“E
pela hora do crepúsculo saudoso, como em profética visão, eu vi Estremoz
renascer como Fênix, das suas cinzas, transformada no pomar festivo da cidade,
no celeiro farto do povo, em estância preferida do verão”.
Dom José pereira
Alves, 3º bispo de Natal.
De acordo com a sessão do parlamento brasileiro em
08/10/1827 a população da província do Rio Grande do Norte foi contabilizada em
48.917 habitantes. Naquela mesma sessão foi apresentado um requerimento para a
criação de uma aldeia de índios tirados da vila de Estremoz. (ANAIS DO PARLAMENTO
BRASILEIRO, 1827, p.108). O referido decreto não fornecia maiores informações
sobre o requerimento.
Em
16/12/1829 o jornal Diário de Pernambuco apresentou um anúncio de venda de
propriedade em Estremoz, segundo o qual dizia:
Vende-se 3 léguas de terra, no lugar do Cururu, Termo da Vila
de Estremoz da Província do Rio Grande do Norte, muito fresca, e próprias para
criar Gado, com todas as proporções para se dividirem em duas ótimas Fazendas;
[tratar] na rua da Cruz nº 57,ou a Manoel José da Silva Braga, na Prensa do
Algodão no Forte do Mato.(DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 16/12/1829, p.3.Grifo nosso).
Na sessão do dia 28/07/1832 foi aprovada a proposta do
Conselho Geral da Província do Rio Grande do Norte dividindo em duas a
freguesia da vila de Estremoz (O TEMPO, 01/09/1832, p.4).
A
Comissão de Instrução Pública da Assembleia Geral Legislativa aprovou em
07/08/1830 a proposta do Presidente da Província do Rio Grande do Norte a cerca
da criação de escolas na província na qual se dizia em seu artigo 5º que
haveria Escolas primárias na Povoação de São Gonçalo, na Vila de Estremoz, na
Povoação de Touros, na Vila do Príncipe e na Povoação do Acari, dentre outras
deliberações (DIARIO DA CAMARA DOS SENADORES DO IMPERIO DO BRASIL (RJ), 1830,
p.2).
De acordo com o jornal A Verdade em 1834 a vila de
Estremoz ainda carecia do Conselho de Jurados (A VERDADE, 14/01/1834, p.2).
Em 31/03/1840 foi publicado o edital da presidência da província no qual se haveria de arrendar em hasta pública dois lotes de terras dos próprios nacionais, existentes no rio Ceará-Mirim do município da Vila de Estremoz, na qual compreendiam algumas baixas confrontando com as várzeas do rio. (O PUBLICADOR NATALENSE, 11/04/1840, p.2).
Segundo o relatório do presidente da província José Joaquim Soares da Câmara havia adquirido concessão pela lei provincial de 08de novembro de 1842 para construir uma ponte no rio Maxaranguape do município de Estremoz, porém ainda em 1843 o mesmo não havia feito a obra. (RELATÓRIO..., 1843, p.10).Em 1843 José Bento da Fonseca constava como professor primário em Estremoz (relatório, 1843,p.14
De acordo com o jornal
Diário do Rio de Janeiro não havia nada do que se queixar quanto a
tranquilidade na província do Rio Grande do Norte, a não ser os desmandos do
ex-diretor dos índios que quando ainda em exercício tentara perturbar a ordem
em Muriú, distrito de Estremoz, mas que foi imediatamente chamado à orbita dos
seus deveres por 20 praças que a presidência
fez marchar para aquele lugar. (DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 05/10/1847, p.1).
De acordo com o jornal O Nortista em Estremoz foi nomeado
como subdelegado “uma das 1ª notabilidades daquele lugar o distinto Sr. de
engenho e fazendeiro, Manoel Varela do Nascimento.(O NORTISTA, 19/10/1849,
p.3). O mesmo viria a ser mais tarde o Barão do Ceará-Mirim.
Segundo
o relatório de 1849 eram 1.6467 votantes e 31 eleitores (RELATÓRIO..., 1849, p.39).
O mesmo jornal registrou que em Estremoz naquele mesmo ano
foram qualificados 1.600 votantes e na igreja da vila se fez publicar a
respectiva lista, mas no livro foi feito o lançamento com a exclusão de mais de
400 votantes e viciaram os nomes dos demais.
Os Nortistas se apresentaram com energia na eleição exigindo
que a mesa recebesse as listas dos qualificados. O presidente da província
mandou para Estremoz uma força policial no dia da eleição para garantir a ordem
do preito. (O NORTISTA, 08/08/1849, p.1). Segundo o relatório do presidente da
província de 1849 havia cadeias arruinadissimas e poucos seguras nas vilas de
Estremoz, Vila Flor, Príncipe, Acari e Portalegre.
Eis os eleitores da
freguesia de Estremoz em 1849
Nº de ordem |
Eleitor |
1 |
Francisco de Souza
Xavier. |
2 |
Antonio Francisco
Cabral de Macedo. |
3 |
Jerônimo Cesar de
Andrade |
4 |
Lourenço José da
Costa |
5 |
Francisco Bernardo
Gouveia |
6 |
André de Paiva
Ferreira e Albuquerque Junior |
7 |
Inácio Tolentino
de Paiva |
8 |
Major Antonio
Alexandrino de Paiva |
9 |
Antonio Manoel de
Medeiros |
10 |
José Rodrigues da
Silveira |
11 |
Antonio de Barros
Pereira |
12 |
Manoel Teixeira da
Silva |
13 |
Francisco de
Araújo Viana |
14 |
Tem. Cel.
Francisco Xavier de Souza Sobral |
15 |
Joaquim de
Medeiros Velho |
16 |
Emidio Henrique de
Paiva |
17 |
Bento José
Teixeira |
18 |
Cel. André de
Paiva Ferreira e Albuquerque |
19 |
Joaquim José de
Medeiros Velho |
20 |
João Vimarano de
Paiva |
21 |
José Francisco
Xavier de Souza |
22 |
Francisco Xavier
da Silva |
23 |
José Francisco de
Sá Bezerra |
24 |
Francisco Xavier
de Goes |
25 |
Major Francisco
Pereira de Brito |
26 |
Joaquim José da
Costa |
27 |
Salvador de Araújo
Correia |
28 |
Serafim da Rocha
Freire |
29 |
João Vieira de
Melo |
30 |
José Lopes de
Vasconcelos |
31 |
Manoel José de
Araújo |
Fonte: o sulista, 15/09/1849, p.4
Em 1850 haviam 63 meninos matriculados na escola primária de Estremoz, (RELATÓRIO..., 1850, p.28).
Antiga igreja e convento dos Jesuítas em Estremoz. |
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