Segundo a legenda da foto
publicada no jornal Diário da Manhã a locomotiva ainda estava aproveitável,
porém foi atirada ao matagal de jurubebas e capim e enterrada no areial
impenetrável.
Toneladas de ferro estavam ali abandonadas em franco
oferecimento aos amigos de velharias.
A GWBR justificou e ainda
justificava seus constantes pedidos de aumento de tarifas nos supostos
deficts que a renovação do material rodante acarretava para a empresa.
Ainda de acordo com o referido jornal até aquele momento
ninguém havia visto a justificação honesta e aplicação de rendas tão vultosas,
mas o que se via (e a fotografia mostrava) era o material abandonado sem que a
GWBR procurasse remediar a sua imprestabilidade. (DIÁRIO DA MANHÃ, 22/11/1928, p.1)
O
estado de conservação dos trilhos da GWBR não era outro se não o que se
apresentava na foto a cima.
Era,segundo o jornal Diário da Manhã, um documento de
importância capital e por onde se evidenciava o desleixo da empresa britânica
em relação a um material que lhe não pertence e por cujo desinteresse respondia
a vida dos passageiros que viajavam nos seus “calhambeques” estragados.
Os dormentes estavam expostos a ação do tempo e os trilhos
completamente nus.Os calços e parafusos não podiam fugir a deterioração
imediata.
Onde a segurança de uma viagem sobre esses trilhos bambos?
Questionava o referido jornal.
A GWBR cobrava apesar disso, tarifas de fome pela aventura
perigosa e terminava a critica dizendo que os governos, tanto estadual como o
federal, eram beneméritos para com a companhia britânica. DIÁRIO DA MANHÃ, 22/11/1928,
p.1).
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