gomes da Costa, João Inácio de Melo, João Leite da Fonseca, João Soares da Silva Filho, José Gonçalves de Oliveira, José Justino de Souza, José Soares da Silva, Júlio Leite, Luís Gonçalves de Oliveira, Luiz Gomes da Costa, Manuel Leite da Fonseca, Miguel Guedes da Câmara, Paulo Bilro, Pedro Baião, Pedro P. de Souza, Pedro Torquato, Rodrigues & Praxedes, Rosa Miranda Leite, Rosendo Leite da Fonseca, Salustiano da Silva, Sebastião Nunes da Silva.

Já os Comerciantes de carne seca eram 4 sendo eles: João Miranda Filho, João Teixeira de Oliveira, Luiz Gonçalves de Oliveira, Manoel Francisco.

Nas profissões de carpinteiros e marceneiros 5 pessoas exerciam atividades, sendo eles José Romualdo Filho, José Romualdo Davi, Manoel Pequeno, Francisco Beraldo, Pedro Pequeno.

Havia ainda 1 ferreiro, Manoel Avelino dos Santos, 1 fogueteiro, Marcolino de Oliveira.

Havia 3 padarias sendo proprietários Joaquim Matias de Lima, Minervino Ferreira da Costa, Luiz Gonçalves de Oliveira.

Sapateiros eram 3, sendo eles Antônio Francelino, Cícero Saldanha,  Francisco Regis.

Os agricultores e lavradores eram 223 sendo eles Adolfo Jorge, Agostinho Soares, Alexandre Eleutério, Alfredo Miranda, Alfredo Soares, Alípio Davino, Alves de Oliveira, Amaro Avelino, Amaro Raimundo, Antônio Alves, Antônio Barbosa, Antônio Bernardino,Antônio Bilro, Antônio Cavaco, Antônio Faustino, Antônio Fongo, Antônio de Freitas, Antônio Germano, Antônio Gomes, Antônio Juvêncio, Antônio Nicácio, Antônio Paranconha, Antônio Pegado, Antônio Pequeno,Antônio Porfirio, Antônio Ricardo, Antônio Soares,Antônio Soares da Câmara, Antônio Thomaz, Arthur Soares, Avelino Soares, Balbino Vicente, Benigno Alves, Bento Fernandes, Bernardino Auto, Bianor de Farias, Candido Soares, Cicero Delfim, Cicero Ricardo, Clementino Soares, Cosme Ricardo, Domingos Barros, Domingos Félix, Eloy Batista, Eloy de Souza, Eloy Felinto, Emídio Guedes, Epifânio Gomes, Estevam Faustino, Felinto Patrício, Firmo Bia, Firmo Pereira, Francisco Alves, Francisco Barbosa, Francisco Cruz, Francisco Ferreira, Francisco Hipólito, Francisco Jacob, Francisco Luiz, Francisco Melo, Francisco Paraconha, Francisco Pequeno, Francisco Ribeiro Filho, Francisco Soares, Francisco Thomé, Francisco Vicente, Francisco Vital, Gabriel Barbosa, Galdino Eugênio, Henrique Domingos, Henrique Fernandes, João Alexandre, João Bidão, João Bilro, João Clarindo, João Diogo, João Fanlim, João Fernandes, João Flores, João Francisco Boaventura, João Gabriel, João Gabriel Campos, João Galdino, João Germano, João Gomes, João Gomes da Costa, João de Paiva, João Joaquim, João Lica, João Machado, João Miranda, João Miranda Filho, João Nicácio, João Paraconha, João Rafael, João Raimundo, João Sabino, João Simeão, João Soares, João Thomaz, João Thomé, Joaquim Antônio, Joaquim Avelino, Joaquim  Bilro, Joaquim Henrique, Joaquim Jorge, Joaquim Lagarto, Joaquim Lucas, Joaquim Luiz, Joaquim Miranda, Joaquim Nicacio, Joaquim Pequeno, Joaquim Pereira, Joaquim Rodrigues, Joaquim Viana, Job Ferreira da Soledade, Jorge Gomes, José Batú, José Bezerra, José Biá, José Candido, José Casimiro, José Cavaco, José Fabricio, José Filgueira, José Florêncio, José Germano, José Grande, José Gregório, José Guilherme, José Hermógenes, José Honorato, José Jacinto, José Leite, José Luíz, José Machado, José Maximo, José Miranda, José Nunes, José Paulino, José Pedro, José Raimundo, José Ribeiro, José Simeão, José Thomaz, Júlio Leite, Justino Faustino, Lourenço Fernandes, Lourenço Visto, Lúcio Serafim, Luiz Benedito, Luiz Freitas, Luiz Gomes, Luiz Gonçalo, Luiz Gonçalves, Luiz José, Luiz Miranda, Luiz Oliveira, Luiz Pereira, Manoel Alexandre, Manoel Anselmo, Manoel Benedito, Manoel Bia, Manoel Cardoso, Manoel Cavaco, Manoel Cosme, Manoel da Cunha, Manoel Eugênio de Andrade, Manoel  Faustino, Manoel Feichado, Manoel Felinto, Manoel Fernandes, Manoel Ferreira, Manoel Gonçalo, Manoel Gonçalves, Manoel Henrique, Manoel Inácio, Manoel Joaquim, Manoel  Jorge, Manoel Justino, Manoel Juvêncio, Manoel Pedro, Manoel Pequeno, Manoel Rafael, Manoel Ribeiro, Manoel Rodrigues de Moura, Manoel Rodrigues Santos, Manoel Rufino, Manoel Silva, Manoel Simeão, Manoel Targino, Manoel Teixeira, Manoel Thomaz, Manoel Verissimo, Manoel Victório, Marcolino João, Margarido Gomes, Miguel Cruz, Miguel Francisco, Miguel Inácio, Miguel Machado, Miguel Pedro, Miguel Rocha, Miguel Viana, Paulino Bilro, Pedro Batista, Pedro Borges, Pedro Carlos, Pedro Ferreira, Pedro Feichado, Pedro Guedes, Pedro Luiz, Raimundo Batista,Ricardo Bispo de França, Romão Pereira, Sebastião Pereira, Serafim Thomé, Serviano Barreto, Theófilo Furtado, Thomaz Thomé, Tião Padre, Torquato Teixeira, Vicente Sebastião, Vital Vitalino.

Já os Criadores eram 23 sendo eles Alexandre Rodrigues da Silveira, Antônio Juvêncio da Câmara, Estolano Ferreira da Soledade, Felipe Soares da Câmara, Francisco Soares, Ismael Mauricio da Silveira, João Batista Furtado, João Ferreira Miranda, João Gomes da Costa, João Joaquim da Silva, João Leite da Fonseca, João Miranda Filho, João Severiano da Câmara, João Soares da Silva, João Teixeira de Oliveira, Job Ferreira da Soledade, José Jacinto Duarte, José Justino de Souza, José Soares Sobrinho, Manoel Jorge, Manoel Juvêncio da Câmara, Rozendo Leite, Theófilo Furtado.

Ainda sobre as ocorrências relativas ao município de Taipu no ano de 1928 havia 633 propriedades territoriais e que geraram a quantia de 4:352$000 em impostos territoriais.

 Dos 37 internados com lepra no leprosário São Francisco de Natal 4 pessoas internadas provinham do município de  Taipu (RELATÓRIO..., 1928).

Segundo o jornal A Manhã de 31/07/1929 as eleições federais em Taipu foram anuladas por motivos de ter havido fraudes no processo eleitoral. Segundo o referido jornal só haviam 3 candidatos  para serem votados, mas os cabos eleitorais sem a menor cerimônia distribuíram um nome a mais para ser votado (A  MANHÃ, 31/07/1929, p.4).Na época havia 163 eleitores em Taipu.

        

Escola isolada Dr. Otaviano em Taipu mantida pelo governo do estado, posteriormente transferida para São Gonçalo.



[1] Atual o município de Parazinho.

SOBRE ACONTECIMENTOS EM TAIPU ENTRE 1917 E 1918 #TAIPU130ANOS #7

 

     Entre 1917 e 1918 foram resolvidos os problemas referentes aos limites do município de Taipu com os de Ceará-Mirim e São Gonçalo.

A Lei Nº 422 de 28 de novembro de 1917 assinada pelo governador Joaquim Ferreira Chaves marcava a linha divisória entre os Municípios de Ceará-Mirim e Taipu. Eis oi teor da referida lei:

O Governador do Estado do Rio Grande no Norte: Faço saber que o Congresso Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 19 - A linha divisória entre os Municípios de Ceará-Mirim e Taipu é a seguinte: ao Norte, partindo da foz do «Riacho Seco» á ponta da Lagoa do Mato pelo lado de cima; daí em linha reta á «Passagem das Pedras»; daí á «Cruz do Salvador»; desta, pela estrada de Macaíba ou das «Boiadas» até o «Riacho do Mudo» e por este acima até a «Trempe dos Municípios», no lugar denominado «Poço do Juazeiro».(ATOS LEGISLATIVOS e DECRETOS..., 1918, p.20).

