terça-feira, 30 de outubro de 2018

A ESTRADA DE FERRO SAMPAIO CORREIA INCORPORADA A RFFSA


A ESTRADA DE FERRO INCORPORADA A RFFSA
         A Estrada de Ferro Sampaio Correia (antiga Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte) foi uma ferrovia autônoma até 1958 quando foi incorporada a RFFSA.
         Segundo o jornal o Poti, depois que foi incorporada a RFFSA a Estrada de Ferro Sampaio Correia começou a experimentar uma radical transformação. A EFSC era uma ferrovia desacreditada, altamente deficitária e quase obsoleta no final da década de 1950. Com a incorporação, segundo o Poti, a EFSC se metamorfoseou de forma acentuada e logrou retornar a um posição de relativo destaque.
       A política partidária que prejudicou sensivelmente o desenvolvimento da EFSC foi banida dos quadros administrativos e segundo o jornal o Poti estava havendo uma aplicação racional do dinheiro arrecadado pela EFSC. Os trens passaram a trafegar com regularidade e voltaram a ser um transporte preferido pela população de baixa renda, alem dos trens de carga que levavam as riquezas produzidas no estado.
         Nesta nova fase, segundo o Poti, a EFSC experimentou uma aceleração em todos os setores de sua estrutura.
Situação financeira
Receita da EFSC incorporada a RFFSA no primeiro semestre dos respectivos anos (em Cr$)
1957
1958
1959
1960
1961
4.311
6.492
10.175
13.765
25.303
Fonte: o Poti, 1961, p.14.
         Segundo o jornal houve um aumento de 487% da receita da EFSC.
Despesa com pessoal no primeiro semestre dos respectivos anos (em Cr$)
1957
1958
1959
1960
1961
32.011
41.994
60.514
62.373
144.135
Fonte: o Poti, 1961,p.14
         Segundo o jornal apesar do aumento de 129% com a despesa de pessoal entre o primeiro semestre de 1960 e 1961 registrou elevação de 103% e desse modo houve  uma economia de 26%.

Despesa total da EFSC nos primeiros semestre dos respectivos anos ( em Cr$)
1957
1958
1959
1960
1961
65.564
57.176
80.530
89.653
182.452
Fonte: o Poti, 1961,p.14
       O déficit do primeiro semestre de 1961 comparado a igual período de 1960 foi superior em 107% face a elevação de receitas.A despesa foi agravada em 199%,sendo 129% com pessoal, 50% com material e 20% com encargos sociais.O deficit ficou assim:

Déficit da EFSC nos respectivos anos (em Cr$)
1957
1958
1959
1960
1961
61.253
50.634
70.365
75.333
157.149
Fonte: o Poti, 1961,p.14
         Foram melhoradas as condições de higiene nas estações e escritórios da EFSC, dinamizado o centro de assistência e cooperação educacional  a família dos ferroviiarios-CACEFF. Foi previsto a construção de um centro social no terreno próximo ao escritório central na praça senador João Câmara.
         O ritmo de trabalho não só em Natal mas ao longo da linha era dos mais intensos e acelerados,pois que todas as obras deveriam está prontas em agosto de 1961.
         No tocante ao material rodante foram realizados trabalhos em 2 carros de passageiros de 1ª classe, em 3 carros de passageiros de 2ª classe, 1 carro de bagagem, 1 vagão tanque, 1 prancha  e nas grades de carros para animais.Até o fim do ano de 1961 seriam realizados mais trabalhos em mais 2 carros de passageiros de 1 classe, 14 vagões fechados para mercadorias, 3 grades para animais, 8 carroças, pranchas, 4 vagões tanques, 2 vagões coletores, 1 carro de administração e um automotriz, com despesas prevista de 24 milhões de cruzeiros.Houve também a  recuperação de diversas locomotivas e adaptações para óleo diesel, tudo realizado nas oficinas da EFSC “evidenciando a notável capacidade dos seus funcionários”.
         Segundo o jornal o Poti, o engenheiro Waldo Setti, diretor da EFSC, estava realizando um programa de ações que estava sendo ressaltado pelos norteriograndenses, agradecidos e reconhecidos, pelo impulso dado a principal ferrovia do estado “fazendo-a caminhar a passos largos para conquistar um posição de destaque dentre as muitas estradas de ferro brasileiras”.
 Fonte: O Poti, 30/07/1961, p.14.


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