quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O JARDIM PÚBLICO DE NATAL



         A ideia de aterrar e ajardinar o espaço onde atualmente se situa a Praça Augusto Severo na Ribeira era desde 1853. Naquele ano o presidente da província, Antonio Francisco Pereira Carvalho ao abrir a assembleia provincial mostrava a convencia desse melhoramento e ordenava a Câmara Municipal que proibisse ali as edificações particulares. O seu desejo era que o jardim começasse a margem do rio Potengi e se estendesse até o morro que ficava ao fundo da praça.
         A ordem expedida nessa época a Câmara Municipal foi revogada por outra de 09 de dezembro de 1859 e mandada substituir em 17 de outubro de 1860 pelo presidente da província, José Bento da Cunha Figueiredo Junior.
                                        Praça Augusto Severo

Fonte: Cartão postal, sem data.

Do desencontro de determinações administrativas resultou a falta de segurança na orientação que devia ser seguida, e o fato é, que com o decorrer dos anos, foram surgindo edificações particulares na praça, ficando reduzidas as proporções que o local oferecia para a construção de um passeio público, que poderia ser um dos mais belos de quantos existiam nas capitais dos diversos Estados do Brasil, segundo Tavares de Lyra.
Em todo caso, o espaço desocupado ainda se apresentava como o melhor para um jardim, acrescendo que construído este, estaria conseguido o aterro da área invadida pelas grandes marés e onde, após as enxurradas provenientes da queda das águas, em quadras invernosas, se formava um verdadeiro pântano, cuja extinção, como medida de higiene, era insistentemente reclamada pela população, dizia em sua mensagem Tavares de Lyra.
Mas foi somente em 1904 que a praça tomou formas de espaço público humanizado.Em 11 de junho de 1904 o então governador Tavares de Lyra contratou o arquiteto Herculano Ramos para fazer o aterro e o ajardinamento da já denominada Praça Augusto Severo, ante era Praça da República.
         Segundo expôs na mensagem a Assembleia Estadual o governador Tavares de Lyra disse: “Era, como sabeis, um serviço inadiável, não só para o embelezamento como para a salubridade desta Capital; e se, preferi dispensar para ele a concorrência pública, foi porque esta, oferecendo maiores garantias quanto ao preço, não atendia a uma condição imprescindível em trabalhos dessa natureza: a idoneidade profissional do contratante” (MENSAGEM, 1906, p.21).

                                         Praça Augusto Severo

Fonte: Cartões postais, sem data.

O contrato para o aterro e ajardinamento da praça Augusto Severo foi de 45: 600$000 (quarenta e cinco mil contos e seiscentos réis).
Pelo contrato, com exceção da pedra e da areia, que seriam fornecidas pelo Governo do Estado, todos os demais materiais seriam adquiridos pelo empreiteiro, empregando-se na obra as de melhor qualidade existente no mercado.
A areia que seria fornecida para a obra foi da dragagem do porto e posta a disposição do arquiteto Herculano Ramos no cais da Alfândega pela comissão de melhoramento do porto.Na hipótese  de não ser possível ao Governo do Estado fornecer a areia no cais da Alfândega, o arquiteto Herculano Ramos se obrigava a adquiri-la pelo preço de 1:520$000 o metro cúbico.
A pedra seria fornecida no lugar da obra pelo Governo do Estado.Os trabalhos seriam iniciados desde a assinatura do contrato e deveriam estar concluídas até o 25 de dezembro de 1904.
         Ainda de acordo com contrato o arquiteto Herculano Ramos se obrigava a empregar de preferência nos trabalhos da praça os retirantes que se achavam aglomerados pelas ruas da Capital em consequência da seca.
         Os trabalhos das pontes, do pavilhão de música (coreto) cabana de abrigo e plataforma circular, poderiam ser adiados a juízo do Governo, para depois de concluídos as demais obras. (MENSAGEM, 1904, p.71).
         O contrato foi assinado em 11 de julho de 1904 dando-se inicio imediatamente as obras necessárias ao aterro e ajardinamento da praça.
         Ainda de acordo com a mensagem de Tavares de Lyra a Assembleia, o ajardinamento e aterro da praça Augusto Severo era um trabalho indispensável a salubridade da Capital.Tratando-se de saneamento de um lugar onde antes havia um barracão de retirantes, serviço em que seria aplicado o material adquirido pela Comissão Central de Socorros e no qual, de preferencia, seriam empregados os retirantes que se achavam ainda a procura de meios de subsistência em Natal.Para a obra foi utilizado os recursos que dispunha a caixa de origens diversas para  auxilio aos flagelados.
         A obra atestaria em todo tempo, que alguma coisa ficou desta quadra de misérias que tanto nos abateu, disse Tavares de Lyra. (MENSAGEM, 1904, p.9).

