quarta-feira, 29 de julho de 2020

A PARÓQUIA DE GOIANINHA

        Eis a seguir alguns apanhados históricos sobre a paróquia de Goianinha, uma das mais antigas do Rio Grande do Norte.

A Criação da freguesia

         Conforme indica o site da Arquidiocese de Natal a Freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres de Goianinha foi criada no ano de 1690.A época Goianinha pertencia ao município de Arez tendo na então vila a sede municipal. Se Goianinha pertencia inicialmente a Arez, este já deveria ser freguesia ao tempo da criação da de Goianinha, portanto, sendo a de Arez mais antiga que a de Goianinha.

Segundo Manoel Ferreira Nobre a freguesia começou por uma pequena Capela, onde se celebravam os ofícios divinos, sendo o seu primeiro Capelão o Pe. Antônio de Albuquerque Montenegro (NOBRE, 1877, p.169).

         Em sessão de 13 de julho de 1832 foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei o qual transferia a sede da Vila de Arez para a Povoação de Goianinha na Província do Rio Grande do Norte, sendo elevada doravante em Vila de Goianinha. (DIÁRIO DA CÂMARA DOS SENADORES DO IMPÉRIO DO BRASIL, 13/07/1832, p.1).

         A freguesia já constava no relatório de Dom frei Luiz de Santa Teresa, bispo de Olinda, já em 1746, tendo aquela época 3 capelas filiais. Em 1749 era seu pároco, o Pe. Antônio de Andrade Araújo. Em 1775 num relatório sobre a Capitania do Rio Grande do Norte se dizia sobre os limites da  Freguesia de Goianinha se dizia que havia  no  distrito desta freguesia, onde atualmente é a cidade de Goianinha, 11 engenhocas que só fabricavam mel e rapadura e 3 engenhos Reais. (ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL , 1918,p.25).

         Segundo o rol da desobriga de 1775 tinha a freguesia  3 capelas filais, 10 fazendas, 485 fogos (casas) e 2.277 pessoas de desobriga.

         No total em todo o território da freguesia eram 4 capelas filiais, 35 fazendas, 1.890 fogos (casas) e 6.661 pessoas de desobriga. (ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL , 1918, p.25). A quarta capela citada a cima neste relatório devia ser provavelmente a atual matriz de Goianinha.

        A  lei provincial nº 219 de 27 de junho de 1850 confirmou a criação da freguesia dando-lhes os seus limites, ou seja, 70 anos após a criação da freguesia se considerado a data de 1690 como sendo a data de criação da mesma.

       Em 08/08/1874 foi aprovado os estatutos da Irmandade do SS. Sacramento de Goianinha cuja finalidade era promover e sustentar oculto do mesmo Divino Sacramento. A Irmandade seria composta por fiéis de ambo sos sexos, cujas qualidades e costumes não houvesse deslustre. Podia ser também admitida pessoas de outras freguesias. (COLEÇÃO DE LEIS PROVINCIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE, 08/08/1874, p.13).

         A estatística mais antiga por nós encontrada sobre a freguesia de Goianinha data de 1876 segundo a qual contava com a referida freguesia com 12.288 habitantes naquele ano (O LIBERAL (08/04/1876,p.2).

         As  capelas mais antigas da Freguesia eram as de Espirito Santo[1], Várzea[2], Piau, Santo Antonio[3], Tibau[4] e Pipa[5].

As associações religiosas mais antigas da paróquia foram o Apostolado da Oração, a Pia União de Santa Teresinha, Doutrina Cristã e a Irmandade de São Benedito.

A freguesia de Goianinha pertenceu inicialmente ao bispado de Olinda, passando ao bispado da Paraíba em 1892 e por fim a diocese de Natal, a partir de 1909 quando foi criado o bispado potiguar, atualmente arquidiocese de Natal.


A matriz

       A freguesia de Goianinha é uma das mais antigas do território da arquidiocese de Natal, sendo as existência datada já no século XVII, a igreja, porém, levou longos anos até se tornar o imponente templo atual.

         Conforme o historiador Manoel Ferreira Nobre tudo começou por uma pequena Capela, onde se celebravam os ofícios divinos, sendo o seu primeiro Capelão o Pe. Antônio de Albuquerque Montenegro, “sacerdote respeitável por suas qualidades”. (NOBRE, 1877,p.169).Ainda segundo o citado autor ignorava-se a data de sua fundação.

Somente em 13/08/1821 por meio de alvará é que a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres  de Goianinha foi  elevada a dignidade de Matriz.

