Em 1920 aportou pelo litoral do Rio Grande do Norte o
cruzador José Bonifácio que tinha por finalidade organizar colônias de
pescadores ao longo da costa potiguar e incorporar essas mesmas colônias a reserva
naval do País, podendo ser considerada o inicio de um vasto aproveitamento dos
recursos da economia litorânea, e da própria defesa marítima.
Não era, aliás, essa a finalidade única que convinha ter em
vista o cruzador, era de considerar o coeficiente de riqueza que a indústria
piscicola que deveria ser constituída e explorada racionalmente, por pessoal
idôneo, e amparada ela previdência oficial. (HOJE: PERIÓDICO DE AÇÃO SOCIAL (RJ)
– 1920, p. 16).
Comandante
Frederico Villar
O comandante do cruzador
José Bonifácio era Frederico Villar, ele quem tinha a incumbência de fundar as colônias
de pescadores ao longo da costa potiguar.
A
primeira Colônia
Assim
foi que em 22/05/1920 o comandante Frederico Villar chegou a Caiçara onde
pretendia constituir ali uma Colônia de Pescadores, conforme consta no seguinte
telegrama que ele expediu dando ciência do acontecimento ao Almirante de portos
e costas do Arsenal da Marinha: “Rio.Em 22 de maio de 1920: 443.-Fundeamos
Caiçara depois de excelente viagem.Numerossimos pescadores esperamos fazer aqui
obra magnífica.Peço consultar carta oitocentos e oitenta oito
Almirantado.Saudações respeitosas. (a) Villar. –Bonimar.”.
Já
ao governador do Rio Grande do Norte, Antonio de Souza o comandante Frederico
Villar expediu um telegrama em 24/05/1920 no qual dizia com prazer tinha ele a honra
de comunicar a inauguração da primeira colônia
cooperativa com cerca de 500 pescadores em Caiçara e também a fundação de uma
escola primária que até aquela data ali inexistia, havendo ele encontrado 98 %
de analfabetos.Reinava em Caiçara a varíola.Foram vacinados e socorridos com
medicamentos numerosos pescadores “que dos poderes públicos só conhecem os mais
inacreditáveis impostos”,escreveu Frederico Villar.
Afirmar
o comandante do cruzador José Bonifácio que esperava ter inaugurado uma era de
liberdade e riqueza para os pescadores do querido estado potiguar chamando a
comunhão brasileira milhares de compatriotas até aquele momento esquecidos cruelmente
nas curvas da costa.
Segundo Frederico Villar o Governo Federal acreditava que os pescadores potiguares eram valiosíssimos elementos para a grandeza e prosperidade da pátria e todos confiavam no patriotismo e larga visão do governador do Estado para que o programa do Presidente da República fosse realizado com todo o brilho no Rio Grande do Norte.(HOJE: PERIÓDICO DE AÇÃO SOCIAL (RJ), 1920, p.16).
A época Caiçara era uma das inúmeras povoações litoranea do municipio de Touros.
A
segunda Colônia
No dia
seguinte, ou seja, 23/05/1920 seria fundada a segunda Colônia de Pescadores no
Rio Grande do Norte que foi a de Touros.
Segundo Frederico Villar o entusiasmo pela criação das
Colônias de Pescadores era um grande obra cívica, pois as mesmas almejava
libertar os pescadores míseros e analfabetos dos inacreditáveis impostos
estaduais e municipais e torções diversas.
Sobre a fundação das Colonias de Caiçara e Touros escreveu o
comandante do cruzador José Bonifácio:” vale a pena tudo sacrificar para
concluir esse serviço de valor imenso para o futuro da nossa pátria”.
A
terceira Colônia
Já a terceira Colônia de Pescadores criada no Rio Grande do
Norte foi a que abrangia as praias de Perobas, Garças e Rio do Fogo em
24/05/1920, tendo sido criada igualmente a escola primária que foi denominada
Tenente Gumercindo Loretti.
De acordo com o comandante Frederico Villar reinava grande satisfação dos pescadores. Esperava ele realizar em 25/05/1920 a fundação da Colônia de Pescadores de Pititinga e de lá partir para Natal. (HOJE: PERIÓDICO DE AÇÃO SOCIAL (RJ), 1920, p.17). Assim, a Colônia de Pescadores de Pititinga foi a quarta a ser criada no Rio Grande do Norte.
A época todas essas localidade pertenciam ao municipio de Touros.
Comandante Frederico Villar. Fundador das primeriras Colônias de Pescadores no Rio Grande do Norte |
O Cruzador José Bonifácio. |
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