A
instalação dos primeiros poços profundos ou tubulares em Baixa Verde foi
resultado de ações conjuntas entre o governo estadual, a IFOCS e autoridades
locais.
Essas
estruturas permitiram extrair água de qualidade razoável mesmo durante os
períodos de seca extrema, representando um avanço em relação aos poços
escavados manualmente ou às cacimbas.
Os
poços tubulares trouxeram mudanças significativas para a vida em Baixa Verde,
tais como:
-
Segurança hídrica para populações isoladas;
-
Redução da mortalidade animal e melhora na produção agrícola de subsistência;
-
Fixação da população rural, reduzindo os fluxos migratórios sazonais;
-
Estímulo à organização comunitária, já que os poços se tornavam centros de
convivência e solidariedade.
Além
disso, a existência de água acessível permitiu a continuidade das atividades
escolares, religiosas e comerciais em tempos de estiagem.
Da
memória da instalação dos poços tubulares da IFOCS no municipio supracitado
tem-se o que se segue.
Em
1929 foram perfurados poços em Baixa Verde no valor de 6:986$860 e na região da
Serra Verde no valor de 4:703$600.[1]
Dentre
os serviços de perfuração e aparelhamento de poços na região de Serra Verde, na
parte do municipio de Baixa Verde, feitos pela IFOCS em colaboração com o
governo do Estado se destacam os seguintes:
Poço
Palestina
Situado
a 27 km ao poente da estação de Baixa Verde e a 12 km a noroeste do povoado de
Queimadas. O inicio da perfuração desse poço ocorreu em 14/12/1927 e concluído
a 14/07/1928, contendo o mesmo as seguintes características:
Profundidade |
105m |
|
Revestimento
com tubos de 6” |
22m |
|
Nivel
máximo do lençol d’água |
94,70m |
|
Nivel
estável do lençol d’água |
94,70m |
|
Vazão
horária (litros) |
1.000l |
|
Qualidade
da água |
Calcária |
|
Despesa
de perfuração |
Por
ocnta do governo do Estado |
12:142$580 |
Por
conta da IFOCS |
1:319$054 |
|
Total |
13:461$634 |
Fonte: Relatórios dos Presidentes dos Estados
Brasileiros, 1929, p.128.
Poço Oiticica
Situado no povoado de Nazaré, ficando a
7 km ao nascente da povoação de Queimadas e a 22 km da estação de Baixa Verde.O
inicio da desobstrução ocorreu a 22/11/1927 e concluido a 31/07/1928, estando
suspenso os erviço de desobstrução entre 01/12/1927 e 22/07/1928.
Com os services de desobstrução desse
poço foram gastos 1:362$000, sendo 1:318$000 por parte do governo do Estado e
44$000 por parte da IFOCS.
Foi instalado nesse poço uma bomba
manual Rumsey, service esse concluido em 05/09/1928, tendo sido a despesa de
2:689$476, dos quais 339$000 por conta do governo do Estado e 2:350$476 por
conta da IFOCS.
Poço Cabeço Preto
Estava situado a 25 km oeste da estação de Baixa
Verde, tendo sido iniciado a sua perfuração a 28/09/1928 e concluido a
31/12/1928.Tinha esse poço as seguintes caracteristicas:
Profundidade |
102m |
|
Revestimento
com tubos de 6” |
69,50m |
|
Nivel
máximo do lençol d’água |
85m |
|
Nivel
estavel do lençol d’água |
87m |
|
Vazão
horária (litros) |
1.000l |
|
Qualidade
da água |
calcária |
|
Despesas |
Por
conta do governo do Estado |
5:947$900 |
Por
conta da IFOCS |
3:614$261 |
|
Total |
9:562$161 |
Fonte: Mensagem do Presidente do Estado do Rio Grande
do Norte, 1929, p.128.
Poço
Pereiro
Este poço se situava a 39
km ao norte da estação de Baixa Verde e a 18 km do povoado de Queimadas.O
inicio de sua perfuração ocorreu em 23/01/1929 e concluída a 25/05/1929, Tinha
o referido poço as seguinte caracteristicas:
Profundidade |
72m |
|
Revestimento
com tubos de 6” |
28,5m |
|
Nivel
máximo do lençol d’água |
59,5m |
|
Nivel
estavel do lençol d’água |
60m |
|
Vazão
horária (litros) |
1.300l |
|
Qualidade
da água |
calcária |
|
Despesas |
Por
conta do governo do Estado |
6:677$100 |
Por
conta da IFOCS |
1:568$525 |
|
Total |
8:245$625 |
Fonte: Mensagem do Presidente do Estado do Rio Grande
do Norte, 1929, p.128.
