domingo, 27 de março de 2022

A NOVA CATEDRAL DE NATAL (PARTE III) A CATEDRAL NEOGÓTICA

 A catedral neogótica 

Dom Marcolino de Souza Dantas tomou posse como 4º Bispo da diocese de Natal em 29/06/1929. Foi ele que retomou em 1933 a ideia da construção da nova catedral de Natal só que dessa vez com um novo projeto arquitetônico em estilo neogótico como veremos adiante.

Projeto da nova catedral de Natal em estilo neogótico.

Para iniciar a obra da nova catedral dom Marcolino tinha que reaver o terreno da Praça Pio X pertencente a diocese e que por  aquele tempo estava servindo como praça pública construída pela prefeitura de Natal.

A justificativa para se construir a Nova Catedral de Natal na década de 1930 era que o Rio Grande do Norte estava passando por um surto evolutivo muito acentuado no inicio daquele período, devendo esse progresso ao governo do interventor Rafael Fernandes “que não poupava esforços para dotar sua terra de tudo o que se faça preciso para ser vantajosamente comparada aos outros Estados nordestinos” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 1936, p.3).

Assim, se verificava na capital potiguar não só um elevado crescimento demográfico, mas também um crescimento socioeconômico que se refletiria na arquitetura dos edifícios públicos e residências particulares, sobretudo nos bairros da Cidade Nova e Ribeira, áreas de expansão urbana e comercial da capital potiguar a época.

O quadro a baixo mostra a evolução demográfica da capital potiguar entre 1890 e 2010, período que corresponde ao inicio da construção da igreja pensada pelo padre João Maria e o ano de inauguração da nova catedral de Natal.

Evolução demográfica de Natal entre 1890 e 1940

Censo

População

1890

13.725

1900

16.056

1920

30.696

1940

54.836

Fonte: elaborado pelo autor com base nos Censos demográficos do IBGE.

Na década de 1930, período em que se retomou o projeto para a construção da Nova Catedral de Natal, não houve a realização do Censo pelo IBGE, de modo que a ideia sobre este quesito é referente ao do censo da década seguinte.

Até meados da década 1930 Natal possuía 5 igrejas, a saber: a matriz/catedral de Nossa Senhora da Apresentação, a igreja de Nossa Senhora do Rosário, a igreja de Santo Antônio, respectivamente na Cidade Alta e a igreja do Senhor Bom Jesus das Dores na Ribeira e a igreja de São Pedro no Alecrim.

Assim, uma das justificativas mais usadas para a construção de uma nova catedral era o aumento populacional onde a catedral situada na Praça André de Albuquerque na Cidade Alta, já não atendia as necessidades litúrgicas da igreja católica de Natal.

         Entre 1921 e 1930 a ideia da construção da nova catedral de Natal ficou apenas nas reuniões da Comissão Central de Construção da Nova Catedral e na evocação dos fiéis para ajudar com donativos para a realização das obras.

         Por motivos de transferências dos bispos desse período, os mesmos não puderam concretizar a construção da nova catedral, no entanto, já havia sido feito planos, constituído comissões e começado pequenos trabalhos nesse sentido, mas é na década de 1930 que se dá de fato algo concreto na construção da nova catedral.

         Assim, o crescimento populacional, o crescimento socioeconômico do estado, atraindo para Natal os recursos provenientes desse desenvolvimento, a exiguidade das igrejas de Natal e a necessidade de um monumento católico símbolo da diocese, eram as justificativas a época para a construção da Nova Catedral de Natal.

De acordo com o jornal A Ordem, o bispo de Natal estava empreendendo a construção dos belos edifícios do Seminário São Pedro, do Lar do Clero, do Dispensário e da Confederação Católica a estes empreendimentos diocesanos se juntavam ainda três grandes obras que tinham suas construções animadas por Dom Marcolino Dantas na década de 1930, que eram elas, o Colégio Nossa Senhora das Neves, no Alecrim, o Colégio Santo Antônio, no Centro, o qual passou a ser regido pelos padres e irmãos Maristas a partir de 1932 e “o majestoso monumento por todos ansiosamente esperado – a Catedral” (A ORDEM, 14/07/1935, p.5).

         O  Pe. Paulo Herôncio, membro do clero diocesano de Natal, em palavras de encorajamento ditas pelas grandes realizações da Diocese de Natal, havia dito que ocupava em primeiro plano a construção do Seminário São Pedro “pelo incremento à obra das vocações” e a nova Catedral “que a operosidade incansável de D. Marcolino vai construir”. (A ORDEM, 14/07/1935, p.6).De fato foram grandes realizações incentivadas por Dom Marcolino Dantas em seu episcopado em Natal, no entanto, apena o prédio do Seminário foi concluído.

         Dom Marcolino Dantas, assim como a maior parte do pensamento católico na década de 1930, pensou em construir uma catedral em estilo neogótico. Era a tentativa da Igreja Católica de remontar a construção de imensas catedrais da Idade Média, cujo estilo dominante era o gótico, sobressaindo às imensas torres em agulha, os vitrais coloridos, as abóbadas sobrepostas nos transeptos que pareciam flutuar sobre o altar central da igreja.

