terça-feira, 14 de janeiro de 2020

A INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PEDRO AVELINO



         Em 08 de janeiro de 1922 foi inaugurada pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte-EFCRGN a estação ferroviária de Epitácio Pessoa, atual cidade de Pedro Avelino, segundo o que foi publicado no jornal Diário de Pernambuco “a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, inaugurou no dia 8 um novo trecho. Fica o mesmo compreendido no ramal Lajes-Macau e finaliza na povoação de ‘Gaspar Lopes’, hoje ‘Epitácio Pessoa’, do município de Angicos”  (DIARIO DE PERNAMBUCO, 20/01/1922,p.4).
         Vejamos a seguir como se deu a solenidade de inauguração da referida estação.
         Ainda de acordo com o já citado jornal o engenheiro João Benevides, superintendente da EFCRGN havia convidado o mundo oficial e cavalheiros da capital para a solenidade.  (DIARIO DE PERNAMBUCO, 20/01/1922,p.4).
         Do relato da solenidade de inauguração temos o seguinte (DIARIO DE PERNAMBUCO, 20/01/1922, p.4):
As 08h00 daquele dia, partia desta capital o comboio especial, levando o Dr. Governador do Estado, com suas casas civil e militar, desembargadores do Superior Tribunal de Justiça, Dr. Henrique Castriciano, vice governador, Dr. Teotônio Freire, juiz seccional, autoridades estaduais e federais, representantes da imprensa, funcionários da Estrada, etc., viajando em um carro anexo a banda de música do Batalhão de segurança.
        Em Taipu, o especial ainda recebeu convidados.Chegados a Baixa Verde realizou-se um lauto almoço, servido por senhoras e senhoritas da melhor sociedade.
         Em Jardim, novos convidados.Na vila de Lajes, a estação estava apinhada de cavalheiros. Pequena demora.Novos convivas tomaram o trem.Recomeça a marcha.
         As 15h50, o expresso se aproximava da estação de “Epitácio Pessoa”. Uma girândola fende os ares.”Vivas” são erguidos aos Drs. Ferreira Chaves, Antonio de Souza, Epitácio Pessoa e João Benevides.
         Ao descer do carro S. Excia., o governador, enquanto a banda executava a marcha do Estado, a multidão aclamava.
     A seguir dirigem-se todos a um vasto salão da estação, vistosamente decorado, destacando-se a bandeira nacional.Ai foi servida uma taça de “champagne”, falando o Dr. João Benevides, que disse o seu prazer por aquele fato, exaltando as qualidades dos Dr. Epitácio Pessoa e Antonio de Souza, a quem brindou.
         O Dr. Antonio de Souza agradeceu o brinde e lembrou o grande progresso que se realizava aquele ato, falando ainda sobre o nordeste suas necessidades bem conhecidas pelo Sr. Presidente da República, na qualidade de filho da zona flagelada pelas secas.
         O Sr. Luiz Fassino de Menezes fez então um discurso em nome do povo do lugar, expressando a satisfação de todos pelo passo que se dava.
         Depois disto, o Sr. Governador, com sua comitiva, fez um passeio no povoado que apresenta muitas possibilidades de progresso.
       No dia seguinte, regressaram todos, satisfeitos da viagem e do acolhimento que tiveram em todo o seu percurso.  

                           A estação de Pedro Avelino atualmente





A estação de Pedro Avelino em estado de abandono ainda com suas cores originais


Sobre a povoação de Epitácio Pessoa na década de 1930

 

Servida pela lunha da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, a povoação de Epitácio Pessoa, no municipio de Angicos, se desenvolvia animaoramente em qualquer aspecto.

         Segundo o jornal Diário de Noticias a povoação dispunha de magnificas possibilidades agricolas, já pelo espirito progressista de seu povo, já pela fertilidade do seu solo, o antigo povoado de Gaspar Lopes se desenhava aos olhos de quem o visitava como um recanto de prosperidade e de grandeza.

