A
ESTRADA DE FERRO INCORPORADA A RFFSA
A Estrada de Ferro Sampaio Correia
(antiga Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte) foi uma ferrovia autônoma
até 1958 quando foi incorporada a RFFSA.
Segundo o jornal o Poti, depois que foi
incorporada a RFFSA a Estrada de Ferro Sampaio Correia começou a experimentar
uma radical transformação. A EFSC era uma ferrovia desacreditada, altamente
deficitária e quase obsoleta no final da década de 1950. Com a incorporação, segundo o Poti, a EFSC se metamorfoseou de forma acentuada e logrou retornar a
um posição de relativo destaque.
A política partidária que prejudicou
sensivelmente o desenvolvimento da EFSC foi banida dos quadros administrativos
e segundo o jornal o Poti estava havendo uma aplicação racional do dinheiro
arrecadado pela EFSC. Os trens passaram a trafegar com
regularidade e voltaram a ser um transporte preferido pela população de baixa
renda, alem dos trens de carga que levavam as riquezas produzidas no estado.
Nesta nova fase, segundo o Poti, a EFSC
experimentou uma aceleração em todos os setores de sua estrutura.
Situação
financeira
Receita da EFSC incorporada a RFFSA
no primeiro semestre dos respectivos anos (em Cr$)
|
||||
1957
|
1958
|
1959
|
1960
|
1961
|
4.311
|
6.492
|
10.175
|
13.765
|
25.303
|
Fonte:
o Poti, 1961, p.14.
Segundo o jornal houve um aumento de
487% da receita da EFSC.
Despesa com pessoal no primeiro
semestre dos respectivos anos (em Cr$)
|
||||
1957
|
1958
|
1959
|
1960
|
1961
|
32.011
|
41.994
|
60.514
|
62.373
|
144.135
|
Fonte:
o Poti, 1961,p.14
Segundo o jornal apesar do aumento de
129% com a despesa de pessoal entre o primeiro semestre de 1960 e 1961
registrou elevação de 103% e desse modo houve
uma economia de 26%.
Despesa total da EFSC nos primeiros
semestre dos respectivos anos ( em Cr$)
|
||||
1957
|
1958
|
1959
|
1960
|
1961
|
65.564
|
57.176
|
80.530
|
89.653
|
182.452
|
Fonte:
o Poti, 1961,p.14
O
déficit do primeiro semestre de 1961 comparado a igual período de 1960 foi
superior em 107% face a elevação de receitas.A despesa foi agravada em
199%,sendo 129% com pessoal, 50% com material e 20% com encargos sociais.O deficit ficou assim:
Déficit da EFSC nos respectivos anos
(em Cr$)
|
||||
1957
|
1958
|
1959
|
1960
|
1961
|
61.253
|
50.634
|
70.365
|
75.333
|
157.149
|
Fonte:
o Poti, 1961,p.14
Foram melhoradas as condições de
higiene nas estações e escritórios da EFSC, dinamizado o centro de assistência e
cooperação educacional a família dos
ferroviiarios-CACEFF. Foi previsto a construção de um centro social no terreno próximo
ao escritório central na praça senador João Câmara.
O ritmo de trabalho não só em Natal mas
ao longo da linha era dos mais intensos e acelerados,pois que todas as obras
deveriam está prontas em agosto de 1961.
No tocante ao material rodante foram
realizados trabalhos em 2 carros de passageiros de 1ª classe, em 3 carros de
passageiros de 2ª classe, 1 carro de bagagem, 1 vagão tanque, 1 prancha e nas grades de carros para animais.Até o fim
do ano de 1961 seriam realizados mais trabalhos em mais 2 carros de passageiros
de 1 classe, 14 vagões fechados para mercadorias, 3 grades para animais, 8
carroças, pranchas, 4 vagões tanques, 2 vagões coletores, 1 carro de administração
e um automotriz, com despesas prevista de 24 milhões de cruzeiros.Houve também
a recuperação de diversas locomotivas e
adaptações para óleo diesel, tudo realizado nas oficinas da EFSC “evidenciando
a notável capacidade dos seus funcionários”.
Segundo o jornal o Poti, o engenheiro Waldo
Setti, diretor da EFSC, estava realizando um programa de ações que estava sendo
ressaltado pelos norteriograndenses, agradecidos e reconhecidos, pelo impulso
dado a principal ferrovia do estado “fazendo-a caminhar a passos largos para
conquistar um posição de destaque dentre as muitas estradas de ferro
brasileiras”.
Fonte: O Poti, 30/07/1961, p.14.
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