A história da Estrada de Ferro do Natal
a Nova Cruz tem inicio por meio da lei provincial nº682 de 08 de agosto de 1873
quando foi autorizada a concessão dessa ferrovia. Já em 02/07/1874 foi contratada
pelo prazo de 80 anos com zona privilegiada de 30 km em cada lado da linha e
garantia de juros de 7% sobre o capital necessário para a sua construção.
Houveram vários decretos baixados pelo
governo imperial sendo os 4 principais os seguintes: decreto nº 5877 de 20 de
fevereiro de 1875 concedendo fiança da garantia provincial, decreto nº 6875 de
26 de abril de 1878 aprovando os estudos definitivos, decreto nº 7048 de 18 de
outubro de 1878 fixando o capital garantido e o decreto nº 7084 de 14 de novembro
de 1878 autorizando a transferência dos privilégios, favores e obrigações
mencionadas nos decretos precedentes a companhia que se organizasse em Londres
para manter a estrada de ferro.
A Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz
foi inaugurada em 27/02/1880, já o trafego nas extensões de 41,030 km em
28/09/1881, 117, 290 km em 31/10/1882 e 120,497 km em 10/04/1883.
O primeiro superintendente da Estrada de
Ferro do Natal a Nova Cruz foi o engenheiro inglês Jason Rgiby.
O traçado
Até o km 90 a ferrovia se dirigia do sul
para o norte, inclinando-se depois para o oeste. Atravessava sucessivamente os
vales do rio Pitimbu, Cajupiranga, Pium, Capió, Estivas, Penha, Piquiri e
Curimatau. Até o vale do Pqiuiri se cultivava cana-de-açucar, arroz,
feijão,milho, mandioca, etc e no Curimatau algodão e criação de gado.
A maior parte dos terrenos cortados pela
ferrovia eram de tabuleiros que não prestavam para qualquer cultura, no entanto
se encontravam inúmeras mangabeiras cujo o leite era extraído para a fabricação
da borracha.
O Capital garantido
O capital garantido da Estrada de Ferro
do Natal a Nova Cruz era de 5.496:052$544, isto significava 45:612$530 por
km.Foram gastos 6.078:216$055 na construção, o equivalente a 50:442$880 por
km.A quantia nominal foi de 7.110:400$00 (800.000 libras esterlinas) o
equivalente a 59.008$930 por km, sendo que por esta quantia o empreiteiro
contratou as obras e o Estado poderia
resgatar a ferrovia após 15 anos, ou seja, em 1898.
As condições técnicas
As condições técnicas da Estrada de
Ferro do Natal a Nova Cruz são as seguinte: a ferrovia tinha 12,497 km, tendo
como ponto inicial, ou o km 0 a cidade de Natal e o ponto terminal, ou km 120,
a cidade de Nova Cruz.Deste total 28,6%, ou, 34,462 km em patamar, 71,4%, ou
86,035 km em declive, 75,8% em tangente, o equivalente a 91,337 km e 24,2% em
curvas, o equivalente a 29,160 km.
A bitola era de 1 metro com declividade
máxima em 0,025%, raio mínimo das curvas de 110m, largura da plataforma em
corte de 3,65m, em aterro de 3,05m.
O movimento de terra foi de 5.624,69 m³,
isto é 4.666 m³ p.m corrente. O peso dos trilhos era de 24 kg, sendo do tipo aço
Bessemer.Os dormentes tinha as seguintes dimensões: 2 m sendo em
madeira de lei com distância entre os eixos de 0,84m.
Obras de artes
As obras de artes existentes ao longo da
via eram as seguinte: 35 pontes, sendo 1 sobre o rio Curimatau com 2 vãos de 22
m cada, de treliça americana (sistema Prat) com encontros de cantaria tosca,
assim como o pegão central, cujos alicerces repousavam sobre laje de 5 m abaixo
do leito do rio.
