quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

APONTAMENTOS SOBRE A ESTRADA DE FERRO DO NATAL A NOVA CRUZ



        A história da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz tem inicio por meio da lei provincial nº682 de 08 de agosto de 1873 quando foi autorizada a concessão dessa ferrovia. Já em 02/07/1874 foi contratada pelo prazo de 80 anos com zona privilegiada de 30 km em cada lado da linha e garantia de juros de 7% sobre o capital necessário para a sua construção.
        Houveram vários decretos baixados pelo governo imperial sendo os 4 principais os seguintes: decreto nº 5877 de 20 de fevereiro de 1875 concedendo fiança da garantia provincial, decreto nº 6875 de 26 de abril de 1878 aprovando os estudos definitivos, decreto nº 7048 de 18 de outubro de 1878 fixando o capital garantido e o decreto nº 7084 de 14 de novembro de 1878  autorizando a transferência  dos privilégios, favores e obrigações mencionadas nos decretos precedentes a companhia que se organizasse em Londres para manter a estrada de ferro.
    A Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz foi inaugurada em 27/02/1880, já o trafego nas extensões de 41,030 km em 28/09/1881, 117, 290 km em 31/10/1882 e 120,497 km em 10/04/1883.
        O primeiro superintendente da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz foi o engenheiro inglês Jason Rgiby.
O traçado
      Até o km 90 a ferrovia se dirigia do sul para o norte, inclinando-se depois para o oeste. Atravessava sucessivamente os vales do rio Pitimbu, Cajupiranga, Pium, Capió, Estivas, Penha, Piquiri e Curimatau. Até o vale do Pqiuiri se cultivava cana-de-açucar, arroz, feijão,milho, mandioca, etc e no Curimatau algodão e criação de gado.
    A maior parte dos terrenos cortados pela ferrovia eram de tabuleiros que não prestavam para qualquer cultura, no entanto se encontravam inúmeras mangabeiras cujo o leite era extraído para a fabricação da borracha.
O Capital garantido
        O capital garantido da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz era de 5.496:052$544, isto significava 45:612$530 por km.Foram gastos 6.078:216$055 na construção, o equivalente a 50:442$880 por km.A quantia nominal foi de 7.110:400$00 (800.000 libras esterlinas) o equivalente a 59.008$930 por km, sendo que por esta quantia o empreiteiro contratou as  obras e o Estado poderia resgatar a ferrovia após 15 anos, ou seja, em 1898.
As condições técnicas
        As condições técnicas da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz são as seguinte: a ferrovia tinha 12,497 km, tendo como ponto inicial, ou o km 0 a cidade de Natal e o ponto terminal, ou km 120, a cidade de Nova Cruz.Deste total 28,6%, ou, 34,462 km em patamar, 71,4%, ou 86,035 km em declive, 75,8% em tangente, o equivalente a 91,337 km e 24,2% em curvas, o equivalente a 29,160 km.
        A bitola era de 1 metro com declividade máxima em 0,025%, raio mínimo das curvas de 110m, largura da plataforma em corte de 3,65m, em aterro de 3,05m.
    O movimento de terra foi de 5.624,69 m³, isto é 4.666 m³ p.m corrente. O peso dos trilhos era de 24 kg, sendo do tipo aço Bessemer.Os dormentes tinha as seguintes dimensões: 2 m sendo em madeira de lei com distância entre os eixos de 0,84m.
Obras de artes
        As obras de artes existentes ao longo da via eram as seguinte: 35 pontes, sendo 1 sobre o rio Curimatau com 2 vãos de 22 m cada, de treliça americana (sistema Prat) com encontros de cantaria tosca, assim como o pegão central, cujos alicerces repousavam sobre laje de 5 m abaixo do leito do rio.
        Nos vales do Capió e Estiva, haviam 4 pontes também de treliça americana e encontros de alvenarias com 12 m de vão cada, sendo 2 de 9m de vão no mesmo sistema, uma em cada vale citado.No Capió 3 pontes de 29m de vão sobre esteios triplos de madeira de lei com vigas de ferro duplo em T.No vale do Estiva duas pontes de 4,8 m com vigas no mesmo sistema do citado anteriormente, com encontros e pegão central em alvenarias.4 pontes de 2 vãos com 3,35 m cada, do mesmo sistema já citado, sendo 1 em cada vale dos rios Pitimbu, Cajupiranga, Piquiri e 1 atravessando o açude de Nova Cruz e 18 ponte com 1 só vão de 3,35m, vigas do mesmo sistema já mencionado e encontros em alvenarias, nos vales do Cajupiranga, Pium,São José, Baldum, Goianinha, Catu, Penha, Curimatau,etc.
        Os pontilhões eram 60, sendo 11 com 2,44cm de vão, 27 com 1,83m de vão e 22 com 0,61m de vão.22 bueiros, dos quais 3 com 1,62cm, 3 com 1,00 m e 16 com 0,91cm. Manilhas eram 62 sendo 26 com 0,46cm de diâmetro. 27 com 0,30cm de diâmetro e 9   com 0,23cm de diâmetro.
Estações e paradas
        As estações e parada existentes no percurso da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz eram as seguintes:
Nome
Categoria
Distância
Altitude
A Natal
Sucessiva
Natal
Estação
0
0
3.60
Pitimbu
Parada
12.240
12.270
18.10
Cajupiranga
Parada
23.430
11.140
25.10
São José do Alto
Parada
38.240
14.810
67.10
São José Médio
Parada
39.020
0.780
51.60
São José de Baixo[1]
Estação
41.030
2.010
13.10
Sapé
Parada
45.170
4.160
10.10
Baldum
Parada
52.210
7.020
13.60
Estivas
Parada
60.270
8.080
10.10
Goianinha
Estação
63.770
3.500
16.60
Penha [2]
Estação
80.570
16.800
34.96
Piquiri
Parada
86.990
6.400
19.60
Curimatau [3]
Parada
92.270
5.800
23.86
Montanhas
Parada
102.090
18.410
86.10
Nova Cruz
Estação
120.497
___
77.60
 Fonte: Revista de estradas de ferro,1887,p.11.

