A
Câmara Municipal da Vila de Estremoz, na Província do Rio Grande do Norte
exultou de júbilo e concebeu as mais bem fundadas esperanças por ter Sua
Majestade Dom Pedro II assumido a plenitude dos poderes que pela constituição
do Estado lhe competiam em 23/07/1840. Conforme o documento que fora enviado da
Câmara de Estremoz para registro do fato no Correio Oficial do Rio de Janeiro:
"O
Brasil de novo se encadeará na senda da brilhante carreira que lhe está
designada pela Providência. Felizmente este acontecimento veio dissipar o
medonho aspecto dos males, que estavam iminentes: graças a Divina
Providência, já nos é dado anteolhar o nosso horizonte político desassombrado de
tais névoas, já contamos com mais garantias para a estabilidade de nossa Santa
Religião, para a Monarquia Constitucional, finalmente para a união e integridade
do Império Brasileiro".
(CORREIO
OFICIAL, 09/10/1840, p.1-2).
Dizia ainda o citado documento que a Câmara de Estremoz
penetrada de tais sentimentos, que qualificava como verdadeiramente patrióticos, depois de congratular-se por tão fausto acontecimento se apressava a se manifestar
por meio da imprensa rogando que se fizesse presente ao Imperador e aos ministros
e fazer-lhes sentir que a Câmara Municipal de Estremoz tinha por norte a Lei,
distintivo de honra.
O documento foi enviado do Paço da Câmara Municipal da Vila
de Estremoz em sessão extraordinária de 19/08/1840 tendo sido o mesmo
endereçado ao ministro de Estado de Negócios do Império, Antônio Carlos Ribeiro
de Andrada Machado e Silva.
Assinaram o referido documento Manoel Varela do Nascimento,
Francisco da Rocha Bezerra Junior, Felipe Varela Santiago, Francisco de Paula
Paiva, Francisco Bernardo de Gouveia, Francisco de Paula Soares da Câmara e
Francisco de Souza Xavier, que eram os 7 membros da Câmara Municipal de Estremoz.
Coroação de Dom Pedro II |
Juramento de Dom Pedro II |
A Casa de Câmara e Cadeia de Estremoz em cartão postal de 1914. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário