segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

CENSO AGRÍCOLA DE 1920 EM TAIPU


      O primeiro Recenseamento agrícola realizado pela Diretoria de Estatística do Ministério da Agricultura demonstrou que foram recenseados 96 estabelecimentos rurais no município de Taipu. Estabelecimentos rurais compreende sítios, fazendas, granjas ou qualquer outra propriedade situada na zona rural de um município.
   As informações a princípio não dizem muita coisa, mas olhando mais profundamente elas revelam um pouco da história do município de Taipu, sobretudo quando se mostram os locais, distritos e fazendas que havia no município no início do século XX, além disso relatam os nomes das primeiras famílias de Taipu e figura conhecidas na região do Mato Grande como se verá adiante.
      Eis a baixo os proprietários e respectivos estabelecimentos recenseados em 1920:

Nº de ordem
Proprietário
Estabelecimento ou  localidade
1
Pedro de Oliveira
Pitombeira
2
Cipriano Guedes
Bom Jardim[1]
3
Josefa Cavalcanti
Inhandú[2]
4
Marcolino J. da Cruz
Gangorra[3]
5
Ângelo Varela
Gangorra
6
Manoel Gomes
Ladeira Grande[4]
7
Manoel Eugênio
Ladeira Grande
8
Antônio Simão
Riacho Fechado[5]
9
Simão Barreto de Morais
Riacho Fechado
10
Alberto Carrilho
Riacho do Barreto[6]
11
Bento Fernandes Macedo
Riacho do Barreto
12
Felipe Soares Câmara
Pousa[7]
13
Manoel Teixeira
Boa Água[8]
14
Miguel Bilro
Umburanas[9]
15
Diomedes Ataliba
São Pedro[10]
16
José F. Alves
Cravo de José Alves[11]
17
João Beldes
Cravo de José Alves
18
Joaquim Alves da Rocha
Lagoa de Melancias[12]
19
Luis P. de Melo
Lagoa Nova
20
Manoel Batista
Baixo Batista[13]
21
Adão Marcelo da Rocha
Baixo Epifânio[14]
22
José Alves da Rocha
Baixo do Cosmo[15]
23
Felipe Soares
Pousa
24
Antônio Soares
Pousa
25
José Paulino
Pousa
26
Luiz Ferreira de Miranda
Vila de Taipu
27
Theófilo Furtado
O Pegado[16]
28
Rozendo Leite da Fonseca
Maracajá
29
João Monteiro
Riacho Salgado
30
Inocêncio Barros
Serra da Pousa[17]
31
Francisco Teixeira
Tabuleiro do Barreto
32
Silvino Raposo Câmara
Riacho do Coité
33
Laurentino Maia de Oliveira
Umari
34
Candido Ferreira de Miranda
Rodeiro
35
João Leite da Fonseca
Serra da Pousa
36
Francisco Soares
Vila de Taipu
37
João Soares da Silva
Vila de Taipu
38
Antônio Hermógenes de Morais
Umari
39
Miguel Ferreira da Câmara
Passagem Funda
40
Josefa E. de Andrade
Vila de Taipu
41
José Ferreira
Lagoa da Jurema
42
Manoel Juvêncio Câmara
José vieira
43
Antônio Félix
Umari
44
Francisco das Chagas
Umari
45
José Jacinto Duarte
Umari
46
Olindina de Oliveira
Cajazeiras
47
Manoel Antônio
Cipó[18]
48
Jovino Lucas
Santa Luzia[19]
49
João Manoel
Poço Branco[20]
50
Ismael Oliveira
Amarelão[21]
51
João Gomes da Costa
Pitombeira
52
Manoel Cosme
Pitombeira
53
Pedro de Oliveira Correia
Duas Passagens
54
José Fernandes
Conceição[22]
55
José Francisco Campos
Cachoeira
56
João Miranda
Alberca
57
Pedro Guedes de Paiva Fonseca
Boa Esperança[23]
58
Francisco Gonçalves
Boa Vista
59
João Gabriel
Boa Vista
60
Miguel Viana
Boa Vista
61
Júlio Rodrigues
Matão
62
Francisco Silva
Marizeira[24]
63
Manoel Gabriel
Boa Vista
64
Joaquim Gabriel
Boa Vista
65
Francisco Cruz
Passagem Funda
66
José Cruz
Passagem funda
67
Vicente Severiano
Passagem Funda
68
Miguel Cruz
São Paulo[25]
69
Manoel Rodrigues
Boa Vista
70
João Miranda
Sitio Rodeio
71
Antônio Cruz
Maracajá
71
João Gomes Primo
Gameleira
73
João Gomes
Gameleira
74
José Pequeno
Gameleira
75
Antônio Juvêncio
Gameleira
76
Joaquim Miranda
Rodeio
77
José Gabriel
Santa Cruz[26]
78
Joaquim Lira
Santa Cruz
79
Genésio de Oliveira
Logradouro
80
Gabriel Pereira
Cravo do Gabriel[27]
81
João França
Cravo do França[28]
82
Manoel França
Matão
83
Jó da Soledade
Matão do Jó[29]
84
Luz Francisco
Matão do Joaquim[30]
85
João Soares
Samambaia[31]
86
João Carlos Soares
Samambaia
87
Antônio Alves
Cravo
88
João Joaquim
Matão
89
Arthur Hipólito
Novo Mundo[32]
90
Antônio Justino
Baixa Verde[33]
91
João F. Oliveira
Baixa Verde
92
João Severiano da Câmara
Baixa Verde
93
Horácio Sérvulo Diniz
Baixa Verde
94
João Batista Furtado
Assunção[34]
95
Manoel Vicente
Sitio Valentim[35]
96
Estolano F. da Soledade
Assunção
Fonte: Recenseamento do Brasil realizado em 1 de setembro de 1920. Relação dos proprietários de estabelecimentos rurais recenseados no Estado do Rio Grande do Norte. Ministério da agricultura, indústria e comércio. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro, tipografia da Estatística, 1924, p. 106-107.