Fonte: Mensagens do Governador Augusto Tavares de Lyra para Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, 1904 e 1906.

                                             A praça Augusto Severo

Fonte: Google Earth, 2020.


O PRÉDIO DO CONGRESSO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE



Eis a seguir alguns apanhados históricos sobre o prédio do Congresso Estadual, atualmente Assembleia Legislativa do Estado.
Em 1905 o governador do Rio Grande do Norte, Tavares de Lyra, contratou com arquiteto e engenheiro Herculano Santos a construção de um palacete para o Congresso Estadual conforme se lia na mensagem do governador Tavares de Lyra em 1906 “contratei com o ilustre arquiteto dr. Herculano Ramos a construção do ‘Palacete do Congresso’, que é hoje um dos melhores da cidade. (MENSAGEM, 1906,p.4). O governo estadual pagou a quantia  de 40 contos de réis pela construção do referido prédio.
O edifício foi erguido em frente ao Atheneu, na Avenida Junqueira Aire, na Cidade Alta,  no lugar onde havia uma velha casa pertencente a intendência  a qual seria demolida para construir o referido prédio do congresso. O prédio teve sua construção iniciada em 1906.
                           Sede do Congresso Estadual
Fonte: Cartão postal, sem data.

Em 22 de maio de 1907 o prédio foi entregue ao governo do estado pelo engenheiro Herculano Santos.Segundo o jornal A República naquela data foram entregues as últimas obras do edifício do Congresso Estadul que compreendiam os acessórios internos da sala das sessões: mesa presidencial, bancadas dos deputados, divisão do recinto e galeria pública.
A mesa era em formato de três paralelepípedos reunidos sendo os do centro maior, salientando os dois laterais e apoiando toda a peça imitando pórfiro rubro antigo.
Era fechada e fixa, assim, como as demais peças, e feita de vinhático apresentando na face principal fino mosaico de madeiras incrustadas, em cujo coroamento se lia em monograma de ébano – C.E. (Congresso Estadual).
Esta peça era de alto valor artístico obedecendo ao mesmo estilo moderno, que predomina na construção do edifício.
As bancadas eram dispostas em grandes curvas compostas, apresentando o tipo característico das salas de espetáculo, dando 11 lugares em cada lado, eram feitas também de vinhático, firmadas solidamente sobre grandes estrados que contornavam o recinto, apresentando o mesmo soco de Porfírio rubro.
Todas estas obras foram executadas com pericia empregando-se nelas madeiras especiais e perfeitas: vinhático do rio São Francisco, pau d’arco amarelo, pau santo, jacarandá castanheiro, pau d’óleo e ébano.
Todo o recinto, os estrados das bancadas e o conjunto produzia um magnífico efeito. (A REPÚBLICA, 23/05/1907, p.1).
Na fachada foi gravada a palavra LEX (lei em latim).
Em 1949, conforme foi publicado no jornal Diário de Natal o prédio do Congresso Estadual, que a época abrigava a sede do Tribunal de Justiça, estava na eminência de desabar a ala direita do edifício.
O Poder Legislativo funcionou no prédio até o final do ano de 1930 quando as câmaras representativas foram fechadas com o advento da revolução daquele ano.De 1931 a 1934 serviu de sede a então Corte de Apelação, quando o prédio voltou a alojar o Legislativo indo o Poder Judiciário para a mesma avenida onde estava instalado o Hotel Bela Vista (atual Solar Bela Vista).Voltou a abrigar o Poder Judiciário após o golpe de 1937.
Em 1947 apesar da solidez do edifício apareceram enormes rachaduras na parede posterior da ala direita, que dava para a rua João Manuel.Foi então o prédio submetido a reparos que custaram ao erário 40 mil cruzeiros.Com as chuvas daquele ano de 1949, as rachaduras reapareceram muito mais proeminentes e ameaçadoras.Ficaram completamente empanadas as janelas que abriam para a rua João Manuel presumindo-se que os alicerces ali estavam afundando.As casas da rua João Manuel estavam ameaçadas em caso desabamento do edifício.
Atualmente o prédio servia de sede a OAB do Rio Grande do Norte e ao que tudo indica estava passando por uma reforma.
                    O prédio do Congresso Estadual atualmente



