Em relatório do
Presidente da Província José Bento da Cunha Figueiredo Junior e reproduzido no
jornal Diário de Pernambuco m 1861 temos interessante relato sobre Ceará-Mirim
e Extremo, vejamos.
Segundo se lia no citado
relatório “A florescente vila de Ceará-Mirim apenas tem uma capela pequena onde celebram-se os atos religiosos” (DIÁRIO
DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).Observando isso quando ali esteve o presidente da província nomeou uma comissão
de 8 membros, incluindo neste número o respectivo pároco da freguesia , a fim de promover o andamento
da obra da matriz com as somas concedidas
pelos cofre público ou pela piedade dos particulares.
Em 2 de julho o presidente recomendou
de novo que se desse a conveniente aplicação
da quantia de 774$080 réis que ainda restava da que fora concedida pelo seu
antecessor para essa obra, “cujos os alicerces estão feitos, assim como parte
da capela-mor, avaliando a câmara municipal
em réis 10$000,000 a despesa necessária
para ficar aquele templo em estado de prestar-se a celebração dos ofícios religiosos”
(DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).
Sobre a igreja
de Extremoz
A igreja matriz situada na povoação de Extremoz, a 3 léguas de distância
da Vila de Ceará-Mirim, carece de pequenos
reparos urgentes no teto e no frontispício, alem de outras obras mais
dispendiosa, tais como o ladrilho no corredor esquerdo, a colocação do sino e a
construção de uma escada para subir ao campanário (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861,
p. 2).O pároco comunicou ao presidente da província sobre a noticia de uma
subscrição que estava promovendo entre o seus fregueses para proceder com os
concertos mais precisos como havia recomendado o referido presidente da província.
Sobre o convento se lia “O próprio
nacional que outrora serviu de convento aos jesuítas naquela povoação continua
em progressiva deterioração” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2). O
presidente da província determinou ao
subdelgado de Extremoz que tivesse sob
sua guarda as chaves do edifício e que o visitasse frequentemente “para não só
conservá-lo ao maior asseio possível como preservá-lo dos estragos do cupim solicitando deste
governo os meios precisos qualquer reparo indispensável” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO,
26/11/1861, p. 2).Ao engenheiro deu ordem para examinar o estado da igreja e do
convento, a fim de apresentar os orçamentos, em separado, dos melhoramentos e
consertos mais necessários para evitar
maior aumento nas ruínas desses edifícios.
Do relato a cima ficamos sabendo
que:
A igreja matriz era ainda em 1861 a
igreja de São Miguel Arcanjo em Extremoz, distante 18 km [ 3 léguas] da sede
municipal a vila de Ceará-Mirim que por sua vez tinha apenas uma pequena capela
ainda em construção.A transferência da sede municipal ocorreu em 1858.
O convento dos jesuítas estava servindo de
prédio público pelo governo da província e ao que tudo indica sem finalidade
aparente pois estava em estado de abandono conforme se vê a cima.
Fonte: Diário de
Pernambuco (PE), 26/11/1861, p. 2.
"Tudo conhecer, nada desdenhar" (São Paulo).
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