Algumas considerações
       Bento Fernandes de Macedo [nº 11], proprietário no Riacho do Barreto, é o nome que denomina atualmente ao município e cidade de Bento Fernandes, foi subdelegado daquele distrito.Manoel Eugênio [Nº 7] foi o intendente que mais tempo passou a frente da administração do município, entre 1906 e 1913.Adão Marcelo da Rocha [Nº 21], é o que denomina a atual Escola Estadual Adão Marcelo da Rocha, localizada no Alto da Bela Vista em Taipu, é a única escola de ensino médio do município. João Gabriel [nº 59], foi vereador em Taipu, denomina nome de rua no Alto da Bela Vista em Taipu.
       João Severiano da Câmara [Nº 92], natural da Boa Vista, distrito de Taipu, foi o proprietário da firma João Câmara & irmãos, prefeito de Taipu entre 1927-1929 e primeiro prefeito de Baixa Verde, eleito senador da República em 1947.
      Interessante a menção a mulheres nessa lista. São elas: Josefa Cavalcanti [nº 3], proprietária no Inhandú; Josefa E. de Andrade [nº 40] proprietária ou residente na Vila de Taipu e Olindina de Oliveira [nº 46], proprietária em Cajazeiras, o que indica serem a época viúvas e/ou herdeiras de tais propriedades.
     Alguns locais eram praticamente os “feudos” de algumas Famílias, como os Gomes da Costa na Gameleira e Pitombeira, os Cruz em Passagem Funda, os Leite da Fonseca no Maracajá, os Câmaras e Gabriel em Boa Vista.