         Epitácio Pessoa se localizava a 35 km da sede municipal, a cidade de Angicos e possuía vários prédios importantes, dentre os quais o das Escolas Reunidas, as Usinas de Algodão, pertencentes a Sanbra e a João Câmara & Irmãos e o Mercado Público, que acabava de passar por uma necessária.

         Entretanto, como acontece relativamente aos outros povoados de Angicos, a povoação de Epitácio Pessoa tinha o seu valor na agricultura, sendo, conforme o citado jornal, a mais agrícola entre as povoações do município.Ali plantava-se com muito êxito,o algodão mocó e verdão, e especialmente na Chapada da Serra Verde, que ficava a seu lado.

         Um problema,porém estava a exigir a atenção do governo, para que melhorasse as possibilidades de Epitácio Pessoa atingir o grau de desenvolvimento que lhe estava reservado.Esse problema era a falta de água.

         O único remédio para solucionar esse mal que já naquele ano, havia atingindo proporções assustadoras era a construção do açude a 2 km da povoação, cujo projeto se encontrava nas mãos do ministro da viação.

         Satisfeitas as aspirações do seu povo não havia dúvida que a povoação de Epitácio Pessoa continuaria a progredir sucessivamente, para maior grandeza de Angicos e do Rio Grande do Norte.( DIÁRIO DE NOTICIAS,12/06/1937, p.37).Em 1938 foi criada a Cooperativa Agrícola da vila de Epitácio Pessoa.

         A povoação de Epitácio Pessoa foi elevada a categoria de vila em 29/10/1937 (A ORDEM, 29/10/1937, p.2) e em 02/08/1948  o deputado Aristofanes Fernandes apresentou na Assembleia Legislativa o projeto da criação do município de Epitácio Pessoa, cujo território seria desmembrado de Angicos e Macau ( A ORDEM, 02/08/1948,p.1), aprovado o projeto o município foi criado com  denominação de Pedro Avelino.

Sobre a povoação de Epitácio Pessoa na década de 1930

         A linha da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte que servia a povoação de Epitácio Pessoa, no município de Angicos, muito contribuiu para o seu crescimento econômico e populacional que se desenvolvia animadoramente em qualquer aspecto.

         Segundo o jornal Diário de Noticias a povoação dispunha de magnificas possibilidades agrícolas, já pelo espirito progressista de seu povo, já pela fertilidade do seu solo, o antigo povoado de Gaspar Lopes se desenhava aos olhos de quem o visitava como um recanto de prosperidade e de grandeza.

         Epitácio Pessoa se localizava a 35 km da sede municipal, a cidade de Angicos e possuía vários prédios importantes, dentre os quais o das Escolas Reunidas, as Usinas de Algodão, pertencentes a Sanbra e a João Câmara & Irmãos e o Mercado Público, que acabava de passar por uma necessária.

         Entretanto, como acontece relativamente aos outros povoados de Angicos, a povoação de Epitácio Pessoa tinha o seu valor na agricultura, sendo, conforme o citado jornal, a mais agricola entre as povoações do município.Ali plantava-se com muito êxito,oo algodão mocó e verdão, e especialmente na Chapada da Serra Verde, que ficava a seu lado.

         Um problema,porém estava a exigir a atenção do governo, para que melhorasse as possibilidades de Epitácio Pessoa atingir o grau de desenvolvimento que lhe estava reservado.Esse problema era a falta de água.

         O único remédio para solucionar esse mal que já naquele ano, havia atingindo proporções assustadoras era a construção do açude a 2 km da povoação, cujo projeto se encontrava nas mãos do ministro da viação.

         Satisfeitas as aspirações do seu povo não havia dúvida que a povoação de Epitácio Pessoa continuaria a progredir sucessivamente, para maior grandeza de Angicos e do Rio Grande do Norte.( DIÁRIO DE NOTICIAS,12/06/1937, p.37).

            Em 1938 foi criada a Cooperativa Agrícola da vila de Epitácio Pessoa.