Nos vales do Capió e Estiva, haviam 4
pontes também de treliça americana e encontros de alvenarias com 12 m de vão
cada, sendo 2 de 9m de vão no mesmo sistema, uma em cada vale citado.No Capió 3
pontes de 29m de vão sobre esteios triplos de madeira de lei com vigas de ferro
duplo em T.No vale do Estiva duas pontes de 4,8 m com vigas no mesmo sistema do
citado anteriormente, com encontros e pegão central em alvenarias.4 pontes de 2
vãos com 3,35 m cada, do mesmo sistema já citado, sendo 1 em cada vale dos rios
Pitimbu, Cajupiranga, Piquiri e 1 atravessando o açude de Nova Cruz e 18 ponte
com 1 só vão de 3,35m, vigas do mesmo sistema já mencionado e encontros em
alvenarias, nos vales do Cajupiranga, Pium,São José, Baldum, Goianinha, Catu,
Penha, Curimatau,etc.
Os pontilhões eram 60, sendo 11 com 2,44cm
de vão, 27 com 1,83m de vão e 22 com 0,61m de vão.22 bueiros, dos quais 3 com
1,62cm, 3 com 1,00 m e 16 com 0,91cm. Manilhas eram 62 sendo 26 com 0,46cm de
diâmetro. 27 com 0,30cm de diâmetro e 9
com 0,23cm de diâmetro.
Estações e paradas
As
estações e parada existentes no percurso da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz
eram as seguintes:
Nome
|
Categoria
|
Distância
|
Altitude
|
|
A
Natal
|
Sucessiva
|
|||
Natal
|
Estação
|
0
|
0
|
3.60
|
Pitimbu
|
Parada
|
12.240
|
12.270
|
18.10
|
Cajupiranga
|
Parada
|
23.430
|
11.140
|
25.10
|
São José do Alto
|
Parada
|
38.240
|
14.810
|
67.10
|
São José Médio
|
Parada
|
39.020
|
0.780
|
51.60
|
São José de Baixo[1]
|
Estação
|
41.030
|
2.010
|
13.10
|
Sapé
|
Parada
|
45.170
|
4.160
|
10.10
|
Baldum
|
Parada
|
52.210
|
7.020
|
13.60
|
Estivas
|
Parada
|
60.270
|
8.080
|
10.10
|
Goianinha
|
Estação
|
63.770
|
3.500
|
16.60
|
Penha [2]
|
Estação
|
80.570
|
16.800
|
34.96
|
Piquiri
|
Parada
|
86.990
|
6.400
|
19.60
|
Curimatau [3]
|
Parada
|
92.270
|
5.800
|
23.86
|
Montanhas
|
Parada
|
102.090
|
18.410
|
86.10
|
Nova Cruz
|
Estação
|
120.497
|
___
|
77.60
|
Fonte: Revista de estradas de ferro,1887,p.11.
A estação de Natal precedia de 290
metros o primeiro marco quilométrico.
Material rodante
A Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz
compunha-se de 12 locomotivas, 25 carros de passageiros, 200 vagões e 3 troles.
As locomotivas de n° 1 e 2 eram do tipo
Baldwin precedente da Filadélfia, nos EUA.As de n° 3 a 11 eram de fabricação
inglesa procedente de Glasgow, fabricante Neilson e a de nº 12 era inglesa
procedente de Leeds, fabricante Huslet.
No tocante aos carros e vagões, eis as
especificações:
Designação
|
Nacionalidade
|
Dimensões
|
Peso
Em kg
|
Lotação
|
Total
|
||||
Cumprimento
|
Largura
|
Altura
|
|||||||
Passageiros
|
Cargas
|
||||||||
Carro-salão
|
Americana
|
12,00m
|
2,44m
|
3,17
|
12.200
|
26
|
26
|
1
|
|
1ª classe
|
Americana
|
11,96
|
2,44
|
3.82
|
12.00
|
48
|
48
|
3
|
|
1ª classe
|
Inglesa
|
8,25
|
2,36
|
3,30
|
7820
|
25
|
25
|
6
|
|
2ª classe
|
inglesa
|
8,25
|
2,36
|
3,30
|
7520
|
36
|
36
|
9
|
|
Para fumantes e bagangens
|
inglesa
|
8,25
|
2,36
|
3,30
|
7500
|
16
|
3000
|
6
|
|
Vagões para mercadorias
cobertos
|
inglesa
|
3,81
|
2,13
|
2,70
|
2700
|
16
|
6000
|
50
|
|
Vagões para mercadorias
descobertos
|
inglesa
|
3,81
|
2,13
|
3,10
|
6680
|
16
|
10.000
|
6
|
|
Vagões para gado
|
Inglesa
|
3,81
|
2,13
|
2,24
|
2470
|
16
|
6000
|
6
|
|
Vagões para gado
|
Americana
|
8,25
|
2,13
|
3,25
|
6600
|
16
|
10.000
|
3
|
|
Vagão plataforma para madeira
|
Americana
|
8,25
|
2,18
|
1,095
|
5000
|
16
|
10.000
|
3
|
|
Vagão para lastro
|
americana
|
1,89
|
1,56
|
1,22
|
1800
|
16
|
2250
|
3
|
Fonte: revista de estradas de
ferro, 1887, p.12. Adaptado.
