quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO CAMPO DE POUSO DE TAIPU


    Em 27/04/1930 foi inaugurado o campo de pouso de Taipu pelo piloto do Aeroclube de Natal Fernando Gomes Pedrosa pilotando o avião Natal I conduzido a bordo também estavam o mecânico do aeroclube Abel de Oliveira. Outro avião denominado Natal II pilotado pelo comandante Djalma Petit tendo como passageiro o governador do estado Juvenal Lamartine.
     As 15h os dois aviões haviam partido de Baixa Verde para Taipu onde seria inaugurado o campo de pouso da vila de Taipu, a viagem durou apenas 25 minutos entre aquela vila e Taipu.
      O campo de pouso de Taipu foi inaugurado com uma pista de 400 metros.
De Taipu decolou para Natal as 16h40 o Natal I, já o avião Natal II ficou em Taipu devido a um incidente verificado no trem de pouso do avião ocorrido durante a aterrissagem.
    Até aquela data eram 23 campos de pouso inaugurados no Rio Grande do Norte. No mesmo dia foram inaugurados os campos de pouso de Baixa Verde, atual João Câmara e o de São Tomé.
    O governador Juvenal Lamartine deixou duas grandes marcas em sua gestão. O incentivo ao voto feminino que culminou com a eleição de Alzira Soriano em Lajes  como primeira prefeita do Brasil e o incentivo a aviação civil com a disseminação de campos de pouso em praticamente todos o municípios do Rio Grande do Norte.


Fonte: O Poti, 1986, p. 29.

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO CAMPO DE POUSO DE BAIXA VERDE

       O campo de pouso de Baixa Verde foi inaugurado em 27/04/1930 as 11h da manhã quando pousou em solo baixa-verdense os aviões Natal I e Natal II, este pilotado pelo comandante Djalma Petit e conduzindo o governador do estado Juvenal Lamartine, o mesmo que criou o município, aquele conduzindo o piloto do aeroclube Fernando Gomes Pedrosa e mecânico Abel de Oliveira, ambos os aviões vinham de São Tomé onde ali também foi inaugurado o campo de pouso daquele município. A viagem entre ambos os municípios durou 35 minutos.
       No discurso feito pelo juiz João Maria Furtado [o desafeto político de João Câmara]  em nome do prefeito de Baixa Verde declarou que aquele campo de pouso teria o nome do comandante Djalma Petit em homenagem ao referido piloto, agradecendo o comandante Petit seguiu-se o discurso do governador e do prefeito de Baixa Verde João Câmara [ o calo no pé do juiz João Maria Furtado].
     Os aviões partiram as 15h para Taipu onde também seria lá inaugurado outro campo de pouso.
      Até aquela data eram 23 campos de pouso inaugurados no Rio Grande do Norte, obras incentivadas pelo entusiasta da aviação civil o governador Juvenal Lamartine que com o incentivo ao voto feminino registrou para a história do Rio Grande do Norte as marcas de sua gestão.


Fonte: O Poti ,1986, p. 29, os grifos são nossos.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A ENTRONIZAÇÃO SOLENE DA IMAGEM DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NA CÂMARA DE VEREADORES DE TAIPU

      
      Em 20/02/1949 foi realizada a entronização solene da imagem do Sagrado Coração de Jesus na Câmara de Vereadores de Taipu. O projeto foi apresentado pelo vereador Antônio Alves da Rocha, que também era Zelador da Veneranda Ordem do Sagrado Coração de Jesus há 35 anos. Ao se iniciar as reuniões da Câmara naquele ano o vereador requereu que fosse entronizada a imagem do Sagrado Coração de Jesus na sala das audiências da Câmara “como seu verdadeiro presidente de honras” (A ORDEM, 21/02/1949, p.4) segundo o mesmo jornal estavam de parabéns o autor de projeto, a Veneranda Ordem, os vereadores taipuenses e o povo em geral que teria a felicidade de ver os trabalhos de sua Câmara Municipal honorificados pelo Sagrado Coração de Jesus.
         A imagem do Sagrado Coração de Jesus existe ainda na atualidade sendo as sessões da Câmara iniciadas invocando sua proteção.

         A julgar pelos acontecimentos que ocorreram [ e ocorrem] ao longo desses 68 anos de Presidência de Honra na Câmara de Vereadores de Taipu o Sagrado Coração de Jesus deve está tão ruborizado quanto seu manto.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

