É
dia de feira\Quarta-feira, Sexta-feira\Não importa a feira\É dia de feira\Quem
quiser pode chegar (A Feira, O Rappa)
A feira é uma das características essenciais
na formação de um núcleo urbano do nordeste, pois é por meio da feira que se intensifica
a incipiente economia do local, transforma-se em centro de irradiação de
mercadorias, comunicação e cultura. Muitas cidades potiguares cresceram por
meio de uma feira, que junto com a capela são os dois elementos principais para
a caracterização do passado histórico do lugar.
Em Taipu há apenas uma breve referencia
nas crônicas de Francisco Nobre em 1877 quando ao citar o município de Ceará
Mirim diz que neste havia o distrito de Taipu na qual tinha uma pequena feira. Devemos
crer que por esse período já havia certo nucleamento urbano que justificava a
realização de uma feira.
Não se tem noticia da construção do
primeiro mercado publico de Taipu, que segundo dona Teresinha Dias,
localizava-se na rua onde atualmente se situa a câmara municipal. Com o passar
do tempo o local ficou pequeno para receber o fluxo de mercadorias e a
realização da feira. Anfilóquio Camara (1943) diz que
“O edifício do mercado público é amplo e tem passado por algumas
reformas”. Na
década de 1950 foi construído um novo (e atual) mercado público. O novo mercado
foi construído em espaço mais amplo e o prédio em si era considerado uma das
maiores construções da cidade, além da matriz, da escola Joaquim Nabuco e da
estação ferroviária.
No seu entorno se realiza a feira. Como
de costume os comerciantes chegam de madrugada, bem como algumas pessoas costuma
fazer suas compras antes do sol nascer. Tradicionalmente se realiza aos
domingos, eventualmente quando da realização do encerramento da festa da
padroeira e na festa de reis é transferida para o sábado. Nela fazem presentes comerciantes
de Ceará Mirim, João Câmara e outras cidades da região além dos tradicionais
comerciantes nativos que nela tiram seu sustento.
A dinâmica organizacional
da feira
Como já
assinalamos a feira se realiza no entorno do mercado, no entanto há uma
organização já estabelecida tradicionalmente. Dentro do mercado são
comercializados as carnes bovinas, tendo algumas bancas de comidas, bares e
comércio de seco e molhados. Na rua ao lado da câmara fica a feira do peixe,
onde se comercializa as carnes e derivados de peixes, as frutas e legumes.Em
frente ao casarão da família Praxedes se realiza a feiras de verduras, farinhas
et.Ao lado da rua é onde estão as tradicionais
bancas de bolos, tapiocas, grudes, secos, roupas. Em frente a praça estão os
produtos “miúdos”.
A feira é um lugar cheio de sons,
movimentado e colorido. Talvez por isto chame a atenção numa primeira análise. O colorido das frutas e legumes nas barracas iluminadas pela luz do sol
filtrada através dos toldos proporciona um visual muito bonito. Em alguns lugares o sol passa direto pelas
frestas e espaços entre as barracas criando uma luz incrível. Para quem observa de fora a feira parece um teatro
cheio de personagens, cada um com sua história. Um lugar com cheiros e sons que nos remetem ao nosso passado e, talvez, à nossa
infância. Um lugar com suas cores e suas luzes a serem descobertas, exploradas e... fotografadas. (Roberto Agapio).
Aspecto do mercado de Taipu na década de 1970.
A feira em 1964.Uma das poucas imagens da feira em Taipu. Arquivo ICM.
Mercado público de Taipu, 1964.Arquivo ICM
Mercado publico de Taipu, 2012.João Batista dos Santos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTaipu, você e bela por natureza e essas imagens nos remetem a um passado que não volta jamais.
ExcluirA nossa cidade tem um passado brilhante e um presente que inspira cuidados para traçarmos um futuro de glórias.
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