         No ano seguinte foi resolvida a questão de limites entre Taipu e São Gonçalo pela Lei nº. 433 de 27 de novembro de 1918 na qual foi demarcada a linha divisória entre os municípios de Taipu e São Gonçalo.

Segundo o Art. 10 da citada lei a linha divisória entre os municípios de Taipu e São Gonçalo seria a seguinte: partindo do Poço do Juazeiro ao centro da lagoa da Jurema, dai á ponta sul do serrote do Urubu, seguindo em linha reta ao tanque do Quintururé e dai ao meio da serra dos Macacos. (ATOS LEGISLATIVOS e DECRETOS...,1919, p.5).A referida lei foi assinada pelo então governador Joaquim Ferreira Chaves.

Em destaque no mapa a configuração territorial de Taipu até 1928.

          Em 1918 o Almanaque Administrativo Comercial e Industrial apresentava uma descrição sobre o município de Taipu.

Dentre as informações contidas nesta publicação constava que o município tinha a superfície de 2.160 km², era acidentado na maior parte do seu território, havia poucas várzeas de massapé e charnecas e que estas alagavam no tempo das chuvas, outra parte das terras do município eram áridas e de aspecto desolador na época da seca, o clima foi descrito como quente saudável (ALMANQUE..., 1918).

         O texto do Almanaque apresentava como limites do município de Taipu os municípios de Ceará-Mirim, Lages, Touros e São Gonçalo.

         Os distritos eram Baixa Verde e Boa Vista. Os povoados existentes eram; Baixa Verde, Boa Vista, Poço Branco, Contador e Gameleira. As culturas cultivadas eram Algodão, mandioca, milho e feijão. A população foi calculada em 10.000 habitantes.

       Sobre a sede diz a referida publicação que a vila de Taipu estava situada à margem sul do rio Ceará-Mirim, tinha 173 fogos (casas) e 1.038 habitantes (ALMANAQUE..., 1918, p.3627).

          A ligação com a capital dava-se pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e tinha como chefe da estação de trem o Sr. Agenor Brandão.

A paróquia se encontrava vaga, e tinha 1 igreja e 5 capelas (ALMANAQUE..., 1918, p.3627).

        Segundo Anfilóquio Câmara (1943, p.393) os serviços de telefonia em Taipu foram implantados em 16/10/1918, o que conferia ao município mais um serviço de comunicação além dos correios. Estes serviços eram oferecidos por meio do sistema de telégrafos.








SOBRE A VISITA DO GOVERNADOR FERREIRA CHAVES EM TAIPU #TAIPU130ANOS #6

 

O então governador do estado o Desembargador Joaquim Ferreira Chaves que retornava do sertão do estado para a capital em trem especial da EFCRGN foi recebido e festejado pela população de Taipu naquele ano de 1917.

Segundo se lia no jornal Diário de Pernambuco o governador Ferreira Chaves em companhia da sua família, quis “testemunhar o grau de elevada estima e grande apreço em que é tido no seio daquela laboriosa gente” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO 1917, p.4).

         O trem em que estava presente o governador chegou as 10h00 na estação de Taipu onde um extraordinário número de amigos e correligionários aguardava a chegada do governador na plataforma da estação entre ruidosas aclamações (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 1917, p.4).

Governador Joaquim Ferreira Chaves esteve em Taipu em 1917.

          O coronel Pedro Guedes, chefe político de Taipu, ofereceu um almoço ao governador Ferreira Chaves, na ocasião o governador foi saudado pelo major João Miranda, em nome dos agricultores e por Sebastião Fernandes em nome da Intendência.

         A todos o governador Ferreira Chaves agradeceu “em frases eloquentes significando a sua satisfação e o seu agradecimento por tão carinhosa manifestação de simpatia” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 1917, p.4).

SOBRE ACONTECIMENTOS EM TAIPU ENTRE 1911 E 1917 #TAIPU130ANOS #5

 

Em 1911 havia 10 negociantes de fazendas a retalhos, 13 negociantes de molhados e miudezas, 27 agricultores e lavradores e 14 criadores.

