Eis a
seguir alguns apanhados históricos sobre a paróquia de Goianinha, uma das mais
antigas do Rio Grande do Norte.
A Criação da freguesia
Conforme indica o site da Arquidiocese
de Natal a Freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres de Goianinha foi criada no
ano de 1690.A época Goianinha pertencia ao município de Arez tendo na então
vila a sede municipal. Se Goianinha pertencia inicialmente a Arez, este já deveria ser freguesia ao tempo da criação da de Goianinha, portanto, sendo a de Arez mais antiga que a de Goianinha.
Segundo
Manoel Ferreira Nobre a freguesia começou por uma pequena Capela, onde se
celebravam os ofícios divinos, sendo o seu primeiro Capelão o Pe. Antônio de
Albuquerque Montenegro (NOBRE, 1877, p.169).
Em sessão de 13 de julho de 1832 foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei o qual transferia a sede da Vila de Arez para a Povoação de Goianinha na Província do Rio Grande do Norte, sendo elevada doravante em Vila de Goianinha. (DIÁRIO DA CÂMARA DOS SENADORES DO IMPÉRIO DO BRASIL, 13/07/1832, p.1).
A freguesia já constava no relatório de Dom frei Luiz de Santa Teresa, bispo de Olinda, já em 1746, tendo aquela época 3 capelas filiais. Em 1749 era seu pároco, o Pe. Antônio de Andrade Araújo. Em 1775 num relatório sobre a Capitania do Rio Grande do Norte se dizia sobre os limites da Freguesia de Goianinha se dizia que havia no distrito desta freguesia, onde atualmente é a cidade de Goianinha, 11 engenhocas que só fabricavam mel e rapadura e 3 engenhos Reais. (ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL , 1918,p.25).
Segundo o rol da desobriga de 1775 tinha
a freguesia 3 capelas filais, 10
fazendas, 485 fogos (casas) e 2.277 pessoas de desobriga.
No total em todo o território da freguesia eram 4 capelas filiais, 35 fazendas, 1.890 fogos (casas) e 6.661 pessoas de desobriga. (ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL , 1918, p.25). A quarta capela citada a cima neste relatório devia ser provavelmente a atual matriz de Goianinha.
A
lei provincial nº 219 de 27 de junho de 1850 confirmou a criação da
freguesia dando-lhes os seus limites, ou seja, 70 anos após a criação da
freguesia se considerado a data de 1690 como sendo a data de criação da mesma.
Em
08/08/1874 foi aprovado os estatutos da Irmandade do SS. Sacramento de
Goianinha cuja finalidade era promover e sustentar oculto do mesmo Divino
Sacramento. A Irmandade seria composta por fiéis de ambo sos sexos, cujas
qualidades e costumes não houvesse deslustre. Podia ser também admitida pessoas
de outras freguesias. (COLEÇÃO DE LEIS PROVINCIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE,
08/08/1874, p.13).
A estatística mais antiga por nós
encontrada sobre a freguesia de Goianinha data de 1876 segundo a qual contava
com a referida freguesia com 12.288 habitantes naquele ano (O LIBERAL
(08/04/1876,p.2).
As
capelas mais antigas da Freguesia eram as de Espirito Santo[1], Várzea[2], Piau, Santo Antonio[3], Tibau[4] e Pipa[5].
As
associações religiosas mais antigas da paróquia foram o Apostolado da Oração, a
Pia União de Santa Teresinha, Doutrina Cristã e a Irmandade de São Benedito.
A freguesia de Goianinha pertenceu inicialmente ao bispado de Olinda, passando ao bispado da Paraíba em 1892 e por fim a diocese de Natal, a partir de 1909 quando foi criado o bispado potiguar, atualmente arquidiocese de Natal.
A matriz
A freguesia de Goianinha é uma das mais antigas do território da arquidiocese de Natal, sendo as existência datada já no século XVII, a igreja, porém, levou longos anos até se tornar o imponente templo atual.
Conforme
o historiador Manoel Ferreira Nobre tudo começou por uma pequena Capela, onde
se celebravam os ofícios divinos, sendo o seu primeiro Capelão o Pe. Antônio de
Albuquerque Montenegro, “sacerdote respeitável por suas qualidades”. (NOBRE,
1877,p.169).Ainda segundo o citado autor ignorava-se a data de sua fundação.
Somente
em 13/08/1821 por meio de alvará é que a igreja de Nossa Senhora dos
Prazeres de Goianinha foi elevada a dignidade de Matriz.
A
igreja passou ao longo do tempo por várias intervenções até chegar a
configuração arquitetônica pela qual a conhecemos atualmente, tendo sido sido o
corpo central da igreja acrescido e com a construção das duas torres o tamanho
da igreja aumentou significativamente. É por nós desconhecido o ano de
construção das torres, mas certamente são de data posteriores ao corpo central
da referida igreja.
Dentre as reformas por qual passou as
mais significativas foram as que se seguem.
Em
1840 as informações dos respectivos párocos constava que as igrejas matrizes de
Natal, Estremoz, São José, Papari, Goianinha, Arez, Vila Flor, Acari, Apodi, Pau dos Ferros, Angicos e Portalegre se
encontravam muito deterioradas, e algumas em tal estado, que viriam a cair em
breve, se por ventura não viessem a acudi-las os prontos reparos. ( O
PUBLICADOR NATALENSE, 11/04/1840, p.4).
Os
Párocos dessas freguesias não tinha ideia do montante necessário para as
reformas das suas respectivas matrizes, os orçamentos enviados pela maior parte
dos párocos estavam sem os necessários dados e mal podiam habilitar-se para
calcular a despesa necessária para esse serviço público que era mister fazer
Na falta de tais dados foi dado a quantia de
8:659$000 para cada matriz para auxiliar nas obras de reparos das referidas
igreja.
Não
é possível saber em que estado se encontrava a igreja matriz de Goianinha, mas
como foi citada no rol das igrejas que necessitavam de reparos, conclui-se que
a mesma devia se achar necessitando de urgentes serviços.
Naquele
ano de 1840 foi entregue a Câmara de Goianinha a quantia de 200 contos de réis
para o conserto da Igreja Matriz daquela vila. A Assembleia Provincial enviou um
oficio a mesma Câmara solicitando informações a cerca de como foi utilizado o
valor repassado assim como o estado em que se achavam as obras começadas, das
que ainda eram necessárias e da despesa provável exigida para a reforma da
matriz. (O PUBLICADOR NATALENSE, 27/06/1840, p.3).
Em 1884 foi votado pela Assembleia provincial o auxilio de 2 contos de réis para a matriz de Goianinha para obras de consertos na referida igreja. (COLEÇÃO DE LEIS PROVINCIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE, 1884,p.75).
Conforme o jornal O Nortista em 1893 por longos anos sem conta onde foi regida por muitos vigários, em tempo de maior prosperidade e riqueza daquela freguesia, porém, a matriz nunca passou de uma igrejinha sem aspecto e sem asseio que era de desejar de um templo de devoção de um povo tão católico como o daquele município. (O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).
Foi então que o vigário Pe. Manoel José Pereira Albuquerque que naquele ano de 1893 com seus próprios recursos e com os pequenos donativos que havia obtido, estava fazendo um grande serviço na igreja matriz de Goianinha.
De acordo com citado jornal naquele ano já estava concluída
uma torre e a outra em fase de conclusão, além de outros melhoramentos que
deram a igreja um aspecto elegante. (O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).
Ainda segundo O Nortista “são dignos de todo elogio o zelo e
desprendimento daquele virtuoso sacerdote que, no meio dessa indiferença geral
pela pureza do culto, dá tão edificante exemplo pela causa sagrada da religião”.
(O NORTISTA, 10/11/1893, p.2).
Pelo exposto a cima evidencia-se que a ampliação e
aformoseamento da igreja matriz de Goianinha teve inicio naquele época citada
pelo jornal O Nortista, assim como a sua ampliação como fica dito da informação
a respeito das duas torres que ornamentam aquela igreja.
Ao que tudo indica as obras iniciadas em 1893 já estavam concluídas em 1895 conforme se percebe no relato do referido jornal: “estão em grande adiantamento as obras de melhoramento da nossa matriz feita pelo nosso zeloso e virtuoso vigário, Revd Manoel Pereira. Levantou duas torres, fez arcadas dos corredores para o corpo da igreja, fez tribunas e outros muitos serviços que os seus predecessores em longos anos não se animaram a fazer”.
Segundo o mesmo jornal o vigário de
Goianinha estava custeando as obras realizadas na matriz com as rendas de um
pequeno patrimônio e com o pouco que ganhava de seus serviços de pároco. (O
NORTISTA,21/05/1895, p.2).
Novas reformas
Novas reformas na igreja matriz de Goianinha são verificadas no ano de 1935.Naquele ano o vigário esperava o auxilio de todos os fieis da paróquia para muito em breve iniciar os diversos serviços indispensáveis na Matriz, a compra de alfaias e terminar os serviços da Casa Paroquial que se achava pronta internamente. (A ORDEM, 27/08//1935,p.4).
