Conforme publicado no jornal O Norte em
27/08/1916 a estação ferroviária da capital paraibana fazia vergonha e continua
sendo uma afronta á população “o nojento pardieiro que os ingleses colocaram na
praça Alvaro Machado,servindo de estação de seus trens”.
Ainda segundo o referido jornal a
população que precisava se deslocar até a estação da Cidade da Paraiba não
tinham no imundo edificio uma cadeira ou um banco se quer onde se pudesse
sentar, sendo que os que la existiam eram tão sujos que “faz asco até a pessoa
se aproximar deles”.
Não havia uma escarradeira onde se
pudesse cuspir.O ladrilho era repugnante, sendo tão grande a imundicie que o
público não podia distinguir de que tijolo eleera feito.As paredes que haviam
sido pintadas há 12 anos, ou seja, em 1894, estavam aquele ano de 1916 em
situação vergonhosa,de acordo com o citado jornal.
O mictório então representava um foco
de miasmas.Mal construido, sem uma qualidade higiênica e que nunca era
desifectado “desprende um odor irritante e doentio”.Era triste o estado em que se encontrava a estação da
GWBR em João Pessoa.
”O viajante que aqui chegar tem logo
uma impressão desgraçada da cidade.Salta de um trem infecto, com estômago
estagado,pisa numa calçada imunda, posta ali a um título de <gare> e tem
que atravessar uma arapuca que tresanda sujice de todos os lados, com um lenço
ao nariz e ainda assim arriscado a infeccionar-se.Esse cidadão que vem visitar
a Parahyba, somente vai melhorar de situação quando fora do circulo horrivelmente
repugnante da poderosa e arbitrária companhia dos ingleses”. (O NORTE,27/08/1916,
p.1).
Parece que o rigor pela pontualidade
dos ingleses não era proporcional ao asseio e a higiene como se vê cima já que
era uma grande empresa britânica que mantinha a concessão ferroviária em terras
paraibanas.
Aspectos da antiga estação de João Pessoa. |