Na indústria havia 4 máquinas de descaroçar algodão que tinham como proprietários: Alfredo Edeltrudes de Souza, João Gabriel Campos, João Gomes da Costa e Teófilo Furtado.

No ano de 1913 também começaram a aparecer as localidades do município de Taipu no guia postal dos Correios, são elas: Gameleira (povoado), Ingá (fazenda), Sipó  (fazenda), Tronco (logradouro) Umari (logradouro), Xavier (arrabalde).Naquele ano o número de negociantes de fazendas a retalhos se elevou 24 comerciantes. Agricultores e lavradores eram 28.

Pela Inspetoria de Obras Contra as Secas-IFOCS até 21 de julho de 1913 haviam sido instalados 21 açudes no município de Taipu entre públicos e particulares. (JORNAL DO COMÉRCIO, AM, 18/11/1913, p.3).


Aspectos de Taipu em 1912.Acervo Antônia Viana.

        Se a data da foto estiver correta trata-se de uma das mais antigas imagens de Taipu. Na foto uma celebração religiosa no adro da igreja de Nossa Senhora do Livramento, ainda capela, um ano antes de ser elevada a categoria de matriz.

         É possível vê ainda outros aspectos do centro de Taipu, como o cercado a frente da igreja onde seria posteriormente construída a praça Dez de Março, os postes no entorno da igreja. A esquerda da foto a casa que foi de Odraci Soares ainda não havia sido aumentada com o ponto comercial que ali havia.

       Em 1914 foi instalada a coletoria de rendas de Taipu cujo prédio se situava onde atualmente está o Centro Pastoral da paróquia.

O segundo prédio da direita para a esquerda era onde estava a Coletoria de Rendas de Taipu. O prédio foi doado pelo governo do estado em 1985 para a paróquia que construiu no local o Centro Pastoral.


Com a criação do município de Lajes em 1914 o município  de Taipu passou a ter seus limites na porção oeste com este novo município figurando assim até 1928.

        Em 1917 foi confirmada a existência da praga da lagarta rosada nos campos de algodão do Estado, principalmente nos municípios de Taipu, Santa Cruz e Macaíba, de onde foram enviadas noticias documentadas sobre a praga.

         O professor Green havia mostrado ao jornal A República vários exemplares da lagarta rosada que foram apanhados no municipio de Taipu, onde os prejuízos por ela causados na safra do ano de 1916 foram muito sensíveis. (JORNAL DO COMÉRCIO, AM,13/11/1917,p.1).

        Pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS foi concluída a perfuração de um poço público na vila de Taipu.

         Esse poço tinha 37 m de profundidade e capacidade para fornecer 4.000 litros de água por hora. Estava aparelhado com um moinho tipo ‘Gloosier’, o qual era acionado por uma bomba de tubos de sucção e de descarga de 4 e 2 polegadas respectivamente, além disso havia um reservatório de ferro, com capacidade para 5.000 litros, ligado a um chafariz munido de torneiras.

         De acordo com as formalidades regulamentares, a IFOCS fez a entrega do poço à intendência de Taipu, a qual caberia a responsabilidade de bem conservá-lo e fornecer água a qualquer pessoa, desde que seja para um fim útil, ou para ocorrer a necessidade domésticas ficando aquela repartição exonerada inteiramente de todo e qualquer conserto, reparo ou obra complementar de que viesse necessitar o poço. (GAZETA D E NOTICIAS 20/11/1917, p.6).

Poço artesiano de Taipu onde atualmente está a escola Prof. Francisca Avelino.


       A imagem a cima mostra o local onde foi construído o poço artesiano da IFOCS em 1917. O local é atualmente a praça Adão Marcelo e a Escola Municipal Francisca Avelino.

SOBRE OS ANOS DE 1909 E 1910 #4

 

 No ano de 1909 existiam em Taipu 11 negociantes de fazendas a retalhos sendo eles: Alfredo Edeltrudes de Souza, Candido Ferreira de Miranda, Francisco Correia, João Batista Furtado, João Leite da Fonseca, João Soares da Silva Filho, Joaquim Ferreira Junior, José Soares da Silva, Josino Furtado, Manoel Herodoto de Miranda, Miguel Soares da Silva.

Os negociantes de molhados e miudezas eram igualmente 11, sendo eles: Francisco Bezerra da Silva, Ismael, Mauricio da Silveira, João Gabriel Campos, Joaquim Alves da Rocha, Joaquim Pequeno de Morais, Júlio Leite da Fonseca, Luís Inácio de Melo, Rosendo Leite da Fonseca, Silvino Raposo de Oliveira Câmara, Simplício Ribeiro da Silva, Vicente Ferreira de Paula.

Em profissões diversas estavam ocupados Eduardo Davim (funileiro), Joaquim Damásio (sapateiro), Manoel Ramos de Araújo (pedreiro), Manoel Avelino dos Santos ( ferreiro).

 Os agricultores e lavradores eram 21 sendo eles: Antônio, Ferreira de Miranda Câmara, Dionísio Marques Moreira, João Ferreira de Miranda Câmara, João Gabriel Campos, João Gomes da Costa Primo, João Gomes da Costa, Joaquim Ferreira de Miranda Câmara, José Antônio da Câmara, José Francisco Ribeiro Tandim, José Joaquim de Vasconcelos, Laurentino Maria de Oliveira, Manoel Eugênio de Andrade, Manoel Pequeno de Morais, Manoel Santiago, Miguel Eustáquio da Cruz, Miguel Ferreira da Câmara, Pedro Guedes de Paiva Fonseca, Pedro Soares da Câmara, Raimundo Batista, Tertuliano Marques de Souza Moreira e Theófilo Furtado de Mendonça e Menezes.

E os criadores eram 8 sendo este: Alexandre Roiz da Rocha, Alexandre Roiz da Silveira, Alfredo Edeltrudes de Souza, Joaquim Alves da Rocha, José Ferreira de Miranda Câmara, Manoel Eugênio Pereira de Andrade, Pedro de Oliveira Correia, Pedro José de Carvalho.

O ano de 1910 foi de inverno intenso que causaram prejuízos no município de Taipu, como o trafego ferroviário entre Itapassaroca e Taipu que ficou interrompido devido as enchentes que houve nesse trecho. Os prejuízos ocasionados pela cheia em todo o vale do rio Ceará-Mirim eram consideráveis. Já o açude de Taipu estava ameaçando arrombar, causando grade pânico aos moradores vizinhos. (JORNAL DO COMÉRCIO, 29/04/1910, p.4).

Cheia do rio Ceará-Mirim em 1964.
As cheias sempre causaram grandes prejuízos em Taipu até ser construída a barragem de Poço Branco.


Em 1910 são citados os funcionários da Intendência municipal os quais eram João Ferreira de Miranda Câmara, secretário, Manoel Candido da Câmara, fiscal, João Cassiano do Nascimento, procurador e João Vicente Ferreira, porteiro.

         Ainda naquele ano de 1910 o governador Alberto Maranhão realizou uma excursão pela EFCRGN para realizar inspeção nos trabalhos em andamento além da vila do Taipu.O governador esteve acompanhado pelo diretor da EFCRGN, o engenheiro Décio Fonseca, outras autoridades e funcionários. (JORNAL DO COMÉRCIO, 14/09/1910, p.4).

          A referida ferrovia já estava com 77 km construídos, dos quais 22 km entre Ceará-Mirim ao fim da linha, como trilhos novos.

         O trem onde seguiu a comitiva com o governador parou além da estação de Taipu, a fim de ser examinada a ponte sobre o rio Ceará-Mirim que estava em construção na localidade do Umari, distante 4 km da vila, a qual media 150 metros de comprimento sobre 6 pilares de pedra.


Engenheiro Décio Fonseca, chefe da EFCRGN, o qual esteve em Taipu acompanhando o governador Alberto Maranhão em visita as obras de construção do trecho entre Taipu e Baixa Verde em 1910.


         A previsão para a conclusão das obras na ponte era até setembro de 1910 quando se pretendia inaugurar a nova estação que ficava além desta ponte, em Baixa Verde.Havia ainda ao longo da linha muitos melhoramentos que havia acabados de ser introduzidos naquele trecho da ferrovia.

         Em 1910 também houve um estudo para se construir um canal para desviar as águas do rio Ceará-Mirim na proximidade de Taipu cujo objetivo era desviar as enchentes para a bacia do rio Mudo (SENA, 1972, p. 338), e assim amenizar os efeitos causados pelas frequentes enchentes do rio Ceará-Mirim que causavam estragos em Taipu e nos vales açucareiros da vizinha cidade de Ceará-Mirim.

Já em dezembro de 1910 foi instalada a estação de medição pluviométrica de Taipu (JORNAL DO COMÉRCIO, AM, 31/12/1910, p.4).