sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A ESTAÇÃO SÃO SEBASTIÃO (PADRE JOÃO MARIA)



Cada vez estudamos mais coisas descobrimos sobre a memória ferroviária do Rio Grande do Norte.Desta vez descobrimos a história da estação São Sebastião, atual Padre João Maria no Carrasco, na capital potiguar.
Segundo o jornal A Ordem o diretor da EFSC, João Galvão de Medeiros, havia autorizado a construção da estação do km 4, no Carrasco destinada aos trens suburbano e dentro de poucos dias deveriam entrar em circulação os referidos trens automotrizes movidos a álcool anidro.(A ORDEM,  01/06/1951,p.1).Era um grande melhoramento para ao trafego da EFSC no trecho entre Natal e Nova Cruz segundo o referido jornal.Os trens fariam viagens pela manhã, ao meio dia e a tarde, entre a Ribeira e o Carrasco, cobrando-se preço popular.Durante o percurso haveria diversas paradas a fim de melhor atender aos passageiros.(A ORDEM,  04/07/1951, p.1).
A população residente no km 5, no Carrasco, pediram que a parada final fosse ali e não no km 4, devido neste haver serviço de ônibus e naquele não, além de atender aos  numerosos habitantes daquele trecho.A parada no km 5 facilitaria a comunicação com o Abrigo do Bom Pastor.
Já em 1951 o jornal A Ordem publicava que “é oportuno anunciar que já foi concluída a pequena estação do bairro do Carrasco, (São Sebastião para uns, agora Dix Sept Rosado) devendo brevemente ser iniciado o serviço de trens suburbanos”. (A ORDEM, 19/01/1952, p.1, parêntese do original).

Batizada com o nome de São Sebastião
Os habitantes do Carrasco dirigiram então ao engenheiro João Galvão de Medeiros, diretor da EFSC, um memorial solicitando que fosse denominada “são Sebastião” a parada construída no km 4 da linha Natal –Nova Cruz.Nada, que era conforme o jornal A Ordem uma justa pretensão dos habitantes daquele populoso bairro.( A ORDEM, 10/05/1952, p.4). O engenheiro João Galvão atendeu a solicitação e por despacho denominou “são Sebastião” àquela parada de trens.A denominação era uma homenagem ao padroeiro da localidade cuja a paróquia foi criada em 20/01/1949 na Baixa da Beleza ( av Cel Estevam ou Av. 9).
        A parada São Sebastião foi construída para ser o ponto terminal dos trens suburbanos no trecho entre Natal e Nova Cruz da EFSC. O serviço beneficiaria principalmente a população operária das Quintas, Alecrim e imediações.
        Em 1955 a estação São Sebastião mudou de nome para Padre João Maria conforme indicava o jornal O Poti “a estação de São Sebastião no antigo bairro do Carrasco passará a chamar-se de agora em diante Padre João Maria” (O POTI, 30/11/1955, p.12).
        A nova designação já havia sido aprovada pelo Departamento Nacional de Estradas de Ferro tendo sido sugerida pelo diretor da Estrada de Ferro Sampaio Correia o engenheiro Edilson Fonseca em homenagem a data do cinquentenário da morte do virtuoso sacerdote de Natal.
        Ainda segundo o mesmo jornal a mudança de nome teve em vista evitar a duplicidade de nomes de estações ferroviárias e a nova denominação mereceu aprovação do Conselho Nacional de Geografia e Estatísticas, atual IBGE.