         A povoação de Epitácio Pessoa foi elevada a categoria de vila em 29/10/1937 (A ORDEM, 29/10/1937, p.2) e em 02/08/1948  o deputado Aristófanes Fernandes apresentou na Assembleia Legislativa o projeto da criação do município de Epitácio Pessoa, cujo território seria desmembrado de Angicos e Macau ( A ORDEM, 02/08/1948,p.1), aprovado o projeto o município foi criado com  denominação de Pedro Avelino.








Apêndice
O ramal Lajes-Macau foi aberto em 1918, o trecho não havia sido previsto no projeto original da EFCRGN que deveria se dirigir no sentido oposto para Caicó.
Como já visto no texto a povoação de Gaspar Lopes, teve o nome alterado naquele ano para Epitácio Pessoa, em homenagem ao presidente da República que assegurou os recursos necessários a conclusão das obras do ramal até aquela data e lugar. O distrito pertencia ao município de Angicos, tendo sido emancipado somente em 1948, é a atual cidade de Pedro Avelino.
A estação foi desativada em 1997 e desde então passou por um longo período de abandono até ser restaurada em 2013 passando a abrigar a biblioteca e centro cultura da cidade.












LEI ORÇAMENTÁRIA DE TAIPU EM 1910


         O presidente da Intendência de Taipu publicou a lei nº 21 de 5 de setembro de 1910 que tratava do orçamento e fixava a despesa para o exercício do ano de 1911.
         De acordo com o texto da referida lei eis a receita do município de Taipu para aquele ano:
         Art. 1º- A receita deste município para o exercício de 1911 é orçada na quantia de 3.200$ e provirá dos impostos seguintes:
Parágrafo 1º- 20$ de cada individuo que exercer a profissão de consertador de máquinas.
Parágrafo 2º- 60$ sobre cada vapor de descaroçar algodão e 25$ sobre bolandeiras.
Parágrafo 3º- 4$ sobre curral com capacidade para recolher de 20 a 100 vacas e 2$ com capacidade para recolher 10 a 20 e 1$ de 5 a 10.
Parágrafo 4º- 1$ sobre carga de aguardente que se vender no município.
Parágrafo 5º- 5$ sobre casa em que se venda aguardente na vila, 4$ nas povoações e 2$ nos demais lugares do município.
Parágrafo 6º-6$ do dizimo de lavoura excetuando-se a cana e algodão.
Parágrafo 7º- 10$ do dízimo de miúnças.
Parágrafo 8º- 10% sobre rendas de prédios urbanos.
Parágrafo 9º- 5$ por mascate.
Parágrafo 10º- 1$ imposto sobre herbatões.
Parágrafo 11º-30$ produto de aferições sendo: 1$ de cada balança com os respectivos pesos, $500 por medida de extensão, $100 por medida para líquidos e $100 e $100 por medida para metros.
Parágrafo 12º- $500 sobre carga de queijo.
Parágrafo 13º- $500 sobre carga de carne.
Parágrafo 14º sobre carga de café ou fumo vendido em qualquer parte do município.
Parágrafo 15º- $200 sobre carga de peixe fresco, malpreso e de gêneros alimentícios que se expor a venda nas feiras do município, excetuando-se na casa do mercado da vila.
Parágrafo 16º- $500 por banca que se expor nas feiras do município para vender molhados e miudezas.
Parágrafo 17º- $500 por carga de peixe seco.
Parágrafo 18º- 600$ rendimento dos impostos da casa do mercado da vila.
Parágrafo 19º- $500 sobre a venda da carne verde na casa do mercado da vila.
Parágrafo 10º- 100$ produto da feira de Baixa Verde.
Parágrafo 21º25$ sobre casa de bilhar e fogos lícitos.
Parágrafo 22º-20$ sobre cada hotel aberto na vila ou em outras povoações.
Impostos  e licenças
Parágrafo 23º- 10$ por licença para abrir ou fechar caminhos públicos.
Parágrafo 24º- 2$ por licença para edificar ou reconstrução de prédios no perímetro da vila.
Parágrafo 25º- 4$ por licença para abrir estabelecimento comercial ou conservá-lo aberto.
Parágrafo 26º- 3$ para fabricar fogos artificiais.
Parágrafo 27º- 8% por licença para abrir açougue nas povoações do município e 5 nos demais lugares.
Paragrafo28º- 5 outras qualquer licença não especificada nesta lei.
Parágrafo 29º 30$ sobre cada padaria.
Parágrafo 30º- 2$ sobre cada rês abatida para o consumo.