Movimento de trafego e financeiro
Desde a inauguração do trafego em
28/09/1881 até 31/12/1886 os dados referentes ao movimento de passageiros,
bagagens e mercadorias foram o seguinte:
Anos
|
Numero
de passagens
|
Por
conta do governo
|
Em
geral
|
||
Ordinárias
|
|||||
1ª
classe
|
2ª
classe
|
Total
|
|||
1881
|
159
|
1528
|
1687
|
68
|
1755
|
1882
|
500
|
6468
|
6968
|
347
|
7315
|
1883
|
539
|
11.711
|
12250
|
1144
|
13394
|
1884
|
777
|
9574
|
10351
|
1051
|
11402
|
1885
|
1145
|
7982
|
9127
|
1311
|
10138
|
1886
|
1187
|
6964
|
8151
|
1552
|
9703
|
Total
|
4397
|
44297
|
48534
|
5473
|
54007
|
Fonte: revista de estradas de
ferro, 1887, p.12. Adaptado.
Cargas
No
tocante ao movimento de cargas nos 6 primeiros anos da Estrada de Ferro do
Natal a Nova Cruz os dados são os seguintes:
Ano
|
Bagagens
e encomendas
|
Mercadorias
|
||
Açúcar
|
Diversos
|
Total
|
||
1881
|
13094
|
1185235
|
237837
|
1423072
|
1882
|
51028
|
2388670
|
1156142
|
3544812
|
1883
|
54868
|
4051293
|
2100038
|
6151331
|
1884
|
56721
|
2985149
|
2583348
|
5568492
|
1885
|
457579
|
3343709
|
2310178
|
5653887
|
1886
|
39192
|
4258821
|
3672531
|
7931352
|
Total
|
260482
|
18212877
|
12060069
|
30272946
|
Fonte: revista de estradas de
ferro, 1887, p.12. Adaptado.
Movimento financeiro
O
movimento financeiro da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz entre 1881 e 1886
foi o seguinte:
Anos
|
Receita
|
Despesa
|
Déficit
|
1881
|
17:228$195
|
25:329$015
|
8:100$810
|
1882
|
40: 310$740
|
105:714$917
|
59:374$177
|
1883
|
89:062$630
|
189:836$510
|
74:773$889
|
1884
|
69:871$340
|
229:310%755
|
159:445$415
|
1885
|
68:491$510
|
227:067$517
|
158:576$007
|
1886
|
70:668$829
|
191:930$102
|
121:261$822
|
Total
|
361:663$235
|
972:191$836
|
610:531$601
|
Fonte: revista de estradas de
ferro, 1887, p.13. Adaptado.
Observações
A causa principal da escassez do trafego
nessa ferrovia era evidenciado pela péssima escolha do traçado que costeando o
litoral e atravessando zonas estéreis terminava numas destas , donde não podia
se prolongar para o sertão.Sendo, porém, a distancia de 70 km do seu ponto
terminal ao da linha da Estrada de Ferro Conde d’Eu na Paraiba, o qual se
poderia facilmente ser ligada por um ramal de junção entre as duas ferrovias,
que com o ramal do Ceará-Mirim e os engenhos centrais de São José de Mipibu e
da Penha completaria uma serie de obras reparadoras do grande erro apontado a
cima sobre o traçado.
Até 1887 não havia se cogitado aquele
ramal cujo simples pedido de concessão necessitaria, um prévio acordo,
irrealizável entre as duas províncias e
respectivas companhias.
Quanto aos engenhos centrais, não se
falava mais no da Penha, que teria sido o mais útil, mas prorrogou-se até
setembro de 1887, o prazo marcado para a conclusão do de São José de Mipibu,
cujo o material já havia chegado, mas cuja as obras não haviam se inciado.
No tocante ao ramal de Ceará-Mirim
deveria entroncar-se na linha principal, a 10 km do Natal, e com as mesmas
condições técnicas e a extensão total de 42,360 km passando pelo importante
centro comercial de Macaíba, atravessando o vale do rio Jundiaí e Potengi em
pontes de 1 só vão de 24 m e duas de 42 m cada terminando na vila de Ceará-Mirim
de onde traria a produção do ubérrimo vale que aumentaria com a construção de
um ou mais engenhos centrais que acompanharia imediatamente a do ramal.
Pelo decreto nº 9.220 de 31 de maio de
1884 o governo imperial aprovou os estudos definitivos do ramal de Ceará-Mirim
e concedeu a fiança de juros de 6% sobre o capital de 1.417:500$000, isto
é,33:463$170 por km.
A Companhia achando insuficiente essa
quantia e inaceitáveis algumas cláusulas do contrato do referido contrato
deixou de assinar o respectivo contrato nos prazos sucessivamente marcados,
sendo então a concessão declarada caduca pelo decreto nº 9675 de 08 de janeiro
de 1886.
O Rio Grande do Norte e as
cidades cortadas pela Estada de Ferro do Natal a Nova Cruz
Os produtos que mais eram exportados
pela província eram: milho, feijão,farinha de mandioca,algodão, açúcar, couro,
peles, manteigas vegetais, óleos, resinas,copaíba,carnaúba, mel, aguardente e
madeira.
Natal
A capital do Rio Grande do Norte,
fundada em 25/12/1599, vila em 1699 e elevada a categoria de cidade por carta
imperial de 24/02/1822.Estava situada em cima de dunas que a circundavam que a
delimitavam juntamente com o rio Potengi
e o mar.As dunas cercavam a capital numa circunferência num total de 21 dunas
ou morros de areia.Segundo o Almanaque Administrativo do Rio de Janeiro, as
edificações existente na capital eram sem gosto e más, as ruas ainda não tinha
nomes, eram conhecidas pelas pessoas mais graduadas que nelas moravam, as casas
não tinham numeração, sendo difícil a quem chegasse procurar qualquer pessoa
(ALMANAQUE...,1885,p.760).Havia instrução para o sexo masculino.A cidade não
possuía um mercado e segundo o Almanaque a casa que servia de mercado não
merecia tal nome, a carne verde era ainda cortada a machado
(ALMANAQUE...,1885, p.760).A capital tinha pouco mais de 5.000 habitantes em
1885.
Cidade pequena, porém, bonita por sua
posição na península formada pelo rio Potengi e o Oceano.Tinha 3 praças e dois
grandes largos, 5 ruas extensas e retas, atravessadas por outras 5 ruas.Os
edifícios mais notáveis eram: a igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação,
a igreja de Nossa Senhora do Rosário, a igreja de Santo Antônio, a igreja do
Bom Jesus da Dores, o palácio do governo, a assembleia provincial, a câmara
municipal, a tesouraria da fazenda, o tesouro provincial, a alfândega, o
Atheneu, quartel de linha,, quartel de policia, hospital militar, casa de
caridade, cadeia pública e o lazareto da piedade.
São José de Mipíbu
Situada ao pé do vale do Capió, a margem
esquerda do rio Trairi e um pouco a cima da lagoa de Papari.O município foi
criado em 03/03/1755.Elevado a categoria de cidade em 16/10/1845 por meio da
lei nº125. O município se divida em duas zonas, o agreste que era favorável a
agricultura e o sertão destinada a criação de gado.
Produzia-se algodão, açúcar, cereais,
borracha de mangabeira que estava dando resultados satisfatórios em 1885. A
população era estimada em 12.000 habitantes. Tinha 6 escolas de ambos os sexos
e uma de latim e francês. O
município fazia o movimento pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz embora a
estação se achasse no território do município vizinho de Papari.