Claro que o estilo neogótico tinha suas limitações, sendo que as construções de igrejas e catedrais nesse estilo arquitetônico levaram em conta as suas devidas proporções.

         Mas ideia era também trazer o fiel para a oração, cujo aspecto interno da igreja gótica se torna bem mais convidativa, sobretudo quando há a presença dos vitrais iluminando o ambiente litúrgico.

         O estilo neogótico estava em voga no Brasil, se revelando em projetos de construção de catedrais em outras capitais do país, como São Paulo, Vitória e Fortaleza, por exemplo.

A Praça Pio X

O local escolhido para a construção da Nova Catedral foi a Praça Pio X, onde antes havia sido iniciada em 1902 a construção da nova igreja matriz de Natal pelo padre João Maria cujos alicerces e algumas paredes ficaram visíveis até 1925 quando o antecessor de dom Marcolino Dantas autorizou sua demolição para ali se construir a Nova Sé.

O terreno havia sido doado pela senhora Sofia Roseli, situado num quadrilátero formado pelas avenidas Deodoro da Fonseca com a Avenida Floriano Peixoto e as ruas Açú e Jundiaí, no centro da cidade, a época, área de expansão da capital potiguar denominada de Cidade Nova, posteriormente recebendo o nome de Tirol.

O terreno era de direito e de fato da diocese e foi cedido em permuta a prefeitura até que se começassem as obras da nova catedral, não havendo data estipulada para tanto.

Em 1933 foi colocada solenemente a pedra fundamental da construção da nova  catedral, a diocese aguardavam melhores condições para se iniciar a obra, cuja a planta e a maquete se achavam expostas no palácio episcopal.

O Projeto de George Munier

         A planta da Nova Catedral de Natal elaborada pelo engenheiro George Munier já estava pronta e dentro de pouco tempo seriam iniciadas as obras.Seria uma igreja monumental com grandes proporções para uma igreja em Natal, com duas torres de 70 metros de altura e a igreja com 92 metros de comprimento e 44 metros de largura.

Planta da nova catedral de Natal em estilo neogótico.

Planta da nova catedral de Natal.Fonte: Diário de Peranambuco

         Atendendo ao pedido do bispo Dom Marcolino Dantas foi adotado pelo engenheiro francês um estilo gótico modernizado, mas sem perder as características do estilo clássico da Idade Média para a Nova Catedral segundo explicou o arquiteto George Munier ao apresentar seu projeto a imprensa de Natal onde o mesmo se encontrava para essa finalidade (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 1936, p.3).

O valor da obra da construção da Nova Catedral de Natal nesse projeto de George Munier foi orçado em 2.000 contos de réis.

O engenheiro George Munier esteve em Natal em 25/09/1935 juntamente com o arquiteto Otávio Tavares a convite de Dom Marcolino Dantas para fazer o levantamento da planta da Nova Catedral (A ORDEM, 26/09/1935, p. 1)[1].

Em companhia de jornalistas de A República, dom Marcolino se deslocou em automóvel até a Cidade Nova, na Praça Pio X, para lá demonstrar aos mesmos os trabalhos  de construção da nova catedral de Natal.

Lá demoraram alguns minutos.Ali estavam parte do material com que em breve se iniciaria os trabalhos da nova catedral.

         Dom Marcolino Dantas havia conseguido do Governo Federal a extração de pedras em Macaiba, assim como o transporte e descarga no cais do porto de Natal desse material. (In: DIÁRIO DA MANHÃ, 25/08/1935, p.5).

Ao concluir a visita de inspeção divagaram os jornalistas de A República: “tínhamos em frente a praça Pio X.Olhando-a o [bispo] Diocesano chama-nos a atenção dizendo: ‘é ali a catedral...’.Separamo-nos.Naquele instante,perpassa aos nossos olhos a visão do monumento de pedra gigantesca, torres brancas em aspiração para o alto, atestando o poder da vontade e a força inquebrantável da fé”.

         De acordo com os jornalistas de A República o bispo de Natal não era somente o concretizador de ideias. Era também o perscrutador da psicologia humana, senhor do senso da justa medida,amigo da ordem e da proporção,da harmonia e sobretudo da previdência.”É preciso prever tudo”, sentenciava Dom Marcolino Dantas após cada explanação aos jornalistas. (DIÁRIO DA MANHÃ, 25/08/1935, p.5).

 Desse projeto como efetivamente foi além da colocação solene da pedra fundamental foi iniciada a sua construção feita por Dom Marcolino Dantas, mas que apesar disso os trabalhos de construção não avançaram.

Apesar de sua grande beleza estética e sua suntuosidade arquitetônica o projeto da catedral gótica de Natal não chegou a ser concretamente executado tendo a ideia ficada em latência durante as décadas seguintes.

