“E
pela hora do crepúsculo saudoso, como em profética visão, eu vi Estremoz
renascer como Fênix, das suas cinzas, transformada no pomar festivo da cidade,
no celeiro farto do povo, em estância preferida do verão”.
Dom José pereira
Alves, 3º bispo de Natal.
O jornal potiguar O
Jaguarari registrou em 12/04/1851 que o chefe de policia da província fez
abortar o célebre processo de sedição de Estremoz, na qual segundo o referido
jornal: “acreditamos que não dará as mãos a esses estonteados para a realização
de um ato igualmente iníquo e imoral. (O JAGUARARI, 12/04/1851, p.4).
Nada mais conseguimos apurar sobre essa sedição em Estremoz,
sabendo que o mesmo era um dos municípios que eram elogiados pela sua
tranquilidade e por isso estranho tal caso de sedição, que só se justifica
pelas disputas políticas existentes a época.
O Correio da Tarde registrou que no dia 26/10/1851 foi
assassinado no lugar denominado Picada, termo de Estremoz, José Ambrósio por
Francisco Damião. (CORREIO DA TARDE, 17/11/1851, p.4).
Sobre
a cadeia da vila de Estremoz em 1851 escreveu o presidente da província que a
mesma ameaçava ruir “e quanto mais demora houver no conserto, mais caro custará
a ele” (FALA...,1851, p.6).
Em 1851 o Pe. Candido José Coelho exercia também a função de
Juiz de direito em Estremoz (FALA..., 1851,p.13), já Targine Antonio Gonçalves
constava como professor naquele ano de 1851 (FALA..., 1851, p.14).
Em 15/02/1852 o jornal O Cearense registrou que o padre
Cândido de Estremoz era um dos deputados
provinciais. (O CEARENSE, 15/02/1852).
Segundo o jornal O Liberal Pernambucano o procedimento dos
juízes suplentes de Estremoz estava desgostando sobremodo o vigário daquela
freguesia, o Pe. Candido Varela, por ver que seu antagonista estava decepando a
sua influência e burlando seus planos.
Ainda de acordo como referido jornal o Dr. Loló estava
iludindo a todos com promessas lisongeiras com abraços e meiguices, “vai
zombando dos pobres crédulos, que se deixam fascinar pelo coral e belos
louvores da serpente venenosa” (O LIBERAL PERNAMBUCANO, 20/06/1853, p.2).
O jornal O Cearense registrou em 26/05/1854 que em Cajueiro,
do termo de Estremoz, uma escolta do delegado barbaramente assassinou a um
velho de mais de 70 anos tendo o cadáver remetido a Natal para ser vistoriado.O
delegado foi demitido e nada foi mandado proceder contra os assassinos do
idoso. (O CEARENSE, 26/05/1854, p.3).
O
aviso de 13/02/1854 e repetido em 12/10/1854 determinava que os presidentes das
províncias informassem sobre a existência de terras devolutas com declaração de
suas circunstâncias relativamente à colonização. E foi assim que se teve inicio
a ocupação em larga escala do vale do rio Ceará-Mirim.
Segundo
o Diário de Pernambuco em outubro de 1854 um individuo morador na Picada do
Ceará-Mirim houve por parte de um pai uma ordem de prisão contra o filho a quem
acusava de ser ladrão de seus cavalos, animais estes que o filho havia ganhado
da madrinha quando criança e quando adulto foi o mesmo expulso de casa pelo pai
que exigiu em ação judicial a posse dos animais.Na execução da ordem de prisão
foi o filho ferido mortalmente. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 03/11/1854, p.2).
O mesmo jornal registrou ainda que na Alagoa do Xavier,
também da Picada do Ceará-Mirim, termo de Estremoz, um individuo deu um tiro em
uma mulher que felizmente não foi mortal. Já no dia 21/10/1854 foi ferido com
um tiro no lugar Jaçanazinha, Alexandre de tal, e ficou em risco de vida.
Segundo o referido jornal: “o termo de Estremoz que sempre
gozou os foros de um dos mais pacíficos da província, vai tornanado-se
respeitável pela reprodução dos fatos dessa ordem”, os quais não se sabia em
que se atribuir tantos crimes visto que as autoridades continuavam diligentes
na captura de criminosos.
No relatório de 1854
constavam 69 alunos matriculados na escola primária do sexo masculino de
Estremoz. (RELATÓRIO..., 1854, p.16).
De acordo com o relatório
do presidente da província de 1854 estes eram os engenhos de moendas de ferro e
engenhocas existentes no município de Estremoz:
No
de ordem |
Engenho/engenhoca |
|
Limoeiro
|
1 |
Pedregulho |
2 |
Morrinhos
|
3 |
Mucuripe
|
4 |
Cumbe
|
5 |
Verde
Nasce |
6 |
Capela
|
7 |
Carnaubal |
8 |
Porão
do Norte |
9 |
São
Francisco |
10 |
Rio
Novo |
11 |
Torre
|
12 |
Laranjeira
|
13 |
Timbó
|
14 |
Vilar
|
15 |
Massangana
|
16 |
Nascença
|
17 |
Idem
|
18 |
Olho
d’Água |
19 |
Canto
do Arroz |
20 |
Boca
da Mata |
21 |
Tamanduá
|
22 |
Rio
do Meio |
23 |
Jacoca
|
24 |
Barra
|
Fonte:
Relatório..., 1854, p.37.
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