Trem suburbano
         Os trens suburbanos da capital idealizados pela EFSC conduziriam os trabalhadores dos subúrbios à Cidade Alta e Ribeira.
O engenheiro João Galvão de Medeiros, diretor da EFSC, havia comunicado a imprensa que acabava de receber do Departamento Nacional de Estradas de Ferro a comunicação de foram reservadas 3 locomotivas compradas pelo governo federal na França.
Essas locomotivas eram movidas a lenha e eram bastante possantes dizia o jornal a ordem. O jornal ainda dizia que os armazéns da Esplanada Silva Jardim estavam sendo aumentados para receber as referidas locomotivas.
Em 1952 a EFSC aguardava somente a chegada dos motores “Saurer” destinados as automotrizes que fariam o serviço de trens suburbanos e que dependiam da adaptação desses motores nas automotrizes.O engenheiro João Galvão de Medeiros havia dito ao jornal a Ordem que estava tudo organizado para esse serviço.
       Os trens suburbanos, muito embora já estivesse concluída uma das paradas, ainda não foram postos em circulação porque, para melhores resultados, era preferível aguardar a chegada de dois motores que consumiam óleo diesel, que já haviam sido embarcados para Natal, o que seriam utilizados para aquele serviço ao invés das maquinas já existentes queimando álcool anidro.
     Haveria 3 paradas intermediárias, sendo uma no km 3, uma outra na Tração e a terceira no Oitizeiro.Os pontos terminais seriam  a estação da Ribeira e a parada do km 4, no Carrasco.
      A população do bairro Gov. Dix Sept Rosado (antigo Carrasco) enviou um memorial ao engenheiro João Galvão de Medeiros em que solicitava ser batizada a parada daquele bairro com o nome do Padroeiro que invocavam São Sebastião.
      As viagens de 4 km seriam feitas em 10 minutos aproximadamente, e seriam realizadas todos os dias, inclusive aos domingos.Quanto ao numero de viagens por dia, nada estava resolvido em definitivo.Os operários viajariam em confortáveis automotrizes com capacidade para 48 passageiros assentados,e cuja a lotação completa seria de 70 passageiros.Possivelmente no mês de abril os operários teriam esse serviço “tão justa e ansiosamente aguardado”.( a ordem, 29/02/1952, p.4).

                                     A estação Padre João Maria





            A antiga estação Padre Maria foi demolida em 1986 e em seu lugar erguida a atual parada da CBTU dos trens metropolitanos da linha sul Natal-Parnamirim.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

CÂMARA CASCUDO COMENDADOR DA ORDEM DE SÃO GREGÓRIO MAGNO



         Em 1956 o escritor natalense Luiz da Câmara Cascudo recebeu das mãos de Dom Eugênio Sales, potiguar de Acari, a época bispo auxiliar de Natal, a comenda da Ordem de São Gregório Magno, que lhe foi conferida pelo Papa Pio XII.
         A cerimônia de entrega foi realizada na capital potiguar tendo sido assistida por grande número de pessoas.A Comenda de São Gregório Magno era a 11ª conferida ao escritor potiguar.

Fonte: Diário de Pernambuco, 15/03/1956, p.3


Fonte: Diário de Pernambuco, 1956.
              A imagem a cima mostra Câmara Cascudo ilustrando a noticia do jornal Diário de Pernambuco do recebimento da Comenda da Ordem de São Gregório Magno pelo ilustre escritor potiguar.

A Ordem de São Gregório Magno
A Pontifícia Ordem Equestre de São Gregório Magno foi criada em 1 de setembro de 1831, pelo Papa Gregório XVI, sete meses após sua eleição, em homenagem ao seu primeiro predecessor homônimo, do qual tomou o nome.
A ordem tem quatro classes:
Ø  Cavaleiro / Dama Grã-Cruz de primeira classe.
Ø  Cavaleiro / Dama Grã-Cruz de segunda classe.
Ø  Cavaleiro Comendador / Dama Comendadora.
Ø  Cavaleiro / Dama.
Esta é uma das cinco ordens pontifícias da igreja católica, segue a Ordem Piana e tem precedência sobre a Ordem de São Silvestre Magno. A ordem é conferida tanto a homens quanto a mulheres – e, raramente, a homens não católicos – em reconhecimento a seus serviços à Igreja, feitos notáveis, apoio à Santa Sé e ao bom exemplo dado à sociedade. É conferida a militares com o grau mínimo de major.
Tem o privilégio de ser saudado pela Guarda Suíça do Vaticano e tem precedência sobre a Ordem de São Silvestre Magno, Ordem Soberana e Militar de Malta e Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém. Os cavaleiros da classe Grã-Cruz de primeira classe recebem tratamento de Sua Excelência.
O mote da ordem é Pro Deo et Principe.
O decreto inicial determina que, em parte, "cavalheiros de lealdade provada à Santa Sé que, por razões de nobreza de nascimento e renome de seus feitos ou grau de sua , são merecedores de ser honrados por uma expressão pública de estima por parte da Santa Sé". Ao final, conclui que os galardoados devem progressivamente manter, por méritos contínuos, a reputação e confiança já inspirada, provando-se merecedores da honraria, servindo a Deus e ao pontífice. A honraria não implica nenhuma obrigação particular à Igreja.
Insígnia
Cruz de oito pontos, figurando São Gregório Magno no anverso e, no reverso, o mote Pro Deo et Principe. Sustentada por uma fita vermelha com orlas douradas. Na heráldica eclesiástica, a grã-cruz é representada com sua fita circundando o brasão, ao passo que os graus inferiores mostram apenas o distintivo pendurado pela fita abaixo do escudo.

                A insignia da Ordem de São Gregório Magno

Fonte: Wikipedia.

Os privilégios
         Os privilégios da Ordem de São Gregório Magno são:
Ø  Ser saudado pela Guarda Suíça do Vaticano.
Ø  Precedência sobre a Ordem de São Silvestre Magno, Ordem de Malta e Ordem do Santo Sepulcro.
Ø  O direito de andar a cavalo dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano, o que não tem sido feito há muito tempo.
  Os cavaleiros da classe Grã-cruz de 1º classe recebem tratamento de Sua Excelência.



Fonte: Wikipédia.

A ELEVAÇÃO DA DIOCESE DE NATAL A ARQUIDIOCESE




A arquidiocese de Natal foi criada pela bula papal Ardum omines pela qual a Diocese foi elevada a categoria de Arquidiocese e o bispo a dignidade de Arcebispo Metropolitano
A instalação da Arquidiocese de Natal ocorreu em 15/08/1952 ocasião em que houve grandes festividades em Natal para marcar o acontecimento que segundo o jornal A Ordem “a data de amanhã transcorre, 15 de agosto - assinalará um marco indelével na história do Rio Grande do Norte, com a instalação oficial de nossa Arquidiocese velha aspiração dos nossos católicos que agora se concretiza dentre as mais espontâneas demonstrações de regozijo e de ações de graças a Deus”.
      O pontificado do Santo Padre Pio XII, gloriosamente reinante, deixará para nosso Estado esse marco glorioso que veio de encontros as justas aspirações dos católicos norteriograndenses, ao mesmo tempo que permitiu ao grande arquiteto dessa conquista gloriosa, que é, inegavelmente o Exmo e revmo Dom Marclino Esmeraldo de Souza  Dantas, nosso primeiro Arcebispo Metropolitano dizia ainda o mesmo jornal.
      Para o jornal “ao querido Pastor natalense cabem, portanto, as honras desse auspicioso acontecimento, pois, ninguém desconhece a ação apostólica de Dom Marcolino Dantas a frente da Diocese de Natal quer como pioneiro de grandes movimentos em favor do bem espiritual de nossa gente, quer como iniciador de importantes obras  sociais e educativas, que ai estão florescentes e vitoriosas em suas ininterruptas atividades.Com a organização e criação das Dioceses de Mossoró e Caicó por iniciativa do nosso atual Arcebispo, foi muito feliz o gesto da Santa Sé, em conceder ao Prelado natalense a honra de ser nosso primeiro Arcebispo”.
    Justificava-se, assim, plenamente, a alegria que invadia a alma católica do povo potiguar, nas vésperas da instalação oficial da Arquidiocese e posse do seu primeiro Arcebispo.