Sobre a rejeição do projeto gótico se lia no jornal o Poti: “O antigo projeto da Catedral em estilo gótico será modificado, a fim de atender as atuais circunstâncias do custo de construção, pois o antigo projeto que estava orçado em 3 milhões de cruzeiros, há dez anos passados, hoje não se executaria por 30 milhões” (O POTI, 1955, P. 3).

E assim foi que o projeto do arquiteto George Munier e idealizado por Dom Marcolino Dantas foi rejeitado sob a alegação dos custos para sua concretização. De concreto houve a benção da pedra fundamental assim como a aquisição do material para a construção da nova catedral que foi entregue no local da obra, porém, as obras pouco avançaram e já no inicio da década de 1940 o pouco que se havia iniciado foi demolido para dá lugar a Praça Pio X.

A construção da nova catedral ficaria assim mais uma vez a espera de uma solução e realização que ocorreria somente no inicio da década de 1950 como se verá adiante.






























Imagens elaboradas por Jônatas Rodrigues, 2018.



[1] Além do projeto da nova catedral, George Munier também projetou vários prédios conhecidos em Natal como o Grande Hotel, na Ribeira e o matadouro da capital.


A NOVA CATEDRAL DE NATAL (PARTE II)

 

Natal precisava de uma nova Catedral 

Apesar de ainda ter ares de cidade pequena a capital potiguar já começava a despontar no inicio da década de 1920 com grandes progressos urbanos e aumento populacional.

O plano de expansão da cidade daria a cidade uma nova configuração urbana na Cidade Nova, que corresponde aos atuais bairros do Tirol e Petrópolis.

No início da década de 1920 a população de Natal ainda era majoritariamente católica, porém, a capital potiguar contava apenas com apenas com duas paróquias, uma na Cidade e Alta e outra no Alecrim, e espalhada pela capital potiguar modestas e pequenas igrejas e capelas.

 Foi percebendo o progresso urbanístico e o crescimento demográfico  de Natal que o segundo bispo de Natal, Dom Antonio dos Santos Cabral, sentiu a necessidade de acompanhar tais progressos por meio da construção de uma nova catedral para a sede do bispado.

A iniciativa de Dom Antonio dos Santos Cabral

         Cronologicamente e efetivamente as primeiras iniciativas para a construção da nova catedral de Natal começam com Dom Antonio dos Santos Cabral que ao assumir a diocese de Natal, em 1918, revelou certa vez a algumas pessoas mais próximas de sua convivência    que  “o quanto lhe torturava o coração ver o povo de Natal, tão grandemente católico, ter seu principal templo tão manifestamente pequeno, para os exercícios do Culto Divino” (A CATEDRAL, 1921, p.1) e por isso surgiu no espírito esclarecido de Dom Antônio a ideia de se construir a Nova Catedral do bispado a qual seria “um templo condigno aos sentimentos de Religião e Fé do povo católico de sua cidade episcopal”(A CATEDRAL, 1921, p.1).

         Por uma reflexão lógica dom Antônio dos Santos Cabral conformando-se com a falta de recursos da diocese não teve a pretensão de construir uma catedral suntuosa, monumental e enriquecida com “as mais soberbas obras de arte do mais elevado estilo, com custosos quadros e esculturas da mais grandiosa concepção artística” (A CATEDRAL, 1921, p.1), pois, se cometeria uma injustiça ao povo perante a necessidade urgente de se construir um templo para abrigar dignamente a população da capital potiguar segundo o referido jornal.

         Assim, a nova catedral pensada por Dom Antônio Cabral deveria ser modesta e majestosa, condizente aos elevados sentimentos religioso do povo potiguar e proporcional as suas condições materiais como estava sendo ponderada pela Comissão Central de Construção.

         Segundo o boletim A Catedral era uma necessidade imperiosa a construção da nova Sé de Natal, por isso ninguém poderia se omitir ajudar nessa iniciativa feliz e justa, devendo todos sustentá-la e conduzi-la à realização. E concluía o artigo em tom ufanista: “Façamos a catedral”! A ideia não morrerá, com a benção do Céu e os auxílios do povo do Rio Grande do Norte! É uma ideia vencedora. (A CATEDRAL, 1921, p. 2).

         Dom Antônio dos Santos Cabral passou pouco tempo a frente do bispado potiguar, entre 1917 e 1921, tendo sido transferido para a Diocese de Belo Horizonte, não viu seu sonho ser realizado em Natal.

         Não encontramos maiores detalhes sobre o projeto dessa catedral pensada por Dom Antônio dos Santos Cabral.

Efetivamente ocorreu a constituição de comissões em todas a paróquias da diocese de Natal para se levantar recursos para iniciar a construção da nova catedral.

         Dom Antônio dos Santos Cabral decidiu que a nova Sé seria erguida na Praça Pio X na Cidade Alta, ou Cidade Nova como era conhecida a época o local escolhido conforme constava no jornal A Noite  na edição de 06/06/1920 onde se lia “d. Antônio, bispo desta diocese [de Natal], resolveu que a construção da catedral desta cidade seja feita no bairro da Cidade Nova” (A NOITE, 1920, p.3, grifo nosso).

Em 30/06/1920 foi realizada uma reunião no salão nobre do palácio do governo com a presença de famílias católicas natalenses para tratar da construção da nova catedral. A reunião foi convocada pela comissão encarregada das obras e presidida pelo governador do estado Antônio José de Melo e Souza (A UNIÃO, 1920, p.2).

         Assim, efetivamente no período de governo de Dom Antônio dos Santos Cabral foram formadas as Comissões das Obras da Nova Catedral. Essas comissões foram formadas pelos seguintes membros:

Na Diretoria de honra estavam os seguintes membros: Antonio José de Melo e Souza, governador do estado, presidente da comissão, Desembargador Joaquim Ferreira Chaves, ministro da marinha, 1º vice-presidente, José Theotônio Freire, juiz federal, 2º vice-presidente, Desembargador Heméterio Fernandes, presidente do Superior Tribunal de Justiça, 3º vice-presidente.

A Diretoria efetiva constava dos membros: Dom Antônio dos Santos Cabral, bispo diocesano, presidente da comissão, Monsenhor Alfredo Pegado de Castro Cortez, governador do bispado, vice presidente, Moisés Soares, advogado, secretario geral, Coronel Aureliano Clementino de Medeiros, comerciante, tesoureiro.

Já os membros efetivos da comissão Pró-Catedral eram: Henrique Castriciano, vice-governador do estado, Sebastião Fernandes de Oliveira chefe de policia, Augusto Leopoldo Raposo da Câmara, secretário do estado, coronel Pedro Soares de Araújo, inspetor do tesouro, Manoel Dantas, Diretor Geral de Instrução Pública, Tenente coronel Joaquim Anselmo Pinheiro, comandante do Batalhão de Segurança, Desembargadores João Dioniso Filgueira e Felipe Guerra, membros do Superior Tribunal de Justiça, Dr. Antônio Soares de Araujo, juiz de direito da 1ª vara de Natal, coronel Francisco Herôncio de Melo, tesoureiro do tesouro do Estado, Ezequias Pegado Cortez, Delegado de Policia da 1ª região, Dr. Januario Cicco, Inspetor da Saúde do Porto, Adalberto Soares de Araújo Amorim, diretor da escola de Aprendizes Artífices, Alberto Roseli, advogado, João Vicente da Costa, oficial de gabinete do governo do estado, Coronel Antônio de Paula Barbosa, comerciante, coronel Jorge Barreto de Albuquerque Maranhão, comerciante, coronel Antônio Celestino da Cunha Pinheiro,  delegado fiscal do tesouro federal, coronel  Joaquim Policiano Leite, comerciante, Nestor dos Santos Lima, diretor da Escola Normal, major José M. Pinto, gerente do jornal A República, padre José de Calazans Pinheiro, professor, capitão  Manoel Inácio Barbosa, funcionário federal, major Teodorico Guilherme C. Caldas, secretário do tesouro do Estado, padre Henrique Paulssen, vigário do Alecrim, capitão Miguel Barra, comerciante, comandante Antônio Afonso Monteiro Chaves, diretor da escola de Aprendizes Marinheiros, Décio  Fonseca , engenheiro chefe do melhoramento do porto, Belarmino Lemos, procurador fiscal do tesouro do estado e major Teodósio Paiva, presidente da intendência (A CATEDRAL, 1921,p.3).

A Comissão Central de Construção da Nova Catedral resolveu que seriam organizadas em todos os municípios do estado Comissões Regionais com o objetivo de intensificar a propaganda da construção da nova catedral pelo interior do estado.

         Dom Antônio dos Santos Cabral que estava em viagem pelo sertão assegurou a comissão que em todas as localidades por onde fosse feitas suas visitas pastorais seriam formadas essas comissões regionais.

         De volta de suas visitas pastorais, dom  Antônio Cabral apresentou a Comissão Central de Construção da Nova Catedral as Comissões Regionais formadas no interior, que foram criadas em Lajes, Angicos, Santa Cruz, Currais Novos, São Rafael, Santana do Matos, Portalegre, São Miguel de Jucurutu.

A comissão central designou outras comissões para saírem as ruas dos bairros de Natal para recolher donativos oferecidos para a construção da nova catedral, iniciando pelos comerciantes em diversas ruas da capital “alcançando o melhor sucesso” (A CATEDRAL, 1921, p. 4).

Apelava-se ao patriotismo do povo potiguar e a vergonha de Natal não ter uma catedral condigna perante as outras dioceses. Segundo o boletim A Catedral “convocaremos os filhos do Rio Grande do Norte a este augusto e nobre empreendimento. Bastam nesse particular, as humilhações experimentadas” (A CATEDRAL, 1921, p. 2).

         Ainda segundo o mesmo boletim o Rio Grande do Norte se constituía de uma diocese com aproximadamente 500.000 habitantes onde não se poderia mais suportar o deprimente contraste nos arraigados sentimentos religiosos, oferecido pelo confronto com outras dioceses, mais pobres e menos populosas “onde o ardor patriótico, aliado ao zelo esclarecido e trabalho perseverante de seus filhos, se engrandeceu e perpetuou em magníficas e imperecíveis monumentos de Fé e Civismo” (A CATEDRAL, 1921, p. 2).

Segundo o jornal citado primeiro passo para por em pratica a ideia lançada por Dom Antonio dos Santos Cabral foi a campanha de donativos na capital e em outros pontos do estado em que se poderia considerar lançados os fundamentos dessa grande obra (A CATEDRAL,1921, p. 2).

Em seguida seriam organizadas as contribuições mensais e anuais entre os moradores da capital “desde os mais altamente colocados, até os mais humildes, sinceramente empenhados, todos, em concorrer assiduamente para a efetividade dos trabalhos” (A CATEDRAL, maio 1921, p. 2).

Em todas as paróquias da diocese, povoados, lugarejos e recantos do estado por intermédio dos respectivos vigários das paróquias esperava-se que “os habitantes do Rio Grande do Norte, pelos seus sentimentos de Fé, Patriotismo e amor a arte saberão impor-se espontaneamente um tributo de honra do qual ninguém  ousará eximir-se tão módico e suave ele será” (A CATEDRAL, maio 1921, p. 2).

A comissão solicitava que cada um dos 500.000 habitantes do Rio Grande do Norte contribuísse com a quantia de 1$000 réis, recebendo por cada oferta um cartão numerado que lhe daria direito ao sorteio de numerosos prêmios de alto valor, sendo alguns de mais de conto de réis (A CATEDRAL, 1921, p. 2). Com a transferência de dom Antônio dos Santos Cabral a ideia da Nova Sé natalense fica adormecida até a chegada do novo bispo.

Nada foi encontrado a respeito do projeto arquitetônico da Nova Catedral que teria sido iniciado durante o episcopado de dom Antonio dos Santos Cabral.

Possivelmente deveria se tratar de um projeto neoclássico como era praxe nas construções arquitetônicas durante as primeiras décadas do século XX no tocante a arquitetura e pelo espírito esclarecido do bispo, amante das artes e do classicismo católico.

A Comissão Pró-catedral formada por Dom Antônio dos Santos Cabral seguiu se reunindo para tratar dos assuntos a ela atinentes, porém, a transferência do bispo de Natal para Belo Horizonte-MG esmoreceu o trabalho da comissão em cujo período de vacância da diocese potiguar nada pode fazer a não ser esperar a nomeação do novo bispo para recomeçar os trabalhos.

Se passariam quase 3 anos até ser nomeado o 3º bispo de Natal.

A iniciativa de Dom José Pereira Alves

         Dom José Pereira Alves, foi 3º bispo de Natal, assumiu a Diocese em 1923 até 1928 quando foi transferido para a diocese de Niterói-RJ.

De sua atuação diante da construção da Nova Catedral tem-se apenas que reuniu a Comissão Diretora Das Obras da Nova Catedral sob sua presidência a qual tomou medidas pertinentes a construção daquele que seria um majestoso edifício.

Dom José Pereira convidou o engenheiro Miranda Carvalho, da comissão de fiscalização das obras do porto de Natal, a quem coube levantar a planta do local onde seria erguida a Nova Catedral (O JORNAL, 1924, p. 8).

         Foi José Pereira a ordem para ser demolida a igreja iniciada pelo padre João Maria na Praça Pio X em 1925 onde no local seria erguida a Nova Catedral.

         A transferência de Dom José Pereira Alves para a diocese de Niterói-RJ não permitiu iniciar as obras por ele pensadas e ficando latente mais uma vez o sonho da construção da Nova Catedral de Natal.

         Não encontramos maiores detalhes sobre o projeto do engenheiro Miranda Carvalho.

         Dom José Pereira era um erudito, exímio orador sacro, inteligente e amante das artes, por essas qualidades possivelmente o projeto da Nova Catedral por ele pensada fosse igualmente um projeto de arquitetura neoclássica.

         Como já visto em capitulo anterior foi ele quem ordenou a demolição da antiga igreja iniciada pelo Pe. João Maria na Praça Pio X para que em seu lugar fosse erguida a nova catedral de Natal, sua transferência para Niterói-RJ adiaria pela segunda vez os planos do povo católico de Natal de iniciar a construção da nova catedral.

         A espera pela chegada de um novo bispo encontraria a cidade já em franca expansão demográfica e urbana, ansiando o povo católico pela construção da nova catedral.

Praça Pio X na Cidade Nova onde seria erguida a nova catedral de Natal a partir de 1920.



quarta-feira, 23 de março de 2022

A SEGUNDA PARADA DA PITOMBEIRA EM TAIPU

 

         Em 12/12/1916 a Companhia de Viação e Construções, empresa arrendatária da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, tornou público no jornal A República a autorização dada pelo aviso nº 217, de 07 de novembro de 1916, do Ministro da viação e obras públicas, o qual havia estabelecido um ponto de embarque e desembarque de passageiros no lugar denominado Pitombeira, no km 47, sendo que a resolução passaria a vigorá a partir de 15/12/1916.

         O aviso era assinado por Carlos Sampaio, chefe do tráfego e dado vistas por André Verissimo Rebouças, superitendente e A. Lima Junior, engenheiro chefe. (A REPÚBLICA, 12/12/1916, p.2).

Esse ponto de embarque e desembarque de passageiros como visto a cima se localizava 5 km antes da parada do km 52 na mesma fazenda Pitombeira, donde se conclui houve duas paradas naquela localidade.

         Este ponto estaria atualmente nas imediações do distrito de Boa Vista.

         A parada do km 52 foi inaugurada em 15/11/1907 no mesmo dia da inauguração da estação da Vila de Taipu.


Jornal A Rpública, 12/12/1916, p.2.

domingo, 20 de março de 2022

A NOVA CATEDRAL DE NATAL (PARTE I)


Prolegomenos

A catedral é a igreja principal de uma Diocese. É nela que se encontra a cátedra (cadeira) do bispo, símbolo de sua autoridade como pastor e de onde transmite seus ensinamentos aos seus diocesanos e onde se realizam os principais eventos litúrgicos da diocese, como os atos da semana santa, ordenações presbiterais, etc. 

Geralmente ao ser criado um bispado a igreja matriz é elevada a dignidade de catedral, porém, nada impede que sejam construidas catedrais propriamente ditas.

As catedrais remetem ao periodo clássico da Idade Média quando surgem os grandes e magnificos edificios para o culto católico, por isso a palavra catedral tem conotação de grandeza e esplendor,visto que nas grandes catedrais além do edificio imponente haviam as grandes obras de artes sobretudo em vitrais que conferiam as mesmas sua imponência.

A Diocese de Natal foi criada em 29/12/1909 pelo papa, hoje santo, Pio X, até então o território do Rio Grande do Norte pertencia eclesiasticamente a diocese da Paraíba. Com a criação do Bispado do Rio Grande do Norte, ou, Diocese de Natal, a então igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação, que era a única paróquia da capital potiguar, foi elevada a dignidade de catedral, tendo sido confirmado esse predicativo no ato de leitura da bula de criação da diocese que foi lida solenemente (Te Deum) em 29/10/1909 por ato do bispo da Paraíba, dom Aurélio de Miranda Henriques, que fora nomeado Administrador Apostólico do novo bispado até a nomeação do seu primeiro e titular bispo, que só ocorreria em 1911.

O primeiro bispo da diocese de Natal e a primeira catedral

O primeiro bispo da diocese de Natal foi dom Joaquim Antônio de Almeida que tomou posse em 11/06/1911 e permaneceu no cargo até 1915 quando renunciou por motivo de saúde. Nesse ínterim não se tem notícias de que ele houvesse cogitado a construção de uma nova catedral para a diocese ou que elevaria a nova igreja matriz de Natal em construção na Cidade Nova à condição de nova catedral.

A catedral de Natal, como já dito antes, era a igreja de Nossa Senhora da apresentação, situada a praça André de Albuquerque na Cidade Alta. Foi ela a primeira igreja de Natal, pequena, de arquitetura simples ao estilo barroco do século XVII, teve sua construção iniciada em 1601, destruída ao tempo da invasão holandesa, reconstruída após a expulsão destes, teve sua ampliação somente em 1962 com a construção da torre, desde então, pouco ou quase nada foi feito para o melhoramento ou ampliação da igreja e assim permaneceu até os dias atuais limitada em suas modestas proporções arquitetônicas.

No início do século XX o pe. João Maria, então vigário de Natal, dá início a construção da nova igreja matriz de Natal, de maiores proporções percebendo já a pequenez da matriz e antevendo o crescimento, assim como a população natalense, do número de fies católicos. Essa nova igreja começou a ser erguida num terreno situado na Cidade Nova, atualmente o bairro de Petrópolis entre as avenida Deodoro da Fonseca e floriano Peixoto com as ruas Mossoró e Apodi. As obras foram paralisadas com sua morte em 1905, chegou a ser retomada pelo seu sucessor o pe Moisés Ferreira em 1907 mas não logrou êxito ficando paralisadas logo depois.

         A igreja de Nossa Senhora da Apresentação na Cidade Alta foi a catedral de Natal até 21/11/1988 quando se inaugurou a nova e atual catedral metropolitana na Av. Deodoro, passando a ser novamente a igreja matriz da paróquia da Cidade Alta.Conservou honorificamente o predicamento de Catedral Antiga.

O sonho de uma nova catedral

O sonho de uma nova catedral para a diocese de Natal se inicia depois que dom Antônio dos Santos Cabral, o segundo bispo de Natal, tomou posse na Diocese em 1918.

Ele escreveu num jornal denominado A Cathedral em 1920 que causava constrangimento para a cidade de Natal que estava em franco progresso ter uma catedral tão acanhada que mal podia acomodar os fiéis em tempo de grandes solenidades.

Ele tomou a iniciativa de se construir então a nova catedral de Natal, e consciente das condições modestas do povo potiguar, idealizou uma catedral maior que a existente, com gosto e estilo arquitetônico e litúrgico, porém simples e a altura que as condições do povo permitissem, posto que seriam os fiéis católicos que contribuíram para sua construção.

De acordo com o Jornal do Comércio de Manaus na edição do dia 26/06/1920 ia ser iniciada a construção da nova catedral de Natal para a qual havia diversos planos arquitetônicos. (JORNAL DO COMÉRCIO, AM, 29/06/1920, p.1).

O local para essa nova catedral seria onde estava as ruínas da igreja iniciada pelo pe. João Maria em 1902.

 Em 30/06/1920 se reuniu no palácio do governo a comissão formada pró-construcão da nova catedral a qual seria responsável pela construção e arrecadação de meios para a realização do projeto. Sob a presidência do bispo diocesano, dom Antonio dos Santos Cabral, se reuniu no Colégio Santo Antonio, a  comissão central incumbida de promover os meios de se levar a efeito a construção da nova catedral da diocese de Natal. (JORNAL DO COMÉRCIO, AM, 01/08/1920, p.1).

         A sessão foi aberta com a palavra de dom Antonio Cabral, bispo diocesano, que expôs a finalidade da reunião, terminando por pedir o concurso do povo católico de Natal para a construção do novo templo.

         Em seguida o bispo indicou a comissão encarregada de promover os meios para o andamento dos serviços de construção da nova catedral a qual estava sob a presidência  do governador do Estado, Antonio de Souza.

         Por fim dom Antonio Cabral agradeceu o comparecimento de todos, o concurso das senhorinhas encarregadas dos convites para aquela reunião, terminando por convidar os membros da comissão para uma sessão no dia 01/07/1920 na igreja de Santo Antonio.

         No salão nobre do palácio do governo onde se realizou a reunião tocou uma grande orquestra, dando assim ao ato o máximo brilhantismo. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 03/07/1920, p.4).

De acordo com o jornal A Noite,dom Antonio Cabral, resolveu que a construção da nova catedral de Natal seria feita no bairro da Cidade Nova. (A NOITE, 06/06/1920, p.3).

         Dom Antonio dos Santos Cabral subscreveu uma doação de 2 contos de réis para o inicio das obras do templo, tendo igual gesto o coronel Francisco Cascudo, membro da comissão e pai do ilustre escritor e folclorista potiguar Luis da Câmara Cascudo.

Essa comissão por sua vez deliberou que deveriam ser criadas comissões em todas as paróquias da Diocese, que abrangia a época todo o território do Rio Grande do Norte, e para divulgar a ideia da construção da nova catedral de Natal foi criado o jornal A Cathedral, que até onde se sabe só teve poucas edições naquele ano de 1920.

Em 1921 a comissão central continua em atividade conforme se registra nós jornais da época, porém, em 1922 com a transferência de dom Antônio dos Santos Cabral para a então Diocese de Belo Horizonte-MG interrompe as atividades da comissão e do início das obras.

         Ainda de acordo com o referido jornal em 04/02/1921 continuavam com atividade os trabalhos da comissão central para a ereção de uma nova catedral na capital potiguar. (JORNAL DO COMÉRCIO, 04/02/1921, p.1).

         A comissão central das obras da nova catedral continuava empenhada em dar o maior desenvolvimento aos seus trabalhos apoiando em seus grandes esforços Dom Antonio dos Santos Cabral, bispo diocesano,na construção de um templo que serviria de Sé à Diocese de Natal.

         Dom Antonio Cabral estava em constante atividade, correspondendo-se diretamente com os vigários do interior do Estado, intensificando a propaganda em suas freguesias a auxiliarem a ação da comissão central em todo Estado.

         Resolveu-se pedir ao Rio Jornal, no Rio de Janeiro, a abertura de uma subscrição na colônia norteriograndense sediada naquela cidade em favor das obras da nova catedral. (JORNAL DO RECIFE, 24/09/1921, p.2).

       Em novembro de 1921 foi aprovado pelo Congresso Estadual o projeto nº 18,do deputado Pedro Soares e outros, autorizando o Governo do Estado a entrar em acordo com a Comissão Central encarregada da construção da nova catedral do Bispado, despendendo até a importância de 50:000$000, para a remoção das fundações da igreja matriz iniciada pelo Pe. João Maria, situada na Praça Pio X, no bairro da Cidade Nova, tendo em vista o aformoseamento da praça onde seria construída a nova catedral de Natal. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO,30/11/1921,p.2).

         Nada foi encontrado até o momento a respeito do estilo arquitetônico adotado por dom Antonio dos Santos Cabral para o projeto da nova catedral de Natal.Podemos supor que se foi adotado estilo em voga a época na construção de igrejas no Brasil, este era o gótico, inclusive o estilo já vinha sendo adotado nas igrejas do Estado e até mesmo na reforma por qual passou a antiga catedral de Natal, entretanto o espírito esclarecido de Dom Antonio dos Santos Cabral tendia mais para o neoclássico ou eclético.

         Fica portanto a incógnita a esse respeito.

Dom José Pereira Alves

O terceiro bispo de Natal, dom José Pereira Alves, só tomaria posse em 1923, o qual dá prosseguimento ao projeto de construção da nova catedral dos bispado.

Em 05/04/1924 esteve reunida a comissão diretora das obras da nova catedral sob a presidência do bispo diocesano, dom José Pereira Alves, para tomar medidas inerentes a construção do majestoso edifício.

         Dom José Pereira Alves havia convidado o engenheiro Miranda  Carvalho, chefe da comissão fiscalizadora das obras do porto de Natal para levantar a planta do local onde seria erguida a nova catedral da capital potiguar. (O IMPARCIAL, 06/04/1924, p.4).

Em 1925 ele autoriza a demolição das ruínas da igreja iniciada pelo pe João Maria e a limpeza do terreno para ser iniciada a construção da nova catedral.

         De acordo com o jornal A União a obra mais momentosa da Diocese de Natal em 1925 era a construção de uma nova catedral, pois a antiga e vestuta matriz, se bem que ainda completamente reformada,já não satisfazia as necessidades do povo. (A UNIÃO, 25/12/1925, p.21).

         Naquele mesmo ano de 1925 o Congresso Estadual havia votado uma subvenção para as obras da nova catedral.

         Assim, conforme se lia no jornal O Paiz em 09/04/1925 foram inciados os serviços de construção da nova catedral com a demolição dos antigos alicerces da igreja iniciada pelo Pe.João Maria em 1902 na praça Pio X. (O PAÍZ, 10/04/1925, p.2).

É desconhecido se o estilo arquitetônico proposto por dom Antônio dos Santos Cabral foi adotado por dom José Pereira Alves nem que se tenha sido elaborado outro projeto.

Ocorreu que em 1928 dom José Pereira Alves foi transferido para a então Diocese de Niterói-RJ e pela segunda vez foi interrompida construção da nova catedral de Natal.

Em 1929 tomou posse dom Marcolino Dantas, como o quarto bispo da diocese de Natal, porém ele só retoma a ideia de construir a nova catedral de Natal no ano seguinte.É o que vermos na próxima postagem.

 

Praça Pio X o local onde seria construida a nova catedral de Natal a partir de 1920.Na imagem de 1922 é possivel vê parte das colunas da igeja iniciada pelo Pe. João Maria em 1902, quenão é evidentemente a nova catedral.

Aspecto de uma missa celebrada na praça Pio X onde se vê as paredes e colunas da igreja iniciada pelo Pe. João Maria em 1902 e que seria demolida em 1925 por ordem de Dom José Pereia Alves para dá  lugar a nova catedral de Natal.

terça-feira, 15 de março de 2022

NOTAS PARA A MEMÓRIA DO MUNICÍPIO DE IELMO MARINHO (POÇO LIMPO) PARTE 5

 

Efemérides

       A seguir algumas efemérides que contribuem para a memória histórica do municipio de Ielmo Marinho.

O Guarani Futebol Clube de Umari

       Em 1972 foi fundado no distrito do Umari em Ielmo Marinho o Guarani Futebol Clube.

Sede do Guarani do Umari.Foto: o Poti,30/12/1973, p.11.

 O Penarol de Iemo Marinho

Foto: Dario de Natal, 26/02/1972, p.4.

          A cima  o time de futebol de Ielmo Marinho o Penarol em disputa do Matutão de 1972.

Falar com o papa

         No encontro que o então papa (atualmente santo) João Paulo II manteria em Recife com 40 agricultores integrantes do Movimento de Animação Cristã no Meio Rural, o Rio Grande do Norte estaria representado por 4 camponeses, sendo eles José dos Santos, de Pureza, Teodósio Henrique de Paiva, de São Gonçalo do Amarante, Raimundo Bento Xavier, de Ielmo Marinho e Simão Paulino do Nascimento, de São Bento do Norte. (DIÁRIO DE NATAL, 03/07/1980, p.5).

Agência bancária

         Segundo o Diário de Natal em 28/02/1984 seria inaugurada a agência do Unibanco em Ielmo Marinho, situada na rua José Camilo Bezerra, 31, naquela cidade. (DIÁRIO DE NATAL, 28/02/1984, p.3).

Morte do ex-prefeito

Em 1984 morreu vitima de infarto aos 60 anos, o ex-prefeito de Ielmo Marinho, José Valdivino de Mesquita, que foi dos lideres do PSD naquele município.

         Ele foi prefeito em dois períodos, entre 1965 e 1968 e de 1973 a 1977.

         Era casado com Aliete Dias de Mesquita e tinha dois filhos, José Roberto Dias de Mesquita e Carlos Henrique dias de Mesquita.

         Ao seu sepultamento estiveram presentes lideranças políticas do município, presidentes de associações de classe e representantes do comércio local. (DIÁRIO DE NATAL, 07/02/1984, p.6).

José Valdivino de Mesquita, Ex-prefeito de Ielmo Marinho.