quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

SOBRE A FREGUESIA DE EXTREMOZ EM 1861




         Em relatório do Presidente da Província  José Bento  da Cunha Figueiredo Junior e reproduzido no jornal Diário de Pernambuco m 1861 temos interessante relato sobre Ceará-Mirim e Extremo, vejamos.
       Segundo se lia no citado relatório “A florescente vila de Ceará-Mirim apenas tem uma capela  pequena onde celebram-se os atos religiosos” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).Observando isso quando ali esteve  o presidente da província nomeou uma comissão de 8 membros, incluindo neste número o respectivo pároco  da freguesia , a fim de promover o andamento da obra da matriz com as somas concedidas  pelos cofre público ou pela piedade dos particulares.
     Em 2 de julho o presidente recomendou  de novo que se desse a conveniente aplicação  da quantia de  774$080 réis que  ainda restava da que fora concedida pelo seu antecessor para essa obra, “cujos os alicerces estão feitos, assim como parte da capela-mor, avaliando a câmara municipal  em réis  10$000,000 a despesa necessária para ficar aquele templo em estado de prestar-se a celebração dos ofícios religiosos” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).

Sobre a igreja de Extremoz
A igreja matriz situada na povoação de Extremoz, a 3 léguas de distância da Vila de Ceará-Mirim, carece de pequenos  reparos urgentes no teto e no frontispício, alem de outras obras mais dispendiosa, tais como o ladrilho no corredor esquerdo, a colocação do sino e a construção de uma escada para subir ao campanário (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).O pároco comunicou ao presidente da província sobre a noticia de uma subscrição que estava promovendo entre o seus fregueses para proceder com os concertos mais precisos como havia recomendado o referido presidente da província.
       Sobre o convento se lia “O próprio nacional que outrora serviu de convento aos jesuítas naquela povoação continua em progressiva deterioração” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2). O presidente da província determinou  ao subdelgado de Extremoz  que tivesse sob sua guarda as chaves do edifício e que o visitasse frequentemente “para não só conservá-lo ao maior asseio possível como preservá-lo  dos estragos do cupim solicitando deste governo os meios precisos qualquer reparo indispensável” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 26/11/1861, p. 2).Ao engenheiro deu  ordem para examinar o estado da igreja e do convento, a fim de apresentar os orçamentos, em separado, dos melhoramentos e consertos mais necessários para evitar  maior aumento nas ruínas desses edifícios.
       Do relato a cima ficamos sabendo que:
     A igreja matriz era ainda em  1861 a igreja de São Miguel Arcanjo em Extremoz, distante 18 km [ 3 léguas] da sede municipal a vila de Ceará-Mirim que por sua vez tinha apenas uma pequena capela ainda em construção.A transferência da sede municipal ocorreu em 1858
     O convento dos jesuítas estava servindo de prédio público pelo governo da província e ao que tudo indica sem finalidade aparente pois estava em estado de abandono conforme se vê a cima.
               
               
Fonte: Diário de Pernambuco (PE), 26/11/1861, p. 2.


"Tudo conhecer, nada desdenhar" (São Paulo).

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