quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

DIVISÃO DA PARÓQUIA DE MACAU PARA O SERVIÇO DE RECENSEAMENTO DE 1872



         Reunindo-se a comissão censitária de Macau, foi dividia em três seções esta paróquia conforme o seguinte:
         1º Macau, seus subúrbios e praia de Alagamar.
        2º Povoação de Guamaré, seus subúrbios até extremar com a freguesia de Touros pelo nascente, e da mesma povoação para o poente até cabeceiras, compreendendo os fogos da Ilha do Madeiro para o sul desde a fazenda Canafistula por um e outro lado do rio Amazonas.
         3º. Do Taboleiro Alto descendo pelo rio abaixo de sul a norte até a fazenda  Boa Vista compreendendo os fogos da fazenda Gangorra e os da Ilha de São Francisco.Nesta data foram pela comissão nomeados agentes recenseadores os cidadãos os seguintes cidadãos:
         Da 1ª seção: tenente Braz M. de Andrade Melo.
         Da 2ª seção: José Pereira de Carvalho.
         Da 3ª seção: Manoel Joaquim de Oliveira Praxedes.
         N]ao tendo aceitado o lugar o Sr. José Pereira foi nomeado para substituí-lo o capitão Luiz Candido Maciel de Brito.

Fonte: O Assuense08/07/1872, p.3.


Igreja matriz de Macau,1951.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Guamaré,data ignorada.



A VILA DE PAU DOS FERROS EM 1864




         Segundo um relato de viagem publicado no jornal O Recreio de 1864 eis como o viajante descreveu a vila de Pau dos Ferros.
         Aquela vila acha situada ao norte do rio denominado Apodi; seu local é alguma coisa pedregoso, e pouco plano, e demasiadamente árido o seu solo.além da matriz, que não é lá das mais asseadas e que se acha ainda por acabar, não já uma só edifício que chame atenção de quem quer que por ali tenha de passar.A edificação, em geral de má construção, não excede a quarenta casas, algumas das quais são do tamanho,ou talvez, menores do que belixes do Iguarassú [?].
         A casa onde nos hospedamos foi a em que funciona a Câmara Municipal (uma das melhores) mandada preparar antecedentemente pelo reverendo Bernardino José de Queiroz  que nos tratou belissimamente, bem como os Srs majores Gurjão e Epifânio, pessoas mais notáveis daquela vila.
         Os proprietários do Termo só vem a Vila nos domingos a missa, ou por força de algum negócio especial e de importância, conservando-se todo o mais tempo em suas fazendas em derredor da mesma vila. (O RECREIO, 27/10/1864, p.2).
                                     Aspectos de Pau dos Ferros






quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O AVISTAMENTO DO DISCO VOADOR EM MOSSORÓ EM 1952



         Em 27 de agosto de 1952 o jornal A Ordem replicou a matéria do jornal O Mossoroense de 24 de agosto de 1952 sobre o avistamento de um disco voador ocorrido na cidade de Mossoró.
         Eis o relato que foi exibido em ambos os jornais.
        Cerca das 22h30 de quinta-feira [21/08/1952] quando a turma de linha da Panair do Brasil S. A se aproximava das pistas para apagar as placas de iluminação após a decolagem de uma aeronave daquela empresa, foram vistos dois discos voadores sobrevoando o Aerporto.Inicialmente dois funcionários daquele serviço observaram um dos fenômenos luminosos que,muito embora silencioso, deu a entender que fosse o avião vindo de volta, uma vez que o estranho engenho aéreo se aproximava cada vez mais da cabeceira da pista a uma altitude que poderia calcular em cerca de quinhentos metros.


Vista aérea de Mossoró, 1957.Biblioteca IBGE.

         Aqueles rapazes ficaram sobressaltado ao perceberem não se tratar de um avião e sim de cousa que não conseguiam identificar.Diante daquele espetáculo correram a Estação de passageiros, onde se encontravam três funcionários da Panair.
         Com a chegada dos dois primeiros observadores dos já famoso discos , todos se puseram a observar o espaço quando constataram a presença de um outro daqueles incríveis e misteriosos aparelhos.Naquele momento a posição dos discos era a seguinte: um na cabeceira da pista N/E de nosso aeroporto e outro nas proximidades da torre da estação de Rádio da Panair.Em seguida, foram se aproximando um do outro em voo lento e em todos os sentidos, em constante zigue-zague, até que se encaminharam na direção da vila de Governador Dix Sept Rosado desaparecendo das vistas dos nossos observadores.


Catedral de Mossoró, 1957.Biblioteca IBGE.

