Os cemitérios públicos começaram a ser construídos a partir
de 1856 com devido a calamidade pública causada pela cólera a qual causou a
morte de muitas pessoas pelo interior do Rio Grande do Norte. Naquele ano fora construído
o cemitério do Alecrim em Natal.
Antes disso havia a prática de se fazer o sepultamento no
interior das igrejas e capelas, que devido ao grande número de mortos pela
epidemia de cólera acabou por causar outro problema de saúde pública que era o
enterramento dentro das igrejas, por isso se deu a construção dos cemitérios.
O cemitério de Ceará-Mirim teve sua construção iniciada em
1861 conforme consta no relatório do presidente da província daquele ano.
De acordo como o mesmo relatório durante sua estadia no município
de Ceará-Mirim diversos cidadãos atenderam ao convite do presidente da província
e assinaram uma subscrição no valor de 1:630$ para a construção de um cemitério
em terreno daquela vila que pareceu ser apropriado segundo avaliação do presidente
da província e que pelo respectivo proprietário foi generosamente cedido sem
retribuições alguma, ou seja, o terreno foi doado para tal finalidade.
Foi criada uma comissão de 7 membros presidida pelo pároco da
freguesia que ficou incumbida de realizar a cobrança das quantias oferecidas e
a direção da obra que começaria depois de concluída a planta que a muito tempo
havia já mandado o presidente organizar pelo diretor das obras públicas e que
se achava já pronta, bem como o orçamento. (RELATÓRIO..., 1861, p.12).
Atualmente o mais antigo cemitério público de Ceará-Mirim
denomina-se Cemitério Santa Agueda.
Fonte:
Relatório que o Exm. Dr. José Bento da Cunha Figueiredo
Junior , presidente da província do Rio Grande do Norte, apresentou a
respectiva Assembleia Legislativa Provincial na sessão ordinária de 1861.Ouro
Preto: Tipografia Provincial, 1862.
Fachada do cemitério Santa Águeda |
Lateral da capela do cemitério Santa Águeda |
Latera do cemitério Santa Águeda |
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