[1] Não localizado.
[2] Atualmente distrito de Poço Branco.
[3] Faz parte do atual município de Pedra Preta.
[4] Atualmente distrito de Bento Fernandes.
[5] Atualmente distrito de Bento Fernandes.
[6] Distrito do Barreto, atual cidade de Bento Fernandes sede desse município.
[7] Atualmente distrito de Poço Branco.
[8][8] Território do município de Bento Fernandes.
[9] Não localizado.
[10] Não localizado. Provavelmente nome de estabelecimento particular.
[11] Atualmente distrito de Poço Branco.
[12] Atualmente distrito de Poço Branco.
[13] Não localizado. Provavelmente nome de propriedade particular.
[14] Não localizado. Provavelmente nome de propriedade particular.
[15] Não localizado. Provavelmente nome de propriedade particular.
[16] Não localizado. Provavelmente nome de propriedade particular.
[17] Creio que seja a mesma Pousa, no atual distrito de Poço Branco.
[18] Não localizado.
[19] Não localizado.
[20] Antigo distrito que ficava as margens do rio Ceará-Mirim ali denominado Jacaré e que foi submergido pela construção da barragem, não tem relação com a atual cidade de Poço Branco sede do atual município já que esta foi totalmente construída após a emancipação do antigo distrito.
[21] Atualmente distrito de João Câmara.
[22] A Conceição era uma comunidade familiar localizada no extremo com Ceará Mirim, encravada entre Pitombeira e o rio.Ainda existe, como referência, a lagoa da Conceição, que sangra por um pontilhão da linha do trem, para o Rio.A informação foi prestada pelo engenheiro Arnaldo Eugênio, bisneto por parte de mãe de José Fernandes citado na linha 54, a qual agradecemos a colaboração.
[23] Não localizado
[24] Haviam em mapas antigos do município uma Marizeira na região oeste do município, atualmente há um distrito de Umarizeira só que na região sudeste e se denomina Umarizeira.
[25] Não localizado. Em documentos antigos do município de Ceará-Mirim há citação a localidade de São Paulo do Taipu.
[26] Não localizado.
[27] Provavelmente na mesma região do atual Cravo distrito de Poço Branco.
[28] Idem.
[29] Na mesma região do Matão.
[30] Idem.
[31] Atual distrito de Poço Branco.
[32] Não localizado. Provavelmente propriedade particular.
[33] Atualmente município e cidade de João Câmara.
[34] Atualmente distrito de João Câmara.
[35] Idem.

sábado, 2 de dezembro de 2017

A HISTÓRIA DE ANTÔNIO TEODORICO MIRANDA ZELADOR DA CAPELA DE GALINHOS


     Esta é daquelas histórias cujo roteiro daria um filme. Trata-se da história do velho Antônio Teodorico Miranda, zelador da capela de Galinhos.
     Galinhos era uma povoação destinada a desaparecer sob as areias que iam a cada dia sepultando o povoado com avanço dos morros sobres as casas e expulsando impiedosamente os moradores da localidade.
    Certo dia quando não mais era possível impedir a marcha areias jogadas pelos fortes ventos o Apostolado da Oração da capelinha se reuniu com o vigário de Macau para tirar um retrato de despedida.
      Na semana seguinte muitas famílias começariam a se retirar em busca de outras praias. Galinhos ficaria entregue a ação dos ventos e dos morros. Na orla do mar os pescadores iam construindo seus ranchos.
       Entre os que teimaram em ficar estava Antônio Teodorico de Miranda, velho e aleijado em virtude do reumatismo, morando distante, todos os dias ia a capela para rezar o terço e para varrer das portas a areia que o vento juntava a noite.
     Aquela capela fazia parte de sua vida. Fora ele quem comprara todos os utensílios e paramentos litúrgicos necessários as celebrações das missas com a ajuda dos pescadores locais.
    A capela tinha cálice, missal, ambula, ornamentos de todas as cores litúrgicas, tudo em bom estado de conservação, limpos e espanados diariamente. Além do zelo pela capela Antônio Teodorico ministrava as aulas de catecismo para as crianças daquela comunidade.
       A morte o alcançou em 1941.Não lhe abatia o reumatismo, não o venceu as areias, venceu a morte.
        Porém, o velho Teodorico morreu vencendo, porque seu nome ficou ligado a história religiosa da linda praia e de boa gente de Galinhos. O povo haveria de lhe eternizar sua memória.
        A capelinha, com seus santos bonitos e com seus paramentos que faziam inveja a muitas igrejas matrizes recordaria sempre o apostolo, o homem de ação católica, o zelador e o catequista, o devoto de Nossa Senhora que todas as tardes repicava os sinos convocando os fiéis para o terço que ali se rezava.
      O exemplo de Antônio Teodorico Mirando mostra o quanto é possível a vontade fortalecida pela graça, seu apostolado humilde é uma lição para todos. O que ele fez podia ser imitado. O trabalho do velho zelador da capela de Galinhos deveria servir de modelo de encorajamento a tantas pessoas que desanimam diante das dificuldades.
        Antônio Teodorico Miranda foi um exemplo magnifico de apostolado leigo na igreja católica exercendo a função de zelador e catequista da capela da então povoação de Galinhos.