Tendo
sido assim iniciado os trabalhos de colocação do piso em mosaico da matriz de
Goianinha com a compra de 59 metros de mosaico a 21$000, ainda sem o transporte de Natal.
O
vigário de Goianinha falou ao povo da necessidade de ser realizada a festa de
Nossa Senhora dos Prazeres e reverter as joias e contribuições dos fiéis em beneficio
do mosaiquiamento e se possível fosse do forro da matriz.
A
proposta foi bem acolhida por todos que segundo o jornal A Ordem não faltava
ninguém com sua contribuição.
Quando
alguém não tinha dinheiro, oferecia um craveiro para o leilão, outro uma prenda,
uma velhinha nada tendo, mas possuindo um peru, vendia-o dando os 10$00 do
custo. Eram fatos dignos de menção, dizia o citado jornal.
O elevado custo do mosaico para 21$000 com o encaixe de madeira, o transporte, etc, fez com que os trabalhos iniciados ultrapassassem as possibilidades da população do município. Eis porque o vigário apelou para os católicos e pessoas amigas e relacionadas para o ajudarem nos trabalhos começados. A muitos pode acudir a memória o fato de não terem estas relações com Goianinha, mas para se fazer o bem, reza o ditado, “não se olhe a quem”, ainda mais que era trabalho urgente e necessário pois o teto necessitava também de sérios reparos.
Seriam
postos em leilão no dia 31/05/1940, os 22 garrotes doados ainda no tempo do Pe.
Ramiro Varela, em sua maioria, em beneficio dos trabalhos da matriz. Foram os
seguinte os doadores dos garrotes:
Dr.
Manuel Duarte, srs. Benjamin Simoneti, Davi Simoneti, Anibal Barbalho, Arnaldo
Simonete Esaú Marinho, Jeronimo Cabral, D. Estela Duarte, Agenor Lima, José
Lúcio Ribeiro, Madame Tibúrcio Gambarra, D. Jacira Simoneti, Odilon Barbalho,
Dr. Milton Duarte, Basilio Barbalho Gonzaga Junior, Teofilo Herculano, Humberto
Grilo, D. Ana de Araújo Lima, e M. Amélia A. Lima. (A ORDEM, 01/04/1940, p.2).
Segundo
o jornal A Ordem em 10/10/1940 reiniciaram os trabalhos do mosaiqueamento da
matriz de Goianinha. Seria um piso novo, higiênico, substituindo o antigo de
tijolo úmido cujo aspecto não condizia com
a casa de Deus.
O
Pe. Alair Vilar estava recebendo os auxílios dos católicos de Goianinha para
este ingente trabalho. Ainda e acordo com o citado jornal em breve a matriz
estaria todo pronta. (A ORDEM, 10/10/1940, p.2).
Segundo
o jornal A Ordem a festa da padroeira Nossa Senhora dos Prazeres naquele ano de
1940 realizou-se com brilhantismo.
Houve
uma reunião dos elementos mais destacados do município na casa paroquial onde
ficou deliberado em harmonia impressionante e consoladora, que sendo impossível
prosseguir os serviços da matriz, e ao mesmo tempo custear as despesas com
música, que fosse feita a festa aquele ano sem música.
Todos se comprometeram a pagar sua joia integralmente ou pelo menos equivalente, o que viria assim a demonstrar o interesse geral pelos trabalhos da matriz. Como havia 23 garrotes oferecidos a Igreja, ficou decidido que no dia 31/05/1940 fosse feito um leilão.
O
resultado do leilão excedeu aos cálculos mais otimistas. As bases apresentadas
eram logo cobertas com vantagens e os garrotes foram adquiridos por altos
preços. (A ORDEM,09/04/1940,p.2).
Substituição do teto e outros reparos por
qual passou a matriz de Goianinha
Sob a orientação do cônego Antonio
Andrada, vigário da paróquia, foi iniciado os trabalhos da substituição do teto
da matriz de Goianinha, o qual estava em
péssimo estado de conservação e exigindo inevitavelmente uma nova e total
cobertura.
Segundo
o jornal A Ordem, todos tinha conhecimento da situação em que se
encontrava a má conservação e os estragos da tesouras, linhas, caibros e ripas
do teto da matriz de Goianinha.
O madeiramento e o transporte do mesmo
estavam sendo oferecidos pelos paroquianos de Goianinha e devotos de Nossa
Senhora dos Prazeres, que eram conhecedores das condições de má conservação do
referido teto da igreja matriz e não vacilaram em concorrer para tão urgente e
necessário melhoramento daquele templo católico.