SOBRE A ANTIGA CAPELA DE POÇO BRANCO


   Segundo Câmara Cascudo “o Poço Branco vizinho ao Riacho do Cravo justificaria a fixação de um grupo humano determinando a povoação, escola, policiamento, a capela do Sagrado Coração de Jesus [...]” (CASCUDO, 1968, p. 234-235 apud CAVALHEIRO 1999, p. 25).
      A capela teria sido erguida pela iniciativa de Pedro Leite, antigo morador de Poço Branco, no ano de 1912 e ficava no início da rua Nova, próxima ao comércio, na margem direita do rio Ceará-Mirim (CAVALHEIRO 1999, p. 25).
     A antiga povoação de Poço Branco tinha apenas 3 ruas. A Rua de Cima, a Rua Nova e a Rua de Baixo, com alguns caminhos que se interligavam, levando ao Alto da Mina, ao Rabo da Cachorra, ao cemitério que ficava próximo a Pedra da Mina, ao rio, ao caminho qu elevava para Acauã, km 3 acima, ao Contador, 5 km e a Pousa, sempre margeando o rio. (CAVALHEIRO 1999, p. 25).
      A partir da construção da capela de Poço Branco, foi possível a visita, ainda que esporádica, de padres a localidade, para a realização de batizados, casamentos, confissões e missas “sem que fossem necessários se deslocar para Taipu em lombos de Animais, ou caminhando já que não havia automóveis ou estradas abertas para o transito” (CAVALHEIRO 1999, p. 26).
      Se a construção da capela de Poço Branco ocorreu de fato em 1912 a capela era então sufragânea da paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Ceará-Mirim, com a criação da paróquia Nossa Senhora do Livramento em 18/04/1913 passa a ser jurisdição desta paróquia, condição vigente até os dias atuais.

      Conforme Cavalheiro  (1999,  p. 29), as pedras retiradas da antiga capela de Poço Branco foram utilizadas na construção da nova igreja situada a 2 km da barragem e de onde estava a antiga povoação, no entanto, assim como todas as famílias do distrito de Poço Branco foram indenizadas pelo DNOCS com a construção de uma nova cidade, a igreja de Poço Branco foi igualmente indenizada, tendo sido construída uma nova igreja ‘moderna’ inaugurada em 1970, onde as características arquitetônicas não deixam transparecer que antigos materiais de construção tenha sido utilizados com a finalidade de se preservar a memória da antiga capela.



Fonte:CAVALHEIRO, Adriano da Silva.Poço Branco no contexto da ocupação do Rio Grande do Norte.Monografia.Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, Natal, 1999.





A igreja antiga de Poço Branco.



A igreja atual de Poço Branco.Foto: arquivo da paróquia de Taipu, 2003.






terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A VISITA DO PRESIDENTE JOSÉ SARNEY A JOÃO CÂMARA


     Conviver com os abalos sísmicos demonstrando, acima de tudo que o homem nordestino é forte e não foge ante as dificuldades. Foi como se expressou inicialmente o então presidente da república José Sarney, parafraseando Euclides da Cunha no livro Os Sertões, em visita a cidade de João Câmara por ocasião das séries catastróficas dos abalos ali ocorridos em 1986.
  José Sarney esteve na cidade de João Câmara no dia 12/12/ 1986.O pronunciamento inicial foi feito em frente a igreja matriz, logo após o presidente percorreu as áreas da cidade atingidas pelos abalos sísmicos e ouviu os as explicações dos sismólogos que estavam estudando o fenômeno na região.
   A imprensa o presidente disse que estava ali em João Câmara para levar solidariedade moral e ultimar providencias para a recuperação da cidade. Acalmou a população dizendo que “ o conhecimento humano hoje, já domina uma grande parte daquilo que aqui ocorre. E a palavra que ouvi dos cientistas é uma palavra de tranquilidade e não possibilidade, a nível cientifico, de que possam ocorrer danos maiores e catastróficos aqui nessa região”.
    Ainda disse que o que se tinha a fazer era prevenir os danos que poderiam ocorrer futuramente caso os abalos voltassem a se repetir, cabendo ao Governo Federal reparar os danos que já haviam sido causados.
    Em sua mensagem de encorajamento ao povo de João Câmara disse José Sarney que “a história do gênero humano é uma história de coragem. Coragem que é do povo nordestino. Coragem da perseverança” e concluiu “ vamos reparar os danos que  ocorreram em João Câmara e continuar todos nesta cidade”.
    O presidente José Sarney se reuniu com as lideranças no pátio do colégio João XXIII, cujas as paredes ficaram rachadas pelos abalos, ali Sarney ouvi as explicações dos sismologos, quando constatou que na parte de trás do colégio havia um alto falante, o presidente perguntou ao monsenhor Lucena, se o sistema de som estava em condições de funcionar “porque desejo falar ao povo”, ao que foi providenciado e Sarney fez uma pronunciamento improvisado e em tom emocional, em suas palavras pediu calma a população que foram muito aplaudidas pelo povo que antes gritava “promessa não, queremos ação”.
     Saindo do colégio João XXIII Sarney percorreu as ruas da cidade recebendo cartas, bilhetes e ouvindo reclamações da população, de modo geral, a população demonstrou confiança nas providencias anunciadas pelo presidente José Sarney, outros porem discordavam da proposta de se conviver com os abalos.
   Sarney e a comitiva que esteve em João Câmara desembarcaram em helicóptero que pouso no estádio municipal de João Câmara.


Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.





      O presidente José Sarney, ao centro, o governador Radir Pereira, a esquerda e o prefeito de João Câmara, José Ribamar, a direita, percorrendo as ruas de João Câmara.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.



    O presidente José Sarney falando a imprensa no pátio do Colégio João XXIII.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.


    A multidão que se formou em frente ao Colégio João XXII para ouvir o presidente José Sarney.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.