Conviver com
os abalos sísmicos demonstrando, acima de tudo que o homem nordestino é forte e
não foge ante as dificuldades. Foi como se expressou inicialmente o então
presidente da república José Sarney, parafraseando Euclides da Cunha no livro
Os Sertões, em visita a cidade de João Câmara por ocasião das séries catastróficas
dos abalos ali ocorridos em 1986.
José Sarney
esteve na cidade de João Câmara no dia 12/12/ 1986.O pronunciamento inicial foi
feito em frente a igreja matriz, logo após o presidente percorreu as áreas da
cidade atingidas pelos abalos sísmicos e ouviu os as explicações dos sismólogos que estavam estudando o fenômeno na região.
A imprensa o presidente disse que estava ali
em João Câmara para levar solidariedade moral e ultimar providencias para a
recuperação da cidade. Acalmou a população dizendo que “ o conhecimento humano
hoje, já domina uma grande parte daquilo que aqui ocorre. E a palavra que ouvi
dos cientistas é uma palavra de tranquilidade e não possibilidade, a nível cientifico,
de que possam ocorrer danos maiores e catastróficos aqui nessa região”.
Ainda disse
que o que se tinha a fazer era prevenir os danos que poderiam ocorrer futuramente
caso os abalos voltassem a se repetir, cabendo ao Governo Federal reparar os danos
que já haviam sido causados.
Em sua mensagem
de encorajamento ao povo de João Câmara disse José Sarney que “a história do gênero
humano é uma história de coragem. Coragem que é do povo nordestino. Coragem da
perseverança” e concluiu “ vamos reparar os danos que ocorreram em João Câmara e continuar todos
nesta cidade”.
O presidente
José Sarney se reuniu com as lideranças no pátio do colégio João XXIII, cujas as
paredes ficaram rachadas pelos abalos, ali Sarney ouvi as explicações dos
sismologos, quando constatou que na parte de trás do colégio havia um alto
falante, o presidente perguntou ao monsenhor Lucena, se o sistema de som estava
em condições de funcionar “porque desejo falar ao povo”, ao que foi
providenciado e Sarney fez uma pronunciamento improvisado e em tom emocional,
em suas palavras pediu calma a população que foram muito aplaudidas pelo povo
que antes gritava “promessa não, queremos ação”.
Saindo do
colégio João XXIII Sarney percorreu as ruas da cidade recebendo cartas,
bilhetes e ouvindo reclamações da população, de modo geral, a população
demonstrou confiança nas providencias anunciadas pelo presidente José Sarney,
outros porem discordavam da proposta de se conviver com os abalos.
Sarney e a
comitiva que esteve em João Câmara desembarcaram em helicóptero que pouso no estádio
municipal de João Câmara.
Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.
O presidente José Sarney, ao centro, o governador Radir Pereira, a esquerda e o prefeito de João Câmara, José Ribamar, a direita, percorrendo as ruas de João Câmara.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.
O presidente José Sarney falando a imprensa no pátio do Colégio João XXIII.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.
A multidão que se formou em frente ao Colégio João XXII para ouvir o presidente José Sarney.Fonte: Diário de Natal, 12/12/ 1986, p.1.
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