Com atuação, bom gosto e não menos
interesse do vigário, a matriz de Goianinha seria em breve transformada em uma
nova feição, conforme o programa traçado pelo cônego Antonio Andrada que estava a frente da paróquia
naquele ano de 1941.
Além
do serviço de melhoramento do teto seriam realizados outros serviços como a
remoção das antigas e antiquadas tribunas, completamente inúteis, abertura de
arcadas, edificação dos altares do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das
Dores, e por fim uma limpeza geral, interna e externa, inclusive uma calçada ao
redor de toda a matriz.
O
referido vigário esperava a providencial ajuda de todos os paroquianos para a
doação do óbulo necessário a realização desses serviços na matriz de Goianinha.
(A ORDEM,13/08/1941,p.2).
Novo sino e melhoramento da matriz
Em 1947 houve a benção do novo sino da matriz que foi batizado pelo Pe. Francisco das Chagas Neves Gurgel com o nome de Dom Joaquim Almeida, em homenagem ao prelado que havia falecido recentemente.
Naquele ano foi ainda dada a benção
pelo Cônego Adelino dos novos melhoramentos que foram realizados na igreja
matriz de Goianinha cujo trabalhos custaram a importância de Cr$ 35.000,00
tornando-se assim um dos melhores templos católicos do Estado. (A
ORDEM,28/04/1947,p.2).
Características arquitetônicas da igreja
matriz de Goianinha
É
o padre Francisco das Chagas Neves
Gurgel quem nos fornece um panorama arquitetônico da linda
igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Goianinha em 1948.
Segundo ele, naquele ano ainda faltava muito a se fazer na parte externa da igreja, contratando com o que se via na parte interna da matriz que se achava em melhores condições. Segundo escreveu o já citado padre, a igreja matriz estava internamente “bem pintada, forrada, ornamentada, impressionando muito no seu conjunto de cores, que se articulavam numa realeza de perspectivas que agradavam ao mais sisudo visitante”. (A ORDEM,13/11/1948, p.15).
Segundo
o padre Francisco das Chagas Neves Gurgel a sobriedade de suas linhas
arquitetônicas falavam bem alto, “obedecendo ao sentido da arquitetura do
barroco português, aguçando-se o estilo numa promessa de romano pesado,
distanciado da longínqua renascença”. (A ORDEM,13/11/1948,p.15).
A casa paroquial
No dia 02/07/1934 foi lançada a a
primeira pedra para a construção da Casa Paroquial da cidade de Goianinha, pelo
vigário da paróquia o Pe. Antonio Avelino.
A solenidade litúrgica da pedra
fundamental foi assistida por numerosa pessoas tendo sido em em seguida inciada
a construção da referida residencia. (DIARIO DE PERNAMBUCO,21/07/1’934,p.4).
Era,
segundo o jornal A Ordem, o melhor prédio da cidade, de feição moderna o qual
foi iniciado durnte a gestão do pároco Antonio Avelino.
Em
1935 foi dada a benção pelo bispo diocesano, dom Marcolino Dantas, que esteve
em visita a pastoral a paróquia e com o valioso auxilio de uma comissão
composta por Arthur Villar e Jeronimo Cabral, que muito se esforçaram para a realização desse grande melhoramento para a
paróquia de Goianinha. Contribuíram materialmente para a construção da casa paroquial Agenor Lima, Dr. Milton Duarte e João Barbalho. (A ORDEM,
27/08//1935,p.4).
Em
visita a cidade de Goianinha onde foi recebido com significativa recepção pelo
população, o bispo diocesano entrou sob flores e palmas na matriz onde foi
cantado o hino eucarístico, depois percorreu a igreja e examinou em seguida os
alicerces da casa paroquial e outros aspectos da localidade, partindo em
seguida para Canguaretama. (A ORDEM,11/12/1936,p.1).
Restauração da imagem
Em 1951 a imagem secular de Nossa
Senhora dos Prazeres, padroeira de Goianinha, foi levada para o Recife onde
seria restaurada pela Casa Paz, na qual seriam devolvidos a imagem a sua
ornamentação original em ouro.
O serviço foi contrato ao valor de Cr$
4.200,00 para entrega em 6 meses.A população da paróquia preparava-se
festivamente para receber o orago da matriz no tempo determinado. (A ORDEM, 21/061951,p.4).
Vigários
Eis o
rol dos vigários que ficaram a frente da administração da paróquia de Goianinha
ao longo do tempo.A lista apresentada carece de atualização, foi o melhor que
pudemos fazer segundo nossas pesquisas.