O que é um arcebispo e uma arquidiocese?
         O arcebispo é o chefe hierárquico de uma Província Eclesiástica, que por sua vez é formada por 3 ou mais dioceses das quais, geralmente, a mais antiga é elevada a categoria de Arquidiocese ou Sé Metropolitana.No caso do Rio Grande do Norte, a Província Eclesiástica foi criada pela existência de três dioceses que são: Natal (criada em 1909), Mossoró (criada em 1934) e Caicó (criada em 1939), sendo estas duas últimas denominadas dioceses sufragâneas.Na Arquidiocese, o poder do Arcebispo é sobretudo supletivo, como se verifica do Código de Direito Canônico (Cân. 274).
       A insígnia do Arcebispo é o ‘Pálio’, isto é, uma fita de 6 cm de largura, feita de lã branca, como 6 cruzes de seda preta sobreposta, a ser colocada sobre os ombros com 2 pontas que finalizam numa peça de seda.A lã do pálio é feita de dois cordeiros bentos na festa de Santa Inês e que depois de feito o pálio será entregue pelo papa ao bispo eleito como Arcebispo.
       O significado do pálio de lã de cordeiros e o trazê-lo sobre os ombros, lembram ao Arcebispo as virtudes do Bom Pastor no exercício de sua jurisdição.
        No tocante a igreja catedral, ao ser criada a Arquidiocese ela passa a ter a dignidade de Catedral Metropolitana ou Sé Metropolitana, sendo o mais usual a primeira denominação, consagrada aqui no Rio Grande do Norte em alusão a catedral. Já o Arcebispo pode ser chamado também de Metropolita.

A  festa de instalação
         Para assinalar o acontecimento, grandes festas foram realizadas na capital, iniciando com as missas em ação de graças e comunhão geral dos fiéis “numa prece uníssona aos céus, neste dia glorioso da Assunção de Nossa Senhora”.
        As 07h00 na Catedral Metropolitana houve missa festiva comparecendo as Filhas de Maria, cujo dia se celebrava mundialmente naquela data, além da Congregação Mariana.
         Foi celebrante o Mons. Paulo Mosconi, secretário da Nunciatura Apostólica, que veio a Natal presidir a instalação da Arquidiocese.

A solenidade de instalação na catedral
      As 16h00 partira do Palácio Arquidiocesano o cortejo que acompanhava Dom Marcolino Dantas até a Catedral, onde seria realizada em seguida a instalação da Arquidiocese norte riograndense.
        O templo ficou pequeno para contar as altas autoridades civis, militares e eclesiásticas e o povo em geral devendo comparecer a Catedral o Clero, o seminário, a Ação Católica, as irmandades, as Congregações Marianas, as Comunidades Religiosas, os Colégios, representações de instituições católicas e associações religiosas das diversas paróquias da cidade segundo se dizia no jornal A Ordem.
      Estiveram presentes o Governador Silvio Pedrosa, o Desembargador Adalberto Amorim, presidente do Tribunal de Justiça, que foram paraninfos das solenidades de instalação da Arquidiocese.
     Ao ato compareceram, além de numerosos sacerdotes deste e de outros estados, os Arcebispo da Paraíba, Dom Moisés Coelho, mons. Paulo Mosconi, legado da Nunciatura Apostólico, dom José Adelino Dantas, a época Bispo eleito para Caicó, Mons. Walfredo Gurgel, vigário capitular da Diocese de Caicó, mons. Odilon Coutinho, vigário Geral da Arquidiocese da Paraíba, cabendo a presidência da solenidade ao representante do Nuncio Apostólico no Brasil. Por motivo de saúde não compareceu o Bispo de Mossoró Dom João Batista Portocarrero.
    Após a leitura das Bulas o que foi feito pelo Mons. Mosconi deu-se a instalação da Arquidiocese, seguindo-se a leitura da Ata alusiva ao ato e a oração gratulatória, a cargo do Mons. Walfredo Gurgel, renomado orador sacro.
    Depois foi cantado o solene Te Deum, pelo orfeão dos salesianos, encerrando-se as cerimônias com benção do Santíssimo  Sacramento.
      A banda de música da Policia Militar tocou em frente a Catedral.
         Todas as fases da cerimônia de instalação da Arquidiocese foram retransmitidas pela Rádio Poti.