Poço
São Luis
Situado a 23 km ao norte da
estação de Baixa Verde e a 12 km a oeste da povoação de Queimadas.Teve iniciada
a sua perfuração em 02/07/1929 e concluída a 08/08/1929.Tinha o referido poço
as seguintes características:
Profundidade |
59m |
|
Revestimento
com tubos de 6” |
32m |
|
Nivel
máximo do lençol d’água |
47m |
|
Nivel
estavel do lençol d’água |
48m |
|
Vazão
horária (litros) |
1.400l |
|
Qualidade
da água |
calcária |
|
Despesas |
Por
conta do governo do Estado |
2:475$000 |
Por
conta da IFOCS |
3:065$963 |
|
Total |
5:440$963 |
Fonte: Mensagem do Presidente do Estado do Rio Grande
do Norte, 1929, p.128.
A perfuratriz que
operava em Serra Verde sofreu vários reparos, sendo o mais importante a
substituição da caldeira respectiva por uma nova.
A
década de 1930 foi um período de grandes desafios para a região semiárida
nordestina, marcada por secas severas e escassez de recursos hídricos. No então
município de Baixa Verde (atual João Câmara), a sobrevivência das populações
rurais dependia diretamente do acesso à água.
Nesse
contexto, os poços tubulares surgiram como uma inovação tecnológica essencial
para mitigar os efeitos das estiagens, garantindo as populações o acesso ao
precioso liquido.
O
Nordeste brasileiro enfrentou uma das secas mais intensas de sua história entre
1931 e 1932, levando o governo federal a criar frentes de emergência e projetos
para combater os efeitos da estiagem.
A
população de Baixa Verde sofreu diretamente com o colapso de açudes, barreiros
e fontes tradicionais. A necessidade de fontes de água mais seguras e profundas
levou à adoção crescente dos poços tubulares — perfurados com técnicas modernas
e capazes de acessar lençóis freáticos a maiores profundidades.
De acordo com a revista Brasil Ferro Carril em edição de
01/05/1930 pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas foi autorizada a
perfuração de um poço tubular no lugar São Miguel, no municipio de Baixa Verde,
serviço esse que foi realizado em
cooperação com o governo do Estado, de acordo com as bases aprovadas pelo
Ministério da Viação[2].
A edição do dia 24/07/1930 da referida publicação foi
autorizada pela IFOCS a perfuração de um poço tubular no lugar Faria, no
municipio de Baixa Verde, em cooperação com o governo do Estado.[3]
Naquele
ano também foi aberto um crédito especial de 120$000 para atender ao pagamento
das despesas com a construção de poços artesianos, em Serra Verde, a serem
construídos pelo governo do Estado.[4]
Sob o regime de colaboração do governo do Estado com a União, foram perfurados, em Serra Verde em 1930, os poços tubulares abaixo discriminados:
Poço
São Luiz
Com 6” de diâmetro e 59 metros de profundidade, com vazão horária de 1.400 litros, situado a 33 km ao norte da estação de Baixa Verde, e a 12 km a oeste da povoação de Queimadas.
Poço São Luiz em Baixa Verde.Foto: A Noite.Suplemento.Seção de Rotogravuras, 1935. |
Poço
São João
De 6” de diâmetro e 42
metros de profundidade, com vazão horária de 1.300 litros, estava situado a 54
km ao norte da estação de Baia Verde e a 12 km ao sul da povoação de São Bento.
Poço
Terra Santa
De
6” de diâmetro e 67,3 metros de profundidade, situado a 57 km ao noroeste da
estação de Baixa Verde e a 24 km ao sul da povoação de São Bento, com vazão
horária de 1.500 litros.
Poço
São Miguel
De
6” e diâmetro e 56 metros de profundidade, situado a 54 km ao norte da estação
de Baixa Verde, com vazão horária de 1.600 litros.
Poço
Farias
De
6” de diâmetro, situado a 50 km ao norte da estação de Baixa Verde.A perfuração
desse poço teve inicio em 16/07/1929 e concluída a 15/08/1930.Tinha 14 metros
de profundidade.
Em julho de
1934 estava em vias de conclusão poços nos limites dos municipios de Baixa
Verde, Macau e Angicos, para permitir a fundação do projetado campo de sementes
da Inspetoria de Plantas.[5]
De acordo com o jornal pernambucano Diário da Manhã em 01/07/1934
estavam bem adiantados os serviços de perfuração do poço Fagundes, situado
entre os limites dos municipios de Angicos, Macau e Baixa Verde.[6]
Tal poço viria a resolver o problema da falta d’água naquela
região.
Segundo o que foi publicado no jornal A Ordem em edição de
17/09/1937 foi requisitado ao fiscal dos serviços de poços a perfuração de um
poço tubular nos lugares Cabeço Verde, Silvestre e Lagoa, todos situados no
municipio de Baixa Verde.[7]
Em 1938 é
citado o poço “Povoado” no lugar Quixabeira, localizado entre os distritos de
Baixa Verde e São Bento do Norte.[8]
Já existiam, em pleno funcionamento em 1943, 34 poços tubulares, dos
quais os primeiros 4 foram perfurados de 1922 a 1924, ás expensas exclusivas da
IFOCS., e os demais 30, em cooperação com o Estado.
O quadro a seguir mostra a quantidade de poço perfurados entre os anos
de 1910 e 1941.
Ano |
Quantidade de poços perfurados |
1910 |
6 |
1928 |
3 |
1929 |
2 |
1930 |
3 |
1936 |
2 |
1937 |
2 |
1938 |
3 |
1939 |
4 |
1941 |
5 |
Fonte: Câmara,
Anfilóquio. 1943, p.77-86.
Destes 29 poços, 10 eram de água salobra, 20 de água calcária e 4
de água potável, e estavam localizados um na cidade e os demais nos seguintes
lugares: Baixa do Juazeiro, Queimadas, Quixabeira, Palestina, Cabeço Preto, São
Luiz, São João, Terra Santa, São Miguel, Pereiro, Jandaira, São Francisco
Xavier, Parazinho, Povoado, Farias, Pedra Grande, Lagoa, Baixa do Feijão,
Silvestre, Bom Descanso, Genésio, Pedrinhas, Viração, Carrasco dos Marcoilinos,
Baixa Funda. Lajedo, Bom Jardim, Nova Descoberta, Espinho, São Salvador, Santo
Alberto e São Geraldo.
Além dos poços mencionados, a IFOCS perfurou, de cooperação com
particulares, mais quatro, sendo um com resultado negativo.
O Governo Federal aprovou em 1945 o orçamento na importância de Cr$
39.546,80, para o aparelhamento de um poço tubular denominda Cidade 9, no
municipio de Baixa Verde.[9]
Em 1948 foi aprovado pelo ministro da
viação e obras públicas o projeto e orçamento para as obras de aparelhamento de
um poço tubular denominado Baixa do Feijão, no municipio de Baixa Verde, no
valor de Cr$ 54.307, 80.[10]
Em 03/02/1944
o ministro da viação aprovou o orçamento de Cr$ 20.079,40 para ocorrer as obras
de aparelhamento, pelo regime de cooperação, do poço Baixa Verde nº 1.[11]
No
dia 18/11/1944 foi concluída a instalação do poço tubular denominado Baixa
Verde, situado na zona suburbana da cidade homônima.
O poço contava com um reservatório de tijolo e cimento, com
capacidade para 15.000 litros de água, com chafariz para abastecimento público,
bebedouro para animais e cercado de arame farpado.
A despesa com esse serviço correu por conta do governo do
Estado, tendo a IFOCS fornecido o catavento.
De acordo com o jornal A Ordem esse melhoramento viria a
contribuir para minorar a carência de água na próspera cidade de Baixa Verde.[12]
O referido poço seria administrado pela Inspetoria de Poços
no Estado.
Em agosto de 1948 foi assinado pelo ministro da viação o ato
aprovado o projeto para as obras de aparelhamento de um poço denominado Baixa
do Feijão, no municipio de Baixa Verde, ao custo de Cr$ 54.307,80.[13]
Em
08/07/1948 foi aprovado pelo DNOCS a abertura do poço tubular São Joaquim, no
municipio de Baixa Verde.
Em 11//11/1949 foi aprovado
pelo Ministério da Viação o projeto e orçamento, calculado em Cr$ 37.352,50,
para a perfuração de um poço tubular com a denominação de Matadouro Público, na
cidade de Baixa Verde.[14]
A região
da Serra Verde
A região denominada Serra Verde, situada entre os municipios
de Baixa Verde, Touros e Macau foi uma região emblemática em questão de aceso a
água.
Com o intuito de amenizar as condições de vida dos habitantes da Serra Verde,
onde havia a absoluta ausência de mananciais, na extensão de dezenas de léguas,
roubando aos que ali trabalhavam metade do ano em longas caminhadas para o
litoral e para o sertão, em cujas fonts iam buscar a água de que se serviam
para todos os misters, o govenardor do Estado iniciou em 1916 a perfuração de
um poço, que, infelizmente, ainda atigira o lençol aquoso, apesar da
consideravel profundidade já alcançada pela perfuratriz.[15]
Ali se desenvolvia a cotonicultura na região do Mato Grande,
onde os que ali se dedicavam a lavoura algodoeira lutavam incessantemente com a
falta d´água, tendo que colhê-la a grandes distâncias em poços perfurados pela
IFOCS, pelo governo do Estado, das prefeituras ou por particulares.
O
Estado do Rio Grande do Norte mantinha desde 1928 contratos com a IFOCS para
perfuração de poços tubulares, os quais se destinavam ao abastecimento das
populações e dos rebanhos nas zonas onde não era possível se construir açudes
como os vastos chapadões da Serra Verde.
Essas
chapadas compreendiam muitos milhares de quilômetros quadrados de terras
fertilíssimas, ainda incultas por falta de reservatórios d’água para o
suprimento das populações que se localizavam naquelas regiões.
O
aspecto físico, uniforme pela grande extensão da sua planície, a
invariabilidade da vegetação e a natureza das suas terras, tornava a paisagem
monótona devido a ausência de acidentes geográficos notáveis e pela Constancia
com que teimava em agrupar por toda parte as mesmas espécies de vegetais.[16]
Os
resultados práticos dos poços que já se encontravam funcionando em 1935 vinham
despertando o maior interesse.
A
área cultivada em Serra Verde, relativamente pequena, comparada com a
considerável extensão ainda inculta aquela época, pôs em evidencia as vantagens
do aproveitamento dos suprimentos de água subterrâneos por meio dos poços
tubulares.
A firma João Câmara & Irmãos e outros plantadores de
algodão da Serra Verde mantinham um serviço continuo de caminhões, destinados a
conduzir água, em vastos toneis, de Baixa Verde aos centros de lavouras
longínquas.
Diariamente
eram conduzidas cargas d’água, em barriletes, comboios extensos de burros e
jumentos num vai e vem pitoresco léguas e léguas entre Parazinho, Nazaré,
Palestina, Escadilha e Queimadas. Todos núcleos de atividades algodoeiras.
De
acordo com o Diário de Pernambuco essa faina era impressionadora, pois revelava
um aspecto, dos mais característicos da vida sertaneja.[17]
Em
03/07/1939 foi concluída a perfuração do poço Bom Descanso, em Serra Verde, no
municipio de Baixa Verde, com 123 metros de profundidade e descarga horária de
3.000 litros.
Esse poço voria a ser totalmente concluído em 1943 conforme um oficio dirigido ao Secretário Geral do Estado, o fiscal dos serviços de poços no Rio Grande do Norte, comunicou em 06/10/1943 ter inaugurado a instalação complementar do poço Bom Descanso, localizado no municipio de Baixa Verde.[18]
Em 29/03/1942 atendendo ao que requereu a firma João Câmara
& Irmãos, o inspetor de obras contra as secas aprovara o orçamento para a
perfuração de vários poços tubulares, pelo regime de cooperação, em propriedades
situadas no municipio de Baixa Verde. Foram os seguintes os orçamentos
aprovados:
Orçamento
em Cr$ |
Local
do poço |
10.501,80 |
Parazinho |
14.092,10 |
Três Irmãos |
15.269,70 |
Viração |
15.137,45 |
São Geraldo |
14.430,20 |
Pereiras |
15.120,20 |
Cabeço Vermelho |
12.447,60 |
---------- |
Fonte:
A Ordem, 29/03/1942, p.1.
Os
11 poços abertos na região da Serra Verde, na parte compreendida no municipio
de Baixa Verde, permitiram que a cultura do algodão se desenvolvesse de tal
modo, que sendo quase nula antes de 1917, data dos primeiros poços, atingia em
1935 a cerca de 6.000 Kg, em rama.
No poço São Luiz, em Baixa Verde, era grande a afluência
de cargueiros para retirar água do chafariz.
Em 01/08/1935 foi concluída
a instalação do poço Fagundes, em Serra Verde. As obras consistiram de um
catavento e um reservatório de concreto armado, com capacidade de 15 mil
litros, além de dois banheiros.
Todos
os serviços foram feitos em cooperação entre o governo do Estado, a IFOCS e a
Inspetoria de Plantas Texteis.[19]
Em
27/08/1937 o secretário geral do Estado solicitou ao fiscal do serviço de poços
no Estado as necessárias providências no sentido de ser perfurado mais um poço
tubular em Serra Verde no lugar Alagoinha.[20]
Foi
requisitado em 17/09/1937 ao fiscal dos serviços de poços a perfuração de um poço
tubular nos lugares Cabeço Verde e Lagoa, ambos situados no municipio de Baixa
Verde.[21]
Prosseguindo
no programa traçado pelo Governo Federal para solucionar o problema do combate
as secas do Nordeste, o ministério da viação e obras públicas, autorizou em
27/03/1941 a abertura dos seguintes poços tubulares:
Local |
Valor |
Terras do municipio de Baixa Verde |
14:224$910 |
Idem, idem |
13:350$235 |
Alto das Pedrinhas |
12:076$725 |
São Geraldo |
13:942$600 |
Lageiro do Téteu |
12:076$725 |
Feijão Brabo |
14:843$050 |
Santa Maria |
14:385$350 |
Fonte:
A Ordem, 27/03/1941, p.2.
Todos localizados em Serra
Verde, no municipio de Baixa Verde.
Segundo Anfilóquio Câmara o principal problema de Baixa Verde, para o
seu desenvolvimento, era o da água, começando pela cidade, que, decorridos
poucos meses, após a estação invernosa, era abastecida d´água pelos trens da
EFCRGN, conduzida da lagoa de Estremoz, numa distância de 67 km, mas em
quantidade aquém das necessidades locais.[22]
O frete dessa água, aliás, muito reduzido, era pago pela Prefeitura,
que, por sua vez, cedia á população sem lucro algum.
O problema da água no interior do município estava sendo resolvido,
satisfatoriamente, com a perfuração de poços tubulares, iniciada em 1922. Eram
eles que estavam permitindo a grande, e sempre crescente, cultura de algodão na
chapada da Serra Verde. [23]
Onde se instalava um poço, logo aí se formava um núcleo de população, toda entregue á agricultura, segundo Anfilõquio Câmara.
Memória
![]() |
Poço Púlbico construído pela IFOCS em Baixa Verde (João Câmara).Foto: Aldo Torquato. |
![]() |
Detalhe do poço de Baixa Verde.Foto: Aldo Torquato. |
Placa do poço de Baixa Verde.Foto: Aldo Torquato. |
Poço da IFOCS em João Câmara.Foto: Cosme Souza, 2025. |
Foto: Cosme Souza,2025. |
Foto: Cosme Souza,2025. |
Foto: Cosme Souza,2025. |
[1] Op.Cit., 1929, p.110.
[2] Brasil Ferro Carril, 01/05/1930,
p.25.
[3] Brasil Ferro Carril, 24/07/1930,
p.21.
[4] Mensagem do Presidente do Estado
do Rio Grande do Norte, 1930, p.46.
[5] Trata-se da Estação Experimental
Walbert Pereira, localizada atualmente no municipio de Jandaíra as margens da
BR-406.
[6]
Diário da Manhã, 01/07/1934, p.18.
[7] A Ordem, 17/09/1937, p.4.
[8]
Decretos do Governo do Estado do Rio Grande
do Norte, 1938, p.189.
[9] Brasil Ferro Carril, dez.1945,
p.26.
[10] Brasil Ferro Carril.
Ago,1948,p.29.
[11] A Ordem, 03/02/1944, p.4.
[12]A Ordem, 25/11/1944, p.3.
[13]Brasil Ferro Carril, Ago.1948,
p.29.
[14] Diário de Natal, 17/11/1949, p.3.
[15] Mensagem do Presidente do Estado
do Rio Grande do Norte, 1916, p.13.
[16] A Noite: Suplemento: Secção de Rotogravura (RJ), 19/01/1935, p.4.
[17]Diário de Pernambuco, 24/08/1930,
p.6.
[18] A Ordem,06/10/1943,p.3.
[19] A Ordem, 01/08/1935, p.1.
[20] A Ordem, 27/08/1937, p.4.
[21] A Ordem, 17/09/1937, p.4.
[22] CÂMARA, Anfilóquio. 1943,
p.77-86.
[23] Op. Cit.
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