Em 1749 era pároco, o Pe. Antonio de
Andrade Araújo.
O
Pe. Antonio de Albuquerque Montenegro
foi vigário de Goianinha desde 1802 até 1840 ano de seu falecimento sendo sepultado
na matriz daquela cidade.Ele foi um dos mentores da Revolução Pernambucana de
1817 (A ORDEM,14/07/1945,p.7).
Em
1849 aparece o nome do Pe. Manoel Ferreira Borges como vigário da freguesia de Goianinha
(O SULISTA, 05/08/1849, p.3).
Em
1892 era vigário da freguesia o Pe. Manoel José Pereira de Albuquerque ( RIO
GRANDE DO NORTE, 25/09/1892, p.3).
Em 1927 o cargo de pároco da paroquia de Goianinha estava vago.Em 1929 era pároco de Goianinha o Pe. José Joaquim de Oliveira Barbalho.Em 1935 exercia a função de pároco o Pe. Ulisses Maranhão até o ano de 1937.
Em 1939 exercia a função de vigário em Goianinha
o Pe. Ramiro Varela (A ORDEM,02/06/1939, p.4), ficando apenas alguns meses ois
naquele mesmo ano tomou posse no cargode vigário da paróquia de Goianinha o Pe.
Alair Vilar como vigário da paróquia em questão.(A ORDEM, 18/12/1939, p.1).
O
Cônego Antonio Andrada foi nomeado vigário de Goianinha em 25/04/1941.(A ORDEM,25/04/1941,
p.1).
Já
em 30/12/1941 o bispo dicocenao, dom Marcolino Dantas removeu o Pe. Nivadlo
Monte da paróquia de São Gonçalo para vigário da de Goianinha (A ORDEM, 30/12/1941,
p.1).
Em
1943 o Cônego Luiz Adolfo de Paula aparece como vigário de Goianinha, porém em
30/12/1943 o Pe. José Nazareno Fernandes já havia assumido tal cargo na
paróquia. (A ORDEM,30/12/1943, p.4) onde permaneceu até 1949.
Conforme
indica o jornal A Ordem em 1949 assumiu a paróquia o Pe. Severino Bezerra (A
ORDEM, p.29/04/1949, p.2) permanecendo no cargo até 1955.
Já
o Pe. Armando Paiva aparece como vigário da paróquia de Goianinha desde o ano
de 1959, tendo sido um dos mais longevos párocos daquelas paróquia.
Filho ilustre
O filho mais ilustre da paróquia de
Goianinha é Dom Joaquim Antonio de Almeida, primeiro sacerdote potiguar a ser
elevado a dignidade episcopal.
Nascido
em 17/08/1868 em Goianinha, tendo sido ordenado padre em 02/12/1894.
Exerceu
sucessivamente os cargos de professor, diretor espiritual e reitor do
Seminário da Paraíba, foi consultor da Diocese da Paraíba, redator do jornal A
Imprensa e cônego catedrático do cabido metropolitano da Diocese da Paraíba.
Foi
eleito bispo tendo sido sagrado pelo Núncio Apostólico Tonti com assistência
dos bispos dom Adauto de Miranda Henriques e Dom Luiz de Brito, na catedral de
Nossa Senhora das Neves na cidade da Paraíba, atualmente João Pessoa em
04/02/1906.
Durante
sua administração na diocese do Piauí promoveu a fundação do Seminário e do
Colégio Diocesano do Piauí.
Foi
transferido em 23/10/1910 para a recém criada Diocese de Natal, tendo
renunciado a mitra potiguar, no ano de 1915 em virtude de suas condições de
saúde.Bispo resignado foi investido no titulo de Bispo de Lares[6].
Foi
nomeado para assumir o bispado do Piauí, atual Arquidiocese de Teresina, tendo
sido o primeiro bispo daquela diocese, ali tomando posse em 12/03/1906.
Apesar
de quase cego e paralitico, esteve em constante peregrinações pelos sertões
nordestinos, pregando como um autêntico missionário.
Viveu
os últimos anos de vida modestamente na casa da sua irmã em Macaíba onde veio a
falecer em 29/03/1948.
[1]
Atualmente paróquia.
[2]
Atualmente paróquia.
[3]
Posteriormente transferida para a paróquia de Nova Cruz e paróquia desde 1915.
[4]
Presentemente é a paróquia de Tibau do
Sul.
[5]
Presentemente pertencente a paróquia de Tibau do Sul.
[6]
Diocese da antiguidade cristã já extinta cujo titulo foi dado honorificamente
ao citado bispo potiguar.
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