Sessão solene a noite no Teatro Carlo Gomes
        Como encerramento das grandes festas do dia 15/108/1852 foi realizada as 20h00 no Teatro Carlos Gomes (atualmente Alberto Maranhão) solene sessão comemorativa em agradecimento a Santa Sé pela criação da Arquidiocese e de reconhecimento ao gesto de Sua Santidade o Papa Pio XII gloriosamente reinante.
     Compareceram altas autoridades federais, estaduais e municipais, sendo a entrada franca ao povo em geral, que numa demonstração de agradecimento a Santa Sé pela ereção da Arquidiocese compareceu ao teatro em grande multidão.
      No saguão do teatro tocou a banda do 16º R. I, sendo a solenidade irradiada pela emissora local.
      Na sessão solene realizada no teatro falaram os seguintes oradores: Mons. João da Mata Paiva, Vigário Geral da Arquidiocese, que interpretou os sentimentos do Clero norteriograndense; Cônego Luiz Vanderlei, professor do Colégio Estadual e brilhante orador sacro, saudando o Santo Padre, o Sr. Núncio Apostólico e ao seu digno Legado, Mon. Mosconi; Dr. Américo de Oliveira Costa, Secretário Geral do Estado, nome do  Governador e do Estado, em agradecimento a Santa Sé pela honrosa deferência concedida ao Rio Grande do Norte; Comendador Otto Guerra, presidente da Junta Arquidiocesana de Ação Católica, falaram em nome das associações religiosas, padre Neves Gurgel, Secretário Geral da Arquidiocese, saudando o Arcebispo e Bispos presentes.
   O Arcebispo Metropolitano Dom Marcolino Dantas, encerrou a cerimônia de agradecimento.
Almoço íntimo
      As 12h00 do dia 16/108/1952 o Arcebispo Dom Marcolino Dantas ofereceu um almoço intimo em seu Palácio aos 3 prelados presentes, comparecendo ao ágape diversos sacerdotes.

Banquete oferecido pelo governo no sábado
     Expressando de maneira fidalga a satisfação do Governo pela elevação da nossa Diocese a Arquidiocese, o governador Silvio Piza Pedrosa ofereceu, no sábado, dia 17/08/1952, as 12h00 nos salões da Escola Doméstica de Natal lauto banquete ao  primeiro Arcebispo potiguar homenageando, deste modo, as dignidades da Igreja que estiveram presentes a ocasião. Compareceram autoridades e pessoas gradas, especialmente convidadas.


Fonte: A Ordem, 14/08/1952, p.1

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A CRIAÇÃO DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO NO ALECRIM (BAIXA DA BELEZA)