A igreja passou ao longo do tempo por várias intervenções até chegar a configuração arquitetônica pela qual a conhecemos atualmente, tendo sido sido o corpo central da igreja acrescido e com a construção das duas torres o tamanho da igreja aumentou significativamente. É por nós desconhecido o ano de construção das torres, mas certamente são de data posteriores ao corpo central da referida igreja.

       Dentre as reformas por qual passou as mais significativas foram as que se seguem.

     Em 1840 as informações dos respectivos párocos constava que as igrejas matrizes de Natal, Estremoz, São José, Papari, Goianinha, Arez, Vila Flor, Acari, Apodi, Pau dos Ferros, Angicos e Portalegre se encontravam muito deterioradas, e algumas em tal estado, que viriam a cair em breve, se por ventura não viessem a acudi-las os prontos reparos. ( O PUBLICADOR NATALENSE, 11/04/1840, p.4).

         Os Párocos dessas freguesias não tinha ideia do montante necessário para as reformas das suas respectivas matrizes, os orçamentos enviados pela maior parte dos párocos estavam sem os necessários dados e mal podiam habilitar-se para calcular a despesa necessária para esse serviço público que era mister fazer

         Na  falta de tais dados foi dado a quantia de 8:659$000 para cada matriz para auxiliar nas obras de reparos das referidas igreja.

         Não é possível saber em que estado se encontrava a igreja matriz de Goianinha, mas como foi citada no rol das igrejas que necessitavam de reparos, conclui-se que a mesma devia se achar necessitando de urgentes serviços.

         Naquele ano de 1840 foi entregue a Câmara de Goianinha a quantia de 200 contos de réis para o conserto da Igreja Matriz daquela vila. A Assembleia Provincial enviou um oficio a mesma Câmara solicitando informações a cerca de como foi utilizado o valor repassado assim como o estado em que se achavam as obras começadas, das que ainda eram necessárias e da despesa provável exigida para a reforma da matriz. (O PUBLICADOR NATALENSE, 27/06/1840, p.3).

        Em 1884 foi votado pela Assembleia provincial o auxilio de 2 contos de réis para a matriz de Goianinha para obras de consertos na referida igreja. (COLEÇÃO DE LEIS PROVINCIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE, 1884,p.75).

      Conforme o jornal O Nortista em 1893 por longos anos sem conta onde foi regida por muitos vigários, em tempo de maior prosperidade e riqueza daquela freguesia, porém, a matriz nunca passou de uma igrejinha sem aspecto e sem asseio que era de desejar de um templo de devoção de um povo tão católico como o daquele município. (O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).

Foi então que o vigário Pe. Manoel José Pereira Albuquerque que naquele ano de  1893 com seus próprios recursos e com os pequenos donativos que havia obtido, estava fazendo um grande serviço na igreja matriz de Goianinha.

         De acordo com citado jornal naquele ano já estava concluída uma torre e a outra em fase de conclusão, além de outros melhoramentos que deram a igreja um aspecto elegante. (O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).

         Ainda segundo O Nortista “são dignos de todo elogio o zelo e desprendimento daquele virtuoso sacerdote que, no meio dessa indiferença geral pela pureza do culto, dá tão edificante exemplo pela causa sagrada da religião”. (O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).

         Pelo exposto a cima evidencia-se que a ampliação e aformoseamento da igreja matriz de Goianinha teve inicio naquele época citada pelo jornal O Nortista, assim como a sua ampliação como fica dito da informação a respeito das duas torres que ornamentam aquela igreja.

        Ao que tudo indica as obras iniciadas em 1893 já estavam concluídas em 1895 conforme se percebe no relato do referido jornal: “estão em grande adiantamento as obras de melhoramento da nossa matriz feita pelo nosso zeloso e virtuoso vigário, Revd Manoel Pereira. Levantou duas torres, fez arcadas dos corredores para o corpo da igreja, fez tribunas e outros muitos serviços que os seus predecessores em longos anos não se animaram a fazer”.

        Segundo o mesmo jornal o vigário de Goianinha estava custeando as obras realizadas na matriz com as rendas de um pequeno patrimônio e com o pouco que ganhava de seus serviços de pároco. (O NORTISTA,21/05/1895, p.2).

Novas reformas

          Novas reformas na igreja matriz de Goianinha são verificadas no ano de 1935.Naquele ano o vigário esperava o auxilio de todos os fieis da paróquia para muito em breve iniciar os diversos serviços indispensáveis na Matriz, a compra de alfaias e terminar os serviços da Casa Paroquial que se achava pronta internamente. (A ORDEM, 27/08//1935,p.4).

