quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

SOBRE A ESTRADA DE FERRO DO NATAL A NOVA CRUZ




Segundo informação encontrada na Gazeta de Joinville prosseguiam “com extraordinário desenvolvimento, mediante o emprego de 2.000 operários os trabalhos da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz, tendo já mais de 3 léguas de trilhos assentados, e esperava-se que brevemente chegaria a florescente cidade de São José de Mipibu”.(GAZETA DE JOINVILLE, 1880, p.1).
Já o jornal O Monitor registrou que o presidente da província fez no dia 26/09/1880 “um passeio em trem especial da ferrovia em construção, indo até São José de Mipibu a fim de observar os trabalhos da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz que estavam já muito adiantados”.(O MONITOR,10/10/1880,p.1).
O jornal A Luz escreveu em uma de suas colunas em tom ufanista “firmes em nosso programa-instrução, pátria e liberdade julgamos de nosso dever não deixar passar despercebido em nossas colunas o dia 28 de setembro de 1881- data importantíssima para o RIO GRANDE DO NORTE e que a história sigilará eternamente”. (A LUZ, 08/10/1881, p.1, destaque do original).
Para o referido jornal a data simbolizava “o risonho e prometedor futuro desta pobre e desventurada porção do Brasil” (A LUZ, 08/10/1881, p.1) e também assinalava o seu engrandecimento material.
     Foi no dia 28/09/1881 que se inaugurou a primeira seção da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz.
     O jornal A Luz registrou assim o acontecimento: “As 13h00 da tarde as pitorescas margens do Potengi eram atroadas pela locomotiva - este arauto ingente que na destra de fogo leva ao povos mergulhados nas brumas da ignorância e do obscurantismo o progresso e a civilização dos povos cultos e que o seu sibilo estridulo convida as nações para tomarem assento no congresso cosmopolita e civilizador da humanidade”(A LUZ, 08/10/1881, p.1).
     Chegado o presidente da província e tomando o assento em seu vagão, toda a multidão o seguiu e logo pressurosa fazia o seu trajeto até São José de Mipibu. Ali diversos oradores saudaram o grande dia da província e o Sr Odilon Garcia ofereceu carta de liberdade a um seu escravo como prova de regozijo. (A LUZ, 08/10/1881, p.1).

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