Lateral do prédio onde  está escrito a palavra 'LEX'

Fundos do prédio na rua Padre João Manuel.




terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

QUEM FOI PEDRO AVELINO


      Pedro Avelino nasceu em 19/05/1861, na então povoação de Gaspar Lopes, atualmente município que lhe denomina, a época pertencente a Angicos,  filho do advogado provisionado Vicente Avelino e Ana Bezerra Avelino.
Foi empregado do comércio de Pernambuco desde jovem onde residiu entre 1879 e 1884 quando regressou a capital potiguar.

                                          Pedro Avelino
Fonte: Revista da semana,1903,p.5

Pedro Avelino iniciou sua carreira jornalística ainda no regime imperial do Brasil. Conquistou fama e respeito entre seus pares da imprensa, tanto pelos seus escritos bem construídos ou pelo seu temperamento ardente e combativo.
Em 1891 entrou para a redação do jornal O Caixeiro.
Como jornalista, foi fundador do Grêmio Polimático, associação de estudos literários proprietária da Revista do Rio Grande do Norte.
Declarou-se oposicionista ao senador Pedro Velho de quem antes era apoiador. A cisão entre os dois ‘Pedros’ causou um dos episódios mais conturbados da política potiguar no inicio da República. Pedro Velho e o genro Tavares de Lyra teriam sido os mandantes da invasão a sede do jornal Gazeta do Comércio de propriedade de Pedro Avelino, destruindo a tipografia completamente. O episódio rendeu muitas criticas nos meios jornalísticos de então. Depois desse ocorrido Pedro Avelino se mudou para o Recife.
Foi diretor da Gazeta do Comércio de Natal e redator chefe do jornal Comércio do Brasil e Correio do Brasil do Rio de Janeiro. No Recife em 01/07/1909 fundou ali o jornal vespertino A Pátria.
Mudou-se para o Amazonas em 1910 onde foi nomeado pelo governo federal como prefeito do Departamento do Alto Juruá cuja sede do município era em Cruzeiro do Sul no atual estado do Acre, exercendo o cargo entre  1911 e 1912 quando foi exonerado. Passou a residir no Rio de Janeiro em 1913.
Ainda escreveu sobre política nos jornais O Paíz, A Imprensa, Correio do Norte, A Tarde e A Razão, periódicos da imprensa carioca e em Pernambuco  no jornal A Evolução.
         Faleceu no Rio de Janeiro em 19/07/1923 em sua residência a Rua Jockey Club n 261.foi sepultado no cemitério São Francisco Xavier na capital fluminense.
Em 1916 foi nomeado ajudante de tesoureiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, cargo que exercia quando veio a falecer.
Foi casado com Maria das Neves Alves Avelino cujo consórcio em 1886 deixou cinco filhos, Georgino, também jornalista e governador do estado, denomina também município do RN, Vicente, Maria Albertina, Isolina e Camilio.
         Foi genro do não menos polêmico capitão José da Penha, famoso líder político.