         Quanto a sua iluminação nos informaram aqueles nossos amigos da Panair que o disco que o disco apresentava a iluminação no seu centro interior e irradia para as extremidades em várias cores distintas e quando  a luz desaparece se depreende do disco uma tênue nuvem de fumaça de pouca duração no espaço.Entre as pessoas que se encontravam no aeroporto e que presenciaram os fantásticos engenhos podemos apontar os Srs Antonio Barbosa de Lima e José Romão, funcioários do DAC e Enock Arrais Sobrinho, Luiz Gonzaga dos Santos, Luiz Preto, Otávio Lopes de Melo, Epifinio Reis de Melo (secretário), Tércio Agripino de Oliveira, funcionários da Panair e o Sr. Francisco Agripino (Gatinho), motorista que faz os serviços de autos da Companhia, além de outros.

Atual aeroporto de Mossoró.

         Alguns observadores ficaram apavorados, manifestando a impressão de que se tratavam de mistérios do Além ou cousa do sobrenatural.

  
Fonte: A Ordem, 27/08/1952, p.4.

SOBRE DISCOS VOADORES QUE APARECERAM NO INTERIOR DO RN EM 1952




Em 1952 o jornal A Ordem havia registrado o aparecimento de “estranhos objetos” que foram vistos em Cerro Corá, Areia Branca e Mossoró.
         Os OVNIS teriam sido observados em Cerro Corá no dia 25/08/1952 e visto a baixa altura.
         Segundo o referido jornal, um morador daquela cidade descreveu o OVNI com forma de bacia e margens vermelhas.
         Já entre Tibau e Areia Branca em direção ao mar foi visto em 26/08/1952 outro disco voador.O fenômeno foi observado por pessoas qualificadas, entre as quais o Sr. José Couto Dantas, industrial e político em Areia Branca, afirmava o jornal citado.
         “As noticias  que a respeito nos foram transmitidas merecem todo o crédito e são absolutamente seguras” dizia o jornal A Ordem.



Diante dos acontecimentos seria o caso de ser investigado pelas autoridades competentes o aparecimento que se estavam se repetindo com tanta frequência no interior do estado o “estranho fenômeno”, dizia ainda o mesmo jornal.
Em Mossoró foram vistos por aqueles dias de agosto de 1952 varios discos voadores. Em face disso, “não havia lugar para humoismo,é aceitar a realidade e verificá-la”, disse o jornal A Ordem.
informações vindas da então vila de Dix Sept Rosado diziam que o Sr. Manoel Crispim em companhia de diversas pessoas tratando dos misteres agrícolas em sua propriedade no sitio Pitombas entre as 08h00 e 09h00 da manhã avistou passa em grande velocidade de sul a norte um disco  que mais tarde foi visto na fazenda Mulungu a meio caminho ente Mossoró e Apodi.
      
Fonte: A Ordem,27/08/1952,p.1.

     De nossa parte "tudo conhecer, nada desdenhar" como disse São Paulo.

NOVA ESTAÇÃO DE EXTREMOZ ?



Em 1952 foi cogitado pela direção da Estrada de Ferro Sampaio Correia-EFSC a construção de um novo edifício para servir de estação do então distrito de Extremoz, a época pertencente ao município de Ceará-Mirim.
Segundo o jornal A Ordem, o engenheiro João Galvão,. Diretor da Estrada de Ferro Sampaio Correia, em viagem de inspeção a linha Natal- Oscar Nelson, em construção teve a ocasião de verificar a necessidade  de ser construído um prédio para a estação de Extremoz, de vez que o ali existente não satisfazia mais o intenso movimento de passageiros daquela estação.
         Ainda de acordo com o referido jornal, o diretor da EFSC determinou que fosse iniciada a construção da estação, estando para esse fim, sendo elaborados planta e orçamento, devendo os serviços serem iniciados em breve.
         A população daquela localidade recebeu com satisfação essa determinação do engenheiro João Galvão, diretor da EFSC.
         A ideia, porém, ficou apenas no campo das boas intenções, pois a estação nunca fora aumentada, tão pouco se concretizou a construção de um novo prédio para estação de Extremoz.

                                    A estação de Extremoz


         Atualmente a estação de Extremoz faz parte do sistema norte de trens urbanos da CBTU.O prédio, passou por algumas adaptações estruturais mas não perdeu suas características arquitetônicas originais, que datam de sua inauguração em 13/06/1906 pela Estrada de Ferro Central do  Rio Grande do Norte.
         O prédio da estação ferroviária faz parte do patrimônio histórico e cultural daquela cidade.


Fonte: A Ordem, 19/09/1952,p.4.