Tendo sido assim iniciado os trabalhos de colocação do piso em mosaico da matriz de Goianinha com a compra de 59 metros de mosaico a 21$000, ainda  sem o transporte de Natal.

O vigário de Goianinha falou ao povo da necessidade de ser realizada a festa de Nossa Senhora dos Prazeres e reverter as joias e contribuições dos fiéis em beneficio do mosaiquiamento e se possível fosse do forro da matriz.

A proposta foi bem acolhida por todos que segundo o jornal A Ordem não faltava ninguém com sua contribuição.

Quando alguém não tinha dinheiro, oferecia um craveiro para o leilão, outro uma prenda, uma velhinha nada tendo, mas possuindo um peru, vendia-o dando os 10$00 do custo. Eram fatos dignos de menção, dizia o citado jornal.

O elevado custo do mosaico para 21$000 com o encaixe de madeira, o transporte, etc, fez com que os trabalhos iniciados ultrapassassem as possibilidades da população do município. Eis porque o vigário apelou para os católicos e pessoas amigas e relacionadas para o ajudarem nos trabalhos começados. A muitos pode acudir a memória o fato de não terem estas relações com Goianinha, mas para se fazer o bem, reza o ditado, “não se olhe a quem”, ainda mais que era trabalho urgente e necessário pois o teto necessitava também de sérios reparos.

Seriam postos em leilão no dia 31/05/1940, os 22 garrotes doados ainda no tempo do Pe. Ramiro Varela, em sua maioria, em beneficio dos trabalhos da matriz. Foram os seguinte os doadores dos garrotes:

Dr. Manuel Duarte, srs. Benjamin Simoneti, Davi Simoneti, Anibal Barbalho, Arnaldo Simonete Esaú Marinho, Jeronimo Cabral, D. Estela Duarte, Agenor Lima, José Lúcio Ribeiro, Madame Tibúrcio Gambarra, D. Jacira Simoneti, Odilon Barbalho, Dr. Milton Duarte, Basilio Barbalho Gonzaga Junior, Teofilo Herculano, Humberto Grilo, D. Ana de Araújo Lima, e M. Amélia A. Lima. (A ORDEM, 01/04/1940, p.2).  

Segundo o jornal A Ordem em 10/10/1940 reiniciaram os trabalhos do mosaiqueamento da matriz de Goianinha. Seria um piso novo, higiênico, substituindo o antigo de tijolo úmido cujo aspecto não condizia com  a casa de Deus.

O Pe. Alair Vilar estava recebendo os auxílios dos católicos de Goianinha para este ingente trabalho. Ainda e acordo com o citado jornal em breve a matriz estaria todo pronta. (A ORDEM, 10/10/1940, p.2).

         Segundo o jornal A Ordem a festa da padroeira Nossa Senhora dos Prazeres naquele ano de 1940 realizou-se com brilhantismo.

         Houve uma reunião dos elementos mais destacados do município na casa paroquial onde ficou deliberado em harmonia impressionante e consoladora, que sendo impossível prosseguir os serviços da matriz, e ao mesmo tempo custear as despesas com música, que fosse feita a festa aquele ano sem música.

         Todos se comprometeram a pagar sua joia integralmente ou pelo menos equivalente, o que viria assim a demonstrar o interesse geral pelos trabalhos da matriz. Como havia 23 garrotes oferecidos a Igreja, ficou decidido que no dia 31/05/1940 fosse feito um leilão.

         O resultado do leilão excedeu aos cálculos mais otimistas. As bases apresentadas eram logo cobertas com vantagens e os garrotes foram adquiridos por altos preços. (A ORDEM,09/04/1940,p.2).

Substituição do teto e outros reparos por qual passou a matriz de Goianinha

         Sob a orientação do cônego Antonio Andrada, vigário da paróquia, foi iniciado os trabalhos da substituição do teto da  matriz de Goianinha, o qual estava em péssimo estado de conservação e exigindo inevitavelmente uma nova e total cobertura.

     Segundo  o jornal A Ordem, todos tinha conhecimento da situação em que se encontrava a má conservação e os estragos da tesouras, linhas, caibros e ripas do teto da matriz de Goianinha.

         O madeiramento e o transporte do mesmo estavam sendo oferecidos pelos paroquianos de Goianinha e devotos de Nossa Senhora dos Prazeres, que eram conhecedores das condições de má conservação do referido teto da igreja matriz e não vacilaram em concorrer para tão urgente e necessário melhoramento daquele templo católico.