Parágrafo 31º- 5$ sobre casa de fazer farinha.
Parágrafo 32º- 300$ comércio a retalho.
Parágrafo 33º- 10$ multa pro infração as leis da Intendência.
Parágrafo 34º- 50$ emolumentos da Secretaria.
Parágrafo 35$- 2$ de cada Cosmorama, cinematógrafo ou qualquer espetáculo público.
Parágrafo 36º- 10$ sobre oficina de ferreiro.
Parágrafo 37º- 3$sobre oficina de funileiro, sapateiro ou alfaiate.
Parágrafo 38º- 5$ sobre oficina de barbeiro.
Parágrafo 39º-5$ sobre botequim.
Art. 2º A despesa do município de Taipu no exercício de 1911, será fixada na importância de 3.210$ e distribuída na maneira seguinte:
Parágrafo 1º- Ordenado ao Secretário e Tesoureiro..................600$.
Parágrafo 2º- Idem ao fiscal da Intendência.............................150$.
Parágrafo 3º- Porcentagem de 15% ao procurador da Intendência excetuando o produto dos impostos da feira do mercado e das arrematações que forem feitas a boca do cofre e por meios judiciários, dos quais só perceberá 10%...................................400.
Parágrafo 4º- Ordenado ao porteiro.............................................50$.
Parágrafo 5º- Idem ao zelador do Cemitério.................................100$.
Parágrafo 6º- Iluminação da cadeia da vila....................................10$.
Parágrafo 7º-aluguel da casa da Intendência.................................300$.
Parágrafo 8º- Idem da Cadeia.......................................................120$.
Parágrafo 9º- Publicações e impressões...........................................50$.
Parágrafo 10º- Expediente das mesas eleitorais...............................200$.
Parágrafo 11º- Idem do júri............................................................100$.
Parágrafo 12º- Hospedagem ao juiz de direito e promotor público por ocasião das sessões do júri.....200$.
Parágrafo 13º- Melhoramentos da latada da feira da povoação de Baixa Verde...............................................................................................30$.
Parágrafo 14º- Expediente da Secretaria..........................................100$.
Parágrafo 15º- Gratificação ao tabelião público.................................300$.
Parágrafo 16º- Limpeza e asseio das ruas.........................................300$.
Parágrafo 17º- Eventuais.................................................................400$.
                                                                                        Total: 3.200$.
Art. 3º- O exercício começa do dia 1º de janeiro ao último de dezembro de 1911.
Art. 4º- Fica o presidente autorizado a expedir regulamentos para a cobrança dos impostos municipais constantes da presente lei e estabelecer gratificações e multas para os empregados incumbidos da execução dos mesmos regulamentos
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Paço da Intendência Municipal da vila de Taipu, 5 de setembro de 1910.
Manoel Eugênio Pereira de Andrade-presidente, José Joaquim de Vasconcelos, Manoel Guedes de Figueiredo Moura, João Soares da Silva, João Gabriel Campos, Silvino Raposo de Oliveira Câmara.
A referida lei foi assinada pelo presidente da Intendência Manoel Eugênio Pereira de Andrade e pelo secretário João Ferreira de Miranda Câmara.
A mesa foi aprovada pelo governador Alberto Maranhão e mandada publicar pelo secretário do Governo Henrique Castriciano de Souza tendo sido publicada na parte oficial do jornal A República nas edições dos dias 29 e 30 de Setembro de 1910.


Fonte: A República 29 e 30 de setembro de 1910, p.2.

                          Aspectos do centro de Taipu em 1964


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

ABERTURA DO TRÁFEGO ENTRE TAIPU E BAIXA VERDE

     O engenheiro Costa Junior, engenheiro chefe da EFCRGN, tornou público em 13/10/1910 a abertura do tráfego entre Taipu e Baixa Verde, começando na segunda-feira dia 17/10/1910 cuja circulação dos trens regulares seria de acordo com o horário estabelecido.