Fonte: A Ordem, 09/09/1941, p.1.


     Não sei se a atual cidade de Galinhos faz de alguma forma homenagem a memória do velho zelador e catequista Antônio Teodorico Miranda. A capela também não é a mesma que era zelada por ele. Uma nova igreja foi construída na cidade. Galinhos é atualmente capela sufragânea da paróquia de Jandaira.

      O município de Galinhos é dos menores contingente populacionais do estado do Rio Grande do Norte com  seus 2.150 habitantes segundo IBGE/2010 e está distante até 166 km de Natal.





Igreja atual de Galinhos.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

SOBRE OS ESTRONDOS DE BAIXA VERDE EM 1949


      Há muitos anos se ouviam falar nos estrondos de Baixa Verde que se faziam ouvir algumas vezes por ano.Os moradores mais antigos de Baixa Verde afirmavam que os estrondos eram ouvidos desde 1915, desde então, em anos intercalados eram ouvidos tais estrondos.
     Em noites de muita calma, ouvia-se ao longe, um barulho como um tiro de canhão, que cresciam em intensidade, a tal ponto das pessoas afirmarem de estarem sentindo a terra tremer.
     Certo morador de João Câmara afirmava ter ouvido no dia 24 de dezembro de 1946 aproximadamente as 7h30 um grande estrondo acompanhado de tremor de terra. Disse ele ter tido a impressão de que fora um tambor de 2 a 3 mil quilos que tinha arriado de uma certa altura, a uns 500 metros de distância.
   A população de Baixa Verde e redondezas testemunhavam tais fatos amedrontada pois que os estrondos a cada dia se faziam mais frequentes e aumentando igualmente de intensidade.
      Em 1949, por exemplo, novos casos de estrondos e abalos foram relatados pelos moradores de Baixa Verde trazendo grande pavor e nervosismo a população.Em 19 de abril de 1949 um sábado, das 8h da manhã até a madrugada foram ouvidos cerca de 11 estrondos na cidade de Baixa Verde todos acompanhados de tremores de terra.
      No dia 22/04/1949 a partir das 20h começou a estrondar até altas horas da madrugada, onde foram contados até 19 estrondos, ora fracos, ora fortíssimos.
      Varias famílias ficaram sobressaltadas e altas horas da madrugada valera-se de suas orações para se tranquilizar.A situação parecia aterradora, haviam familias já se retirando do município com receio de acontecer algo mais grave.O certo era que a população desconhecia a origem daqueles fenômenos até então.
    A população enviou um telegrama ao governador José Augusto Varela no sentido de se tomar providencias para investigar os fenômenos geológicos que estavam ocorrendo em Baixa Verde, a intenção era que o governador entrasse em contato com técnicos do governo federal intendidos do assunto para investigar tal casos, no entanto até aquele momento não havia sido dada resposta alguma por parte do governador.
    A solução encontrada pelo povo de Baixa Verde foi apelar a imprensa para que se divulgasse a situação caótica que se verificava na cidade a fim de sensibilizar o governador para se tomara as devidas providências para tranquilizar as famílias que lai residiam.




A Ordem, 03/03/1949, p. 6.

SOBRE A CONSTRUÇÃO DO AÇUDE PEDRA D’ÁGUA EM BAIXA VERDE PELA FIRMA JOÃO CÂMARA & IRMÃO EM 1947


        A firma João Câmara & Irmão estava construindo um açude em Baixa Verde em 1947 e conforme se li ano jornal a Ordem “ merece aplausos da população de Baixa Verde a firma João Câmara & Irmão que dentro de poucos meses terminará a construção de um grande açude capaz de resolver toda a situação angustiosa da população baixa-verdense nos anos secos”.
           Desde o ano de 1945 a firma estava empenhada na construção do açude de Pedra d’água com capacidade para 3.700,00 m³ de água, situado ao sul da cidade. A obra estava sob a responsabilidade do engenheiro agrimensor Francisco Alves Maia, o qual estava “desempenhando os serviços com competência”.
        Na construção desse açude a firma já havia contribuído com mais Cr$ 400.000,00 e pretendia ainda canalizar a água para a cidade, pois “somente assim ficará resolvido o grande problema de água de Baixa Verde que a poucos anos passados a população viveu dias amargurados a espera do precioso líquido[...]”.A iniciativa da firma João Câmara & Irmão era louvável porque em tempos de seca a população tinha que se deslocar até 4,5 km para conseguir encontrar água para consumo e também esperar até dias pela chegada do trem da Estrada de Ferro Sampaio Correia que trazia água da lago de Extremoz para ser distribuída na cidade.
         Além dessa auspiciosa noticia a população de Baixa Verde também tinha outras razões para comemorar naquele ano, pois “as vazantes colossais que desde agora estarão fornecendo batas e no próximo verão termos milho, feijão, o jerimum etc”. Acrescente-se também que foram colocados uma grande quantidade de curimatãs para produção que seriam colhidos em no máximo um ano.



Fonte: a ordem, 31/03/1947, p.2.

SOBRE O GRUPO ESCOLAR CAPITÃO JOSÉ DA PENHA DE BAIXA VERDE EM 1947


    Sobre o grupo escolar capitão José da Penha escreveu o engenheiro agrônomo Álvaro Ferreira Neves em 1947 quando esteve visitando Baixa Verde:
    “Este modelar estabelecimento é dirigido pela ilustre professora Maria Guimarães, que alia à sua reconhecida capacidade profissional, uma superior educação cívica, manifestada para com as colegas, os visitantes e seus alunos. Ela acumula a direção do Grupo à cátedra do 5º ano cuja turma conta com 19 alunos de ambos os sexos.
    Entre suas auxiliares destaca-se a prof. Maura Santos, que é daquelas capacidades profissionais apaixonadas pela profissão. Ela leciona o 1º ano cuja turma consta 43 alunos de ambos os sexos.
       A disciplina da turma chama a atenção imediatamente; o progresso de seus alunos entusiasma a qualquer visitante, notando-se mesmo, um esforço titânico dos alunos em aprender o que ensina a extraordinária Mestra. Mas há um tal de Raul, espécie de azougue sobre papel que causaria inveja até ao CAPIROTO...
     A turma do 2º ano é dirigida pela prof. Maria Fernandes da Mota e Silva; a do 3º e 4º ano pela prof. Glaucia Amélia de Paiva. A 1ª consta de 31 alunos, a 2ª de 51.Numa ligeira demonstração, feita em minha presença, provaram serem detentoras de capacidade profissional superior ao cargo. Tive vontade de ser alunos daquele Grupo, ao menos para ajudar ao Raul a quebrar os vidros e as telhas...
    O estabelecimento está dotado de abundante e moderno material escolar, afirmando a Diretora que todos os pedidos feitos o Diretor Geral do Departamento de Educação tem sido satisfeito com toda a presteza.
   O curso de alfabetização está funcionando sob orientação técnica da Sta Engracia Varela, cuja a frequência, porém, deixa a desejar.
   A visita do engenheiro agrônomo Álvaro Ferreira Neves ocorreu em 17 de junho de 1947 já a publicação do seu relato no jornal A Ordem ocorreu em 08 de julho de 1947.


  Fonte: A Ordem, 08/07/1947, p. 4.




      O quadro resumo foi elaborado por mim a partir das informações a cima.

Quadro resumo
Perfil do Grupo escolar Capitão José da Penha de Baixa verde em 1947
Ano
Professora
Nº de alunos
Maura Santos
43
Maria Fernandes da Mota e Silva
31
3º e 4º
Glaucia Amélia de Paiva
51
Maria Guimarães
19
Curso de alfabetização
Engracia Varela
Não informado
Total de alunos
------------------
144


Fonte: elaborado a partir das informações do relato do engenheiro Álvaro Ferreira Neves in: A Ordem, 08/07/1947, p. 4.



     O grupo escolar Capitão José da Penha foi inaugurado em 1927, está vivenciando este ano de 2017 seu 90º aniversário.Vida longa a esta que é a segunda casa de educação mais antiga da região do Mato Grande, sendo o posto de primeiro destinado ao Grupo escolar Joaquim Nabuco de Taipu inaugurado em 1919.