Arez
O principal gênero cultivado no
município de Arez era a cana de açúcar, exportava rapadura, mel de engenho,
açúcar e cereais.Em 1890 Arez tinha 3.832 habitantes.Haviam no município 13
engenhos, dos quais 2 movidos a vapor, 11 por animais, 8 fabrica açúcar e
aguardente e 2 fabricavam somente aguardente e rapadura.A exportação era feita
pela ferrovia Natal a Nova Cruz em cujo território de Arez tinha duas paradas,
Baldum e Estivas.
Canguaretama
Em
1858 a sede municipal foi transferida de Vila Flor para a povoação de Uruá com
a designação de Canguaretama.Eis o panorama de Canguaretam em 1885: as ruas
eram largas cujas as casas eram sofríveis, havendo porem alguns
sobrados.Segundo o Almanque Administrativo do Rio de Janeiro a igreja matriz era um das maiores da província.O
solo era quase todo plano, tinha um porto de barcaças.Distava 80 km da
capital.Haviam no município 25 engenhos de fabricação de açúcar e aguardente,
sendo 6 movidos a vapor, 4 por roda d’água e os demais por animais.Exportava
açúcar, milho, farinha.A população era estimada entre 11.000 e 12.000
habitantes.(almanaque,,1885, p.760).
A estação ficava na Penha, razão pela
qual era conhecida a mesma, somente depois de algum tempo teve o nome alterado
para Canguaretama. Tinha como chefe da estação em 1885 Nicolau Dumari.
Goianinha
Município
e vila desde 07/08/1832 exportava milho, açúcar, feijão, arroz, farinha de
mandioca e gado. Municipio como 1.035 km²
e população de 9.239 habitantes em 1893.Havia nesse período 14 engenhos
todos movidos por animais e fabricavam açúcar e aguardente.
Todo o movimento comercial era feito
pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz cuja a estação de largas acomodações
ficava a meia légua (3 km) da sede municipal.
Nova Cruz
Transferida
a sede do município de São Bento para nova Cruz em 15/03/1852. Vila elevada pela lei 609 de
12/03/1868. A vila está situada a margem direita do rio Curimatau.Com 1.710 km²
e população de 7.000 habitantes em 1896.
A
cultura principal do município era o algodão e a industria pastoril era de gado
vacum, exportava queijos e outros produtos para as cidades de Mamanguape, na
Paraiba, o que em muito prejudicava as rendas provinciais.
Pela
Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz eram exportados 8.000 fardos de algodão
em 1896.Tinha vila 15 descaroçadores de algodão, 3 dos quais movidos a vapor.A
industria pastoril estava se encrementando, o comércio, porém, era fraco.
A
sede municipal era a estação terminal da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz e
com projeto de entroncamento para Guarabira na Paraiba.
Papari
Vila
por meio de decreto provincial nº 242 de 18/02/1852. Municipio com 864 km² e
população de 6.750 em 1893.Se cultivava cereais, cana de açúcar e algodão.Havia
no município 34 engenhos, dos quais 2 movidos a vapor, 32 por animais, 26
fabricavam açúcar e aguardente e 8 somente aguardente e rapadura.
Quase todo o movimento de exportação e
importação era feito simultaneamente com os produtos de São José de Mipibu pela
Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz, que nos limites de Papari tinha a
estação da Mipibu ou São José de Baixo e a parada de São José do Alto e Sapé.
Pedro Velho
O
município de Cuitezeiras só foi criado em 10/05/1890.População de 9.237
habitantes em 1896.Possuia 2 engehos, um movido a vapor e o outro por
animal.Tinha ainda dois descaroçadores de algodão a vapor.A induastria
principal era o plantio de algodão.Existiam 30 fazendas de criação de gado, o
comercio era feito em uma feira semanal
e em pequenos estabelecimentos comerciais. Exportava algodão, açúcar, aguardente,
farinha, milho e feijão que eram vendidos nos mercados da capital.
Quase todo o movimento de exportação era
feito pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz e pelo porto de Canguaretama.
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