         Com atuação, bom gosto e não menos interesse do vigário, a matriz de Goianinha seria em breve transformada em uma nova feição, conforme o programa traçado pelo cônego Antonio Andrada que estava a frente da paróquia naquele ano de 1941.

         Além do serviço de melhoramento do teto seriam realizados outros serviços como a remoção das antigas e antiquadas tribunas, completamente inúteis, abertura de arcadas, edificação dos altares do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores, e por fim uma limpeza geral, interna e externa, inclusive uma calçada ao redor de toda a matriz.

         O referido vigário esperava a providencial ajuda de todos os paroquianos para a doação do óbulo necessário a realização desses serviços na matriz de Goianinha. (A ORDEM,13/08/1941,p.2).

Novo sino e melhoramento da matriz

         Em 1947 houve a benção do novo sino da matriz que foi batizado pelo Pe. Francisco das Chagas Neves Gurgel com o nome de Dom Joaquim Almeida, em homenagem ao prelado que havia falecido recentemente.


         Naquele ano foi ainda dada a benção pelo Cônego Adelino dos novos melhoramentos que foram realizados na igreja matriz de Goianinha cujo trabalhos custaram a importância de Cr$ 35.000,00 tornando-se assim um dos melhores templos católicos do Estado. (A ORDEM,28/04/1947,p.2).

Características arquitetônicas da igreja matriz de Goianinha

É o padre  Francisco das Chagas Neves Gurgel quem nos fornece um panorama arquitetônico da  linda igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Goianinha em 1948.

 Segundo ele, naquele ano ainda faltava muito a se fazer na parte externa da igreja, contratando com o que se via na parte interna da matriz que se achava em melhores condições. Segundo escreveu o já citado padre, a igreja matriz estava internamente “bem pintada, forrada, ornamentada, impressionando muito no seu conjunto de cores, que se articulavam numa realeza de perspectivas que agradavam ao mais sisudo visitante”. (A ORDEM,13/11/1948, p.15).



         Segundo o padre Francisco das Chagas Neves Gurgel a sobriedade de suas linhas arquitetônicas falavam bem alto, “obedecendo ao sentido da arquitetura do barroco português, aguçando-se o estilo numa promessa de romano pesado, distanciado da longínqua renascença”. (A ORDEM,13/11/1948,p.15).

A casa paroquial

         No dia 02/07/1934 foi lançada a a primeira pedra para a construção da Casa Paroquial da cidade de Goianinha, pelo vigário da paróquia o Pe. Antonio Avelino.

         A solenidade litúrgica da pedra fundamental foi assistida por numerosa pessoas tendo sido em em seguida inciada a construção da referida residencia. (DIARIO DE PERNAMBUCO,21/07/1’934,p.4).

Era, segundo o jornal A Ordem, o melhor prédio da cidade, de feição moderna o qual foi iniciado durnte a gestão do pároco Antonio Avelino.

Em 1935 foi dada a benção pelo bispo diocesano, dom Marcolino Dantas, que esteve em visita a pastoral a paróquia e com o valioso auxilio de uma comissão composta por Arthur Villar e Jeronimo Cabral, que muito se esforçaram para  a realização desse grande melhoramento para a paróquia de Goianinha. Contribuíram materialmente para a construção da casa paroquial Agenor Lima, Dr. Milton Duarte e João Barbalho. (A ORDEM, 27/08//1935,p.4).

Em visita a cidade de Goianinha onde foi recebido com significativa recepção pelo população, o bispo diocesano entrou sob flores e palmas na matriz onde foi cantado o hino eucarístico, depois percorreu a igreja e examinou em seguida os alicerces da casa paroquial e outros aspectos da localidade, partindo em seguida para Canguaretama. (A ORDEM,11/12/1936,p.1).

Restauração da imagem

         Em 1951 a imagem secular de Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira de Goianinha, foi levada para o Recife onde seria restaurada pela Casa Paz, na qual seriam devolvidos a imagem a sua ornamentação original em ouro.

         O serviço foi contrato ao valor de Cr$ 4.200,00 para entrega em 6 meses.A população da paróquia preparava-se festivamente para receber o orago da matriz no tempo determinado. (A ORDEM, 21/061951,p.4).

Vigários

         Eis o rol dos vigários que ficaram a frente da administração da paróquia de Goianinha ao longo do tempo.A lista apresentada carece de atualização, foi o melhor que pudemos fazer segundo nossas pesquisas.

