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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

AS PÉSSIMAS CONDIÇÕES HIGIÊNICAS DA ESTAÇÃO DE JOÃO PESSOA EM 1916

 

         Conforme publicado no jornal O Norte em 27/08/1916 a estação ferroviária da capital paraibana fazia vergonha e continua sendo uma afronta á população “o nojento pardieiro que os ingleses colocaram na praça Alvaro Machado,servindo de estação de seus trens”.

         Ainda segundo o referido jornal a população que precisava se deslocar até a estação da Cidade da Paraiba não tinham no imundo edificio uma cadeira ou um banco se quer onde se pudesse sentar, sendo que os que la existiam eram tão sujos que “faz asco até a pessoa se aproximar deles”.

Não havia uma escarradeira onde se pudesse cuspir.O ladrilho era repugnante, sendo tão grande a imundicie que o público não podia distinguir de que tijolo eleera feito.As paredes que haviam sido pintadas há 12 anos, ou seja, em 1894, estavam aquele ano de 1916 em situação vergonhosa,de acordo com o citado jornal.

O mictório então representava um foco de miasmas.Mal construido, sem uma qualidade higiênica e que nunca era desifectado “desprende um odor irritante e doentio”.Era triste  o estado em que se encontrava a estação da GWBR em João Pessoa.

”O viajante que aqui chegar tem logo uma impressão desgraçada da cidade.Salta de um trem infecto, com estômago estagado,pisa numa calçada imunda, posta ali a um título de <gare> e tem que atravessar uma arapuca que tresanda sujice de todos os lados, com um lenço ao nariz e ainda assim arriscado a infeccionar-se.Esse cidadão que vem visitar a Parahyba, somente vai melhorar de situação quando fora do circulo horrivelmente repugnante da poderosa e arbitrária companhia dos ingleses”. (O NORTE,27/08/1916, p.1).

Parece que o rigor pela pontualidade dos ingleses não era proporcional ao asseio e a higiene como se vê cima já que era uma grande empresa britânica que mantinha a concessão ferroviária em terras paraibanas.


Aspectos da antiga estação de João Pessoa.