QUEM FOI AFONSO BEZERRA



         A personagem que homenageia a antiga localidade de Carapebas, atual município da região central do estado, foi acadêmico do curso de Direito do Recife, jornalista, escritor e professor.
Afonso Bezerra foi segundo o jornal A Ordem, uma bandeira de glória dentre a mocidade do seu tempo.
Quem foi Afonso Bezerra?
Afonso Ligório Bezerra era filho de João Batista Alves Bezerra e Maria Monteiro Bezerra. Nasceu em 09/06/1907, na antiga povoação de Carapebas, que atualmente tem seu nome no atual município da região central do estado.
         Aprendeu as primeiras letras com os professores Vicente Barbosa e João Correia. Fez o curso secundário a partir de 1923 no Colégio Santo Antonio em Natal, naquele tempo sob a direção diocesana, atualmente sob a direção dos Irmãos Maristas.
         Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1928 cursando o 2º ano. Figura no quadro de formatura como homenagem póstuma dos seus colegas de turma, que atenderam o seu desejo colocando a imagem de Cristo no mesmo quadro.
         Sempre estudioso e bom, as suas tendências literárias foram demonstradas dês a infância. Aos 12 anos enviou para uma revista carioca um conto sertanejo, que foi publicado, merecendo os melhores elogios. Colaborou assiduamente no jornal Diário de Natal, na A República, ambos da capital potiguar e no jornal A Tribuna do Recife, algumas vezes escondido sob o pseudônimo de Lauro e Alípio Serpa. Toda a sua obra literária, digna, alias, de ser enfeixada num volume, iniciativa tomada pelo seu conterrâneo Aluisio Alves. Escreveu sobre a defesa da        dos ideais cristãos e sobre a vida sertaneja. Foi aliado da corrente católica que Jackson Figueiredo despertou para os combates da Cruz.
                                                      
                                                Afonso Bezerra
Foto: A Ordem, 1942.

          Foi membro da Congregação Mariana, entrando na Congregação de N. S. da Apresentação e São Luiz Gonzaga, ambas da Catedral de Natal em 06/09/1925, recebendo a fita da congregação em 01/11/1926 conferida por Dom José Pereira Alves, terceiro bispo de Natal e seu grande admirador.Toda sua atividade mariana refletiu a bela trajetória de sua vida, revelando a toda hora uma alma de gladiador valente e puro, formada na escola da Igreja.
         Adoeceu na sua terra no final de dezembro de 1929. Vindo para Natal em companhia de seus pais, em busca de melhoras, faleceu em 08/03/1930 na residência de seu cunhado Floriano Paulino Pinheiro a Rua Cel Bonifacio, 708, atualmente Rua Santo Antonio, sendo sepultado em catacumba da Irmandade do Senhor do Bom Jesus dos Passos. Contava apenas 22 anos quando morreu, estava cursando Direito em Recife onde algumas vezes foi distinguido com a sua colaboração literária.
          Em 09/06/1931 o prefeito de Angicos, Manoel Alves Filho, anuindo a um abaixo assinado, decretou a mudança de Carapebas para Afonso Bezerra. Foi uma justa homenagem a um jovem norteriograndense que soube ser em vida um modelo de virtudes morais e cívicas. Na então povoação de Afonso Bezerra, hoje cidade, foi erguido um monumento em sua honra.
          Os restos mortais de Afonso Bezerra foram depositados em uma urna na capela da primeira seção de catacumbas da Irmandade dos Passos no Cemitério do Alecrim. (A ORDEM, 07/03/1942, p.4).
 a  morte de Afonso Bezerra causou comoção não só na terra potiguar como também na cidade do Recife onde ele estudava quando veio a adoecer.
         Segundo a revista Maria o jovem Afonso Bezerra era uma das mais vigorosas inteligências de moços brasileiros e cuja pena tantas vezes havia honrado a referida revista.
         Sobre Afonso Bezerra escreveu Câmara Cascudo: “ Afonso era antes de tudo um valor moral, um coeficiente eugênico no ponto de higiene de inteligência e no asseio das ideais.Altivo, meigo, simples, ingênuo, dedicado, acendia-lhe a curiosidade intelectual o vivo desejo de conhecer as razões da nacionalidade.Agora era o domínio puro do espírito que os seduzia.Morre quando principiava a vencer.Jesus Cristo ensinou a morrer, como sabem aqueles que lhe dedicam as forças espirituais da existência”. (MARIA, 1930,p.33).
         Ainda de acordo com a revista Maria o jovem potiguar foi um dos elementos de maior destaque no movimento da reação católica do Recife.A pungente participação penalizou a quantos conheciam aquele imperterrito e desassombrado batalhador e teve uma repercussão ainda mais dolorosa nos meios da Congregação Mariana que possuía a Afonso Bezerra muito estreitamente dadas as qualidades ilibadas do seu coração.(MARIA, 1930, p.27).
         São exemplos assim que nos enchem de orgulho.Bom saber que existiram jovens dedicados aos estudos e exemplos de virtudes cívicas e morais por onde passava.Que o jovens potiguares se inspirem em pessoas assim, não em quem não tem nada a oferecer como os venerados pela esquerda comunista.Dentre os inúmeros municípios potiguares que tem nomes de pessoas, na sua maior parte por bajulação politica, Afonso Bezerra figura como um dos que não é politico, foi um jovem comum.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