       A estação de Natal precedia de 290 metros o primeiro marco quilométrico.
Material rodante
        A Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz compunha-se de 12 locomotivas, 25 carros de passageiros, 200 vagões e 3 troles.
        As locomotivas de n° 1 e 2 eram do tipo Baldwin precedente da Filadélfia, nos EUA.As de n° 3 a 11 eram de fabricação inglesa procedente de Glasgow, fabricante Neilson e a de nº 12 era inglesa procedente de Leeds, fabricante Huslet.
        No tocante aos carros e vagões, eis as especificações:
Designação
Nacionalidade
Dimensões
Peso
Em kg
Lotação
Total
Cumprimento
Largura
Altura
Passageiros
Cargas

Carro-salão
Americana
12,00m
2,44m
3,17
12.200
26
26
1

1ª classe
Americana
11,96
2,44
3.82
12.00
48
48
3

1ª classe
Inglesa
8,25
2,36
3,30
7820
25
25
6

2ª classe
inglesa
8,25
2,36
3,30
7520
36
36
9

Para fumantes e bagangens
inglesa
8,25
2,36
3,30
7500
16
3000
6

Vagões para mercadorias cobertos
inglesa
3,81
2,13
2,70
2700
16
6000
50

Vagões para mercadorias descobertos
inglesa
3,81
2,13
3,10
6680
16
10.000
6

Vagões para gado
Inglesa
3,81
2,13
2,24
2470
16
6000
6

Vagões para gado
Americana
8,25
2,13
3,25
6600
16
10.000
3

Vagão plataforma para madeira
Americana
8,25
2,18
1,095
5000
16
10.000
3

Vagão para lastro
americana
1,89
1,56
1,22
1800
16
2250
3

Fonte: revista de estradas de ferro, 1887, p.12. Adaptado.

Movimento de trafego e financeiro
        Desde a inauguração do trafego em 28/09/1881 até 31/12/1886 os dados referentes ao movimento de passageiros, bagagens e mercadorias foram o seguinte:
Anos
Numero de passagens
Por conta do governo
Em geral
Ordinárias
1ª classe
2ª classe
Total

1881
159
1528
1687
68
1755
1882
500
6468
6968
347
7315
1883
539
11.711
12250
1144
13394
1884
777
9574
10351
1051
11402
1885
1145
7982
9127
1311
10138
1886
1187
6964
8151
1552
9703
Total
4397
44297
48534
5473
54007
Fonte: revista de estradas de ferro, 1887, p.12. Adaptado.
Cargas
        No tocante ao movimento de cargas nos 6 primeiros anos da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz os dados são os seguintes:
Ano
Bagagens e encomendas
Mercadorias

Açúcar
Diversos
Total
1881
13094
1185235
237837
1423072
1882
51028
2388670
1156142
3544812
1883
54868
4051293
2100038
6151331
1884
56721
2985149
2583348
5568492
1885
457579
3343709
2310178
5653887
1886
39192
4258821
3672531
7931352
Total
260482
18212877
12060069
30272946
Fonte: revista de estradas de ferro, 1887, p.12. Adaptado.
Movimento financeiro
        O movimento financeiro da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz entre 1881 e 1886 foi o seguinte:
Anos
Receita
Despesa
Déficit
1881
17:228$195
25:329$015
8:100$810
1882
40: 310$740
105:714$917
59:374$177
1883
89:062$630
189:836$510
74:773$889
1884
69:871$340
229:310%755
159:445$415
1885
68:491$510
227:067$517
158:576$007
1886
70:668$829
191:930$102
121:261$822
Total
361:663$235
972:191$836
610:531$601
Fonte: revista de estradas de ferro, 1887, p.13. Adaptado.

Observações
        A causa principal da escassez do trafego nessa ferrovia era evidenciado pela péssima escolha do traçado que costeando o litoral e atravessando zonas estéreis terminava numas destas , donde não podia se prolongar para o sertão.Sendo, porém, a distancia de 70 km do seu ponto terminal ao da linha da Estrada de Ferro Conde d’Eu na Paraiba, o qual se poderia facilmente ser ligada por um ramal de junção entre as duas ferrovias, que com o ramal do Ceará-Mirim e os engenhos centrais de São José de Mipibu e da Penha completaria uma serie de obras reparadoras do grande erro apontado a cima sobre o traçado.
        Até 1887 não havia se cogitado aquele ramal cujo simples pedido de concessão necessitaria, um prévio acordo, irrealizável entre as  duas províncias e respectivas companhias.
        Quanto aos engenhos centrais, não se falava mais no da Penha, que teria sido o mais útil, mas prorrogou-se até setembro de 1887, o prazo marcado para a conclusão do de São José de Mipibu, cujo o material já havia chegado, mas cuja as obras não haviam se inciado.
        No tocante ao ramal de Ceará-Mirim deveria entroncar-se na linha principal, a 10 km do Natal, e com as mesmas condições técnicas e a extensão total de 42,360 km passando pelo importante centro comercial de Macaíba, atravessando o vale do rio Jundiaí e Potengi em pontes de 1 só vão de 24 m e duas de 42 m cada terminando na vila de Ceará-Mirim de onde traria a produção do ubérrimo vale que aumentaria com a construção de um ou mais engenhos centrais que acompanharia imediatamente a do ramal.
        Pelo decreto nº 9.220 de 31 de maio de 1884 o governo imperial aprovou os estudos definitivos do ramal de Ceará-Mirim e concedeu a fiança de juros de 6% sobre o capital de 1.417:500$000, isto é,33:463$170 por km.
        A Companhia achando insuficiente essa quantia e inaceitáveis algumas cláusulas do contrato do referido contrato deixou de assinar o respectivo contrato nos prazos sucessivamente marcados, sendo então a concessão declarada caduca pelo decreto nº 9675 de 08 de janeiro de 1886.