Ida
Segundas-feiras
Estações
Chegada
Partida
Taipu
--------
11h22
Baixa Verde
12h44
---------
Volta
Terças-feiras
Estações
Chegada
Partida
Baixa Verde
-------------
07h00
Taipu
08h22
------------

Entre Natal e Taipu e vice-versa o horário continuaria a ser o mesmo que vigorava até então.

Fonte: A República, 15 de Outubro de 1910, p.2.


                                     A estação de Baixa Verde



                          A estação  de João Câmara



A estação do distrito de Baixa Verde foi inaugurada no dia 12/10/1910 no km 88 da EFCRGN. O distrito pertencia ao município de Taipu, sendo a época a sede daquele distrito uma nascente povoação que foi dinamizada pela construção da ferrovia em seu território. Atualmente é a cidade de João Câmara.
A distância entre a vila de Taipu e a povoação do distrito de Baixa Verde por ferrovia é de 28 km e como visto pelo horário a cima eram percorridos em 1 hora e 22 minutos.
Tanto o distrito como a estação conservaram o nome Baixa Verde até 1953 quando houve a mudança toponímica para João Câmara, já no atual município onde ali se encontra a referida estação. 


EDITAL DE CONCORRÊNCIA DO ATERRO NO CEARÁ-MIRIM



      Em O2/09/1910 Henrique Castriciano de Souza, secretário do Governo, de ordem do Governador do Estado, Alberto Maranhão, convidava os interessados a virem apresentar naquela secretaria propostas para a construção do aterro e ponte sobre o rio Ceará-Mirim, na cidade do mesmo nome, ligando as duas margens do vale para a estrada de rodagem do Cearár-Mirim a Touros, sob as seguintes condições:
         1ª- O aterro será de vinte e cinco palmos de largura, em nível superior a três palmos acima da maior enchente até hoje verificada e será guarnecido de ambos os lados por paredões de alvenaria com argamassa de cal em proporção de uma parte de cal para duas de areia, com meio metro de largura até o nível do aterro e trinta e cinco e seis centímetros até dois palmos acima desse nível.
       2ª- A ponte terá vão suficiente para dá passagem as águas nas maiores enchentes e será construída de madeira de lei, com guarnições laterais em gradis da mesma madeira, com um metro de altura.
       3ª-Deverão ser aproveitadas as obras já existentes.

            Antiga ponte sobre o rio Ceará-Mirim na cidade homônima



Atual ponte sobre o rio Ceará-Mirim na cidade homônima




Fonte: A República, 06/09/1910,p.2.

NOVO RAMAL DA GREAT WESTERN (RAMAL DE PICUÍ)



Desde fevereiro de 1910 que a Great Western estava trabalhando na construção do seu novo ramal, de Independência (Guarabira) a Picuí.
         Essa linha teria do seu inicio ao término um total de 136 km, percorrendo o interior do estado da Paraiba.
         O Governo Federal havia até aquela data autorizado somente a construção de 36 km.
O serviço de construção estava atacado no trecho autorizado sob a direção do engenheiro Scoones.
         Eram os contratantes das obras os srs. Costa Rego & Cia, ali representados pelos drs. José Henorinildes de Holando Costa e Celso Cirne.
         Naquela zona onde já estava se trabalhando, ficaram as estação de Pirpirituba no km 6 e Boa Vista no km 25, nos municípios de Guarabira e Bananeiras respectivamente.
         Estavam trabalhando na construção daquele trecho cerca de 1.000 homens.
O serviço de locação, feito de acordo com o projeto traçado do engenheiro da GWBR José Gomes Neto, foi dirigido pelo engenheiro Zeno da Silva.
         Devido a ser muito acidentada aquela zona e, além disto, terem sido encontrados outros obstáculos, a construção demoraria mais que o esperado para concluir o primeiro trecho da linha em questão.
         No entanto, esperava-se que fosse inaugurada em dezembro a estação de Pirpirituba.

Fonte: A República,   22/09/1910,p.1.