O trabalho ferroviário era considerados
um dos mais pesados existentes no inicio do século XX por suas características
que envolviam muitos materiais em ferro que exigiam força e destreza para sua
realização, era trabalho exclusivamente masculino, no entanto, como nada é
impossível ao esforço humano feminino, essa regra não era cumprida nos EUA no
inicio do século XX quando se tinha muitas mulheres empregadas em serviços que
eram realizados pelos homens.
Segundo publicou o jornal natalense A
República referente a estatísticas do Censo dos EUA em 1907 havia 4.833,630 mulheres naquele país
que ganhavam a vida trabalhando, sendo esse número o dobro do que havia
registrado o Censo de 1880.
A baixo uma imagem de mulheres do inicio do século XX trabalhando no que parece ser uma oficina mecânica.
As mulheres que se ocupavam do trabalho
doméstico era ¼ do total, o restante se ocupavam nos mesmos misteres que os
homens, com exceção apenas de 9.
Ainda de acordo com o referido jornal
havia naquele ano 31 mulheres exercendo a função de porta-freios, 45 mecânicas
de locomotivas, 43 cocheiras, 185 ferreiras e 11 que se empregavam em escavações
de poços. (A REPUBLICA,22/11/1907,p.2).
Notem que a maioria dos
trabalhos eram nas ferrovias e os mesmos considerados “pesados” para mulheres.
Aqui no Brasil o registro de mulheres trabalhando “pesado” em ferrovias foi registrado na construção da Estrada de Ferro Sorocabana em São Paulo já década de 1920, como a foto a baixo de 1929.
Contudo, há que se dizer, a bem da verdade, que a maioria dessas mulheres tanto nos EUA como no Brasil se dispunham a enfrentar as dificuldades do serviço em ferrovias motivadas mais pelas necessidades de sobrevivência sua e de seus filhos do que pelo "glamour" de desafiar os homens na guerra dos sexos que dura desde que o mundo é mundo.
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