O Rio Grande do Norte e as cidades cortadas pela Estada de Ferro do Natal a Nova Cruz
        Os produtos que mais eram exportados pela província eram: milho, feijão,farinha de mandioca,algodão, açúcar, couro, peles, manteigas vegetais, óleos, resinas,copaíba,carnaúba, mel, aguardente e madeira.
Natal
        A capital do Rio Grande do Norte, fundada em 25/12/1599, vila em 1699 e elevada a categoria de cidade por carta imperial de 24/02/1822.Estava situada em cima de dunas que a circundavam que a delimitavam juntamente  com o rio Potengi e o mar.As dunas cercavam a capital numa circunferência num total de 21 dunas ou morros de areia.Segundo o Almanaque Administrativo do Rio de Janeiro, as edificações existente na capital eram sem gosto e más, as ruas ainda não tinha nomes, eram conhecidas pelas pessoas mais graduadas que nelas moravam, as casas não tinham numeração, sendo difícil a quem chegasse procurar qualquer pessoa (ALMANAQUE...,1885,p.760).Havia instrução para o sexo masculino.A cidade não possuía um mercado e segundo o Almanaque a casa que servia de mercado não merecia tal nome, a carne verde era ainda cortada a machado (ALMANAQUE...,1885, p.760).A capital tinha pouco mais de 5.000 habitantes em 1885.
     Cidade pequena, porém, bonita por sua posição na península formada pelo rio Potengi e o Oceano.Tinha 3 praças e dois grandes largos, 5 ruas extensas e retas, atravessadas por outras 5 ruas.Os edifícios mais notáveis eram: a igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação, a igreja de Nossa Senhora do Rosário, a igreja de Santo Antônio, a igreja do Bom Jesus da Dores, o palácio do governo, a assembleia provincial, a câmara municipal, a tesouraria da fazenda, o tesouro provincial, a alfândega, o Atheneu, quartel de linha,, quartel de policia, hospital militar, casa de caridade, cadeia pública e o lazareto da piedade.
São José de Mipíbu
        Situada ao pé do vale do Capió, a margem esquerda do rio Trairi e um pouco a cima da lagoa de Papari.O município foi criado em 03/03/1755.Elevado a categoria de cidade em 16/10/1845 por meio da lei nº125. O município se divida em duas zonas, o agreste que era favorável a agricultura e o sertão destinada a criação de gado.
        Produzia-se algodão, açúcar, cereais, borracha de mangabeira que estava dando resultados satisfatórios em 1885. A população era estimada em 12.000 habitantes. Tinha 6 escolas de ambos os sexos e uma de latim e francês. O município fazia o movimento pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz embora a estação se achasse no território do município vizinho de Papari.
Arez
        O principal gênero cultivado no município de Arez era a cana de açúcar, exportava rapadura, mel de engenho, açúcar e cereais.Em 1890 Arez tinha 3.832 habitantes.Haviam no município 13 engenhos, dos quais 2 movidos a vapor, 11 por animais, 8 fabrica açúcar e aguardente e 2 fabricavam somente aguardente e rapadura.A exportação era feita pela ferrovia Natal a Nova Cruz em cujo território de Arez tinha duas paradas, Baldum e Estivas.
Canguaretama
    Em 1858 a sede municipal foi transferida de Vila Flor para a povoação de Uruá com a designação de Canguaretama.Eis o panorama de Canguaretam em 1885: as ruas eram largas cujas as casas eram sofríveis, havendo porem alguns sobrados.Segundo o Almanque Administrativo do Rio de Janeiro a  igreja matriz era um das maiores da província.O solo era quase todo plano, tinha um porto de barcaças.Distava 80 km da capital.Haviam no município 25 engenhos de fabricação de açúcar e aguardente, sendo 6 movidos a vapor, 4 por roda d’água e os demais por animais.Exportava açúcar, milho, farinha.A população era estimada entre 11.000 e 12.000 habitantes.(almanaque,,1885, p.760).
     A estação ficava na Penha, razão pela qual era conhecida a mesma, somente depois de algum tempo teve o nome alterado para Canguaretama. Tinha como chefe da estação em 1885 Nicolau Dumari.
Goianinha
     Município e vila desde 07/08/1832 exportava milho, açúcar, feijão, arroz, farinha de mandioca e gado. Municipio como 1.035 km²  e população de 9.239 habitantes em 1893.Havia nesse período 14 engenhos todos movidos por animais e fabricavam açúcar e aguardente.
    Todo o movimento comercial era feito pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz cuja a estação de largas acomodações ficava a meia légua (3 km) da sede municipal.
Nova Cruz
       Transferida a sede do município de São Bento para nova Cruz em 15/03/1852. Vila elevada pela lei 609 de 12/03/1868. A vila está situada a margem direita do rio Curimatau.Com 1.710 km² e população de 7.000 habitantes em 1896.
A cultura principal do município era o algodão e a industria pastoril era de gado vacum, exportava queijos e outros produtos para as cidades de Mamanguape, na Paraiba, o que em muito prejudicava as rendas provinciais.
Pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz eram exportados 8.000 fardos de algodão em 1896.Tinha vila 15 descaroçadores de algodão, 3 dos quais movidos a vapor.A industria pastoril estava se encrementando, o comércio, porém, era fraco.
A sede municipal era a estação terminal da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz e com projeto de entroncamento para Guarabira na Paraiba.
Papari
    Vila por meio de decreto provincial nº 242 de 18/02/1852. Municipio com 864 km² e população de 6.750 em 1893.Se cultivava cereais, cana de açúcar e algodão.Havia no município 34 engenhos, dos quais 2 movidos a vapor, 32 por animais, 26 fabricavam açúcar e aguardente e 8 somente aguardente e  rapadura.
     Quase todo o movimento de exportação e importação era feito simultaneamente com os produtos de São José de Mipibu pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz, que nos limites de Papari tinha a estação da Mipibu ou São José de Baixo e a parada de São José do Alto e Sapé.
Pedro Velho
     O município de Cuitezeiras só foi criado em 10/05/1890.População de 9.237 habitantes em 1896.Possuia 2 engehos, um movido a vapor e o outro por animal.Tinha ainda dois descaroçadores de algodão a vapor.A induastria principal era o plantio de algodão.Existiam 30 fazendas de criação de gado, o comercio era feito em  uma feira semanal e em pequenos estabelecimentos comerciais. Exportava algodão, açúcar, aguardente, farinha, milho e feijão que eram vendidos nos mercados da capital.
        Quase todo o movimento de exportação era feito pela Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz e pelo porto de Canguaretama.




[1] Papari.
[2] Canguaretama.
[3] Pedro Velho.







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