         Em 20/01/1949 foi criada a paróquia de São Sebastião situada na Avenida Cel. Estevam no bairro do Alecrim, a época o lugar era chamado de Baixa da Beleza e foi a 4 paróquia criada na capital potiguar.
         Até aquela data a cidade de Natal ficará tinha 3 paróquias, a saber:  a de N. S. da Apresentação, na Cidade Alta, a do Bom Jesus da Dores, na Ribeira, a de São Pedro, no Alecrim a quarta, portanto, seria a nova, a de São Sebastião da Baixa da Beleza.
Segundo o jornal A Ordem “no dia em que a Igreja celebrará a festa em honra de São Sebastião a transcorrer a 20 deste, vai a Diocese de Natal criar uma nova paróquia, que como era natural, será confiada a proteção do grande soldado-mártir”.
         Ainda segundo o citado jornal foi uma acertada medida do Sr. Bispo Diocesano, que sempre está atento as necessidades do seu rebanho, realizando, animando, aplaudindo e orientando tudo o que venha fortalecer a religião católica.Viu, sentiu a urgência  com que os milhares de fiéis do popularíssimo bairro do Alecrim reclamavam a criação  daquela paróquia, cuja preparação da há muito vem sendo feita pelo dedicado apostolado que os padres da Sagrada Família ali desenvolvem, principalmente o infatigável padre Luiz Klur.
         A Baixa da Beleza é atualmente um populoso bairro que dia a dia aumenta, na ânsia de acompanhar o formidável desenvolvimento do Alecrim. A sua densa população é pobre.Isto, entretanto, não arrefece a fé dos fiéis.
         Pelo contrário, todos os atos religiosos que se celebram na capela de São Sebastião são concorridos, reinando sempre, o fervor religioso e a piedade dos devotos do milagroso patrono contra as pestes, fome e guerra.
         O futuro vigário da nova paróquia, que D. Marcolino escolheu com justiça, padre Luiz, está radiante com o seu paroquiato. Gente pobre é verdade, dizia-nos há pouco, o digno sacerdote, mas mesmo assim esperamos fazer alguma coisa. E de fato, suas virtudes sacerdotais asseguram a florescência da paróquia que lhe foi confiada, a qual, muitos benefícios fará, com a ajuda de Deus, ao bom povo alecrinense.
  Fonte: A Ordem, 18/01/1949, p.2.
         Neste ano de 2019 a paróquia de São Sebastião na Av. Cel Estevam (Av 9) celebra seu 70º aniversário de criação. Deo Gratia!.
  A antiga e atual fachada da igreja matriz da paróquia de São Sebastião

Fonte: site da paróquia.

 Elenco dos párocos da paróquia São Sebastião
1º - Pe. Luiz Klur (MSF)                               21/01/1949.
2º - Pe. Evaldo Behe - alemão (MSF)            04/11/1956.
3º - Pe. Estevam Quodt (MSF)                      12/03/1959.
4º - Pe. Guilherme Mirlembrikq (MSF)           01/04/1960.
5º - Pe. João Began (MSF)                           28/02/1963.
6º - Pe. Francisco Dera (MSF)                      19/04/1964.
7º - Pe. Estanislau Kompomonski (MSF )      25/08/1966.
8º - Pe. Valdemar Fernandes de Pinho         17/03/1968. 
(1º Pároco brasileiro a assumir a paróquia São Sebastião), nascido em no dia 01 de novembro de 1934 e foi ordenado em 07 de julho de 1963.
9º - Pe. Mariano Moraques Zaforteza (SJ)     08/08/1991.
10º- Pe. José Freitas Campos                      10/01/1993.

Fonte: site da paróquia.

A INAUGURAÇÃO DA MATERNIDADE DE NATAL


       A maternidade de Natal foi inaugurada em 12/02/1950 e segundo o jornal A Ordem “dentro em breve a nossa capital será dotada de um grande melhoramento com a solenidade de inauguração da Maternidade de Natal, majestoso prédio que se ergue no populoso bairro de Petrópolis.”
         Tendo a frente o Dr. Januário Cicco, a Maternidade de Natal vem concretizar o velho sonho da população não somente da capital, mas também de todo Estado, das as suas nobres e elevadas finalidades dizia ainda o referido jornal.
                                      A maternidade de Natal



        Após ter passado grandes reformas a casa que durante a última guerra mundial serviu de Hospital Militar será entregue ao público com a solene inauguração no dia 12/02/1950.
        A solenidade teve inicio as 08h00 e foi organizado com caprichoso programa do qual constou com a benção da Capela e do edifício e missa celebrada pelo bispo de Natal dom Marcolino Dantas, as 10h00 houve a sessão solene da Sociedade de Assistência Hospitalar, no anfiteatro da Maternidade foi servido um coquetel as autoridades presentes, as 15h00 foi realizada a entronização da imagem do Coração de Jesus pelo Mon. Celso Cicco (irmão do Dr. Januário Cicco) e vigário da paróquia de Ceará-Mirim e em seguida visitação pública que se prolongaria até as 20h00 daquele dia.
Fonte: A Ordem, 08/02/1950, p.4.
       Atualmente a maternidade é denominada Maternidade Januário Cicco e pertence a UFRN.
                                        Maternidade Januário Cicco