Em São Gonçalo do Amarante, a 18 km de Natal, haviam 19.966
habitantes.A época o município era administrado pela prefeita Élia de Barros a
qual havia assumido a gestão daquele município em 31/01/1972 e que segundo o
Diário de Natal ela estava convencida dos desafios que a esperavam na
administração municipal.
Naquele ano de 1972 foram surgindo novas escolas, poços para
o abastecimento básico iam sendo abertos, uma maternidade já estava funcionando
e gente para movimentar tudo isso estava sendo preparada. Uma nova mentalidade
ia sendo implantada naquele município.
De
acordo com os universitários do Projeto Rondo que atuaram no município em 1971
chegaram a conclusão de que a água consumida pelo povo era o principal problema
a ser enfrentado.Foram firmados convênios com a Fundação SESP, possibilitando a
abertura de poços de abastecimento básico em São Gonçalo, Uruaçu e Guanduba,
além de outro com a CASOL garantindo água saudável para o distrito de Santo
Antonio do Potengi.
Dois mini-posto de saúde foram instalados e postos em
funcionamentos em convenio com a ANCAR-RN nos distritos de Igreja Nova e Santo
Antonio.De acordo com o Diário de Natal essas ações diminuíram sensivelmente o
número de pessoas que precisavam vir a Natal para receber atendimento médico.Os
mini-posto prestavam assistência a infância e parturientes e garantiam também
serviços de emergência, curativos, etc.
Ainda no setor de saúde havia um problema a resolver.As
parturientes ou eram assistidas em suas casas por parteiras leigas ou trazidas
para a Capital.Faltava uma maternidade que foi criada pela prefeitura em 1971 e
que em um ano de funcionamento já havia realizado 218 partos.
A maternidade Josefa Barros no distrito de Santo Antonio do
Potengi era superviosionada pelo médico Vanildo Pereira Brasil que tinha como
auxiliares a parteira Maria Nazaré Monção e a enfermeira Maria José de Freitas.
Além de assistência as mães contava ainda com ambulatório, consultório médico e
mini-posto de saúde.
No setor educacional São Gonçalo do Amarante padecia um mal
que ainda era de todo o país,o professorado leigo.A prefeita Elia de Barros
promoveu a capacitação profissional das professoras municipais com a realização
de semanas pedagógicas além de uma semana de merenda escolar, tudo em regime de
internato.
As escolas existentes foram reequpadas com carteira, filtros
e materiais para merenda e três delas pasaram por modificações garantindo-lhes
mais uma sala: Poço de Pedras, Santo Antonio,Bela Vista e Guanduba.Outros três prédios
foram construídos garantindo educação primária para os povoados de Rego
Moleiro, Pajuçara e Massaranduba, e até julho de 1972 estariam prontos mais três
em Jacaraú, Oiteiros e Alagadiço Grande, tudo as expensas dos cofres municipais
segundo o Diário de Natal.
Foi criado o Ginásio Comercial de São Gonçalo que começou a
funcionar no inicio de 1972 sob a direção do professor José Frazão de Oliveira
e com 37 alunos matriculados na 1ª série.As suas instalações próprias começaram
a ser construídas ainda naquele ano de 1972.
O Mobral de São Gonçalo do Amarante merecia um capitulo a
parte na analise sobre o movimento educacional daquele município de acordo com
o Diário de Natal. Em março de 1972 foi concluído o 3º convênio com a entrega
de certificados de alfabetização a 1.092 adultos e adolescentes e 31
distribuidos por 61 postos espalhados pela cidade. Nos dois convênios
anteriores já haviam sido entregues 753 certificados de alfabetizados.
Na cidade foram implantados 3.200 metros de calçamento e
restaurados os prédios do mercado e da Câmara Municipal.As estradas municipais
receberam a necessária conservação. “O processo desenvolvimentista implantado
pelo Revolução , dentro das limitações do meu município, chegou a S.Gonçalo.Meu
povo já pode olhar para o futuro com mais fé e com muito mais confiança”,escreveu
a prefeita de São Gonçalo do Amarante, Élia Barros no Diário de Natal.A
Revolução a qual se referia a prefeita foi a de 31/03/1964 feita pelas Forças
Armadas.
Aspectos da maternidade Josefa Barros. |
Escola Municipal de Rego Moleiro que seria inaugurada em 01/04/1972.
Poço instalado na cidade de São Gonçalo.
Escola Municipal de Massaranduba.
Construção do poço de Santo Antonio do Potengi.
Élia Barros, prefeita de São Gonçalo do Amarante em 1972.
Fonte: Diário de Natal,
31/03/1972, p.9.
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