Nos
tempos de guerra, economia de guerra. Era assim que o jornal A Ordem escrevia
em um artigo sobre a crise no abastecimento de alimentos na capital potiguar
durante a Segunda Guerra Mundial em 1943.
Mereciam
os maiores aplausos as medidas tomadas pelo prefeito de Natal e pelo diretor da
Estrada de Ferro, com o objetivo de melhorar o abastecimento da capital
potiguar.
Apesar
de vexatório o problema do abastecimento em Natal enquadrava-se dentro das
previsões suscitadas pelas circunstâncias do momento (a guerra). Era um
problema grave e que tendia a se agravar ainda mais.
Daí
a necessidade de tomadas de providencias prontas e eficientes que atenuassem a situação.
Era o que vinha fazendo o governo com as medidas que vinha tomando e com
constantes apelos a iniciativa particular para ajudar nesta emergência.
Neste
caso, o chamamento foi dirigido a todos os proprietários de gado leiteiro dos municípios
vizinhos, São José de Mipíbu, Ceará-Mirim e Macaíba no sentido de mandarem
vender leite em Natal.
O
prefeito de Natal facilitava os locais no mercado para a distribuição do
produto, já o O capitão Zamith, diretor da EFCRGN, determinou um abatimento de
90% no frete dos produtos que eram trazidos pela ferrovia do interior até a
capital.
Com
o leite se dava o mesmo com o que acontecia com os produtos que eram requeridos
pela alimentação do povo.
Os
tempos de guerra exigiam economia de guerra. Supria-se, nestes casos, uma
população, quase da mesma forma como se abastecia uma tropa.
A
iniciativa privada ficava reduzida a 20% ou menos, porque o governo precisava
agir com presteza e segurança, sem os métodos
protelatórios ou opinativos em voga em tempos normais.
Tudo
quanto se vinha tentando fazer em Natal era bom e merecia os aplausos da
população, mas o problema do abastecimento da capital potiguar só encontraria
uma solução definitiva quando se chagasse a esse termo: métodos e economia de
guerra, para os tempos de guerra.
Fonte:
A Ordem, 14/01/1943, p.1.
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