         Em 1749 era pároco, o Pe. Antonio de Andrade Araújo.

O  Pe. Antonio de Albuquerque Montenegro foi vigário de Goianinha desde 1802 até 1840 ano de seu falecimento sendo sepultado na matriz daquela cidade.Ele foi um dos mentores da Revolução Pernambucana de 1817 (A ORDEM,14/07/1945,p.7).

Em 1849 aparece o nome do Pe. Manoel Ferreira Borges como vigário da freguesia de Goianinha (O SULISTA, 05/08/1849, p.3).

Em 1892 era vigário da freguesia o Pe. Manoel José Pereira de Albuquerque ( RIO GRANDE DO NORTE, 25/09/1892, p.3).

Em 1927 o cargo de pároco da paroquia de Goianinha estava vago.Em 1929 era pároco de Goianinha o Pe. José Joaquim de Oliveira Barbalho.Em 1935 exercia a função de pároco o Pe. Ulisses Maranhão até o ano de 1937.

Em  1939 exercia a função de vigário em Goianinha o Pe. Ramiro Varela (A ORDEM,02/06/1939, p.4), ficando apenas alguns meses ois naquele mesmo ano tomou posse no cargode vigário da paróquia de Goianinha o Pe. Alair Vilar como vigário da paróquia em questão.(A ORDEM, 18/12/1939, p.1).

O Cônego Antonio Andrada foi nomeado vigário de Goianinha em 25/04/1941.(A ORDEM,25/04/1941, p.1).

Já em 30/12/1941 o bispo dicocenao, dom Marcolino Dantas removeu o Pe. Nivadlo Monte da paróquia de São Gonçalo para vigário da de Goianinha (A ORDEM, 30/12/1941, p.1).

Em 1943 o Cônego Luiz Adolfo de Paula aparece como vigário de Goianinha, porém em 30/12/1943 o Pe. José Nazareno Fernandes já havia assumido tal cargo na paróquia. (A ORDEM,30/12/1943, p.4) onde permaneceu até 1949.

Conforme indica o jornal A Ordem em 1949 assumiu a paróquia o Pe. Severino Bezerra (A ORDEM, p.29/04/1949, p.2) permanecendo no cargo até 1955.

Já o Pe. Armando Paiva aparece como vigário da paróquia de Goianinha desde o ano de 1959, tendo sido um dos mais longevos párocos daquelas paróquia.

Filho ilustre

O filho mais ilustre da paróquia de Goianinha é Dom Joaquim Antonio de Almeida, primeiro sacerdote potiguar a ser elevado a dignidade episcopal.

Nascido em 17/08/1868 em Goianinha, tendo sido ordenado padre em 02/12/1894.

Exerceu sucessivamente os cargos de professor, diretor espiritual e reitor do Seminário da Paraíba, foi consultor da Diocese da Paraíba, redator do jornal A Imprensa e cônego catedrático do cabido metropolitano da Diocese da Paraíba.

Foi eleito bispo tendo sido sagrado pelo Núncio Apostólico Tonti com assistência dos bispos dom Adauto de Miranda Henriques e Dom Luiz de Brito, na catedral de Nossa Senhora das Neves na cidade da Paraíba, atualmente João Pessoa em 04/02/1906.

Durante sua administração na diocese do Piauí promoveu a fundação do Seminário e do Colégio Diocesano do Piauí.

Foi transferido em 23/10/1910 para a recém criada Diocese de Natal, tendo renunciado a mitra potiguar, no ano de 1915 em virtude de suas condições de saúde.Bispo resignado foi investido no titulo de Bispo de Lares[6].

Foi nomeado para assumir o bispado do Piauí, atual Arquidiocese de Teresina, tendo sido o primeiro bispo daquela diocese, ali tomando posse em 12/03/1906.

Apesar de quase cego e paralitico, esteve em constante peregrinações pelos sertões nordestinos, pregando como um autêntico missionário.

Viveu os últimos anos de vida modestamente na casa da sua irmã em Macaíba onde veio a falecer em 29/03/1948.










[1] Atualmente  paróquia.

[2] Atualmente paróquia.

[3] Posteriormente transferida para a paróquia de Nova Cruz e paróquia desde 1915.

[4] Presentemente é a paróquia  de Tibau do Sul.

[5] Presentemente pertencente a paróquia de Tibau do Sul.

[6] Diocese da antiguidade cristã já extinta cujo titulo foi dado honorificamente ao citado bispo potiguar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário