O
Conde d'Eu, esposo da Princesa Isabel, genro de Dom Pedro II, foi o único
representante da família imperial brasileira a visitar a Província do Rio
Grande do Norte, visita esta ocorrida em 1889.
No
jornal Gazeta do Natal em 19/06/1889 se lia:
"consta que partirá da Corte com destino aos portos do Norte [nordeste]
S.A o Sr. Conde d'Eu no paquete nacional Alagoas, saído do Rio de Janeiro dia
12 deste mês".Tratava-se de uma viagem oficial do representante imperial
ao norte e nordeste do Brasil para visitar as respectivas províncias dessa
parte do império.O consorte imperial chegaria ao Rio Grande do Norte no dia 21
de junho daquele ano.
A
comissão nomeada para se encarregar da recepção do Augusto viajante estava
composta por: Dr. Moreira Brandão, presidente da Assembleia provincial, Dr.
Carvalho e Souza, 1º secretário da assembleia, o engenheiro Thompson Viegas,
engenheiro da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz e o tenente coronel José Domingos de Oliveira.
A
chegada
No
dia 21/06/1889, as 15h00 chegou a capital potiguar Sua Alteza o Sr. Conde d'Eu,
que foi recebido com as honras que lhe eram devidas.O Conde d’Eu veio
acompanhado do ilustre militar Barão de
Corumbá, dentre outros que compunham a comitiva da viagem.
“Logo
que a fortaleza dos Reis Magos deu sinal de achar-se ancorado fora da barra, o
Paquete Maranhão seguiu daqui ao encontro do augusto viajante, diversos
escaleres vistosamente embandeirados, entre os quais o da presidencia, da policia
e 5 da agência da companhia de vapores nesta provincia, dos quais partiram
entusiásticas saudações e S.A que a elas correspondeu com os mais vivos sinais
de agradecimento” (GAZETA DO NATAL, 17/08/1889,
p.1 ).
No desembarque no cais Pedro de Barros se achava posta uma guarda de
honra, seguindo o ilustre viajante dali para o Palácio da Presidência da Província, no qual a
comissão de recepção resolvera hospedá-lo "não poupando esforços, alguns de
seus membros, para fazê-lo de modo brilhante e condigno” (GAZETA DO NATAL, 17/08/1889, p.1 ).
Ao
desembarque do Conde afluíra grande
concurso de pessoas, o Presidente da Província, chefe de policia, os membros da
comissão de recepção, magistrados, chefes de diversas repartições públicas, além
de outras pessoas, sendo Sua Alteza por todos saudado e tendo a todos
correspondido com afabilidade.
Depois
de alguns momentos de descanso no palácio, o Conde d’Eu subiu da Ribeira até
o bairro da Cidade Alta dirigindo-se a estação telegráfica, entrou na matriz de Nossa Senhora da Apresentação onde fez oração e visitou ainda alguns estabelecimentos públicos.
As 17h00 voltou S.A ao palácio, pernoitando nele, depois de lhe ter
sido servido um lauto e escolhido jantar ao qual assistiram diversos membros da
comissão e outros convidados.
No dia seguinte, as 05h00 o Conde d'Eu, acompanhado de sua comitiva, seguiu até Pequeri (distrito de Canguaretama), em
trem expresso da Imperial Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz.
Na cidade de São José de Mipibu o Conde d'Eu foi condignamente recebido pelo juiz de direito Jerônimo Américo e outros membros da comissão ali organizada para tal finalidade de recepção ao conde d'Eu (GAZETA DO NATAL, 17/08/1889, p.1 ).Em São José de Mipibu foi também oferecido um delicado e profuso almoço tendo se renovado ali as saudações sempre dirigidas ao conde segundo o mesmo jornal.
Na cidade de São José de Mipibu o Conde d'Eu foi condignamente recebido pelo juiz de direito Jerônimo Américo e outros membros da comissão ali organizada para tal finalidade de recepção ao conde d'Eu (GAZETA DO NATAL, 17/08/1889, p.1 ).Em São José de Mipibu foi também oferecido um delicado e profuso almoço tendo se renovado ali as saudações sempre dirigidas ao conde segundo o mesmo jornal.
Regressando
a capital potiguar o conde d'Eu visitou ainda outras repartições públicas entre estas a alfândega.Depois de ter tido alguns momentos de descanso no palácio seguiu a bordo do
paquete nacional Maranhão sendo-lhe feitas
novamente as honras devidas.
O
vapor da companhia pernambucana São Francisco que estava ancorado no porto conduziu a seu bordo grande número
de pessoas até fora da barra onde se achava ancorado o paquete Maranhão, contornando-o em
homenagem ao ilustre viajante, dando este ainda
mais uma vez expressivas mostras de agradecimento.
O
São Francisco voltou ao porto “prendendo a todos a gentileza dispensada por seu
digno comandante Joaquim José Esteves Junior” (GAZETA
DO NATAL, 17/08/1889, p.1 ).
Na
capital a comissão de recepção cuja a frente se estavam o Dr. Calistrato, o
Cap. Odilon, como é por todos reconhecido, “desempenhou de modo cabal a
incumbência que lhe fora comentida” (GAZETA DO NATAL,
17/08/1889, p.1 ).
O
relato da viagem oficial do Principe Consorte, o Sr. Conde d’eu, encerrava
dizendo “Fazemos votos para que prósperos ventos conduzam o ilustre príncipe ao
porto de seu destino, regressando em breve a Corte ao seio da augusta família
imperial, continuando a receber as sinceras manifestações de que tem sido alvo,
em sua excursão ao norte do império”.
De
Natal o Conde d’Eu seguiu para Fortaleza, capital da província do Ceará.
Cinco meses após a visita do Príncipe Consorte o Império declinou após o golpe militar orquestrado por Deodoro da Fonseca, amigo pessoal de Sua Majestade o Sr. Pedro II, Imperador do Brasil.
O que teria ido fazer Sua Alteza no distrito de Pequeiri em Canguaretama? nunca saberemos, pois como visto a cima o relato não diz maiores informações sobre a ilustre visita do Conde D'Eu aquela comunidade.
Na capital potiguar o que ainda remete ao império são as ruas Dom Pedro I e rua Princesa Isabel na Cidade Alta e a praça Dom Pedro II no Alecrim, em frente a igreja de São Pedro onde há um busto do imperador brasileiro.
Fonte: Gazeta do Natal, 17/08/1889, p.1.
Na capital potiguar o que ainda remete ao império são as ruas Dom Pedro I e rua Princesa Isabel na Cidade Alta e a praça Dom Pedro II no Alecrim, em frente a igreja de São Pedro onde há um busto do imperador brasileiro.
Fonte: Gazeta do Natal, 17/08/1889, p.1.
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