A INAUGURAÇÃO DO COLÉGIO PADRE FÉLIX DE ANGICOS




        O Colégio Paroquial Padre Félix de Angicos foi inaugurado em 02/03/1942, atualmente denominado Instituto Padre Félix.
         A instituição escolar foi criada pelo então padre Manoel Tavares de Araújo, mais tarde bispo de Caicó com a colaboração das autoridades municipais e o povo em geral sob as bênçãos do bispo dom Marcolino Dantas.
         Por decreto do prefeito Baltazar Pereira, foi doado ao Colégio um extenso terreno onde foi construído o prédio da referida instituição.
         O prédio do Colégio Padre Félix foi construído com amplos espaços de recreio e aprendizado agrícola, constava ainda de cursos profissionalizantes que seriam instalados ainda naquele ano de 1942.

                                   Fachada do Colégio Padre Félix
Fonte: A Ordem, 1942.
         A prefeitura fez a desapropriação de uma casa situada no local do terreno e estudava a possibilidade de conceder uma subvenção anual fixa capaz de auxiliar eficazmente a manutenção do Colégio Padre Félix.
       Segundo o jornal A Ordem  era preciso ressaltar o concurso generoso e pronto por parte da população dos municípios daquela região especialmente Angicos e Santana do Matos.
         Foi compreendido pela população que o Colégio Padre Félix fundado sob a orientação do padre Tavares, com corpo docente a altura das necessidades locais estava apto a prestar inestimáveis benefícios a juventude sertaneja da extensa zona central do estado do Rio Grande do Norte.
         Ainda de acordo com o citado jornal foi justo o júbilo da população pela inauguração do primeiro pavilhão do prédio do Colégio Padre Félix.A obra completa do estabelecimento de ensino compreenderia 3 pavilhões, o primeiro onde estava funcionando o Colégio naquele ano de 1942, dispunha de entrada, recepção de visitantes, secretaria, 4 salas de aula, construídas todas sob as exigências técnicas.Com o prosseguimento dos trabalhos, as salas de aula se estenderiam pelos outros compartimentos e ficariam otimamente instalados os dormitórios e refeitórios.
         A inauguração do Colégio Padre Félix contou com a presença de autoridades municipais, alunos e numeras pessoas, o padre Manoel Tavares explicou em rápidas palavras o que estava sendo feito e por fazer, revelando animação para continuidade vitoriosa da iniciativa, apesar da crise que se estava atravessando aquela época (a Segunda Guerra Mundial, por exemplo).
         O sr Gregório Taumaturgo, representante do prefeito de Angicos, ausente por motivo  de saúde, declarou inaugurado o Colégio Padre Félix sob demorados aplausos.
         Naquele ano já estava funcionando o internato e externato do Colégio para os cursos primário e admissão.
         Na semana seguinte a inauguração do Colégio Padre Félix seria dada continuidade as obras que quando concluídas dariam a Angicos e a toda região sertaneja um estabelecimento do qual poderiam justamente se orgulhar.

                                                                     
Fonte: A  Ordem,05/03/1942,p.1.


                           Aspectos atuais do Instituto Padre Félix



Fonte: Google Earth,2020.